Buscar

FISIOLOGIA - CICLO MECÂNICO CARDÌACO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FISIOLOGIA – AULA 27.09.2017 – 
EVENTOS DO CICLO CARDÍACO MECÂNICO
Vamos observar o comportamento desta bomba ( coração) na circulação.
GRAFICO representa o perfil do coração do lado esquerdo. Nessa representação temos: Pressão medida em três locais distintos, as alterações de volume q se dão principalmente no ventrículo e alguns sons que são gerados pelo coração durante o ciclo cardíaco (sístole seguida de diástole). Então nós temos aqui basicamente 5 variáveis que estão se alterando em função do tempo.
CORAÇÃO
Nos temos as quatro câmaras cardíacas ( átrios direito e esquerdo, ventrículos direito e esquerdo), a aorta ( principal tronco da circulação sistêmica, q recebe o sangue diretamente do v. esquerdo) , se for pro lado direito temos a artéria pulmonar, e temos algumas valvas q separam as cÂmaras cardíacas, mas q separam também as camaras cardíacas da circulação. Então valvas atrioventriculares, lado direito valva tricúspide e no lado esquerdo a valva mitral e separando o ventrículo desse tronco, ou dessa circulação que se origina a partir dele, nós temos as valvas arteriais. No caso da aorta temos a valva aórtica e na artéria pulmonar temos as valvas pulmonares. A FINALIDADE DESSAS VALVAS É EVITAR Q HAJA REFLUXO DE SANGUE. O funcionamento das valvas é puramente mecânico e a abertura ou fechamento delas se dá basicamente por alterações de pressão, por modificações de pressão entre os dois compartimentos que são separados por essa valva. Exemplo, no caso das valvas atrioventriculares, se a pressão dos átrios for maior que a do ventrículo a valva abre ( o sangue vai do átrio para o ventrículo), se a pressão nos ventrículos forem maiores q a dos átrios, essa valva fecha e isso impede q o sangue volte para o átrio. O raciocínio é o mesmo em relação às valvas arteriais. No caso da aórtica, se a pressão na aorta for maior do que a do ventrículo a valva está fechada, se a pressão no ventrículo for maior do que a da aorta essa valva abre e o sangue vai para a circulação.
VOLTANDO AO GRÁFICO... 
Por que avaliar apenas o lado esquerdo? O que define o lado é a variação de pressão e aqui está variando de 0 a 100 mmHg ( lado esquerdo) já no lado direito varia de 0 a 25 no máximo.
Linha azul: pressão atrial esquerda
Linha preta: pressão na aorta
Linha pontilhada vermelha: alterações de pressão no ventrículo esquerdo
Linha mais abaixo: volume
ECG
Sons 
O ECG é na verdade uma ferramenta para analisar as propriedades elétricas do coração. É formado por um conjunto de três ondas: onda P, complexo QRS e a onda T. Registro feito de forma temporal e representa 3 eventos:
# onda P : despolarização atrial
# complexo QRS : despolarização ventricular
# onda T : repolarização ventricular
# intervalo P-R : condução atrioventricular ( do momento em que os átrios despolarizam até o momento de despolarização ventricular). Como o registro é feito em uma velocidade conhecida é possível calcular o tempo em que o impulso é conduzido dos átrios até os ventrículos. É possível , por exemplo, comparar indivíduos quando essa condução é mais rápida ou mais lenta, como em casos de arritmia cardíaca.
# intervalo Q-T: ativação e desativação ventricular ( despolarização e repolarização). Se esse intervalo for mais longo ou mais curto, isso indica na maioria das vezes alteração na velocidade de condução do impulso através dos ventrículos.
O ECG não consegue medir a repolarização atrial pois ela ocorre ao mesmo tempo da despolarização do ventrículo ( complexo QRS)
1 CILO CARDÍACO ------- 0,8s
No tempo 0 o coração está completamente relaxado e está quase pronto para ser estimulado e após este estímulo, contrair.
Com o coração relaxado a pressão dentro dele ( atrial e ventricular) estão muito baixas, porém a pressão atrial é levemente maior que a ventricular (indicativo de válvula atrioventricular aberta). Neste momento o volume ventricular é da ordem de entre 100 e 110 ml (considerando um indivíduo do sexo masculino, saudável, jovem e de aproximadamente 70 Kg em repouso).
