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Processo Civil - RESUMO

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Processo Civil 2 – Fernanda Acha
Conteúdo: 
Petição inicial.
Atitudes do Juiz: emenda da petição inicial, indeferimento, improcedência liminar do pedido, audiência de conciliação.
Respostas do réu (contestação e reconvenção)
Revelia
Organização do processo e AIJ Audiência de Instrução e Julgamento
Provas
Sentenças
Coisa julgada
V1: 29/09
V2: 01/12
V3: 15/12
25/07/2016
Revisão de Teoria Geral do Processo e Processo Civil 1.
PETIÇÃO INICIAL
É a instrumentalização do direito de ação. È o meio pelo qual se apresenta ao judiciário uma pretensão e o provoca para julgá-la. Ela apresenta forma, pois é um ato processual revestido de formalidade, esta formalidade está prevista no art. 319 e 320 do CPC.
Art. 319:
Indicação do juízo: é o direcionamento à um órgão, está relacionado com a matéria competência.
Qualificação das partes. Novidades: existência de união estável, CPF ou CNPJ e endereço eletrônico. O estado civil é importante para determinar se será litisconsórcio ou não. 
Obs.: Se o autor não conseguir a identificação de todos os elementos pode pedir auxílio ao juízo ou fazer a qualificação incompleta e após o réu ingressar no processo ele complementa, desde que fornecida as informações necessárias. 
Obs.: A qualificação incompleta do autor normalmente não acontece, mas caso aconteça, o juiz manda regularizar a situação. No caso de litisconsórcio passivo com número indeterminado de pessoas o STJ permite que se identifique o líder do movimento ou a identificação de apenas algumas pessoas.
A petição inicial deve ser escrita em idioma português, datada e assinada por quem tem capacidade postulatória (Adv., DP, MP). – Exceção: JEC e HC. 
Fatos e fundamentos jurídicos são a causa de pedir. 
Obs.: Fundamentação jurídica é diferente de fundamentação legal. A fundamentação legal é a mera indicação de lei e não vinculativa ao juiz e desnecessária, a fundamentação jurídica que é a necessária e abarca a doutrina, a jurisprudência. 
Obs.: Causa de pedir aberta é permitida nas ações de controle de constitucionalidade: quando a parte argui inconstitucionalidade o tribunal não está vinculado a fundamentação jurídica apresentada, ele pode resolver o mérito baseado em outra norma jurídica.
Pedido: é o que se pede o juiz. Ele tem a função de limitar a apreciação pelo juiz, dentro do princípio da congruência ou adstrição. O art. 322 e 324 diz que o pedido deve ser certo e determinado. 
O pedido mediato é o bem da vida pretendido ou resultado prático; o pedido imediato é a tutela jurisdicional pleiteada. O pedido certo e determinado atinge tanto o mediato quanto o imediato, isso significa que deve ser indicada a espécie de tutela e gênero do bem da vida. As exceções são pedidos implícitos, pois não é necessário que haja um pedido da parte, pois são decorrência da norma legal. Ex. Juros, correção monetária, honorários advocatícios etc.
01/08/16
Pedido Determinado – art. 324 CPC/15
Pedido Mediato: Deve identificar quantidade/qualidade do bem da vida. (Regra)
Excepcionalmente o art. 324 vai admitir o pedido genérico, são eles:
Ações Universais: Ganha este nome ações que tem por objeto universalidade bens ou direitos. Sendo um bem universal não há como quantificar, portanto, quebra-se a regra do pedido mediato. Ex.: Ação de petição de herança, que reconhece a qualidade de herdeiro e defini o montante cabível da herança no momento da partilha.
Quando não for possível determinar as conseqüências do ato ou fato: Ex.: ação de vítima de acidente logo após que a mesma o sofre, nesse momento não há como mensurar o valor da indenização, uma vez que a vítima não sabe quanto tempo ficará internada, o quanto gastará com remédios (dano material). 
Estende-se esse raciocínio do pedido genérico ao dano moral?
STJ (antes do novo código): Admitia tanto a possibilidade do juiz arbitrar isso, consequentemente um pedido genérico, tanto permitia o autor arbitrar a quantidade na inicial.
Diddier: Ninguém melhor que o próprio autor para mensurar a extensão do dano moral. (Quanto isso te doeu?)
Parcela da doutrina: Não se admite com a vigência do novo CPC a admissão do pedido genérico do dano moral, baseando-se no art. 292, IV. Todavia, esse entendimento não é unânime.
Quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato praticado pelo réu: Para se chegar ao montante é necessária a colaboração do réu. Ex.: Ação de prestação de contas.
Cumulação dos Pedidos:
Tipos:
Cumulação própria: Há possibilidade de fazer vários pedidos e todos eles ou alguns deles poderão ser acatados.
Cumulação simples: Há uma independência entre os pedidos, isto é, um pedido não está necessariamente vinculado ao outro. Assim o juiz tem a possibilidade de deferir um e indeferir o outro, por exemplo. 
Cumulação sucessiva: Tem como característica uma relação de precedência, em que o pedido secundário só será analisado se o primeiro for concedido. EX.: investigação de paternidade cumulada com alimentos.
Cumulação imprópria: Ganha esse nome, pois é possível fazer vários pedidos, entretanto, somente um será atendido. Há relação de prejudicialidade.
Cumulação Subsidiária: Há uma relação de preferência entre os pedidos, que é dada pelo autor. Pode acontecer de o juiz acolher o pedido principal, nesse caso os outros pedidos não foram analisados e, portanto, não são abarcados pela coisa julgada, o que possibilita nova ação. Mas o juiz pode acolher o subsidiário, nesse caso, entende-se que se o juiz não acolher o principal nasce para o autor o interesse recursal. O juiz NÃO PODE inverter a ordem dos pedidos, podendo caso o faça incorrer em error in procedendo. (Art. 326, caput)
Cumulação Alternativa: Não há relação de preferência, demonstrada pela conjunção OU. Portanto, todos os pedidos satisfazem o autor de forma igual. Isso impede que o autor recorra por estar insatisfeito com o pedido concedido pelo juiz.
Requisitos para cumulação (art.327):
Pedidos compatíveis: só se aplica na cumulação própria.
Competência: mesmo juízo competente. 
Competência absoluta (competência em relação à matéria): nunca pode haver cumulação de pedido com diferentes competências absolutas. Quando acontece essa situação a posição do juiz será a de redução objetiva da demanda (só analisará o pedido que lhe é competente, excluindo o que não é).
Competência relativa (competência, via de regra, territorial): Quando junta-se dois pedidos com diferentes competências, poderá o juiz realizar a CONEXÃO/CONTINÊNCIA (reúne-se as demanda em um mesmo juízo), se esses pedidos tiverem alguma relação entre si. Se não forem conexos dependerá do réu argüir ou não a incompetência. Essa competência tem prazo, com conseqüência de preclusão caso ultrapassado.
Mesmo procedimento: os pedidos tem que seguir o mesmo procedimento. Via de regra, todos os pedidos seguirão o procedimento ordinário.
É possível cumular um pedido especial e ordinário se puderem ser juntados em um procedimento ordinário.
 
Valor da causa
O valor da causa traduz a expressão econômica do direito reclamado pelo autor o qual deve ser fixado em moeda nacional.
O valor da causa é relativo. O valor da causa também tem relevância para definir o procedimento e também serve para definir honorários advocatícios, multa.
Critérios para definir o valor da causa
Critério legal: está previsto em lei (art 242, CPC)
Critério estimativo: quando não tem como estabelecer de imediato a expressão econômica.
OBS.: Possibilidade de correção do valor da causa de ofício (art. 292, §3º, CPC) – Em relação ao prazo para o juiz corrigir o valor da causa, uns defendem que não tem prazo e outros defendem que deve ocorrer até o saneamento do processo.
OBS.: Impugnação do valor da causa pelo réu.
Impugnação do valor da causa Contestação, prazo de 15 dias, art.293.
Indicação das provas
Antes no CPC/73:
Ordinário Pedido genérico de provas e depois na fase de saneamento. Organização: abria-se o prazo para ESPECIFICAÇÃO DAS PROVAS.
Sumário Exigência de indicar expressamente as provas, inclusive astestemunhas.
Cabe o momento de especificação das provas com a indicação genérica na petição inicial?
1ª corrente: (Daniel Assunção e Marinoni) Para essa corrente continua havendo o momento de especificação das provas. Com extinção do sumário
2ª Corrente: (Scarpinella Bueno) Para essa corrente não faz sentido protesto genérico de provas que nada significam em termos de economia processual.
Opção do autor pela audiência de conciliação
A petição Inicial deve ser instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação (art. 320, CPC).
Posturas do juiz diante da petição incial
Emenda da petição inicial: se houver o cumprimento do art. 319 e 320. Quando não há esse cumprimento ou quando constata a existência de vício sanável o juiz determinará a emenda da inicial no prazo de 15 dias. A emenda traduz um direito do autor de que antes do indeferimento abra-se a possibilidade de correção dos vícios/erros, uma vez que a emenda é um direito subjetivo do autor.
Se o autor emendar: Ok (citação/audiência de conciliação).
