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TEORIA DA HISTÓRIA 
 
1. O modo de se pensar a História como construída através de etapas, ressaltando a luta 
de classes e considerando-a teleológica tem suas limitações. Após ser muito utilizado 
os historiadores perceberam que tal modo não dava conta de responder certos aspectos 
da vida social. 
Sobre qual modelo teórico o texto acima se refere: 
a) História dos Annales 
b) História Regional 
c) História Positivista 
d) História marxista 
e) História do Cotidiano 
 
2. Sobre a História das mentalidades pode-se afirmar que: 
a) A partir de meados da década de 1980, na França, muitas das temáticas antes abordadas pela História 
das Mentalidades começaram a ser abordadas pela Nova História econômica. 
b) Apesar da História das Mentalidades ter se definido no final da década de 1960, suas raízes remetem a 
Idade Média e a prática dos monges copistas. 
c) O arcabouço intelectual que vai contribuir para o surgimento da Nova História 
Cultural está intimamente ligado ao surgimento, no final da década de 1920, na 
França, de uma nova forma de se pensar as questões historiográficas, identificada 
como História das Mentalidades. 
d) Dentre os objetos típicos da História das mentalidades pode-se citar, por exemplo, as estruturas 
políticas e econômicas. 
e) O surgimento da história das mentalidades está ligado a separação entre sujeito e objeto característicos 
de uma historiografia do século XIX. 
 
3. Sobre a micro-história, marque a alternativa correta: 
a) A micro-história, a partir da década de 30 passou a priorizar a narrativa dos grandes líderes políticos. 
b) Defende uma delimitação temática extremamente específica por parte do 
historiador, inclusive em termos de espacialidade e de temporalidade, mas não se 
reduz apenas a isto. 
c) A micro-história pretende tornar-se a principal interpretação acerca da sociedade, não descartando, 
contudo a história positivista. 
d) Para a micro-história o individual é contraditório ao social por aquele possibilitar a apreensão de 
aspectos diferentes do último. 
e) Tem como preocupação construir uma história do cotidiano e econômica, apenas das classes pobres, 
por isso a preferência pela micro-análise da sociedade. 
 
4. Sobre a crise atravessada pelas ciências sociais atravessada a partir da década de 
1970, no século XX pode-se se afirmar que: 
a) A Segunda Guerra Mundial serviu para demonstrar como as teorias desenvolvidas pelas ciências sociais 
conseguiam explicar o progresso e os avanços da humanidade. 
b) A discussão acerca do conceito de civilização e cultura não é importante para a compreensão da crise 
das ciências sociais do século XX. 
c) A crise ligada à disciplina História ocorreu, sobretudo, após a Segunda Guerra 
Mundial com a crise do paradigma iluminista. 
d) A crise ocorreu apenas na antropologia, não atingindo a ciência histórica. 
e) Houve uma crise de método na ciência histórica somente antes do desenvolvimento da Segunda Guerra 
Mundial. 
 
 
 
 
 
5. A moderna História oral surgiu na década de 1940, pós-segunda guerra mundial nos 
Estados Unidos. Essa metodologia tornou possível a transformação de objetos de estudo 
em sujeitos, uma vez que: 
a) Defende que as sociedades não letradas são sociedades sem história, uma vez que não tem como 
registrar o passado. 
b) Não serve como instrumento para informação sobre o passado, pois o que interessa é apenas a 
objetividade dos narradores 
c) Promove a separação entre sujeito e objeto colocando o historiador em uma imparcialidade 
necessária para o desenvolvimento de seus trabalhos 
d) Acredita que as fontes orais são apenas complementos das fontes escritas. 
e) Contribui para uma história mais rica e viva, pois os entrevistados são ao mesmo 
tempo os objetos a serem estudado e podem contribuir para a construção de sua 
história. 
 
6. A ampliação do conceito de cultura na história veio como reação ao determinismo 
econômico de uma infraestrutura que tudo abarcava. Isto significa que: 
a) A história econômica é anterior e mais importante do que a história cultural. 
b) A ampliação do conceito de cultural veio complementar o determinismo econômico do século XX, 
inaugurado a partir da década de 1960. 
c) As relações econômicas e sociais não são anteriores às culturais, nem as 
determinam; elas próprias são campos de prática e produção cultural. 
d) A macro história econômica é o principal objeto de estudo da história cultural e econômica. 
e) As relações econômicas e sociais são anteriores às culturais e determinam os campos de prática e 
produção cultural. 
 
7. "Pode-se afirmar que a micro-história foi um movimento de reação à história social, 
sobretudo aquela que seguia apenas aos moldes da história econômica. Essa 
metodologia representou uma reação, visando promover a discussão de temas aos quais 
as grandes narrativas haviam deixado de fora da história." Marque a alternativa abaixo 
que melhor explica o fragmento: 
a) Para a micro-história o individual é contraditório ao social por aquele possibilitar a apreensão de 
aspectos diferentes do último. 
b) A micro-história não foge das generalizações, dos apegos a contextualizações e explicações, buscando 
uma análise macroscópia investigativa e criteriosa capaz de revelar fatos e personagens que outrora 
passariam desapercebidos 
c) A micro-história, a partir da década de 60 passou a priorizar a narrativa dos grandes acontecimentos 
políticos. 
d) A micro-história possibilita, por meio do jogo de escalas de análise, a apreensão de 
aspectos que passariam despercebidos em escalas macroanalíticas, em análises 
estruturais, quantitativas e seriais. 
e) A micro-história representou uma reação contra a história social inaugurada pelos Annales, pois estes 
ao trabalhavam com uma metodologia que incluía a política. 
 
