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MERCADO FINANCEIRO APOSTILHA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE GRADUAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO E DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
MERCADO FINANCEIRO
Prof. Alexandre L. Almeida
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
1
ESQUEMA CIRCULAR DA RENDA
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Famílias
Empresas
Renda
(-) Consumo
(=) Poupança
Investimento
Capital
(+) Fatores
(=) Produção
Rendas, lucros
Como financiar os projetos dos empreendedores?
Como incentivar os poupadores a investirem seus recursos?
Como unir esses agentes econômicos?
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FLUXO DE RECURSOS NO MERCADO FINANCEIRO
Mercado
Monetário
(curto prazo)
Mercado de 
Capitais
(longo prazo)
I
N
V
E
S
T
I
D
O
R
E
S
Aplicam 
$
Compram 
ativos 
financeiros
Recebem
$
Emitem
ativos
financeiros
E
M
P
R
E
E
N
D
E
D
O
R
E
S
MERCADO FINANCEIRO
Sistema Financeiro Nacional
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3
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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO MERCADO FINANCEIRO
Agregação de pequenos valores em grandes quantias (Ex. fundos de investimentos);
Sucessivos empréstimos de curto prazo financiam aplicações de longo prazo 
Distribuição de riscos entre diferentes agentes econômicos;
Alocação intertemporal de recursos.
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DEFINIÇÃO DE ATIVOS
Enquanto os ativos reais produzem um fluxo de bens e serviços (de capital ou de consumo) aos seus proprietários, os ativos financeiros oferecem, direitos sobre um fluxo de caixa previamente especificado, ou reivindicações sobre os ativos reais;
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ATIVOS FINANCEIROS
Moeda: Como meio de troca, evita a prática do escambo, que, por ser baseado em trocas diretas, exige a ocorrência de uma coincidência mútua de necessidades. As trocas indiretas são mais eficientes. 
Além disso, serve como unidade de conta, o que economiza uma grande quantidade de informação sobre preços relativos;
Para que seja aceita, deve servir como reserva de valor, isto é, manter seu poder de compra e ser de fácil manuseio.
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
6
7
ATIVOS FINANCEIROS 
Continuação
Há mais duas espécies básicas de ativos financeiros:
os títulos de dívida, em que seu titular é remunerado a um custo pré-contratado; 
e os títulos de participação, cuja remuneração é atrelada ao desempenho do empreendimento. 
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ATIVOS FINANCEIROS 
Continuação
Outra espécie de ativo financeiro, de grande relevância atualmente, são os derivativos;
Derivativo é um contrato ou acordo bilateral que envolve um direito ou uma obrigação sobre um fluxo de caixa, referenciado em um outro ativo, chamado de ativo-objeto.
Há uma vasta gama de ativos-objetos usados hoje em dia: taxas de juros e de câmbio, índices, preços, etc... 
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ORGANIZAÇÃO DOS MERCADOS 
quanto às emissões
Mercado Primário: 
É onde ocorrem as emissões de novos títulos, em conseqüência da captação de recursos novos pelos emissores;
Mercado Secundário:
Propiciam liquidez aos mercados primários, possibilitando o giro dos títulos já emitidos. Não há captação de novos recursos.
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ORGANIZAÇÃO DOS MERCADOS 
quanto às negociações
Mercado Organizado:
A participação nas transações só é admitida aos membros autorizados, onde se negociam títulos padronizados de emissores previamente registrados. Normalmente possuem um local próprio para os negócios, de forma a permitir a total transparência e com possibilidade de interferência a todos os interessados, garantindo a livre concorrência. 
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ORGANIZAÇÃO DOS MERCADOS 
quanto às negociações
Mercado livre:
Normalmente são formados quando não há um mercado organizado estabelecido. Não têm um local definido, com possibilidades de interferência dos demais agentes, cujo ingresso e saída se dá livremente, sem divulgação ampla dos negócios, que ocorrem entre os especialistas, ou destes com o público. Sua maior vantagem é a maior flexibilidade.
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ORGANIZAÇÃO DOS MERCADOS 
quanto à liquidação
Mercado à vista: Liquidação física e financeira ocorrem no presente (d0);
Mercado à prazo: Liquidação física ocorre no presente (d0) e a liquidação financeira se dá posteriormente (dn);
Mercado a termo e futuro: Liquidação física e financeira ocorrem posteriormente (dn).