Se o autor NÃO emendar: indeferimento da petição inicial.
OBS.: O STJ admite a emenda fora do prazo, desde que antes da decisão do juiz. E também admite as emendas SUCESSIVAS, que significa que o autor teve a chance de emendar, todavia ainda faltou documento, é possível emendar novamente.
OBS.: O juiz tem que indicar o vício a ser sanado.
Indeferimento
O indeferimento da inicial significa que impede liminarmente o prosseguimento da causa e consequentemente o conhecimento do mérito (juízo de admissibilidade negativo). 
Hipóteses genéricas de indeferimento
Vício insanável: quando o autor não realizou a emenda da inicial. O momento do indeferimento é sempre antes da citação do réu. 
08/08/2016
Hipóteses de Cabimento (Art. 330, CPC/15)
I – Será indeferida se for inepta: 
c/c §1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - quando o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que o pedido for genérico; 
III – Da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
II – Contiver pedidos incompatíveis entre si (para cumulação própria);
II – Quando a parte for manifestamente ilegítima;
III – Quando o autor carecer de interesse processual;
IV – Quando não atendidas as prescrições dos arts.106 e 321: ou seja, quando o autor não proceder à diligência determinada pelo juiz para sanar omissões, defeitos ou irregularidades da petição inicial.
OBS.: O CPC/2015 retirou a inadequação procedimental como hipótese de indeferimento. Poderá ocorrer adaptação.
OBS.: Os incisos II e III tratam das condições da ação (interesse de agir e legitimidade das partes), excluindo a impossibilidade do pedido anteriormente considerada essencial. 
OBS.: Alteração que seguiu o que a doutrina e a jurisprudência já adotavam: No CPC/73 havia o inciso IV(chamado – improcedência prima facie ou julgamento antecipado do mérito ou julgamento liminar de improcedência) que versava sobre o indeferimento da petição inicial quando houver prescrição e decadência legal, que equivalia à avaliação do mérito fazendo coisa julgada material, isto é, impossibilidade de repetir a demanda, o que descaracterizava o artigo, uma vez que todas as outras hipóteses não analisavam o mérito e não impediam o autor da ação adentrar com nova ação. Então, o CPC/15 para resolver esse conflito de topografia anteriormente existente, alocando o referido inciso no art 332 (improcedência liminar do pedido). Hoje todas as hipóteses do art. 330 NÃO ANALISAM MÉRITO.
Quando há uma decisão do juiz de indeferimento é permitido que o autor recorra, (escutar áudio, bem complicado). (Art. 331)
Decisão de indeferimento Apelação Juízo de retratação
*Princípio do duplo grau de jurisdição.
 Juízo de retratação: 
Se o juiz retratar, o processo segue com a citação;
Se o juiz não retratar, significa que ele mantém o indeferimento. A conseqüência imediata disso é remeter os autos ao Tribunal e citar o réu para as contrarrazões de apelação, isto é, a resposta dele para as razões da apelação.
Indeferimento;
Deferimento, com isso a decisão equivale como recebimento, daí o processo volta ao juiz natural de primeiro grau para que seja dado prosseguimento.
Improcedência Liminar do Pedido (Art. 332)
Quando fala-se em improcedência remetemos ao mérito, todas as hipóteses de improcedência liminar do pedido estão sempre ligadas à análise mérito, fazendo coisa julgada material.
Requisitos:
Para ter essa decisão não deve haver a realização da fase instrutória;
Antes da citação do réu;
Decisão de mérito;
Art. 332, os que contrariarem (copiar incisos):
- Enunciado de súmula do STF ou STJ;
- Acórdão do STF ou STJ;
§1º Prescrição e decadência
Viola-se o direito do contraditório do réu? Não, uma vez que isso o beneficia.
Viola-se o direito do contraditório do autor? Não, uma vez que a partir daí abre-se a possibilidade de recurso.
Citação para audiência de conciliação (Art.334):
Isso acontece quando o juiz verifica que não é caso de indeferimento, emenda ou improcedência liminar.
APS: Ler sujeitos processuais: conciliador e mediador. E lei 13.014 de 2015.
15/08/2016
Audiência de conciliação e mediação
OBS.: Memorizar prazos
Scarpinella Bueno:
Se o autor manifesta não querer a audiência Cita o réu para resposta.
Se o autor manifesta desejo pela audiênciaOuve-se o réu sobre a vontade de realizar a audiência:
- Se quiser: acontecerá a audiência
- Se não quiser: não realiza a audiência e ele apresenta resposta.
Daniel Assumpção: 
Só não haverá audiência de conciliação se ambas as partes não quiserem. Do contrário, mesmo que uma das partes não queira a audiência acontecerá. (Art.334, §4º, CPC)
RESPOSTAS DO RÉU
Contestação: modalidade de resposta autônoma (principal a ser utilizada, e que abarca no novo CPC a reconvenção, a exceção de incompetência relativa e a impugnação do valor da causa). Reconvenção: contra-ataque.
Petição simples: 15 dias (Exceção de impedimento e suspeição – (art. 145 e 146).
OBS.: O impedimento trabalha com vício mais grave gerando incompetência absoluta e pode ser alegado em qualquer momento, portanto o prazo preclusivo de 15 dias não é utilizado nesse caso. O processo continua a correr mesmo que haja alegação de impedimento e suspeição.
OBS.: §6º - quando é reconhecido o impedimento ou suspeição o relator define a partir de que momento a imparcialidade prejudicou o processo.
Classificação das matérias alegadas pelo réu.
Defesa processual: tudo que for relacionado à matéria processual. Ex.: condição da ação, pressuposto processual, etc.
Defesa de mérito: rebater a pretensão do autor. 
Objeção: matéria de defesa que pode ser conhecida pelo juiz de ofício. Ex.: prescrição ou decadência legal.
Exceção: matéria de defesa que não pode ser conhecida de ofício pelo juiz, somente pela parte. Ex.: incompetência relativa, direito de retenção, exceção de contrato não cumprido.
Peremptórios: matéria de defesa capaz de gerar a extinção do processo. Ex.: numa ação de cobrança o réu demonstra o comprovante de pagamento.
Dilatórios: o objetivo da defesa é dilatar o processo no tempo. Ex.: alegação de que o juiz é territorialmente incompetente – incompetência relativa; alegação de conexão; 
Direta: o réu nega os fatos alegados pelo autor ou suas conseqüências jurídicas. O Réu não alega fato novo algum, simplesmente nega.
Indireta: o réu apresenta fato novo impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Trazendo um fato novo para preservar o contraditório abre para o autor o direito à réplica (característica somente da defesa tida como indireta). E já que o réu trouxe uma defesa nova recai sobre ele o ônus de provar. (Art. 350 c/c 373, CPC).
Contestação
Scarpinella Bueno: Contraposição formal ao direito de ação tal qual exercido pelo autor e materializado na petição. Ela vincula o direito de defesa e se justifica em razão dos princípios do contraditório, da isonomia e do acesso à justiça. É a forma mais ampla de defesa doréu e o instante em que se espera traga ao processo todas as alegações de ordem processual e material para o convencimento do juiz. 
OBS.: 
18/08/2016
Prazo: 15 dias (Art.335, CPC/15)
Se não houver acordo entre as partes ou se as partes não comparecem o prazo conta da data da audiência.
Se ambas as partes manifestarem não querer a audiência o prazo conta a partir da manifestação negativa do réu.
Matérias alegáveis da contestação: (Art.337, CPC/2015).
Ver arts. 338 e 339
Princípios da Contestação
Princípio da Eventualidade ou da Concentração da Defesa (Art. 336)
Por esse princípio o réu deve alegar todas as teses e todas as possíveis matérias de defesa em um momento só (contestação), sob pena de preclusão. O réu pode cumular várias teses de defesas mesmo que aparentemente contraditórias entre si. 
Dinamarco trabalha com a tese de que é aceitável várias teses de defesa aparentemente contraditórias, mas o réu deve se pautar nos princípios da boa fé e lealdade processual, salvo se criar para cada uma dessas teses situações fáticas diferentes.
A exceção a esse princípio está no art. 342: Depois da contestação só é possível alegar outra defesa quando:
- for relativo a fato ou direito superveniente;
- competir ao juiz conhecer delas de ofício;
- por expressa autorização legal puderem ser feitas em qualquer tempo ou grau de jurisdição;
b) Princípio da impugnação específica (art.341)
É ônus do réu impugnar todos os pontos alegados pelo autor na petição inicial. Fazendo isso o réu está contraditando todos os pontos do autor, então todos os pontos contraditados serão objetos de prova e instrução.
Os pontos impugnados terão pontos controvertidos, os que não forem impugnados irão indicar presunção de veracidade das alegações do autor, gerando a desnecessidade de produção de provas sobre esses fatos, que agora serão considerados incontroversos.
Exceções: Se o fato não for impugnado será considerado verdadeiro, salvo:
- se não for admissível a confissão, isto é, quando envolver direitos indisponíveis. 
- a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar como da substância do ato.
- estiverem em contradição com a defesa considerada em seu conjunto.
- negativa geral (só pode ser feita defensoria pública, os advogados dativos, e curador especial).