8. Sobre as tendências da historiografia a partir segunda metade do século XX NÃO se 
pode afirmar que: 
a) A Nova história cultural abriu espaço para o estudo de novos objetos como a cultura popular, cultura 
letrada e as diferentes formas de representações das sociedades. 
b) A Nova história cultural, praticada a partir da década de 1980 segue um novo 
paradigma, ou seja, um modelo para a prática formal de pesquisa baseada 
fundamentalmente apenas em documentos escritos. 
c) A expressão "nova história cultural" entrou em uso de forma sistemática no final da década de 1980 e 
se transformou na forma dominante de história praticada hoje. 
d) A virada em direção à antropologia foi um dos aspectos mais característicos da prática da história 
cultural entre as década de 1960 a 1990. 
 
 
 
 
9. "A convergência desses diversos fatores explica razoavelmente o descrédito em que a história 
política foi lançada pela evolução das realidades e a revolução dos espíritos. Tudo levava a crer 
que ela não tinha mais futuro. Ora, eis que, há duas ou três décadas, se esboçaram os sinais 
enunciadores, e depois multiplicaram-se as manifestações de um retorno com força total". 
(RÉMOND, René. "Uma história do presente". In:___. (org). Por uma história política. RJ: FGV, 2003. p. 
21.) 
Contextualize historicamente o "retorno do político" e defina como este campo de investigação 
reagiu às críticas da Escola dos Annalles. 
Apesar das críticas das gerações dos Annales, a partir da década de 1970 a história política desenvolveu-
se no campo da história das mentalidades políticas, da sociologia política e teve uma aproximação 
progressiva dos problemas de análise do político com especialistas de disciplinas diferentes, entre as quais 
a própria Antropologia. Houve um conjunto de reorientações disciplinares, autônomas a princípio, mas que 
desenharam pouco a pouco um espaço comum, revelando novos campos de atuação e domínios deestudos 
para o campo historiográfico do político. 
Neste movimento de renovação, mais do que a simples recuperação, o contato com outras disciplinas, 
principalmente com as Ciências Sociais, desempenhou um papel central. A partir de então, o tema da 
participação política passou a ocupar espaço fundamental na história. 
 
10. "A micro-história dirigiu especificamente o problema da comunicação e tem estado 
bastante consciente de que a pesquisa histórica não tem a ver apenas com a 
comunicação dos resultados em um livro". (LEVI, Giovanni. 'Sobre a Micro-história'. In:____. (org.). 
A escrita da história: novas perspectivas. SP: UNESP, 1992. p.152.) 
A partir da leitura do fragmento acima, defina como a micro-história, enquanto procedimento 
analítico, lida com a problemática da narrativa histórica. 
A narrativa construída pela micro-história deve se preocupar em indicar todo o processo 
e as reflexões percorridas pelo pesquisador, reagindo à história social e promovendo a 
discussão de temas as quais as grandes narrativas haviam deixado de fora da história. 
Tem como preocupação uma delimitação temática. 
 
11. A história oral se consolidou na última década como importante campo de 
investigação. O historiador quando utiliza o relato oral em sua pesquisa, deve 
fazer uma série de reflexões teórico-metodológicas, dentre as quais: 
a) O debate entre estruturalismo e o marxismo com o objetivo de identificar possíveis conflitos 
de memória. 
b) A análise da relação entre memória e identidade no plano individual e 
coletivo. 
c) A identificação das relações de produção e seus conflitos 
d) A análise da relação entre fenômenos culturais e fenômenos econômicos. 
e) A análise da relação entre os conflitos sociais e a ação do capital. 
 
12. O caráter teleológico consiste em considerar o final da história como algo 
previamente conhecido. Como Karl Marx postulava o Comunismo e, segundo o 
pensador, este só seria alcançado através da tomada do poder pelo proletariado 
e após passar por etapas necessárias, fica aparente para Marx que o final da 
história se dá em uma sociedade comunista. 
No estudo da História da sociedade o Marxismo privilegiava a visão: 
a) Cultural 
b) Cotidiana 
c) Política 
d) Industrial 
e) Econômica 
 
 
 
 
13. Para o historiador Pierre Nora, os lugares de memória são interpretados 
como: lugares materiais onde a memória social se ancora e pode ser apreendida 
pelos sentidos; lugares funcionais porque tem ou adquirirem a função de 
alicerçar memórias coletivas e são lugares simbólicos onde essa memória 
coletiva se expressa e se revela. São, portanto, lugares carregados de uma 
vontade de memória. Longe de ser um produto espontâneo e natural, os lugares 
de memória são uma construção histórica e o interesse em seu estudo vem, 
exatamente, de seu valor como documentos e monumentos reveladores dos 
processos sociais. 
A afirmação que melhor expressa a relação entre a história e a memória presente no 
pensamento de Pierre Nora é: 
a) História e memória são conceitos diferentes que só se relacionam em museus e arquivos, não 
necessitando da intervenção do historiador. 
b) A memória seria a única fonte para a história, enquanto a história seria a responsável pela 
manutenção dos principais monumentos da humanidade. 
c) A memória coletiva se expressa através de lugares de memória, construções 
históricas muito características de nossa sociedade. 
d) A memória está ligada a ideia de história oral tida enquanto escolha do historiador. 
e) A história e a memória existem apenas nas lembranças das pessoas responsáveis pela 
manutenção das tradições locais 
 