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ORGANIZAÇÃO DOS MERCADOS 
quanto à liquidação
Tipos de mercados
Data da contratação
Liquidação
física
Liquidação
financeira
À vista
Em D0
Em D0
Em D0
A prazo
Em D0
Em D0
Em DN
A termo ou futuro
Em D0
Em DN
Em DN
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Exemplos:
Mercado à vista: Compras no comércio;
Mercado a prazo: Financiamentos de bens duráveis;
Mercado a termo e/ou futuro: Operações na BM&F.
COMPARATIVO ENTRE TIPOS DE MERCADOS
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PARÂMETROS
MERCADOS
ORGANIZADOS (BOLSA)
LIVRE
(BALCÃO)
Formação de preços
Leilão
Transação direta
Transparência
Alta
Baixa
Contratos
Padronizados
Negociados pelas partes
Flexibilidade
Baixa
Alta
Liquidez
Alta
Baixa
Riscos e garantias
Bolsa ou Câmarade Compensação
Das própriascontra-partes
Tipo de Intermediários
Corretores
Distribuidores
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ESTRUTURA DE MERCADOS
Intermediários
Bancos de investimento, 
corretoras e distribuidoras
Emprestadores
Intermediários
(bancos comerciais e
de desenvolvimento) 
Intermediários
Bancos de investimento, 
corretoras e distribuidoras
Tomadores
Mercado
Primário e secundário;
Bolsa ou balcão
Transações privadas indiretas
Transações privadas indiretas
Transações públicas, primárias e secundárias
Transações públicas, primárias e secundárias
Transações privadas diretas
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FUNÇÕES DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
Recebem depósitos em dinheiro do público (bancos comerciais); 
Assessoram os clientes em operações de “atacado”, tais como oferta pública de valores (bancos de investimentos);
Representam os clientes em negociações de compra e venda de ativos (corretoras);
Atuam como contrapartes de seus clientes, provendo liquidez nos negócios no “varejo” (distribuidora);
Ofertam operações de seguro ou arrendamento de bens (seguradoras e arrendadoras mercantis). 
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FUNÇÕES DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Continuação
Geram ganhos de eficiência por causa:
Da especialização;
Da diluição dos custos de transação;
Minimização dos efeitos decorrentes da assimetria informacional, pois evita a ocorrência de:
Seleção adversa: Expulsão dos bons vendedores do mercado não dispostos ao desconto exigido pelos compradores, mais expostos a riscos por deterem menos informação (exemplo: mercado de carros usados).
Risco moral: Aumento de custo para contratação, pela falta de confiança no uso adequado dos direitos adquiridos (exemplo: operações de seguro).
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ESTRUTURA DO SFN
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ORGÃOS NORMATIVOS
ENTIDADES SUPERVISORAS
OPERADORES
Conselho Monetário Nacional - CMN
Banco Central do Brasil - BACEN
Instituições financeiras
Outros intermediários financeiros
Captadoras de depósitos à vista
Demais Instituições financeiras
Comissão de Valores Mobiliários - CVM
Bolsas de mercadorias e futuros
Bolsasde valores
Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP
Superintendência de Seguros Privados - SUSEP
Resseguradoras
Sociedadesde capitalização
Entidades abertas de previdência complementar
Conselho Nacional de PrevidênciaComplementar - CNPC
Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC
Entidades fechadasde previdência complementar
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FUNCIONAMENTO DOS MERCADOS
Exemplo: Considere o quadro seguinte com informações sobre ofertas de compra e venda de determinada mercadoria. Coloque os preços em ordem decrescente de competitividade, para compra e venda. 
Ofertas
Compra
Venda
$100,00
$175,00
$150,00
$125,00
$125,00
$150,00
Ofertas
Compra
Venda
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
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Ofertas de compra: 150, 125 e 100 (ordem decrescente);
Ofertas de venda: 100, 150 e 175 (ordem crescente)
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FUNCIONAMENTO DOS MERCADOS
Exemplo: Considere o quadro seguinte com informações sobre ofertas de compra e venda de determinada mercadoria. Coloque os preços em ordem decrescente de competitividade, para compra e venda. 