REVELIA
Ausência da contestação ou sua apresentação intempestiva. É o estado de fato gerado quando não há apresentação da resposta.
A revelia não pode ser confundida com os seus efeitos.
Efeitos da Revelia
Presunção de veracidade – todos os fatos pelo autor serão presumidos verdadeiros, por falta de impugnação aos fatos, e serão tidos como incontroversos dispensando a produção de provas. Nesse caso é permitido ao juiz proferir o julgamento antecipado da lide. Efeito material da revelia.
OBS.: Marinone, diz que fora as hipóteses excepcionais trazidas pelo próprio CPC, não há como se aplicar esse efeito de forma automática tão somente em razão da não apresentação da contestação. Pode-se quebrar a presunção caso fique demonstrada a existência de óbice econômico/social impeditivo do acesso ao judiciário.
Para Marinone, essa presunção só existirá quando constar expressamente na intimação do réu. 
Exceções à presunção de veracidade: Não apresentou contestação e mesmo assim a veracidade não pode ser presumida. (art.345, CPC/15)
I – Havendo pluralidade de réus alguns contestarem a ação; (aplicado ao litisconsórcio unitário, e no simples somente quando a defesa que foi apresentada for comum aos demais litisconsortes)
II – Litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III – Quando a Petição Inicial não estiver acompanhada de instrumento indispensável para prova do ato;
IV – As alegações de fato apresentadas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com a prova dos atos.
Nesses casos em que não se aplica a presunção de veracidade não é possível considerá-los como incontroversos, então deverão ser produzidas as provas.
Prazos contarão da publicação do ato (art.346, CPC/15) – a intimação é a principal forma de comunicação dos atos processuais. 
Quando temos um revel:
- Revel que não tem advogado nos autos: não há intimação, então os prazos começam a correr da publicação.
- Revel que tem advogado nos autos: o prazo conta da intimação.
Julgamento antecipado do mérito (art. 355, CPC/15).
Esse efeito será sempre observado? Não, só irá ocorrer quando houver o também efeito da PRESUNÇÃO DE VERACIDADE.
OBS.: O réu revel está autorizado a ingressar no processo a qualquer momento. Entretanto, ele terá a conseqüência de receber o processo no estágio em que está, e as atitudes deverão ser tomadas a partir desse momento. O réu pode então produzir provas? Somente se ele entrar no processo no momento de instrução probatória (produção de provas).
OBS.: É na contestação que o réu apresenta as teses de defesa, muitas delas preclusivas. O revel quando ingressar no processo não poderá apresentar teses de defesa que estiverem preclusas, pois perdeu o prazo para tanto, salvo as que estiverem autorizadas por lei.
RECONVENÇÃO
CPC/73 – Resposta autônoma do réu que consistia em um contra ataque, assumindo o réu uma posição ativa no processo. Tinha natureza jurídica de ação em que o réu fazia pedido de um bem da vida contra o autor. Em síntese, uma relação processual com duas ações. Peças distintas.
Na situação inicial será Autor x Réu
Na reconvenção será réu (autor reconvinte) x Autor (réu reconvindo) - saindo de uma posição passiva para ativa, invertendo os pólos.
CPC/73 e no CPC/15 – A natureza jurídica é de uma nova ação, só que em um mesmo processo.
CPC/15 – A reconvenção vem dentro da CONTESTAÇÃO, em regra. Continua a ter natureza jurídica de ação reconvencional, então, um processo com duas ações. Continua a ser um contra ataque. 
No caso de réu revel é possível fazer reconvenção independentemente de oferecer contestação, dentro do prazo de defesa. (art. 343, §6º. CPC/2015)
OBS.: A ação de reconvenção é autônoma em relação à ação principal, isto é, uma pode ser extinta sem afetar a outra.
Cabimento da reconvenção (art. 343, CPC/15): É licito ao réu apresentar contestação própria conexa (afinidade) com a ação principal ou com os fundamentos da defesa.
25/08/2016
A reconvenção para ser admitida precisa preencher a determinadas condições. São elas:
Legitimidade: as partes da reconvenção devem ser as mesmas da ação principal.
Ordinária – A defende direito próprio em face de B. Se há legitimidade ordinária na principal, deve ser respeitada a mesma na reconvenção. Na reconvenção ficará B em face de A.
Extraordinária – A em nome próprio na defesa do direito de B(parte no sentido material) em face de C. Na reconvenção ficará C em face de A na defesa de direito de B. (§5º do art.343, CPC/15)
- É possível ter diminuição subjetiva na ação reconvencional? 
A/B x C A x B/C
C x B C x A
É possível haver essa diminuição, pois o direito de ação é autônomo e individual, isto é, o indivíduo demanda contra quem quiser. Salvo, se o litisconsórcio for necessário.
- É possível ocorrer aumento subjetivo na reconvenção?
A x B A x B
B x A/C B/C x A
Majoritariamente é possível, uma vez que se não fosse permitido deveriam ser abertos mais processos, infligindo a economia processual, e no decorrer dos processos por tratarem de situações afins eles poderiam ser reunidos o que no final das contas seria o mesmo que acrescentar outra parte. §§3º e 4º.
Interesse de agir: deve- se analisar a utilidade na reconvenção. Se a contestação e a improcedência da ação principal não forem capazes de trazer satisfação ao réu (autor reconvinte), há interesse na reconvenção.
Se a contestação e a improcedência da ação principal forem capazes de trazer satisfação ao réu não há interesse na reconvenção, isto é, se com a derrota do autor o réu sair vitorioso, não há interesse. 
Não há interesse em oferecer reconvenção em ação dúplice, que é aquela que a vitória de uma parte significa a derrota de outra parte,e vice e versa. Ex.: ações declaratórias, todas elas são dúplices.
Enunciado de súmula 258/STF – é admissível reconvenção em ação declaratória. Caberá desde que o indivíduo cumule pedido não declaratório. 
Aspectos gerais e procedimento:
A reconvenção é oferecida na contestação, em regra. Excepcionalmente pode não ser de acordo com o §6º, se o indivíduo optar por só apresentar a reconvenção.
Prazo para reconvenção é preclusivo, passando o prazo perde-se o direito de usar esse instrumento. Mas é possível entrar com nova ação, uma vez que o direito de ação é autônomo, gerando uma nova ação processual. (15 dias)
A reconvenção exige a observação de mesmo procedimento e mesma competência.
Deve-se intimar o agora réu (antes autor originário), para apresentar defesa (contestação ou reconvenção). É possível que o agora réu não se defenda e torne-se revel com advogado, uma vez que ele é o autor da ação principal e já tem advogado, o que enseja a contagem do prazo a partir da intimação. 
Em regra, essas ações são independentes (a principal e a reconvencional) e autônomas, de modo que pode haver extinção sem resolução do mérito de uma e prosseguimento da outra.
Em regra, a ação principal e reconvencional será julgada na mesma sentença. Entretanto, como são autônomas as ações podem ser julgadas separadamente, preenchendo alguma das hipóteses de julgamento antecipado do mérito.
Providências preliminares e julgamento conforme o estado do processo.
Providências preliminares: 
Conjunto de atitudes do juiz para preparar o processo para julgamento. (art.347 a 353);
Revel com efeito de presunção de veracidade: julgamento antecipado do mérito.
Revel sem efeito da presunção de veracidade: art. 348 – ordena ao autor que especifique as provas. (prazo determinado pelo juiz diante do caso concreto);
Réudefesacontestação DEFESA INDIRETA (apresentar novos fatos que sejam impeditivos, modificativos ou extintivos):
Direito de réplica ao autor (art.350);
Aplicação da regra de ônus da prova (quem alega deve demonstrar);
Identificar vícios sanáveis: art. 352 - Verificando a existência de irregularidade ou de vícios sanáveis o juiz determinará a sua correção num prazo NUNCA superior a 30 dias.
Ocorridas ou não as providências preliminares, abre-se então a fase de julgamento conforme o estado do processo.
Julgamento conforme o estado do processo:
Consiste em técnica de sumarização do procedimento, cabendo ao juiz proferir decisões a partir do momento em que constata a necessidade ou desnecessidade de seguir adiante no procedimento.
Medidas que podem ser tomadas:
Extinção do processo sem solução do mérito ou com solução do mérito em razão da prescrição/decadência ou autocomposição; (arts. 354 e 485)
Julgamento antecipado do mérito, que pode se dar de forma:
Total – (art. 355) decide em relação a tudo; (revel com presunção de veracidade; identificar a desnecessidade de produção de provas; Onde deve acontecer nas duas hipóteses a cognição EXAURIENTE). 
Parcial – (art.356) Quando há vários pedidos e um deles se mostrar incontroverso; No julgamento da reconvenção ou da ação principal em momentos distintos; Tutela antecipada;
Decisão de saneamento e organização do processo (art.357):
Resolver questões processuais pendentes se houver;
Delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos;
Definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373;
Delimitar as questões de direito relevantes para decisão do mérito;
Designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento;
OBS.: Saneamento Compartilhado - Se o juiz entender que a causa é complexa o juiz designará audiência para que o saneamento seja feito em cooperação entre as partes (§2º);
Audiência de Instrução e Julgamento – AIJ (art. 358 e ss);
(art. 359)Antes de o juiz iniciar a audiência ele tentará a conciliação;
(art.361) As provas orais serão produzidas em audiência... A ordem descrita nesse artigo não é obrigatória para o juiz, ele colherá as provas conforme considerar mais conveniente. 