14. No prefácio a introdução inglesa de seu livro O queijo e os vermes Carlo 
Ginsburg afirma, defendendo a metodologia da micro-história, que em 
consequência de uma investigação que girava em torno de um indivíduo acabou 
surgindo uma hipótese geral sobre a cultura popular. 
A partir desse pensamento de Ginsburg faça uma breve análise sobre os métodos 
utilizados pela micro-história. 
Gabarito: A micro-história busca por meio do jogo de escalas de análise, a 
apreensão de aspectos que passariam despercebidos em análises 
macroanalíticas, tais como as análises estruturais. Sua metodologia pressupõe 
situar o sujeito e suas relações como protagonistas do processo histórico, sem 
perder de vista as outras escalas que se inter-relacionam e compõem a vida 
social. 
 
15. Sobre a História das Mentalidades, qual das alternativas é verdadeira? 
a) É sinônimo da história das ideias, pois lida principalmente com os intelectuais de uma época 
e como seus pensamentos são apropriados pela sociedade. 
b) Nos anos de 1920 protagonizou intensos ataques à Escola dos Annales devido à falta de 
combatividade política de Marc Bloch e Lucien Febvre. 
c) Privilegia os modos de pensar e de sentir dos indivíduos de uma mesma 
época. 
d) Teve como um dos grandes representantes Claude Leví-Strauss que ao escrever o livro 
"Pensamento Selvagem" fundou a escola. 
e) Afirma as concepções marxistas de classe e luta de classe, buscando através da categoria 
"ideologia" uma consciência coletiva comum a toda sociedade. 
 
16. Sobre a Micro História NÃO se pode afirmar que: 
a) É uma prática metodológica que possibilita, por meio do jogo de escalas de análise, a apreensão de 
aspectos que passariam despercebidos em escalas macroanalítica. 
b) É uma narrativa histórica que privilegia a compreensão das macro estruturas sociais. 
c) Permite a complexificação do social. 
d) Em sua análise o individual não é contraditório ao social por aquele possibilitar a apreensão de aspectos 
diferentes do último. 
 
17. "A verdadeira ruptura ocorrida na historiografia francesa e responsável pela 
irrupção da chamada Nova História, particularmente da história das mentalidades, 
parece ter ocorrido muito mais em relação à 'era Braudel', na qual predominou uma 
visão totalizante e socioeconômica da história, do que em relação aos primórdios dos 
Annales a, tempo em que as mentalidades eram valorizadas". 
Contextualize a analise como a história das mentalidades é fruto da ruptura com "Era Braudel" e, 
ao mesmo tempo, deve a este historiador a definição de tempo histórico para compreensão da 
cultura. 
A chamada História das mentalidades, em linhas gerais, compreende uma modalidade 
historiográfica que privilegia os modos de pensar e de sentir dos indivíduos de uma mesma época. 
A História das mentalidades associou-se também ao conceito de "longa duração" ou "tempo 
longo", característico da escola dos Annales. Tal como o compreendia Fernand Braudel, as 
mentalidades constituiriam um padrão de pensamento ou de sensibilidade que mudaria muito 
lentamente, vindo a formar uma estrutura de longa duração. 
 
18. Sobre a crise atravessada pelas ciências sociais atravessada a partir da década de 
1970, no século XX pode-se se afirmar que: 
a) A discussão acerca do conceito de civilização e cultura não é importante para a compreensão da crise 
das ciências sociais do século XX. 
b) A crise ligada à disciplina História ocorreu, sobretudo, após a Segunda Guerra 
Mundial com a crise do paradigma iluminista. 
c) A crise ocorreu apenas na antropologia, não atingindo a ciência histórica. 
d) A Segunda Guerra Mundial serviu para demonstrar como as teorias desenvolvidas pelas ciências sociais 
conseguiam explicar o progresso e os avanços da humanidade. 
e) Houve uma crise de método na ciência histórica somente antes do desenvolvimento da Segunda Guerra 
Mundial. 
 
19. O surgimento de uma terceira geração na Escola dos Annales tornou-se cada vez 
mais óbvio nos anos que se seguiram a 1968. Significativas, contudo, foram as 
mudanças intelectuais ocorridas nos últimos vinte anos.Sobre as mudanças surgidas 
durante esse período, marque, dentre as alternativas abaixo, a alternativa incorreta: 
a) Esta geração é mais aberta a ideias vindas do exterior. Muitos dos seus membros viveram um ano ou 
mais nos Estados Unidos. 
b) Não houve neste período um domínio do grupo como o fizeram Febvre e Braudel. Alguns comentadores 
chegaram mesmo a falar numa fragmentação. 
c) Vários membros do grupo levaram mais adiante o projeto de Febvre, estendendo as fronteiras da 
história de forma a permitir a incorporação da infância, do sonho, do corpo e, mesmo, do odor. 
d) O itinerário intelectual de alguns historiadores dos Annales, neste período, 
transferiu-se da base cultural para a "superestrutura" econômica. 
e) A terceira geração é a pioneira a incluir a história das mulheres, especialmente Christiane Klapisch, que 
trabalhou sobre a história da família na Toscana durante a Idade Média e o Renascimento. 
 