Ofertas
Compra
Venda
$100,00
$175,00
$150,00
$125,00
$125,00
$150,00
Ofertas
Compra
Venda
$150,00
$125,00
$125,00
$150,00
$100,00
$175,00
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
20
Ofertas de compra: 150, 125 e 100 (ordem decrescente);
Ofertas de venda: 100, 150 e 175 (ordem crescente)
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DIAGRAMA DE OFERTA E DEMANDA
quantidade
preços
qeq
peq
q1
q2
Ponto de equilíbrio
100
125
150
175
q3
Demanda
Oferta
Excedente do produtor e consumidor
21
22
ESTÁTICA COMPARATIVA
Se oferta qo é maior do que a demanda qd, então o preço cairá.
Se a oferta qo é menor do que a demanda qd, então o preço subirá.
qd
qo
p
pE
Oferta
Demanda
qo
qd
p
pE
Oferta
Demanda
22
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DINÂMICA DOS PREÇOS
Se o preço e o volume sobem, então o mercado é comprador (trecho OA); 
Se o preço desce e o volume sobe, então o mercado é vendedor (trecho BC);
Se o volume desce, indica exaustão da tendência dos preços observada até então (trechos AB e CD).
Preço
Volume
tempo
tempo
A
B
C
D
O
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INFORMAÇÕES SOBRE NEGOCIAÇÕES EM MERCADOS ORGANIZADOS
Data
Preços
Negócios
Quantidade
Volume
Abertura
Máximo
Mínimo
Médio
Fechamento
Máxima
Mínima
Fechamento
Abertura
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MEDIDAS DE RETORNO
As medidas mais usuais do retorno de investimentos, baseadas na série histórica dos preços dos ativos, são:
Média aritmética;
Média geométrica;
Taxa interna de retorno (TIR). 
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MEDIDAS DE LIQUIDEZ
A liquidez, por sua vez, é medida durante determinado período, através dos seguintes parâmetros:
Volume financeiro movimentado pelo ativo;
Nº de negócios realizados;
Quantidade de ativos negociados.
26
V = preço x quantidade
N = número de negócios
P = presença em sessões de negócios
MEDIDAS DE RISCO
O risco das alternativas de investimento é determinado de forma a refletir a volatilidade dos preços dos ativos que se deseja acompanhar:
Desvio padrão da série histórica;
Variância e co-variância dos preços.
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CASO PRÁTICO
28
Em quais dias houve negociações atípicas?
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COTAÇÕES HISTÓRICAS
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COMPANHIAA
Data
Q Negs
Q Tits
Volume
Abertura
Maximo
Minimo
Fechamento
Medio
D%
Fator
4/1/2010
13.531
13.303.600
493.660.216
35,0151
35,3658
34,8919
35,3658
35,1668
-
-
5/1/2010
22.782
21.396.400
794.327.759
35,4226
35,4700
34,8730
35,0625
35,1762
-0,86%
0,9914
6/1/2010
18.647
18.720.600
697.345.692
34,8730
35,5363
34,8730
35,5363
35,2994
1,35%
1,0135
7/1/2010
12.720
10.964.600
408.386.356
35,3184
35,4890
35,1289
35,2047
35,2994
-0,93%
0,9907
8/1/2010
14.192
14.624.200
542.061.948
35,2141
35,4321
34,9298
35,0151
35,1289
-0,54%
0,9946
11/1/2010
16.438
15.317.700
566.849.171
35,2615
35,3847
34,7024
34,9014
35,0720
-0,32%
0,9968
12/1/2010
18.226
14.886.200
540.049.755
34,6740
34,7593
34,1528
34,4560
34,3802
-1,28%
0,9872
13/1/2010
23.390
23.228.200
840.384.872
34,6456
34,8161
33,9633
34,3992
34,2855
-0,17%
0,9983
14/1/2010
21.130
20.073.400
721.136.496
34,3802
34,5508
33,6979
33,8022
34,0391
-1,74%
0,9826
15/1/2010
19.681
21.169.000
756.590.226
33,7074
34,2096
33,6505
33,8780
33,8685
0,22%
1,0022
18/1/2010
17.270
23.168.400
840.761.716
34,0201
34,7498
33,8969
34,6361
34,3897
2,24%
1,0224
19/1/2010
14.555
16.895.900
615.281.388
34,5413
34,7308
34,3423
34,4750
34,5129
-0,47%
0,9953
20/1/2010
17.869
18.757.500
668.141.190
34,2096
34,2570
33,4136
33,5937
33,7548
-2,56%
0,9744
21/1/2010
24.874
24.553.000
852.386.876
33,7169
33,8306
32,4944
32,5323
32,9019
-3,16%
0,9684
22/1/2010
17.734
19.025.100
656.497.120
32,3239
32,9777
32,2765
32,9303
32,7029
1,22%
1,0122
26/1/2010
18.713
20.281.200
689.112.251
32,4944
32,5418
31,8879
32,1248
32,2007
-2,45%
0,9755
27/1/2010
24.639
19.908.600
675.391.070
32,1248
32,4944
31,7553
32,3239
32,1438
0,62%
1,0062
28/1/2010
12.952
13.819.200
474.578.084
32,7882
32,8735
32,0964
32,7977
32,5418
1,47%
1,0147
29/1/2010
15.696
16.106.700
557.368.783
32,9588
33,2146