(art.362) A audiência pode ser adiada por: convenção das partes; ausência devidamente justificada de uma das partes; por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 min de seu horário marcado;
(art.364) Alegações finais – onde as partes fazem suas últimas colocações antes da sentença, que podem ser feitas de forma oral (20 min + 10 min) ou por memorial (prazo de 15 dias);
(art.366) Sentença no prazo de 30 dias;
TEORIA GERAL DAS PROVAS
Conceito de prova: Tudo aquilo capaz de comprovar o que se alega no processo, ajudando o juiz a se convencer e então proferir a sentença.
Prova é todo elemento que contribui de alguma forma para formação do convencimento do juiz sobre as alegações de fatos controvertidos. 
A doutrina entende que a prova possui dois elementos:
Objetivo: Demonstrar a existência ou não das alegações fáticas.
Subjetivo: Formar convencimento/convicção do juiz.
OBS.: de modo geral toda doutrina diz haver um direito fundamental à prova, e isso decorre do PRINCÍPIO DO ACESSO À JUSTIÇA e do CONTRADITÓRIO. Tal direito fundamental de produzir provas abarca: o direito de requerer, de produzir, de participar da produção da prova e também direito de ter a prova valorada pelo juiz. Além disso, para se assegurar o efetivo exercício desse direito, deve-se garantir todos os meios para trazer a prova ao processo. E mesmo não estando prevista, desde que seja moralmente aceita a prova pode ser incluída ao processo.
Para maioria da doutrina, a prova também tem natureza de ÔNUS PROCESSUAL. Ônus não é igual a obrigação, então caso seja descumprido não acarreta repreensão/multa, entretanto o sujeito arcará com as consequências de não ter a (prova) utilizado. 
Marinone entende que a prova é um direito e um dever. Um dever de produzir a prova, relacionado aos princípios da boa fé e da lealdade processual, uma vez que seria dever de todos, das partes e da sociedade, cooperar com o Estado para uma solução justa/efetiva. (Art. 378; 77, VI c/c 7º; 80, ll; 379 e 380)
Finalidade das provas:
Obtenção de uma tutela jurisdicional mais justa;
Convencer o juiz sobre o alcance da verdade dos fatos; 
 Verdade formal/processual = quase verdade. O juiz se contenta com a máxima aproximação da realidade. 
Auxiliar a parte a compreender sua situação jurídica; A prova serve para o sujeito entender em que situação real ele se enquadra no processo, quais seus direitos, quais as probabilidades de ganhar a causa, entre outros. 
Sujeitos da prova:
A quem é direcionada a prova?
Ao juiz, pois ele quem analisará a prova.
Às partes, pois está de acordo com o PRINCÍPIO DA COMUNHÃO DAS PROVAS ou AQUISIÇÃO PROCESSUAL, isto porque o quando a prova é inserida ao processo ela passa a pertencer ao processo, dando direito de todos os sujeitos processuais a utilizarem contra ou a favor, de acordo com seu interesse. 
Meios de prova:
Método/procedimento probatório utilizado para investigar da alegação de fato.
Prova pericial, documental, testemunhal;
Fonte de prova:
São os elementos externos ao processo dos quais se podem extrair informações relevantes para comprovação das alegações de fato. Ex.: coisa/pessoa.
Objeto da prova:
O que vai ser provado? 
O objeto da prova é a alegação de fato CONTROVERTIDA (Porque ainda há dúvida) e RELEVANTE (filtro que se impõe para que nem tudo que seja trazido ao processo, e que não tenha relevância, seja utilizado como prova). 
Sistemas de prova e prova de ofício pelo juiz:
Common Law: a postura de requerer provas e trazê-las para o processo é sempre das partes.
Civel Law: O juiz tem posturas mais ativas e traz provas ao processo. Ele conduz o processo em maior intensidade do que as partes.
Em termos de prova o sistema jurídico brasileiro está enquadrado em um SISTEMA COOPERATIVO, que está entre o Common Law e Cível Law. Este sistema diz que as partes e o juiz poderão dar andamento a este processo trazendo as provas aos autos. Então o juiz poderá serativo, uma vez que exige e espera-se isso baseado no interesse do mesmo em obter uma melhor tutela jurisdicional.
Durante algum tempo houve um barreira contra esse sistema cooperativo, baseada nos princípios da imparcialidade e da isonomia. 
Com relação à imparcialidade quebra-se tal argumento alegando que, o juiz ao solicitar a produção de uma prova não necessariamente estará tendente a favorecer uma das partes, mas sim conseguir uma solução mais justa. Segundo, quando o juiz pede uma prova e ela entra no processo a mesma é submetida ao contraditório, podendo as partes analisá-la. E a prova pertence ao processo, não tendo relevância quem a solicitou. Por fim, o juiz quando profere uma decisão o mesmo precisa fundamentar a decisão, e trazer aos autos a razão do seu convencimento baseado nas provas dos autos.
No que se refere à isonomia, de acordo com a igualdade material, a produção de provas é, devido a razões econômicas, difícil de serem supridas.
A posição da maioria da doutrina é favorável ao sistema de cooperação, uma vez que isso colaborará para uma solução mais próxima do ideal de justiça, e que assim o juiz cumpra com a sua tarefa. 
Classificação:
Pessoais e Reais: 
Pessoal decorre das afirmações das pessoas. Ex.: depoimento, confissão;
Reais decorre do estado das coisas. Ex.: documento, perícia.
05/09/2016
Oral, documental e pericial:
a) Oral: é marcada pela oralidade. Ex.: Prova testemunhal; Confissão; Depoimento pessoal
b) Documental: é feita baseada em documento;
c) Pericial: via perícia;
Casual e pré constituída:
Pré constituída: feita fora do processo, aconteceu em algum momento antes e fora dos autos processuais. Ex.: prova documental
Casual: formada nos autos do processo. Ex.: prova pericial
Direta e Indireta:
Direta: quando a prova recai sobre o objeto principal do processo. Ex.: recibo de quitação no processo de ação de cobrança.
Indireta ou indiciárias: quando a prova recai sobre alegações fáticas acessórias e secundárias ao objeto principal do processo, e por meio de raciocínio o juiz chega à presunção de se a situação é verdadeira ou não. Tem relação com as presunções judiciais, que advém do raciocínio do juiz.
A prova indireta não se refere ao fato provando, mas a outro do qual por trabalho de raciocínio se chega àquele. Prova-se uma afirmação que indica que o fato alegado por alguma das partes tenha ocorrido, sendo certo que ao se provar um fato secundário o juiz pode presumir como provável o fato principal. 
Procedimento probatório: Instrução
A instrução pode ser sinônimo de procedimento, ou como um ato de concretização da prova.
Fase postulatória ou de requerimento: na petição inicial e na contestação.
Admiti-se que após esses dois momentos a especificação das provas.
Admissão: O juiz fará um juízo de admissibilidade e verificará a necessidade e a utilidade das provas, com intuito de evitar desperdício processual.
Produção/Instrução em sentido estrito: momento da produção em si das provas.
Valoração: o juiz analisa cada uma das provas, e dá o valor que ele entender cabível.
Sistemas de Valoração das provas:
Sistema da prova legal ou tarifada: o legislador estabelecia o valor de cada prova, ela já vinha com um peso para o juiz analisar. O próprio legislador é que valorava a prova, retirando-se muito do raciocínio do juiz.
Íntima Convicção: é encontrado dentro do procedimento do júri em processo penal. Uma vez que o jurado não precisa motivar sua decisão.
Convencimento motivado ou persuasão racional: art.371 - (modelo utilizado) O juiz é livre para valorar as provas do processo de acordo com seu entendimento, mas ele precisa fundamentar/motivar a decisão judicial.
Diddier em razão da supressão do “livre” entende haver limitações nessa atividade de valoração das provas. São elas:
- Está limitado às provas dos autos;
- A motivação deve ser racional;
- A motivação deve ser controlável, leia-se clara e pública;
Princípio da liberdade das provas ou atipicidade das provas
Art.369 + 372 - Admite-se tanto as provas chamadas típicas (previstas legalmente) e atípicas (que não tem previsão normativa), só que no último caso devem ser moralmente legítimas (ex.: reconstituição dos fatos; provas por amostragem; estatística, etc). 
Provas ilícitas
Prova ilícita é vedada pela CF no art. 5º, LVI. – Entende-se que quando se fala em licitude em relação a prova, abarca-se o sentido material (ex. obtida mediante tortura) e processual (ex. viola uma regra do processo).
É permitida a produção de provas, mas ela encontra limites, uma vez que há direito fundamental à produção de provas e proibição constitucional de prova ilícita. Quando esses mandamentos entram em choque é preciso se utilizar de algumas orientações:
Doutrina que veda de forma absoluta a prova ilícita no processo, tendo como consequência a retirada da mesma do processo, e se a decisão foi calcada nela se tornará nula.