20. Pode-se afirmar em relação à História que: 
a) Atualmente ela está voltada preferencialmente para o estudo dos grandes fatos políticos, com destaque 
para a biografia dos governantes. 
b) A pesquisa das fontes e a crítica dos documentos são partes fundamentais do 
processo de produção historiográfica. 
c) Diferente do que ocorreu no século passado, hoje a História busca um caminho próprio, desvinculado 
totalmente das demais ciências sociais. 
d) Tendo em vista sua atual opção por compreender globalmente a sociedade, a História não mais se 
preocupa com a investigação dos eventos de pequenos grupos sociais. 
e) A chamada História positivista recusava-se a admitir a História como ciência apenas do passado. 
 
21. Podemos dizer que o argumento cartesiano do cogito "Penso logo existo" foi o 
fundamento do seguinte paradigma: 
a) Estruturalismo de Durkheim e Levi-Strauss. 
b) Niilismo de Nietzsche. 
c) Esteticismo de Kant. 
22. "Esses avanços se operam muitas vezes em detrimento de outro ramo, como se todo 
avanço devesse ser pago com algum abandono, duradouro ou passageiro, e o espírito 
só pudesse progredir rejeitando a herança da geração anterior. Era pois provavelmente 
inevitável que o desenvolvimento da história econômica ou social se fizesse às custas 
do declínio da história dos fatos políticos, daí em diante lançada num descrédito 
aparentemente definitivo. Ora, o movimento que leva a história, o mesmo que acarretou 
o declínio da história do político , hoje traz de volta essa história em primeiro plano, Ao 
lado da história das relações internacionais, profundamente renovada, da história 
religiosa, também reformada e em pleno desenvolvimento da história cultural, a última 
a chegar e que desfruta de um entusiasmo comparável àquele de que se beneficiaram 
tempos atrás a história econômica e a história social, eis que a história política 
experimenta uma espantosa volta da fortuna cuja importância os historiadores nem 
sempre têm percebido." 
RÉMOND, Réne. "Por uma história presente". In: ____________. "Por uma história política". Rio de Janeiro: 
Qual o objetivo do autor com a passagem acima? 
a) Anunciar uma nova forma de pensar a história política através da conexão entre os 
campos de estudo. 
b) Protestar contra os historiadores que ignoram os fatos políticos em suas análises. 
c) Prever o esquecimento da história cultural, tal como aconteceu com a história econômica e política. 
d) Exaltar o renascimento da política nos estudos historiográficos recentes. 
e) Demonstrar que a competição entre os campos historiográficos é corrente e alguns serão beneficiados 
e outros esquecidos. 
 
23. Sobre a história social, não podemos afirmar que: 
a) Existem várias modalidades de história social, com pressupostos diferentes que foram realizadas ao 
longo do tempo. 
b) A história social influenciada pelos Annales entrou em crise nas décadas de 70 e 80 quando novas 
abordagens foram propostas. 
c) Praticamente deixou de ser aplicada com o surgimento da Escola dos Annales que 
priorizou uma abordagem cultural da sociedade 
d) A fragmentação da história social é um fato, que não permite mais que a história social seja considerada 
uma disciplina homogênea. 
 
24. A maior contribuição para a mudança do enfoque da historiografia no século XX foi 
o movimento iniciado por Marc Bloch e Lucien Febvre, com o lançamento da Revista dos 
Annales, em 1929. A atuação do grupo colaborou na construção da História, enquanto 
ciência, e na renovação dos seus estudos. Entre 1929 a 1969, principalmente, este 
grupo tinha concepções comuns que foram resultado de debates travados, sobretudo 
inicialmente, com historiadores tradicionais - positivistas e historicistas. 
Marque dentre as alternativas abaixo aquela que não se relaciona com as ideias e 
diretrizes do grupo dos Annales: 
a) A ênfase na história política, demográfica e social, salientando os aspectos políticos 
por meio de estudos regionais. 
b) A substituição da tradicional narrativa de acontecimentos por uma história-problema 
c) A colaboração com outras disciplinas, tais como a geografia, a sociologia, a psicologia, a economia, a 
linguística e a antropologia social. 
d) A utilização de novas fontes como a tradição oral e vestígios arqueológicos. 
e) A busca por uma história de todas as atividades humanas e não apenas da história política. 
 
25. O que significa estudar a "história da história"? 
a) Criticar as posturas pós modernas que afastam a história da ciência, aproximando-a da literatura. 
b) Rechaçar as produções ditas tradicionais, mas relê-las com a intensão de criticá-las, apresentando 
novas visões sobre os grandes temas da história. 
c) Colecionar os objetos e documentos do passado afim de montar a disciplina histórica com a maior 
amplitude possível. 
d) Negar a possibilidade da micro análise já que a parte nunca teria poder de explicar um todo social e 
político. 
e) Produzir conhecimento sobre as técnicas do fazer historiográfico. 
26. A ampliação do conceito de cultura na história veio como reação ao determinismo 
econômico de uma infraestrutura que tudo abarcava. Isto significa que: 
a) A história econômica é anterior e mais importante do que a história cultural. 
b) As relações econômicas e sociais são anteriores às culturais e determinam os campos de prática e 
produção cultural. 
c) A ampliação do conceito de cultural veio complementar o determinismo econômico do século XX, 
inaugurado a partir da década de 1960. 
d) As relações econômicas e sociais não são anteriores às culturais, nem as 
determinam; elas próprias são campos de prática e produção cultural. 
e) A macro história econômica é o principal objeto de estudo da história cultural e econômica. 
 
