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RECURSO ORDINÁRIO 1) Conceito - é um recurso previsto na CF, art. 102, II e 105, II e 1027-1028, CPC. - dirigido para o STF e o STJ. - serve, em regra para que se possa obter o reexame das decisões que são de competência dos tribunais. - faz às vezes de “apelação”1. - A devolução ao Tribunal ad quem é ampla, abrangendo a matéria fática como de direito. - a admissibilidade não se limita a situações específicas dos arts. 102, III e 105, III, CF. - as hipóteses relacionados a matérias não-penais (matéria civil) referidas na CF encontram-se mencionadas no art. 1027, CPC. 2) Cabimento - dirigido para o STF ou STJ. - só as decisões coletivas dos Tribunais desafiam recurso ordinário. - STF – arts. 102, II, CF e 1027, I, CPC (STJ, TST, STM e TSE) – quando de caráter denegatório. - STJ – arts. 105, II, CF e 1027, II, CPC. 1027, II, “a”: não cabe RO contra decisão monocrática, 1027, II, “a”, CPC; cabe contra decisão de “tribunal” não se considera tribunal, a turma recursal do juizado2. 1027, II, “b”: competência originária da JF de 1º grau (art. 109, II, CF3). Nesse caso, o STJ atua como se estivesse julgando apelação. Somente nessa hipótese se admite o adesivo (1028, caput), excepcionando a regra do art. 997, § 2º, II. As decisões interlocutórias são agraváveis por instrumento diretamente para o STJ4, § 1º, 1027. 1 PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE E PROCEDIMENTO NO STJ. ART. 247 DO RISTJ. 1. O art. 247 do RISTJ, ao estabelecer os requisitos de admissibilidade e o procedimento aplicável ao recurso ordinário em mandado de segurança, determina: "Aplicam-se ao recurso ordinário em mandado de segurança, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento no Tribunal recorrido, as regras do Código de Processo Civil relativas à apelação." [...] (AgRg no Ag 1431645/GO, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 03/06/2014, DJe 12/06/2014) 2 AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUIZADOS ESPECIAIS. MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO ORDINÁRIO. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. NÃO CABIMENTO. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. Consolidado o entendimento nesta Corte, no sentido de não haver previsão constitucional para que o STJ julgue recurso ordinário em mandado de segurança interposto perante Turma ou Colégio Recursal de Juizado Especial. Assim, não cabe a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC objetivando dar trânsito ao referido recurso. (AgRg no Agravo de Instrumento 1.432.422/SP, Rel. Ministro LUIZ FELIPE SALOMÃO, Quarta Turma, julgado em 11/3/2014, DJe 2/4/2014). 2. Agravo regimental não provido. (AgRg no Ag 1433037/PR, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/10/2014, DJe 20/10/2014) 3 Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; 4 ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO DE DECISÃO INTERLOCUTÓRIA PROFERIDA POR JUIZ FEDERAL. ART. 539, II, B, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. COMPETÊNCIA RECURSAL DO STJ. PRECEDENTES. LICITAÇÃO. ESTADO DO CEARÁ. PROJETO FINANCIADO PELO BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO - BID. ORGANISMO INTERNACIONAL. INABILITAÇÃO DO CONSÓRCIO. PROPOSTA EM DESCONFORMIDADE COM O EDITAL. DECISÃO ADMINISTRATIVA DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO. BID COMO LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO. NÃO OCORRÊNCIA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL. TUTELA ANTECIPADA DEFERIDA PELA PRESIDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL INTERPOSTO PELO ESTADO DO CEARÁ. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO PROVIDO. TUTELA REVOGADA. AGRAVO REGIMENTAL PREJUDICADO. 