Doutrina que prevalece entende que é preciso aplicar o princípio da PONDERAÇÃO DE INTERESSES, onde deve-se analisar se o caso permite a aceitação dessa prova ou não. Averiguando os requisitos:
Imprescindibilidade: a prova ilícita deve ser o único meio ou o menos gravoso para demonstrar o fato. Só pode ser aceita quando se verificar que no caso concreto não havia outro meio para provar a alegação ou quando o outro meio existente se mostrar extremamente gravoso para a parte a ponto de inviabilizar o seu direito à prova.
Proporcionalidade: analisa-se o bem jurídico, objeto da tutela pela prova ilícita deve se mostrar mais relevante do que o bem da vida violado pela ilicitude da prova. Colocando na balança o bem jurídico a ser resguardado, versus, a violação da norma material/processual.
Prova Emprestada
A prova emprestada é aquela admitida, produzida ou valorada num processo e emprestada documentalmente para outro, com o objetivo de fundamentar a verdade buscada neste segundo processo, sempre diante do CONTRADITÓRIO.
Para a maioria da doutrina esse contraditório tem que ser observado tanto no momento que foi produzida quanto nos processos aonde ela vai. Pelo art. 372, o único requisito exigido é a submissão ao contraditório.
Para utilizar a prova emprestada as partes precisam ser necessariamente idênticas?
1ª Corrente (Diddier) – Entende que precisa haver identidade entre as partes, pois vincula a validade da prova emprestada à identidade da parte.
2ª Corrente (Dinamarco) – Aceita a possibilidade de serem as partes diferentes, desde que elas aceitem o empréstimo.
3ª Corrente (Marilone): Entende que há possibilidade sim de empréstimo, mesmo que não haja coincidência das partes, desde que o contraditório realizado no segundo processo tenha eficácia igual do primeiro processo. ENUNCIADO 30 CJR.
OBS.: Prova emprestada não tem eficácia vinculante, tendo o juiz Liberdade para valorar como bem entender.
OBS.: A prova emprestada pode ser determinada de ofício pelo juiz.
OBS.: Qualquer meio de prova pode servir como prova emprestada.
Ônus da prova
Ônus: é o encargo cujo descumprimento gera uma situação de prejuízo.
Ônus da prova: é a necessidade de se observar as regras de distribuição sobre as demonstrações das alegações de fato, afim de evitar uma decisão desfavorável.
É dividido:
Partes do processo: está sendo analisado no aspecto subjetivo. Significa saber a quem cabe na verdade as alegações de fato que são feitas no processo. A parte precisa saber o que precisa demonstrar para não ter a possibilidade de sofrer uma decisão desfavorável ao final do processo.
Juiz: está sendo analisado no aspecto objetivo. Quando se tem uma instrução suficiente o juiz não tem necessidade de recorrer ao ônus da prova, entretanto quando o processo tem uma instrução ineficiente o mesmo deverá recorrer à regra do ônus da prova. O juiz então analisa quem não conseguiu demonstrar o que alegou, e faz com que tal parte suporte os encargos, dando uma decisão desfavorável à mesma.
Em síntese, as regras processuais que disciplinam a distribuição do ônus da prova tanto são regras dirigidas àspartes, na medida em que as orientam sobre o que precisam provar, como também são regras de julgamento dirigidas ao juiz, tendo em vista que orientam sobre como decidir em caso de insuficiência de provas. 
Distribuição do ônus da prova
Legislador – a regra é a estabelecida em lei, art. 373, CPC: adota a análise das partes, do interesse da causa e a natureza jurídica. Seguindo a Teoria Estática do ônus da prova, onde quem alega, prova. Adotando uma isonomia formal.
Juiz - No CDC o legislador conferiu ao juiz o direito de INVERSÃO JUDICIAL DO ÔNUS DA PROVA em favor do consumidor, contrariando a Teoria Estática.
O objetivo da doutrina foi trazer como critério de ônus da prova “o critério da POSSIBILIDADE”, devendo o juiz analisar qual parte tem mais possibilidade/facilidade em provar algo. Partindo de uma isonomia material, e baseado no princípio da cooperação.
E então, o reclame da doutrina tornou-se lei no §1º do art. 373, CPC, que adotou a Teoria Dinâmica do ônus da prova adota no CDC.
Em suma, no nosso ordenamento temos as duas teorias. Em regra, usará a Teoria Estática, podendo o juiz optar pela Teoria Dinâmica cumprindo alguns requisitos. São eles:
Decisão fundamentada;
Momento da inversão: 
- na sentença (regra de julgamento); 
- na fase de organização e saneamento para preservar o contraditório (regra de instrução); Mais utilizado
 Em síntese, qualquer momento, desde que se permita o contraditório.
Veda a prova diabólica reversa:
Prova diabólica quando a prova não quer saber a facilidade ou excessiva dificuldade de produção de prova naquela situação pela parte. 
Prova diabólica reversa acontece quando se inverte o ônus da prova e nasce uma excessiva dificuldade de produção da prova.
Convenção das partes (Negócio Jurídico Processual) – as próprias partes litigantes estabelecem as regras de ônus de prova, para que isso ocorra é preciso observar as mesmas regras de negócio jurídico do código civil. Não será aceito sempre, uma das restrições, por exemplo, é quando a questão versa sobre direito indisponível.
MATÉRIA V2
DIA 12/09/2016
PROVAS EM ESPÉCIE
Tipos de prova
Inspeção judicial/Exame judicial/Inspeção ocular - 481 e seguintes: Quando o juiz sai do gabinete e vai pessoalmente analisar alguma pessoa, coisa ou lugar para ele mesmo extrair do local as informações necessárias para juntar aos autos e formar seus convencimentos. "É quando o juiz valora diretamente e pessoalmente pessoas, coisas e locais a fim de inteirar-se sobre fatos relevantes para julgamento do mérito."
Obs.: O objeto da inspeção judicial não pode ser genérico sob pena de violar o contraditório. 
No art. 481 está previsto que esse meio de provas pode ser determinado tanto pelo juiz de ofício quanto pelas partes em qualquer momento do processo e a inspeção recai sobre coisas ou pessoas. 
Obs.: A lei só coloca coisas e pessoas, mas a doutrina de modo geral adiciona também lugares e fenômenos. Ex. barulho. O que contradiz uma das formas - inspeção ocular - no entanto deve se observar de forma ampla incluindo os outros sentidos. 
Quanto às coisas, se não forem disponibilizadas para inspeção, serão tratadas em outro tópico posterior. Quanto às pessoas quando a lei menciona pode se tratar das próprias partes ou de terceiros. Quanto aos terceiros é necessário o consentimento deste bem como das partes. Mas no caso das partes o não consentimento pode ser usado a seu desfavor, se tornando uma presunção contrária caso não haja uma justifica plausível, entendendo que este ato pode ser uma obstrução à busca da verdade.
Hipóteses de cabimento: O art. 483 traz as hipóteses em que o juiz poderá fazer a inspeção judicial. Mas sempre que o juiz achar necessário ele pode ir. 
Art. 483.  O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa quando:
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar;
II - a coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis despesas ou graves dificuldades;
III - determinar a reconstituição dos fatos.
A inspeção judicial é diferente de perícia. O que diferencia elas é o sujeito que realiza a prova. Na perícia a pessoa que investiga/analisa o objeto é o perito, que é um terceiro estranho ao processo, imparcial e com conhecimentos técnicos sobre o assunto. Na inspeção judicial quem faz as constatações é o próprio juiz.
Obs.: Art. 483, § único: as partes tem sempre direito de assistir (facultativo) a inspeção prestando esclarecimento e fazendo observações que considerem importantes para o processo, baseado no princípio do contraditório. 
Obs.: Art. 484: Depois que o juiz termina a inspeção ele deve fazer um laudo de tudo que aconteceu, do que foi contato, da parte que compareceu, o que foi constatado, o que foi informado nos autos. Pois sem esse laudo essa prova é inexistente, só podendo se utilizar dessa prova para fundamentar a sentença se estiver relatado nos autos. 
DIA 15/09/2016
Depoimento das partes (depoimento pessoal) – art. 385 e ss.: a ideia e a finalidade é obter a confissão. É meio de prova em que o juiz a pedido de uma das partes ou de ofício colhe declarações dos adversários com a finalidade de obter a confissão dos fatos. 
Obs.: Marinoni critica a possibilidade da determinação dessa prova de oficio pelo juiz, pois para ele, a finalidade dessa prova seria incompatível com o papel do juiz no processo, pois se o fizesse estaria sendo parcial; Para ele esse meio de prova só é admitido quando feito a requerimento da própria parte. 
O depoimento pessoal só pode ser prestado pela própria parte, pois é personalíssimo. Só quem presta depoimento pessoal é parte, por isso deve se observar quem é parte, quem é representante, quem é procurador*. 
Doutrina e jurisprudência quando estão diante de parte incapaz: Esse depoimento quando for colhido pelo representante do incapaz será valorado pelo juiz como prova testemunhal e não depoimento pessoal. 
*Procurador e Presentante da Pessoa Jurídica: Aqui o entendimento majoritário é de que é possível obter o depoimento pessoal dos representantes desde que estes tenham poderes para transigir e confessar. Marinoni por entender que esses sujeitos não são parte, aceita que suas declarações sejam valoradas como confissão (e não como depoimento pessoal) desde que tenham poderes expressos para confessar. 