27. O surgimento de uma terceira geração na Escola dos Annales tornou-se cada vez 
mais óbvio nos anos que se seguiram a 1968. Significativas, contudo, foram as 
mudanças intelectuais ocorridas nos últimos vinte anos. Sobre as mudanças surgidas 
durante esse período, marque, dentre as alternativas abaixo, a alternativa incorreta: 
a) Vários membros do grupo levaram mais adiante o projeto de Febvre, estendendo as fronteiras da 
história de forma a permitir a incorporação da infância, do sonho, do corpo e, mesmo, do odor. 
b) O itinerário intelectual de alguns historiadores dos Annales, neste período, 
transferiu-se da base cultural para a "superestrutura" econômica. 
c) Não houve neste período um domínio do grupo como o fizeram Febvre e Braudel. Alguns comentadores 
chegaram mesmo a falar numa fragmentação. 
d) Esta geração é mais aberta a ideias vindas do exterior. Muitos dos seus membros viveram um ano ou 
mais nos Estados Unidos. 
 
28. A história cultural é um campo historiográfico que se tornou cada vez mais evidente 
a partir do final do século XX, sobretudo na França. Chamada de Nova históriacultural, 
essa historiografia só se tornou possível a partir da expansão dos objetos 
historiográficos. Um de dos representantes dessa tendência é o historiador Roger 
Chartier. Sobre a Nova história cultural é correto afirmar: 
a) Está voltada para a compreensão da dimensão econômica da sociedade. 
b) A história cultural abre espaço para o estudo de objetos como cultura popular, 
cultura letrada e representações. 
c) Também pode ser chamada de história intelectual, pois está relacionada ao estudo das culturas 
dominantes. 
d) A história cultural se limita apenas a estudar a produção cultural literária e artística oficialmente 
reconhecidas. 
e) Estuda principalmente as manifestações textuais para a compreensão das relações políticas da 
sociedade. 
 
29. A moderna História oral surgiu na década de 1940, pós-segunda guerra mundial nos 
Estados Unidos. Essa metodologia tornou possível a transformação de objetos de estudo 
em sujeitos, uma vez que: 
a) Acredita que as fontes orais são apenas complementos das fontes escritas. 
b) Contribui para uma história mais rica e viva, pois os entrevistados são ao mesmo 
tempo os objetos a serem estudado e podem contribuir para a construção de sua 
história. 
c) Não serve como instrumento para informação sobre o passado, pois o que interessa é apenas a 
objetividade dos narradores 
d) Defende que as sociedades não letradas são sociedades sem história, uma vez que não tem como 
registrar o passado. 
e) Promove a separação entre sujeito e objeto colocando o historiador em uma imparcialidade necessária 
para o desenvolvimento de seus trabalhos. 
 
 
 
 
 
30. O caráter teleológico consiste em considerar o final da história como algo 
previamente conhecido. Como Karl Marx postulava o Comunismo e, segundo o pensador, 
este só seria alcançado através da tomada do poder pelo proletariado e após passar por 
etapas necessárias, fica aparente para Marx que o final da história se dá em uma 
sociedade comunista. No estudo da História da sociedade o Marxismo privilegiava a 
visão: 
a) Política 
b) Industrial 
c) Cotidiana 
d) Cultural 
e) Econômica 
 
31. Qual o categoria que melhor se adapta ao movimento historiográfico dos Annales: 
a) Um paradigma 
b) Uma escola histórica 
c) Uma metodologia 
d) Uma teoria 
e) Nenhuma das respostas anteriores 
 
32. Os conceitos pertencem a qual destes âmbitos: 
a) À Metodologia 
b) À Historiografia 
c) À Teoria 
d) À Pesquisa 
e) Nenhuma das respostas anteriores 
 
33. De modo mais geral, a qual verbo pode se relacionar a Metodologia: 
a) Ver (no sentido de conceber) 
b) Fazer 
c) Narrar 
d) Calcular 
e) Nenhuma das respostas anteriores 
 
34. De modo mais geral, a qual verbo pode se relacionar a Teoria: 
a) Ver (no sentido de conceber) 
b) Fazer 
c) Narrar 
d) Calcular 
e) Nenhuma das respostas anteriores 
 
35. Qual o conceito que, logo ao princípio do texto de Ciro Flamarion Cardoso sobre os 
“paradigmas rivais”, é contraposto ao conceito de “cultura”? 
1) urbanização 
2) letramento 
3) civilização 
4) educação 
5) nenhuma das respostas anteriores 
 
36. Qual o par de paradigmas que Ciro Flamarion contrapõe em sua leitura sobre a crise 
historiográfica contemporânea? 
a) Historicismo / Positivismo 
b) Iluminista / Pós-Moderno 
c) Evolucionismo / Criacionismo 
d) Democracia / Totalitarismo 
e) Nenhuma das respostas anteriores 
 
37. Qual a tríade de critérios a partir dos quais pode se organizada a diversidade 
contemporânea de modalidades históricas? 
a) Espacialidades / temporalidades / problemáticas 
b) Saberes / fazeres / temas 
c) Dimensões / abordagens / domínios temáticos 
d) Materialidades / espiritualidades / mediações 
e) Nenhuma das respostas anteriores 
 