1. É cabível a interposição de agravo de instrumento perante o Superior Tribunal de Justiça, impugnando decisão interlocutória em causa cujas partes são organismo internacional - Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na condição de litisconsorte passivo necessário - e pessoa jurídica de direito privado domiciliada no país - EBCO SYSTEMS LTDA -, em conformidade com o disposto nos arts. 105, II, c, da CF/88, 539, II, b e parágrafo único, do CPC e 36 e 37 da Lei 8.038/90. Precedentes do STJ. 2. "A complexidade das questões relativas à presença de entes estrangeiros em lides desse jaez impede que se façam generalizações para outros casos aparentemente símiles. Cada situação específica deverá ser apreciada conforme o teor da decisão de primeiro grau e o tipo de vínculo jurídico que envolva as partes. Não é o simples fato da participação de um ente estrangeiro que atrairá a competência prevista no art. 109, inciso II, CF/1988" (Ag 1.003.394/CE, Segunda Turma, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, DJe 29/10/08). - o efeito devolutivo e translativo (possibilidade do tribunal analisar de ofício questões de ordem pública, com condições da ação e pressupostos processuais) é o mesmo da apelação, 1027, § 2º, CPC. 3) Processamento - prazo de 15 dias, 1003, § 5º, CPC e é interposto perante o órgão a quo, ou seja, ao Tribunal de origem. - 1028, CPC. - não possui efeito suspensivo, podendo ser requerido o efeito, § 2º, 1027, CPC (observar o art. 1029, § 5º5, CPC). - não exige prequestionamento. - observar os RI do STF e STJ. RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS I. Introdução geral - São chamados de recursos extraordinários lato sensu, e não se tratam de um terceiro grau de jurisdição. Não propiciam um mero reexame da matéria já decidida, tal como os recursos ordinários. - Tem por objetivo garantir a efetividade e a uniformidade de interpretação do direito objetivo em âmbito nacional. - Não são recursos que se prestam meramente a corrigir a injustiça das decisões. Por meio deles, não se pode pleitear a revisão de matéria de fato (Súmulas 279 do STF e 7 do STJ). - Os fundamentos e as hipóteses de cabimento do RE e do Resp estão previstas na CF/88. - Para que sejam interpostos, tem que atender aos requisitos de admissibilidade comuns a todos os recursos e outros mais rigorosos. Comuns: - legitimidade, interesse. - tempestividade: o RE e o REsp devem ser apresentados no prazo de 15 dias, simultaneamente, sob pena de preclusão. 3. Sendo a competência cível da Justiça Federal definida ratione personae, consoante o art. 109, I, da Constituição Federal, a questão em exame está em definir se a presença do BID é, ou não, necessária no polo passivo da ação ordinária proposta pela empresa EBCO SYSTEMS LTDA. 4. Não havendo exigência legal, a determinação da presença do BID na lide dependerá, necessariamente, da análise da natureza jurídica da relação em litígio (autor-réus), que na hipótese dos autos diz da participação/desclassificação da empresa licitante no certame. 5. Se é certo que, nos termos da "Política para aquisição de bens e contratação de obras financiadas pelo BID", Norma GN- 2349-7, "o Banco revisa os procedimentos de aquisição, documentos, avaliações de propostas, recomendações de adjudicação e contratos, a fim de assegurar-se de que o processo de licitação seja efetuado de acordo com os procedimentos acordados", não menos certo que as condições impostas pelo BID a todos os eventuais contratantes, e no caso concreto ao Estado do Ceará, para a lavratura do empréstimo, não interferiram na desclassificação da proposta do consórcio SMITHS- EBCO do processo licitatório (LIL 01/2009/SEFAZ) por "desconformidade com o edital". 6. Não há sequer indícios de que tenha o BID interferido na decisão técnica da Comissão de licitação. 7. Nesse diapasão, forçoso inferir que, in casu, a relação jurídica de direito material demandada em juízo, envolvendo a empresa EBCO em facedo Estado do Ceará e do BID, não possui natureza incindível a justificar a presença do organismo internacional financiador no polo passivo da lide como litisconsorte necessário; ao contrário, distintas são as relações da empresa licitante com o Estado do Ceará (processo licitatório) e deste com o BID (contrato de financiamento). 