Pressão na aorta está em queda ( pressão na aorta durante a diástole é da ordem de 80 mmHg), mas ainda n atingiu seu mínimo, ou seja, está caindo ainda do ciclo anterior e voltando ao diâmetro normal.
A partir desse ponto 0 o coração será estimulado eletricamente começando pelo nodo sinoatrial e seguindo para os átrios ( onda P, despolarização atrial, contração dos átrios). O estímulo segue para nodo atrioventricular, mas ocorre um retardo e só depois do retardo ( ocorre para que os átrios possam contrais antes dos ventrículos) segue para o ventrículo.
A contração atrial tem pouca força (onda “a” no gráfico) e a variação de pressão n chega nem a 10 mmHg, o que reforça o conceito de que OS ATRIOS NÃO SÃO BOMBAS, funcionam mais como câmaras de passagem.
Durante toda a contração atrial a pressão é maior do que a do ventrículo, que faz com que a valva atrioventricular continue aberta. Essa contração atrial que leva o restinho de sangue que estava no átrio para o ventrículo, e coincide com o aumento adicional do volume ventricular. Enquanto isso está acontecendo o impulso está passando pelo nodo atrioventricular, e daí será transmitido pelo feixe de His (muito rápido, 5 m/s). passando pelo feixe o impulso se espalha pelo ventrículo em 30 ms, despolarizando todo o ventrículo ( complexo QRS) e gerando sua contração.
Nesse intervalo a pressão aórtica já atingiu seu mínimo ( 80mmHg, pressão diastólica).
Ao contrair, a pressão no ventrículo aumenta progressivamente até atingir o máximo que em repouso é 120 mmHg. Sua pressão fica maior que a do átrio e as válvulas fecham (mitral e tricúspide) *lembrando que estamos considerando apenas o lado esquerdo , portanto a valva mitral* impedindo refluxo.
Defeito no fechamento da valva ------- SOPRO CARDÍACO
FASE 1 - Contração isovolumétrica: o ventrículo contrai, a pressão sobe, mas não há alteração no volume ventricular. A valva acabou de fechar e não há movimento de sangue átrio-ventrículo e ainda não há pressão suficiente para abrir a valva aórtica (só abre quando a pressão no ventrículo for maior do que a da aorta).
FASE 2 – Ejeção: Quando a pressão no ventrículo de sobrepõe à pressão da aorta, a valva abre e o sangue é ejetado ( queda brusca do volume ventricular).
FASE 3 – Relaxamento isovolumétrico: O ventrículo repolariza, relaxa, a pressão cai ficando abaixo da aórtica, a válvula fecha e a pressão ventricular segue em direção ao zero. Tudo sem alteração do volume ventricular. A pressão no ventrículo ainda não caiu o suficiente para que haja entrada de sangue novamente.
FASE 4 – Enchimento: a pressão no ventrículo fica abaixo da do átrio novamente, a valva abre e o sangue enche o ventrículo aumentando rapidamente seu volume já que existe um gradiente de pressão favorável.
REGISTROS FONOGRÁFICOS – BULHAS CARDÍACAS
Fechamento das válvulas atrioventriculares
Fechamento das válvulas aórtica e pulmonar
Abertura das válvulas atrioventriculares ( chegada brusca do sangue no ventrículo gera turbulência que provoca som )
Contração atrial ( ejeção do sangue, ainda que pouco, no ventrículo também gera uma turbulência que provoca som)
I e II são audíveis com ou sem estetoscópio
*Gráfico Alça pressão-volume* ----- VENTRÍCULO
No ponto 0 a pressão é baixa (8 a 10 mmHg) e é chamada de PRESSÃO DIASTÓLICA FINAL (pressão no ventrículo no final da diástole) e o volume (120 ml) e é chamado VOLUME DIASTÓLICO FINAL 
VOLUME SISTÓLICO FINAL ( o volume que sobra no coração no final da sístole). *Nem todo o volume que se tem no ventrículo é ejetado.*
DEBITO SISTOLICO é a diferença de volume entre o que eu tinha no ventrículo e o que ficou, ou seja, o quanto foi ejetado na contração.