38. Qual o conceito relacionado à “História Serial”? 
a) Número 
b) Mentalidade 
c) Série 
d) Economia 
e) Política 
 
39. Qual o conceito relacionado à “História Quantitativa”? 
a) Número 
b) Mentalidade 
c) Série 
d) Economia 
e) Política 
 
40. Quais as principais abordagens utilizada pelos historiadores econômicos entre os 
anos 1940 e 1970? 
a) Análise de discurso e lexicografia 
b) Serialização e quantificação 
c) História oral e arqueologia 
d) Análise tópica e pesquisa participativa 
e) Nenhuma das respostas anteriores 
 
41. Na década de 1980, René Remon lançou um livro que pode ser interpretado como 
um manifesto em defesa do campo da história política e sua renovação. Dentre as 
características da Nova História Política pode ser citado: 
R: Incorporação do conceito de cultura a partir do diálogo com a Antropologia 
 
42. A História sempre surgiu contraposta à Antropologia ou à etnologia. Algumas 
dicotomias rígidas concretizaram-se, guardando para a história o reino da diacronia e 
do tempo; para a Antropologia o lugar da sincronia e da estrutura. Desde o final da 
década de 60, entretanto, esse pensamento vem sendo modificado em função do 
surgimento de uma antropologia histórica que: 
R: Traz para o historiador uma nova abordagem atenta aos elementos culturais de longa duração, 
sem estar presa apenas a análises factuais. 
 
43. A proposta de renovação historiográfica dos fundadores dos Annales opunha-se a 
um fazer historiográfico que encerrava a história num campo limitado de atuação, 
identificado como escola metódica. Pode-se afirmar que essa oposição, naquele 
momento, apresentou as características a seguir. 
I Crítica aos eventos de natureza puramente política, por serem insuficientes para explicar todo o processo 
histórico por si mesmos. 
II - Defesa da interdisciplinaridade como forma de dotar a história de instrumentos mais eficazes para a 
análise da sociedade. 
III - Desenvolvimento de um novo programa de pesquisa, baseado apenas na micro-história, em oposição 
à história política tradicional. 
IV - Rejeição aos métodos de pesquisa baseados em testemunhos orais. 
 
São corretas APENAS as características: R: I e II 
44. Ao analisar a relação entre história e memória, deve-se considerar que a história: 
R: Reflete, algumas vezes, o movimento que envolve os acontecimentos, conforme são 
lembrados ou esquecidos. 
 
45. O que significa estudar a "história da história"? 
R: Produzir conhecimento sobre as técnicas do fazer historiográfico. 
 
46. A micro história possibilita a observação entre sistemas normativos e a liberdade 
de ação criada para os indivíduos. Faça uma análise do pensamento dessa teoria. 
Resposta: A micro-história lida com a problemática da narrativa histórica reagindo a 
história social e promovendo a discussão de temas as quais as grandes narrativas 
haviam deixado de fora da história. Tem como preocupação uma delimitação temática. 
 
47. De acordo com João Fragoso a História Econômica há tempo deixou de estar limitada 
aos dados quantitativos e às tabelas. Dentro desta perspectiva, podemos afirmar que 
hoje o historiador que pretende desenvolver uma pesquisa neste campo 
necessariamente deve: 
R: Estar atento para hábitos, costumes e identidades presentes em uma mesma cultura 
e que podem influenciar na forma de produção, circulação e consumo de bens. 
 
48. Sobre a Micro História NÃO se pode afirmar que: 
R: É uma narrativa histórica que privilegia a compreensão das macro estruturas sociais. 
 
49. Sobre a micro história marque a alternativa INCORRETA: 
R: Contempla temáticas ligadas ao cotidiano de comunidades específicas e preocupa-se 
com a reconstituição de microtextos. 
 
50. Marc Ferro foi um pioneiro na incorporação do cinema como fonte para a 
compreensão das ideologias e mentalidades dos sujeitos da História. Através dos filmes 
este autor passou a buscar evidênciasque pudessem ajudá-lo a perceber e compreender 
determinados eventos e períodos históricos. Marque a alternativa abaixo que NÃO 
representa a importância do cinema para a História. 
R: O cinema como não pode ser considerado como um agente da História, uma vez que 
os documentários, assim como as obras ficcionais, não representam discursos, mas 
manipulações de informações. 
 
51. "Era pois provavelmente inevitável que o desenvolvimento da história econômica 
ou social se fizesse às custas do declínio da história dos fatos políticos”. M (RÉMOND, René. 
"Uma história do presente". In:___. (Org). Por uma história política. RJ: FGV, 2003. p. 13) 
Contextualize o declínio da história política e as principais críticas que levaram ao seu 
abandono durante o início e meados do século XX. 
Resposta: Temos a Escola dos Annales voltada para a segunda geração a qual 
condenava o ostracismo em nome de uma história econômica. No centro dessa 
contextualização temos também o marxismo desempenhando uma postura semelhante 
o qual valoriza a estrutura econômica como principal indicação para a compreensão da 
realidade histórica. 
 
52. A história oral se consolidou na última década como importante campo de 
investigação. O historiador quando utiliza o relato oral em sua pesquisa, deve fazer 
uma série de reflexões teórico-metodológicas, dentre as quais: 
R: A análise da relação entre memória e identidade no plano individual e coletivo. 
 