8. Segundo LUIZ GUILHERME MARINONI: "a existência de um feixe de relações jurídicas, ainda que entrelaçadas, não dá lugar a formação de litisconsórcio necessário unitário". 9. Excluída a participação do organismo internacional da lide, resta fixada a competência da Justiça Estadual para o processamento e julgamento da ação ordinária. 10. Agravo de instrumento não provido. Decisão da tutela antecipada revogada. Agravo regimental prejudicado. (Ag 1371230/CE, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 15/03/2011, DJe 21/03/2011) 5 § 5o O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido: I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) II - ao relator, se já distribuído o recurso; III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) - preparo: ambos exigem preparo e porte de remessa e retorno. Especiais: - é preciso que haja prévio esgotamento dos recursos ordinários (Súmulas 281 do STF e 207 do STJ). - que sejam interpostos contra decisão de única ou ultima instância: REsp – o art. 105, III, da CF exige ainda que a causa tenha sido decidida em única ou última instância por tribunal, estadual ou federal, ou seja, não cabe REsp contra decisão de última instância do JEA, qual seja, a Turma Recursal. - prequestionamento para que sejam admitidos: Ou seja, é preciso que uma questão de lei federal ou constitucional tenha sido enfrentada pelo acórdão. - recurso extraordinário – gênero. - Somente podem ser modificados ou banidos se houver alteração na CF. - regime jurídico comum, com características semelhantes. II. Prequestionamento - Tanto o art. 102, III, quanto o 105, III, da CF restringem o cabimento de RE e do REsp às causas decididas. Disso advém duas consequências: tais recursos só são cabíveis contra decisões judiciais; é preciso que a questão (federal ou constitucional) a ser discutida tenha sido suscitada e decidida nas instâncias ordinárias. A essa exigência dá-se o nome de prequestionamento. - Se a questão federal ou constitucional, embora viesse sendo discutida no processo, não for examinada, caberá a oposição de embargos de declaração, postulando que a omissão seja suprida, art. 1025, CPC (o NCPC adotou o prequestionamento ficto). - S. a respeito: 2116 (entendimento superado) e 987 STJ; 282 e 3568, STF - Se a questão federal ou constitucional, embora viesse sendo discutida no processo, não for examinada, caberá a oposição de embargos de declaração, postulando que a omissão seja suprida. III. Cabimento - 102, III, CF e 105, III – órgãos de superposição. - 1029 e SS, do CPC; regimentos internos - impugnação de questões de direito, não se admite a interposição para reexame de provas ou de fatos – recurso de estrito direito, S. 279, STF e 07, STJ. Entretanto, há possibilidade de Resp por violação às regras do dto probatório (licitude da prova, ônus da prova etc). Tmb é possível RE para discutir a utilização de prova ilícita. - RECUROS EXCEPCIONAL E OS CONCEITOS VAGOS: é possível a interposição em caso de aplicação de conceitos jurídicos indeterminados e cláusulas gerais (conceito vago/indeterminado) • STJ tem súmula sobre o que seja “prova escrita”, S. 247, 299; “moveis que guarnecem a casa”; • Cláusula geral -> boa-fé, função social da propriedade. - não se tem permitindo o recurso excepcional que objetive o reexame de cláusula contratual, S. 5, STJ IV. Preparo - L 11636/07 passou a prever custas nos processos que tramitem no STJ – há preparo (custas e porte de remessa e retorno) no Resp. - no STF são cobradas custas. - sendo insuficiente o valor, a parte deve ser intimada para complementá-la, art. 1007, § 2º. V. Interposição simultânea - interpor RE e Resp contra o mesmo acórdão, arts. 1029, caput e 1031, CPC. - se deixar de ser interposto um desses recursos, o outro que venha a ser intentado não será admitido, por inutilidade, Súmula 1269, STJ e 28310, STF. 6 Súmula 211 STJ – Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratório, não foi apreciada pelo Tribunal a quo. 7 Súmula nº 98 do STJ – Embargos de declaração manifestados com notório propósito de prequestionamento não tem caráter protelatório. 