Recusa de depor: Essa recusa pode ser classifica em injustificada ou justificada. Quando a recusa for injustificada haverá uma penalidade para a parte, pois ela é obrigada a depor. Ela pode se dar por omissão ao comparecimento na audiência que gera a presunção relativa de confissão – confissão ficta (art. 385, §1º+ 386) ou recusar a prestar as declarações. As hipóteses da justificada estão no art. 388 (sofre fatos criminosos que a incriminam; temas que não possa responder sem desonra; que coloque em perigo a vida do expoente ou de terceiros). 
Injustificada: 
Art. 385.  Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.
§ 1o Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.
Art. 386.  Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que lhe for perguntado ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais circunstâncias e os elementos de prova, declarará, na sentença, se houve recusa de depor.
Justificada:
Art. 388. A parte não é obrigada a depor sobre fatos:
I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;
III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível;
IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III.
Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família.
ProduçãoAntecipada Da Prova:
Em regra a prova é produzida no processo em momento oportuno que na maioria das vezes vai se dá em AIJ (audiência de Instrução e Julgamento). EXCEPCIONALMENTE permite-se a produção da prova antecipadamente, ou seja, qualquer momento antes do considerado específico para produção de provas. 
Antes do CPC/2015 a produção antecipada de provas ficava dentro do tópico “cautelares”. Hoje isso é feito de forma desvinculada ao processo cautelar, é um meio de prova autônomo. Além disso, antes do novo código, a prova antecipada só servia para os casos considerados urgentes. Agora essa situação é admitida de forma mais ampla. 
Hoje a produção antecipada de provas pode ser requerida com duas finalidades: não contenciosa e contenciosa. Na não contenciosa, a parte requer ao juiz não com a finalidade de usá-la no processo, mas sim documentar e registrar seus direitos. A contenciosa será admita nas hipóteses do art. 381. 
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
Em nenhuma das hipóteses é necessário que se tenha um processo instaurado. Esses requerimentos são processos autônomos sem resolução de mérito. 
Obs.: § 4º. Essa regra é uma reprodução do art. 109 §3º da CF. Que permite o ajuizamento da ação na justiça estadual mesmo quando for da competência da vara federal e na localidade não tiver vara federal. 
§ 4º O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara federal.
Procedimento
Petição inicial – art. 319/320. Assim como se acumula pedidos na PI, aqui também pode se cumular pedido de provas antecipadas. Aqui também se indicará o legitimado passivo pela qual futuramente se demandará – art. 382;
Citação dos interessados – Art. 382 §1º. Citação dos interessados para que eles acompanhem a produção de provas. Obs. §4º - Nesse procedimento é realizado a citação mas não é permitida apresentação de defesa ou de recurso. Scarpinella critica esse §4º, pois para ele deve ser respeitado o contraditório, como questões de legitimidade e questões processuais. No entanto, a maioria da doutrina afirma que aqui não é lugar de contraditório, e sim formação de provas, sendo o mérito discutido posteriormente. 
Realizada a prova o Juiz irá homologá-la sem emitir qualquer juízo de valor. Pelo art. 183, os autos permanecerão em cartório por 1 mês para que os interessados extraiam cópias, sendo ao final entregues ao requerente. 
Art. 382.  Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a necessidade de antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de recair.
§ 1o O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na produção da prova ou no fato a ser provado, salvo se inexistente caráter contencioso.
§ 2o O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas consequências jurídicas.
§ 3o Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo procedimento, desde que relacionada ao mesmo fato, salvo se a sua produção conjunta acarretar excessiva demora.
§ 4o Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
Art. 383.  Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de cópias e certidões pelos interessados.
Parágrafo único.  Findo o prazo, os autos serão entregues ao promovente da medida.
DIA 19/09/2016
Confissão
Conceito
CPC: Art. 389.  Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário.
Efeitos da confissão:
Dispensa de produção (incontroverso) de prova (374, II).
Art. 374. Não dependem de prova os fatos:
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
Presunção relativa de veracidade.
Diferenças
Confissão e Renúncia do direito de Ação
Confissão: Pode ser feita por qualquer parte
Renúncia: só o autor
Confissão: Não é ato de disposição de direito e não vincula o juiz, é um meio de prova que deve ser valorado junto aos demais. Significando somente o reconhecimento da verdade de uma alegação de fato.
Renúncia: Vincula o juiz decisão extinção do processo com solução do mérito (487,CPC)
Confissão e reconhecimento jurídico do pedido.
Confissão: Pode ser feita por qualquer parte.
Renúncia: Somente a parte ré.
Confissão: Não é ato de disposição de direito e não vincula o juiz, é um meio de prova que deve ser valorado junto aos demais. Significando somente o reconhecimento da verdade de uma alegação de fato.
Renúncia: Vincula o juiz decisão extinção do processo com solução do mérito (487,CPC)
Elementos: (Sobre o que recai a confissão?)
Objetivo: alegação de fato desfavorável ao confidente.
Subjetivo: qualquer parte legítima e capaz.
Intencional: Vontade de confessar. (quer saber se essa intenção de vontade é livre e consciente, uma vez que o legislador veda confissão com vício de vontade.)
Condições para confissão
Que seja favorável à parte que o invoca e desfavorável ao confidente.
Própria e pessoal do confidente, ele só pode confessar coisas relacionadas a pessoa dele, caso contrário, envolvendo terceiro será testemunho.
Não cabe confissão sobre direitos indisponíveis (art. 392, CPC), só é possível confessar algo capaz de ser renunciado, caso contrário não produzirá efeito de confissão.
Classificação
Judicial: feita dentro do processo, que pode ser feita a qualquer tempo.
Extrajudicial: fora do processo. Pode ser produzida tanto contra a própria parte quanto para terceiro.
Espontânea: existe vontade da parte em confessar. Ela é requerida pelo confidente.
Provocada: não nasce do ato de vontade, a parte é instigada a confessar. A parte contrária ou o juiz a provocam para prestar depoimento pessoal e obter confissão. Tem relação com depoimento pessoal.
Ficta: presumida, a partir do não comparecimento ao depoimento pessoal ou recusa de prestar declarações.
Obs.: Marinone – a confissão ficta só produz seus efeitos no processo em que a mesma ocorreu. Diferente da confissão efetiva/real que pode estender seus efeitos para outro processo, desde que com as mesmas partes.
Simples: confissão “normal”.
Complexa: quando o sujeito confessa, mas traz fato novo. Sobre esse algo novo quem tem que provar foi quem alegou.
Características da confissão
A confissão é um meio de prova que deve ser valorado livremente pelo juiz. (Sistema do livre convencimento)
O fato que é confessado não gera necessidade de produção de prova.
Não se admite confissão de fatos relativos a direitos indisponíveis.
A confissão é irretratável. Uma vez manifestada a vontade de confessar e tendo o feito não há como voltar atrás. Decorre do princípio da boa fé. Entretanto, ela pode ser anulada com relação a vício de vontade (erro e coação).
Art.391, CPC – a confissão judicial faz prova contra o confidente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes. Aplicada ao litisconsórcio simples em nome do princípio da Autonomia. Para a confissão produzir efeito no litisconsórcio unitário ela deverá ser praticada por todos os litisconsortes.
22/09/2016 
Confissão por incapaz – quando for feita pelo próprio incapaz para o legislador esse ato processual será ineficaz, será válido, entretanto não produzirá os efeitos da confissão (392, §1º).
Art. 392.  Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis.
§ 1º A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de dispor do direito a que se referem os fatosconfessados.
 A confissão feita pelo representante do incapaz, apesar de não ser feita pela própria parte, majoritariamente entende-se que o representante poderá confessar fatos relativos ao incapaz, desde que tenha poderes especiais para confessar (392, §2º).
§ 2º A confissão feita por um representante somente é eficaz nos limites em que este pode vincular o representado.
Art.395, CPC – a confissão é, em regra, indivisível, isto é, no ato de confissão não se pode extrair a parte que interessa e retirar a parte que não interessa, vedando assim a utilização somente da parte que te favoreça. Entretanto, será possível cindir (dividir) o depoimento confessório quando aduzir fatos novos. Trata-se da confissão complexa em que o confidente, além de confessar agrega fato novo ao processo. Ex.: confessa a existência da dívida, mas alega o pagamento. Nesse caso, a confissão pode ser cindida para valer como prova contra o confidente, desprezando o fato novo alegado, o qual será objeto de prova por aquele que alegou (ônus da prova).
Prova Testemunhal (art.442 e SS)
Conceito
Meio de prova consistente nas declarações feitas por terceiros em resposta às perguntas que forem feitas sobre os fatos articulados no processo. A testemunha difere-se do perito na medida em que depõe sobre fatos cujo conhecimento tenha adquirido pelos sentidos sensoriais, ao passo que o perito auxilia o juiz a partir de dados e conhecimentos técnicos.
Admissibilidade (art. 442/443)
Sempre é possível trabalhar com a prova testemunhal em qualquer processo, salvo se a lei restringir. Só que o art. 443 apresenta algumas condições, caso que o juiz poderá dispensar a produção da mesma, sendo ela inútil ou desnecessária para o processo. 