53. O caráter teleológico consiste em considerar o final da história como algo 
previamente conhecido. Como Karl Marx postulava o Comunismo e, segundo o pensador, 
este só seria alcançado através da tomada do poder pelo proletariado e após passar por 
etapas necessárias, fica aparente para Marx que o final da história se dá em uma 
sociedade comunista. No estudo da História da sociedade o Marxismo privilegiava a 
visão: 
R: Econômica 
 
54. Para o historiador Pierre Nora, os lugares de memória são interpretados como: 
lugares materiais onde a memória social se ancora e pode ser apreendida pelos 
sentidos; lugares funcionais porque tem ou adquirirem a função de alicerçar memórias 
coletivas e são lugares simbólicos onde essa memória coletiva se expressa e se revela. 
São, portanto, lugares carregados de uma vontade de memória. Longe de ser um 
produto espontâneo e natural, os lugares de memória são uma construção histórica e o 
interesse em seu estudo vem, exatamente, de seu valor como documentos e 
monumentos reveladores dos processos sociais. 
A afirmação que melhor expressa a relação entre a história e a memória presente no 
pensamento de Pierre Nora é: 
R: A memória coletiva se expressa através de lugares de memória, construções 
históricas muito características de nossa sociedade 
 
55. No prefácio a introdução inglesa de seu livro O queijo e os vermes Carlo Ginsburg 
afirma, defendendo a metodologia da micro-história, que em consequência de uma 
investigação que girava em torno de um indivíduo acabou surgindo uma hipótese geral 
sobre a cultura popular. A partir desse pensamento de Ginsburg faça uma breve análise 
sobre os métodos utilizados pela micro-história. 
Resposta: A micro história está relacionada a uma abordagem multifacetada do poder, 
onde o poder não está só ligado ao estado, ele está também no cotidiano, nas micro 
estruturas da sociedade. 
 
56. Sobre a História das Mentalidades, qual das alternativas é verdadeira? 
R: Privilegia os modos de pensar e de sentir dos indivíduos de uma mesma época. 
 
57. "A verdadeira ruptura ocorrida na historiografia francesa e responsável pela 
irrupção da chamada Nova História, particularmente da história das mentalidades, 
parece ter ocorrido muito mais em relação à 'era Braudel', na qual predominou uma 
visão totalizante e socioeconômica da história, do que em relação aos primórdios dos 
Annales a, tempo em que as mentalidades eram valorizadas". (VAINFAS, Ronaldo. 
"História das mentalidades e história cultural". In: CARDOSO, Ciro Flamarion. (Org). 
Domínios da História. RJ: Elsevier, 1997. p. 135.) 
Contextualize a analise como a história das mentalidades é fruto da ruptura com "Era 
Braudel" e, ao mesmo tempo, deve a este historiador a definição de tempo histórico 
para compreensão da cultura. 
Resposta: A história das mentalidades, marca uma ruptura em relação a abordagem que 
tinha como principal característica um cunho econômico, passou a ser de cunho cultural 
privilegiando os modos de pensar e de sentir dos indivíduos. 
 
58. Sobre a crise atravessada pelas ciências sociais atravessada a partir da 
década de 1970, no século XX pode-se se afirmar que: 
R: A crise ligada à disciplina História ocorreu, sobretudo, após a Segunda Guerra 
Mundial com a crise do paradigma iluminista. 
 
 
59. O surgimento de uma terceira geração na Escola dos Annales tornou-se cada vez 
mais óbvio nos anos que se seguiram a 1968. Significativas, contudo, foram as 
mudanças intelectuais ocorridas nos últimos vinte anos. Sobre as mudanças surgidas 
durante esse período, marque, dentre as alternativas abaixo, a alternativa incorreta: 
R: O itinerário intelectual de alguns historiadores dos Annales, neste período, 
transferiu-se da base cultural para a "superestrutura" econômica. 
 
60. "Esses avanços se operam muitas vezes em detrimento de outro ramo, como se todo 
avanço devesse ser pago com algum abandono, duradouro ou passageiro, e o espírito 
só pudesse progredir rejeitando a herança da geração anterior. Era pois provavelmente 
inevitável que o desenvolvimento da história econômica ou social se fizesse às custas 
do declínio da história dos fatos políticos, daí em diante lançada num descrédito 
aparentemente definitivo. Ora, o movimento que leva a história, o mesmo que acertou 
o declínio da história do político , hoje traz de volta essa história em primeiro plano, Ao 
lado da história das relações internacionais, profundamente renovada, da história 
religiosa, também reformada e em pleno desenvolvimento da história cultural, a última 
a chegar e que desfruta de um entusiasmo comparável àquele de que se beneficiaram 
tempos atrás a história econômica e a história social, eis que a história política 
experimenta uma espantosa volta da fortuna cuja importância os historiadores nem 
sempre têm percebido." RÉMOND, Réne. "Por uma história presente". In: ____________. "Por uma 
história política". Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2003. p. 13-14. 
Qual o objetivo do autor com a passagem acima? 
R: Anunciar uma nova forma de pensar a história política através da conexão entre os 
campos de estudo. 
 
61. Pode-se afirmar em relação à História que: 
R: A pesquisa das fontes e a crítica dos documentos são partes fundamentais do 
processo de produção historiográfica. 
 
62. A História sempre surgiu contraposta à Antropologia ou à etnologia. Algumas 
dicotomias rígidas concretizaram-se, guardando para a história o reino da diacronia e 
do tempo; para a Antropologia o lugar da sincronia e da estrutura. Desde o final da 
década de 60, entretanto, esse pensamento vem sendo modificado em função do 
surgimento de uma antropologia histórica que: 
R: Traz para o historiador uma nova abordagem atenta aos elementos culturais de longa 
duração, sem estar presa apenas a análises factuais. 
 