32,1533
32,3807
32,7882
-1,27%
0,9873
MERCADO DE RENDA FIXA
É o mercado em que se negociam ativos financeiros representativos de dívidas (empréstimos) contraídos por emissores, como governo (público) e companhias (privados), por exemplo;
Títulos de dívidas representam uma obrigação do emissor de reembolsar o principal aos credores, num prazo determinado, acrescido de juros;
Não proporcionam risco de diluição do poder de controle, e oferecem, ao devedor, um benefício fiscal.
Podem ser títulos privados ou públicos, sendo estes últimos, instrumentos de políticas fiscal e monetária. 
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CARACTERÍSTICAS DA RENDA FIXA
Os títulos pré-fixados tem remuneração previamente conhecida. Já os títulos pós-fixados têm sua remuneração atrelada a algum índice de correção monetária que só será conhecido posteriormente.;
Ex. 12% ao ano é pré-fixado; IGP-M + 6% ao ano é pós-fixado;
Podem possuir, ou não, pagamentos periódicos de juros, chamados de cupons e são emitidos por curto (até 1 ano), ou por longo prazo (além de 1 ano);
São regidos por escrituras de emissão (se privados) , ou pelo Decreto 3859/2001 e Resoluções CMN (públicos);
Seguem o sistema de amortização americano, em que os rendimentos são periódicos e a amortização só no final.
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TIPOS DE GARANTIAS
Garantia real : A dívida é garantida por bens específicos do ativo do emissor, que não pode negociá-los;
Garantia Flutuante: Oferece privilégio geral sobre o ativo do emissor, sem impedir a sua negociação;
Quirografária: Não oferece privilégio sobre o ativo, e concorre em igualdade com os demais credores sem preferência. O limite de emissão equivale ao capital social;
Subordinada: Só tem preferência sobre os acionistas, e por isso, não tem limite de emissão.
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
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TIPOS DE GARANTIAS
Cláusulas de resgate antecipado: É a opção que o emissor tem de recomprar os títulos antes do vencimento, em períodos pré-determinados. Normalmente os preços de um título com cláusula de resgate antecipado são maiores do que os de uma dívida equivalente sem essa opção. Esse sobrepreço é o prêmio de resgate antecipado;
Cláusulas restritivas (covenants): Limitam algumas ações por parte do emissor. Por exemplo, manter um certo nível de capital de giro, não poder vender parte do seu ativo, etc. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
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CORREÇÃO MONETÁRIA
É a forma de repor o poder de compra da moeda que se desvaloriza em consequência da inflação;
A inflação, por sua vez, representa uma variação geral e persistente dos preços. Há dois tipos de inflação:
De demanda: Muitos consumidores competem por produtos com oferta limitada. Surge por excesso de gastos do governo ou por haver muita moeda em circulação;
De oferta: Aumento de custos de produção (matérias primas, salários, etc.), que serão repassados aos preços finais. Também pode ocorrer em casos de oligopólios;
Inercial: A inflação passada é realimentada pelas expectativas que buscam antecipar a inflação futura. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
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CORREÇÃO
MONETÁRIA
Diferentes tipos de inflação requerem diferentes formas de controle:
Se for inflação de demanda, o governo eleva as taxas de juros básicas da economia (SELIC). Assim haverá menos moeda em circulação, mais aplicações a juros e menos dinheiro em circulação;
Se a inflação for de oferta, o governo precisa estimular o setor real para incrementar o investimento com vistas a aumentar a produção e, com isso, a oferta atender a demanda. Pode, ainda, combater oligopólios. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
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CORREÇÃO MONETÁRIA
O cálculo da correção monetária se dá pelo fator de capitalização (composto) acumulado baseado no índice contratado;
Ex.: (1+q1 )n1/252  (1+q2 )n2/252  ... ;
Índices de inflação refletem a variação de preços de uma cesta de bens previamente estabelecida.