Art. 442. A prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo diverso.
Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos:
I - já provados por documento ou confissão da parte;
II - que só por documento ou por exame pericial puderem ser provados.
Quem pode depor? (art. 447, CPC)
Todas as pessoas, salvo:
- Incapazes: é estabelecida em lei a vista de deficiências físicas ou psíquicas, inclusive decorrentes de imaturidade, capazes de impedir a percepção sensorial ou dificultar a sua consciência. 
§ 1º São incapazes:
I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental;
II - o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percepções;
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.
- Impedidos: hipóteses de inconveniência de colher o depoimento ou incompatibilidade entre a posição de testemunha e a decorrente de outra forma de relação com o processo. As hipóteses de impedimento consideram a inconveniência do depoimento ou a incompatibilidade entre a posição de testemunha e a recorrente de outra forma de relação com o processo.
§ 2º São impedidos:
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito;
II - o que é parte na causa;
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes.
- Suspeitos: são suspeitos aqueles que, por defeito de caráter, pelo relacionamento com uma das partes ou pela sua posição relativamente ao objeto do litígio tem sua credibilidade reduzida no processo. 
§ 3º São suspeitos:
I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;
II - o que tiver interesse no litígio.
Essa não e uma restrição absoluta, pois o juiz pode passar por cima disso e ouvir essas pessoas como INFORMANTES, sem colher o termo de compromisso (art.447, §§4º e 5º).
§ 4º Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores, impedidas ou suspeitas.
§ 5º Os depoimentos referidos no § 4o serão prestados independentemente de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer.
Obs.: Essas três situações podem ser reconhecidas pelo juiz de ofício ou suscitadas pela parte contrária pelo que chamamos de CONTRADITAR. (art. 457, §§1º à 3º.
Art. 457. Antes de depor, a testemunha será qualificada, declarará ou confirmará seus dados e informará se tem relações de parentesco com a parte ou interesse no objeto do processo.
§ 1º É lícito à parte contraditar a testemunha, arguindo-lhe a incapacidade, o impedimento ou a suspeição, bem como, caso a testemunha negue os fatos que lhe são imputados, provar a contradita com documentos ou com testemunhas, até 3 (três), apresentadas no ato e inquiridas em separado.
§ 2º Sendo provados ou confessados os fatos a que se refere o § 1o, o juiz dispensará a testemunha ou lhe tomará o depoimento como informante.
§ 3º A testemunha pode requerer ao juiz que a escuse de depor, alegando os motivos previstos neste Código, decidindo o juiz de plano após ouvidas as partes.
Direito ao silêncio e recuso de depor (art.448, CPC)
Em regra, a parte não pode ficar calada, entretanto excepcionalmente poderá fazê-lo nas hipóteses do art. 448.
Art. 448. A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos:
I - que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro e aos seus parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
Rol de testemunhas (art.357,§6º)
O número máximo de testemunhas para cada parte não pode ser superior a 10, sendo 3 para cada fato.
Se o juiz quiser ouvir mais pessoas ele pode sem que sejam limitadas a esse quantitativo. Pode pedir de ofício. E se quiser limitar o número também poderá fazer levando em conta a complexidade da causa.
Obs.: (art. 451, CPC) A parte só poderá substituir a testemunha que falecer, que por enfermidade não estiver em condições de depor, a que tendo mudado de moradia ou local de trabalho não for encontrada.
Forma de convocação de testemunhas:
Como levar a testemunha para o processo? Por intimação ou quando a própria parte se compromete a levar a testemunha. Com relação à segunda hipótese, se a testemunha não comparece presume desistência de ouví-la.
No CPC/15, a intimação da testemunha é responsabilidade da parte que a arrolou, em regra, e deverá colocar prova da AR no processo. Se a parte não intima, presume-se desistência (art. 455). Mas se intimar e a testemunha não for haverá condução coercitiva.
Excepcionalmente, haverá intimação judicial nos casos em que for frustrada a intimação a do §1º, sua necessidade... ( copiar incisos)
03/10/2016
Juiz e conhecimento dos fatos (art. 452)
Se o juiz tiver conhecimento dos fatos, se arrolado ou não para testemunha, declarar-se-á impedido e encaminhar para o juiz substituto.
Colheita da prova testemunhal (art.453, 454, 449)
Feita na Audiência de Instrução e Julgamento, em regra. Todavia, há exceções: 
Art. 449. Salvo disposição especial em contrário, as testemunhas devem ser ouvidas na sede do juízo.
Parágrafo único. Quando a parte ou a testemunha, por enfermidade ou por outro motivo relevante, estiver impossibilitada de comparecer, mas não de prestar depoimento, o juiz designará, conforme as circunstâncias, dia, hora e lugar para inquiri-la.
Art. 453. As testemunhas depõem, na audiência de instrução e julgamento, perante o juiz da causa, exceto:
I - as que prestam depoimento antecipadamente;
II - as que são inquiridas por carta.
Art. 454. São inquiridos em sua residência ou onde exercem sua função:
I - o presidente e o vice-presidente da República;
II - os ministros de Estado;
[...]
Procedimento (art. 457 e SS)
Qualificação (457) – colheita de dados pessoais.
Parteargüir Contradita (457, §1º) - impugnar testemunha incapaz, impedida ou suspeita, todavia poderão ser ouvidas como informantes.
Tomada/termo de compromisso (458 caput, § único) – compromisso de dizer a verdade sobre o que sabe, podendo incorrer em falso testemunho. Obs.: informante não presta compromisso.
Perguntas (459) – 
As partes não fazem pergunta via juiz, isto é, elas fazem diretamente à testemunha.
O juiz ou as partes iniciam a inquirição.
Em regra, ouvi-se primeiro as testemunhas do autor e depois do réu. Podendo inverter caso haja concordância.
Deveres da Testemunha
Comparecer: se não comparece condução coercitiva, ... (salvo egrégios).
Depor sobre fatos – art. 448: depor de forma objetiva, sem emitir juízo de valor.
Dizer verdade: relação com o termo de compromisso.
Direitos da Testemunha (art.462; 459, §2º)
Art. 459.  As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória ou importarem repetição de outra já respondida.
§ 2º As testemunhas devem ser tratadas com urbanidade, não se lhes fazendo perguntas ou considerações impertinentes, capciosas ou vexatórias.
Art. 462. A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la logo que arbitrada ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias.
Prova pericial
Conceito: A prova pericial tem cabimento quando a elucidação dos fatos depende de conhecimentos especiais de natureza técnica ou científica que não se encontra no âmbito da ciência que se espera do juiz. 
Fonte: Pode recair tanto sobre coisa, quanto sobre pessoa. 
Coisa: Se for da parte contrária (art.473); Se for de terceiro, pode gerar procedimento de exibição. (matéria da próxima aula)
Pessoa: Há necessidade de consentimento do sujeito que vai ser submetido à perícia.
Formas de perícia (art. 464):
Exame: perícia que recai sobre coisa móvel.
Vistoria: perícia que recai sobre coisa imóvel.
Avaliação: consiste em atribuição de valor pecuniário, sendo uma técnica de arbitramento usada em procedimentos como inventário e partilha, e processo de execução.
Fatos cuja prova não depende de perícia (art. 464, §1º; 472)
Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
§ 1º O juiz indeferirá a perícia quando:
I - a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;
II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III - a verificação for impraticável.
Art. 472.  O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar suficientes.
Perito e Assistente Técnico:
	Perito (art.156, SS)
	Assistente técnico
	Natureza jurídica de auxiliar do juízo
	Natureza jurídica de auxiliar da parte
	A regra é a nomeação do perito pelo juiz
	Nomeado pela parte
	Confiança do juiz
	Confiança da parte
	O perito precisa prestar compromisso
	Não precisa prestar compromisso
	Submete-se a causa de suspeição e impedimento
	Não submete-se a causa de suspeição e impedimento
	A instrumentalização do seu trabalho se dá por LAUDO PERICIAL
	A instrumentalização do seu trabalho se dá por PARECER TÉCNICO
Obs.: art. 471 – As partes podem de comum acordo escolher o perito indicando... É uma possibilidade, mas se o juiz tiver motivos poderá negar e ele mesmo nomear o perito judicial. 
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requerimento, desde que:
I - sejam plenamente capazes;
II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.
§ 1º As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes técnicos para acompanhar a realização da perícia, que se realizará em data e local previamente anunciados.
§ 2º O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz.
§ 3º A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito nomeado pelo juiz.
17/10/2016
Perito – sujeito processual (art. 156, CPC): como é feita a nomeação do perito.
Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico.
§ 1º Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.
§ 2º Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio de divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação, além de consulta direta a universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados do Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos interessados.
§ 3º Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção do cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e a experiência dos peritos interessados.
§ 4º Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos termos dos arts. 148 e 467, o órgão técnico ou científico nomeado para realização da perícia informará ao juiz os nomes e os dados de qualificação dos profissionais que participarão da atividade.
§ 5º Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização da perícia.