8 Súmula nº 282 STF – É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada. Súmula nº 356 STF – O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por falta de prequestionamento. VI. Pressupostos de admissibilidade - art. 1029. VII. I Pressupostos específicos a) Existência de uma causa - causa: questão submetida à decisão judicial. b) Decisão de última instância ou de única instância - já foram esgotadas as possibilidades de impugnação nas várias instâncias ordinárias ou na instância única. - s. 281, STF. VII.II Resp - papel do STJ é interpretar a legislação infraconstitucional e uniformizar a jurisprudência nacional. - função paradigmática – servem de exemplo. • Letra “a”, III, 105 -> lei federal (em sentido amplo), não cabe por ofensa a portaria, IN, resolução etc. Tmb não cabe por violação a RI de tribunal. • Letra “b”, III, 105 -> contraste entre ato do governo local e uma norma federal; • Letra “c”, III, 105 -> uniformizar jurisprudência, §§ 1º e 2º, 1029. Divergência entre órgãos de tribunais diverso, incabível qndo houver divergência entre órgãos do mesmo tribunal (S. 13, STJ). Necessidade de cotejo/confronto analítico. • RE em julgamento de Resp -> admite-se RE contra acórdão que julgar Resp. Ex.: da interpretação nova que a parte entende ser inconstitucional. • Julgamento por amostragem (repetitivo), 1036, CPC. O intuito desse procedimento é a economia processual, pois permite que a questão jurídica que teria de ser examinada inúmeras vezes, possa ser examinada em única ou poucas vezes, com repercussão sobre os demais recursos especiais interpostos com o mesmo fundamento – tmb se aplica do RE. VII. III RE - Questão constitucional - a violação deve ser direta, frontal. - se for indireta, reflexa, não cabe RE. Art. 1033, cabendo a conversão do recurso extraordinário em recurso especial. S. 636, STF. a) Repercussão geral - § 3º, 102, CF – repercussão para a coletividade, 1035. - sempre haverá se o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência do STF. FINALIDADES - Delimitar a competência do STF, no julgamento de recursos extraordinários, às questões constitucionais com relevância social, política, econômica ou jurídica, que transcendam os interesses subjetivos da causa. - Uniformizar a interpretação constitucional sem exigir que o STF decida múltiplos casos idênticos sobre a mesma questão constitucional. NATUREZA E COMPETÊNCIA PARA O EXAME - A existência da repercussão geral da questão constitucional suscitada é requisito necessário para o conhecimento de todos os recursos extraordinários, inclusiveem matéria penal. - Exige-se preliminar formal de repercussão geral, sob pena de não ser admitido o recurso extraordinário. - A verificação da existência da preliminar formal é de competência concorrente do Tribunal, Turma Recursal ou Turma de Uniformização de origem e do STF. - A análise sobre a existência ou não da repercussão geral, inclusive o reconhecimento de presunção legal de repercussão geral, é de competência exclusiva do STF. VIII. Efeitos 9 S. 126, STJ. E INADMISSIVEL RECURSO ESPECIAL, QUANDO O ACORDÃO RECORRIDO ASSENTA EM FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL, QUALQUER DELES SUFICIENTE, POR SI SO, PARA MANTE-LO, E A PARTE VENCIDA NÃO MANIFESTA RECURSO EXTRAORDINARIO. 