63. Qual das alternativas define o trabalho de um pesquisador em história social que 
declara que escreve uma história vista de baixo? 
R: É uma pesquisa construída a partir da vida das pessoas comuns, pensando suas 
estratégias e diálogos com amplos setores sociais como a comunidade e o Estado. 
 
64. A ampliação do conceito de cultura na história veio como reação ao determinismo 
econômico de uma infraestrutura que tudo abarcava. Isto significa que:R: As relações econômicas e sociais não são anteriores às culturais, nem as determinam; 
elas próprias são campos de prática e produção cultural. 
 
 
 
 
 
 
65. Leia com atenção o trecho a seguir: "A situação é ainda mais delicada porque, como 
já foi observado, o que inscrevemos (ou tentamos fazê-lo) não é o discurso social bruto 
ao qual não somos atores, não temos acesso direto a não ser marginalmente, ou muito 
especialmente, mas apenas àquela pequena parte dele que os nossos informantes nos 
podem levar a compreender. Isso não é tão fatal como soa, pois, na verdade, nem todos 
os cretenses são mentirosos, e não é necessário conhecer tudo para poder entender 
uma coisa." (GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008. 
p.14). A partir da leitura e dos seus conhecimentos sobre o lugar intelectual de Geertz, 
é possível concluir que: 
R: Geertz pode ser considerado o fundador da antropologia simbólica, que criticou o 
estruturalismo característico da antropologia lévi-straussiana e propôs uma análise 
antropológica menos ambiciosa e caracterizada pelo empirismo e pela preocupação em 
descrever detalhadamente os comportamentos culturais. 
 
66. Segundo Ronaldo Vainfas em seu texto História das mentalidades e História Cultural, 
presente no livro Domínios da História, a história das mentalidades, apesar das duras 
críticas sofridas após a década de 80 do século XX, era herdeira direta da Revista dos 
Annales. Analise as principais características dessa abordagem historiográfica que 
comprovem tal afirmativa. 
Resposta: A história das mentalidades era considerada herdeira direta da Revista dos 
Annales, pois os novos historiadores da revista queriam continuar o legado deixa por 
Marc Bloch e Lucien Febvre, mas sem deixar de abordar outros novos assuntos como a 
infância, o cotidiano e a morte. 
 
67. Quando em 1929 Marc Bloch e Lucien Febvre fundaram a Revista dos Annales, 
tinham o interesse de propor uma "nova" forma de conceber a prática da pesquisa em 
história. Essa "nova história" ficou conhecida como "história social" e foi hegemônica 
durante grande parte do século XX. Ao se definir como "nova", a história social 
identificou no historicismo o paradigma historiográfico a ser superado. Com a crise dos 
estruturalismos, que podemos localizar cronologicamente na segunda metade do século 
XX, podemos observar o retorno de algumas práticas historicistas que durante muito 
tempo foram marginalizadas pela história social. Entre essas, podemos destacar a 
narrativa biográfica. Contudo, é equivocado supor que o gênero biográfico 
contemporâneo seja idêntico à biografia historicista. Diante disso, diferencie esses dois 
tipos de biografia. 
Resposta: A diferença do gênero biográfico contemporâneo para a biografia historicista 
está na forma de como se é abordado, pois a biografia contemporânea, o historiador 
pode trabalhar com a pesquisa oral, trabalha com a memória desse indivíduo. Já a 
biografia historicista vai trabalhar mais com as fontes registradas, as oficias, com algum 
objeto que fazem parte e marca aquele período. 
 
68. Sobre a crise atravessada pelas ciências sociais atravessada a partir da 
década de 1970, no século XX pode-se se afirmar que: 
R: A crise ligada à disciplina História ocorreu, sobretudo, após a Segunda Guerra 
Mundial com a crise do paradigma iluminista. 
 
69. "Efetivamente, a memória, e a história, precisamente na medida em que é 
constituída sobre farrapos da memória são obrigatoriamente seletivas. Os vestígios de 
que falamos não estão uniformemente repartidos. Há buracos nos tecidos; mas estes 
buracos nem todos são acidentais, nem todos são efeitos de uma degradação, da usura 
do tempo; existem lacunas, porque certos elementos do passado deixaram vestígios 
menos duradouros que outros." 
Sobre esta passagem é possível afirmar: 
R: A memória e o esquecimento são pares que o historiador deve considerar ao trabalhar 
com certas tipologias de fontes. 
70. Sobre a Micro-história marque a alternativa INCORRETA: 
R: Tem como preocupação construir uma história do cotidiano e econômica, apenas das 
classes pobres, por isso a preferência pela micro-análise da sociedade. 
 
71. Entre 1981 e 1988 surgiu uma coleção, na Itália, organizada pelos historiadores 
Carlo Ginzburg e Giovanni Levi e intitulada de Microstorie. A coleção fez muito sucesso 
apresentando sua forma inovadora de se abordar o objeto de pesquisa e passou a 
influenciar historiadores em várias partes do mundo com as novas metodologias. 
Sobre a micro-história podemos afirmar: 
R: É uma forma de se pesquisar e escrever História na qual a escala de observação é 
reduzida. Sem deixar de levar em consideração as estruturas estabelecidas pela História 
Geral.

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