Número de peritos – (Art. 465 + 475): A regra é de 1 (um) perito, salvo quando houver perícia complexa (abrangendo mais de uma área de conhecimento especializado). Lembrando que as próprias partes podem levar seus assistentes técnicos.
Substituição - (Art.468, CPC): Pode ser substituído mesmo sendo nomeado pelo juiz: faltar conhecimento técnico ou não cumprir o prazo estabelecido para entrega da perícia. 
Produção prova pericial: Existem três formas:
Extrajudicial: prova produzida fora e antes do processo. Mesmo já existindo essa prova extrajudicial o juiz pode resolver que há necessidade de produção de outras provas.
Mais simplificada (art.464, §§2º a 4º): não se nomeia perito, nem determina prazo para laudo, em razão da natureza da causa o juiz solicita apenas pequenos esclarecimentos de determinados tópicos de menor complexidade. É mais informal.
Ordinária/judicial
Requerimento da parte ou com a determinação de ofício pelo juiz.
Admissibilidade da perícia e nomeação de perito com a fixação do prazo para entrega do laudo. O código não determinou expressamente o prazo para entrega do laudo, o juiz apenas deve observar sempre uma antecedência de 20 dias para a AIJ (Audiência de Instrução e Julgamento). E pode haver prorrogação do prazo à pedido do perito pela metade do prazo concedido inicialmente. (arts.: 465; 471, §2º; 476; 477).
Intimar as partes da decisão, podendo elas apresentar quesitos e indicar seus assistentes técnicos. (art. 465, §§1º e 2º; 471, §1º)
Entrega do laudo. (art. 473)
Assistente técnico apresenta seu parecer. (art. 477, §1º)
Obs.: Pedido de esclarecimento – é feito quando a partir da entrega do laudo ou do parecer quando é preciso sanar lacunas, obscuridades e contradições que eventualmente forem identificadas. Deve vir em quesito. (art. 477, §2º).
Obs.: Nova perícia – ocorre quando após o laudo e o pedido de esclarecimento o juiz não estiver convencido sobre a matéria objeto da perícia. Nesse caso, nomeia-se outro perito, ressaltando que não há impedimento legal para que seja nomeado o mesmo. 
Prova documental
Conceito de documento: Coisa capaz de representar um fato com aptidão de transmitir ideias e demonstrar fatos. O documento não tem ser necessariamente escrito. E Nem toda pericia é um documento.Ex.: foto, cd, DVD, e-mail. 
Elementos do documento: 
Autoria
Material: quem confecciona o documento, isto é, quem cria o suporte que registra o fato.
Intelectual: quem ordena a confecção deste documento.
- Essa divisão repercute na classificação abaixo:
Documento Autógrafo: o autor intelectual é o mesmo do material.
Documento heterógrafo: o autor intelectual é diferente do autor material.
Documento Público: feito por agente público no exercício de suas funções públicas.
Documento privado: feito por particular ou agente público fora do exercício de suas funções públicas.
Conteúdo: é o registro do fato. Ex.: imagem, escrita, som.
Suporte: é o elemento externo no qual se imprimi a ideia transmitida. Ex.: papel, CD, Fotografia.
Vícios dos documentos:
Vício Formal/ extrínseco: tem haver com a forma e competência.
Vício Intrínseco/conteúdo: tem haver com o conteúdo.
Vícios em partes não substanciais: ficará a critério do juiz avaliar e valorar as mesmas, não necessariamente ocorrendo a anulação do documento por conta de sua existência.
Falsidade:
Material: consiste na alteração do aspecto exterior, que de acordo com a lei seria criação de um documento não verdadeiro.
Ideológica: Declaração em desconformidade com a verdade. O conteúdo está maculado.
DIA 20/10/2016 
Produção da prova documental: art. 434/436
Requerimento da parte que coincide, em regra, com a sua produção – art. 434 
Art. 434.  Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas alegações.
- Autor na PI;
- Réu na contestação;
Intimação das partes para manifestar sobre os documentos:
 Art. 436
Art. 436.  A parte, intimada a falar sobre documento constante dos autos, poderá:
I - impugnar a admissibilidade da prova documental;
II - impugnar sua autenticidade;
III - suscitar sua falsidade, com ou sem deflagração do incidente de arguição de falsidade;
IV - manifestar-se sobre seu conteúdo.
Parágrafo único.  Nas hipóteses dos incisos II e III, a impugnação deverá basear-se em argumentação específica, não se admitindo alegação genérica de falsidade.
Obtenção da prova documental:
Requisição das repartições públicas – art. 438, CPC: Quando o documento pertencer a órgão público ou ser realizado nele.
Art. 438.  O juiz requisitará às repartições públicas, em qualquer tempo ou grau de jurisdição:
I - as certidões necessárias à prova das alegações das partes;
II - os procedimentos administrativos nas causas em que forem interessados a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios ou entidades da administração indireta.
§ 1o Recebidos os autos, o juiz mandará extrair, no prazo máximo e improrrogável de 1 (um) mês, certidões ou reproduções fotográficas das peças que indicar e das que forem indicadas pelas partes, e, em seguida, devolverá os autos à repartição de origem.
§ 2o As repartições públicas poderão fornecer todos os documentos em meio eletrônico, conforme disposto em lei, certificando, pelo mesmo meio, que se trata de extrato fiel do que consta em seu banco de dados ou no documento digitalizado. 
Exibição de documento ou coisa – art. 396 e ss: 
Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder.
Art. 397.  O pedido formulado pela parte conterá:
I - a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa;
II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou com a coisa;
III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.
Art. 398.  O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua intimação.
Parágrafo único.  Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à verdade.
Art. 399.  O juiz não admitirá a recusa se:
I - o requerido tiver obrigação legal de exibir;
II - o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de constituir prova;
III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.
Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar se:
I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398;
II - a recusa for havida por ilegítima.
Parágrafo único.  Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido.
Função da exibição: Atender o interesse público do estado na descoberta da verdade e o interesse privado da parte em obter o documento ou coisa. 
Marinoni diz: Há um dever de juntada do documento pela parte contraria que só será ressalvado se de tal fato puder decorrer futura imputação criminosa/ação penal, em respeito ao princípio da não autoincriminação. 
Obs.: Momento da exibição: Para Marinoni, via de regra, o pedido de exibição será feito no momento de saneamento do processo, ou seja, após a resposta do réu e próximo ao momento da instrução. 
Parte – art. 396/400
1º Requerimento – 397: é o pedido para o juiz de que a parte seja obrigada a apresentar o documento, esse requerimento pode ser feito na PI, na contestação ou em qualquer outro momento em que se justifique a necessidade do documento. O requerimento deve conter os requisitos previstos no artigo. 
2º Intimação: Uma vez aceito o requerimento a parte contraria será intimada para exibir os documento. Se o requerimento for feito na PI, a parte contraria se manifesta na contestação. Se o pedido for feito na contestação será respondido em réplica e se feito em outro momento, a parte contraria tem 5 dias para se manifestar sobre o pedido. 
3º Atitudes da parte: Após o recebimento da intimação, a parte pode tomar as seguintes decisões.
Exibir: Se a parte exibir, o incidente estará resolvido.
Recusar: pode recusar, desde que justificadamente, conforme o art. 404. O juiz pode não aceitar a justificativa se as hipóteses não forem comprovadas. 
Silencio – art. 400: nem exibir e nem falar nada
Recusar injustificadamente – art. 400: simplesmente se manifestar dizendo que não vai apresentar ou o juiz recusar as hipóteses do art. 404. 
Obs.: A princípio no caso de recusa injustificada e do silêncio, haverá presunção de veracidade. 
Negar que a coisa esteja em seu poder: Se a pessoa diz que não está com o documento, quem deve provar a posse do documento é que requereu. Se for provada a posse o juiz determina a exibição, e então a parte contraria pode exibir, recusar ou se manter em silencio. Se não for provada a posse do documento pela parte contrária, não haverá exibição. 
O STJ até o CPC 2015, tinha um enunciado de sumula 372 que dizia que quando existir uma exibição que tenha como parte contraria a mesma parte do litígio, não será aplicada a multa (astreint), tendo em vista que a não exibição já é punida com a presunção de veracidade, não sendo cabível uma nova punição. 
Após o CPC 2015, essa súmula perde sua efetividade (revogada) devido ao art. 400, §único. Pois aqui o juiz tem liberdade para entender que se a medida mais eficaz para o processo é a multa, ou qualquer outra medida coercitiva, ele poderá aplicar. 
Terceiro – art. 401 e ss: é uma ação incidental. 
 PI: Será dentro dos mesmo autos
Citação para responder 
Atitudes do terceiro – art. 401, CPC
Exibir.
Silêncio: recusa tácita, que será equipara a uma recusa sem justificativa. Se ele não apresentar não haverá presunção de veracidade, pois ele não é parte do processo. 
Recusar justificadamente – art. 404. 
Recusar sem justo motivo – art. 403: O requerido pode depositar o objeto em juízo. Se não houver depósito haverá busca e apreensão, pode incidir desobediência, multa e outras medidas. 
Art. 401.  Quando o documento ou a coisa estiver em poder de terceiro, o juiz ordenará sua citação para responder no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 402.  Se o terceiro negar a obrigação

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