10 S. 283, STF. É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos êles. - Devolutivo, 1034, CPC. S. 29211 e 45612, STF - admite-se o suspensivo, § 5º, art. 1029. S. 63413, STF (entendimento do E. 221 superando a súmula) e 63514, STF (entendimento do E. 222 superando a súmula). IX. Processamento - prazo de 15 dias – perante o Presidente ou Vice-presidente, 1029. - prazo igual para contrarrazões, 1030, caput. - os autos são primeiro remetidos para o STJ, 1031, CPC. Se o Resp for conhecido e provido o RE fica prejudicado, perda superveniente de interesse recursal quanto ao RE. - Pode ocorrer do RE ser julgado primeiro, quando o julgamento deste depender da definição da constitucionalidade da norma de direito federal tida como violada, § 2º, 1031. - 1.032 e 1.033 – fungibilidade recursal – conversão. X. Agravo em recurso especial e em recurso extraordinário, art. 1042: - é agravável a decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal de origem que nega seguimento ao RE ou REsp. - diversidade de competência em relação ao tribunal que conhecerá do agravo e dar-lhe solução: Caso de agravo interno (1030, § 2º, CPC) que é julgado pelo colegiado do tribunal de origem (TJ ou TRF): decisão local negar seguimento ao extraordinário, por estar o recurso contrário a precedente do STF que tenha repercussão geral; quando o acórdão recorrido estiver em conformidade com entendimento do STF exarado no regime de repercussão geral; quando o extraordinário ou o especial se opuser a acórdão fundamento em entendimento do STF ou do STJ exarado no regime de recursos repetitivos; Caso de agravo endereçado ao tribunal superior ad quem (STF ou STJ) (1030, § 1º): quando a negativa de seguimento do recurso não se enquadra nas hipóteses do inciso V, “a” e “b”, do art. 1030. - cabe ainda o agravo interno contra a decisão local que decide pedido de exclusão de sobrestamento acarretado pelo regime de repercussão geral ou de recursos repetitivos, 1035, § 7º e 1036, § 3º, CPC. - o art. 1042 prevê ainda hipótese que, em regra, a decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal de origem inadmite o RE ou o REsp desafia agravo endereçado ao tribunal superior (agravo em RE ou REsp). - o agravo deverá ser interposto no prazo de 15 dias e a petição será dirigida ao presidente ou vice-presidente do tribunal de origem. - não tem custas processuais. - após o prazo para contrarrazões, o presidente ou vice-presidente do tribunal de origem poderá se retratar, § 4º, 1042. - não havendo retratação o recurso será enviado para o tribunal competente, não podendo o tribunal de origem obstar o agravo, pois o juízo de admissibilidade é de competência exclusiva da Corte Superior. - o agravo poderá ser julgado conjuntamente com o REsp ou RE, § 5º, 1042. - o agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não admitido pelo presidente ou vice-presidente do tribunal, § 6º, 1042. XI. Julgamento dos Recursos Extraordinário e Especial Repetitivos - art. 1036 a 1041, CPC. - a ideia do procedimento é possibilitar a uniformização dos entendimentos divergentes sobre a mesma questão de direito. - somente são admitidos os recursos representativos da controvérsia que atendam o requisito do § 6º, 1036. - identificando a hipótese de julgamento deverá o Relator determinar a suspensão do todos os processos, 1037, II. 11 Interposto o recurso extraordinário por mais de um dos fundamentos indicados no art. 101, n. III, da Constituição, a admissão apenas por um dêles não prejudica o seu conhecimento por qualquer dos outros. 12 O Supremo Tribunal Federal, conhecendo do recurso extraordinário, julgará a causa, aplicando o direito à espécie. 13 Não compete ao Supremo Tribunal Federal conceder medida cautelar para dar efeito suspensivo a recurso extraordinário que ainda não foi objeto de juízo de admissibilidade na origem. 14 Cabe ao Presidente do Tribunal de origem decidir o pedido de medida cautelar em recurso extraordinário ainda pendente do seu juízo de admissibilidade. - o art. 1038 prevê a participação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia (participação política – amicus curiae). - uma vez decidido os recursos paradigmas, as teses são aplicadas pelos demais órgãos jurisdicionais, art. 1039 e 1040. - se o Tribunal inferior resistir em aplicar a tese decidida pelo Tribunal Superior, se utiliza do procedimento do at. 1.041.
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