DEBITO SISTOLICO = VOLUME DIASTOLICO FINAL – VOLUME SISTOLICO FINAL
Mede a capacidade de contração do coração.
Ex.: 120 – 50 = 70 ml
FRAÇÃO DE EJEÇÃO = DEBITO SISTOLICO/VOLUME DIASTOLICO FINAL
Indica o percentual de volume que o coração conseguiu ejetar em função do volume que ele tinha.
Ex.: 70/120 = 0,60 (aproximadamente)-------- 60%
É possível detectar, por exemplo, insuficiências cardíacas quando a fração de ejeção começa a cair.
Ex.:30 - 40% caracteriza uma insuficiência. Indica que a função contrátil está reduzida porque reduz a fração de ejeção.
*Pressão baixa de certa forma caracteriza um insuficiência porque o coração não consegue mais gerar pressão de uma forma muito eficaz, o volume cai e o fluxo também. Isso prejudica a perfusão tecidual (individuo vive bem em repouso, mas quando submetido a estresse maior n consegue se adaptar).
*insuficiência cardíaca pode ocorrer em decorrência de hipertensão:
O coração precisa de mais pressão para ejetar, o que provoca uma hipertrofia do coração (para dentro) o q vai reduzir o espaço interno e consequentemente o volume de sangue, pois não haverá variação de volume suficiente para manter o debito cardíaco.
COMPARANDO COM O LADO DIREITO...
Há uma diferença de pressão. O volume se mantém, ou seja, o volume que sai do ventrículo esquerdo é o mesmo que retorna no ventrículo direito. Isso acontece por geração de pressão diferentes ( pressão sistólica no v. direito é da ordem de 25 mmHg e no v. esquerdo é da ordem de 120 mmHg). Enquanto que a pressão arterial sistêmica é 120/80, a da circulação pulmonar é 25/8.
-Por que a pressão na circulação pulmonar é mais baixa?
 Porque a resistência é menor. E a resistência é menor por causa de vários fatores, dentre eles, a maior complacência da parede arterial da circulação pulmonar. Menos resistência indica menos pressão.
#Alterações no VDf ou no VSf modificam o debito sistólico
VDf
-Pressão de enchimento ventricular ----- se eu tenho um coração mais relaxado há uma queda de pressão e essa queda de pressão facilita seu enchimento. Se o coração não relaxa direito a sua pressão acaba sendo maior e a capacidade de enchimento é reduzida.
-Tempo de enchimento ventricular
-Complacência ventricular -----quanto maior a capacidade de distensão, maior o volume.
VSf
-Pré-carga (mecanismo de Frank-Starling)
Adaptação do coração as necessidades do Corpo --- RELAÇÃO COMPRIMENTO-TENSÃO 
Variando o comprimento inicial do sarcômero a força gerada por esse musculo muda, ou seja, a geração de força de um músculo é proporcional ao tamanho inicial do sarcomero.
Situações força zero:
Musculo muito retraído indica que os sarcomeros estão muito pequenos a ponto de os filamentos grossos estarem praticamente esbarrando no disco z, ou seja, não há condição de gerar deslizamento (sem pontes cruzadas). Mesmo estimulado a força será zero.
Musculo totalmente estirado também não há possibilidade de gerar força. Mesmo se houver estimulo, a força será zero.
A força é proporcional a quantidade de pontes cruzadas e quanto mais pontes cruzadas, maior a força.
O coração vai ejetar mais ou menos dependendo do grau de estiramento. MAS NUNCA ESTARÁ RETRAÍDO EXCESSIVAMENTE OU ESTIRADO EXCESSIVAMENTE, pois do contrário o coração pararia.
O que faz um sarcomero do coração variar de tamanho?
Volume diastólico final. O que diz se o coração tem que contrair mais ou menos (variação do sarcomero) é o volume que há nele.
O que gera o volume diastólico final?
O retorno venoso. O q volta para o coração tem que ser o mesmo volume que foi ejetado, ou seja, DC= retorno venoso. 
Se o retorno venoso aumenta, a fibra distende mais, aumenta o volume diastólico final, aumenta a pressão diastólica e aumenta o debito cardíaco.
09:00 minutos - 006

Outros materiais