Exemplo: IGP-M, IGP-DI, IPCA, INPC, IPA, etc.
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
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CORREÇÃO MONETÁRIA
Qual será o valor corrigido monetariamente de R$1.000,00 daqui a três meses, sabendo que a inflação em cada um desses meses estão dadas no quadro abaixo:
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
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Mês
Nºdias úteis
CorreçãoMonetária
(%a.a.)
Fator de Correção Monetária Acumulado
1
21
2%
(1+2%)21/252= 1,001652
2
22
3%
(1+2%)21/252(1+3%)22/252= 1,004240
3
20
4%
(1+2%)21/252(1+3%)22/252(1+4%)20/252= 1,007371
Resposta: 1.000,00 1,007371 = 1.007,37
TÍTULOS PRÉ-FIXADOS
Os preços unitários – P.U.s – são calculados por desconto racional composto do valor de face (resgate), pela taxa de juros negociada;
A contagem dos prazos se dá por dias úteis, considerando o ano como tendo 252 dias úteis. Regulamentação dada pela Circular 3671/13 do BACEN;
O valor de face (resgate) vale sempre R$1.000,00.
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
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TÍTULOS PÓS-FIXADOS
Os preços unitários – P.U.s são calculados por desconto racional composto do valor de face (resgate) pela taxa de juros negociada (taxa de mercado);
A contagem dos prazos se dá por dias úteis, considerando o ano como tendo 252 dias úteis. Regulamentação dada pela Circular 3671/13 do BACEN;
O valor de resgate (de face) vale sempre R$1.000,00, mas corrigidos pela taxa de juros de emissão (taxa contratada ou taxa de cupom).
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
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CÁLCULO DO P.U. SEM CUPOM
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
40
Título pré-fixado:
$1.000
Título pós-fixado:
$1.000 corrigidos pela taxa de emissão acumulada
P.U. = valor de resgate descontado pela taxa negociada 
P.U. = valor de resgate descontado pela taxa negociada 
TÍTULOS PRÉ-FIXADOS SEM CUPOM
Qual o valor do P.U. de um título pré-fixado emitido a 63 dias úteis do vencimento se o investidor deseja uma rentabilidade de 12% ao ano?
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
41
0
63
1.000
TÍTULOS PÓS-FIXADOS SEM CUPOM
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
42
Qual o valor de resgate de um título pós-fixado emitido com taxa de IGP-M + 6% a.a., cujo fluxo de caixa está esquematizado a seguir?
FV =1000  1,007371  1,014674 = 1.022,153
Onde 1,014674 = (1+6%)63/252 , fator da taxa de juros real.
Correção Monetária
Juro Real
PU = 1.000
 FV = 1.022,153
0
21
43
63
Período
Taxa de Correção Monetária
Mês
Dias úteis
Efetiva
(%a.a.)
Fator acumulado
1
21
2
1,020000
2
22
3
1,004240
3
20
4
1,007371
TÍTULOS PÓS-FIXADOS SEM CUPOM
Se um investidor desejasse comprar o título do exemplo anterior, de forma a auferir uma taxa de juros negociada de IGP-M + 8% a.a., qual seria o PU? 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
43
PU =
 FV = 1.022,153
0
21
43
63
Conclusão: O cálculo do PU independe da correção monetária futura! 
CÁLCULO DO P.U. COM CUPOM
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
44
Título pré-fixado:
$1.000
P.U. = Soma dos valores presentes dos cupons e do resgate, descontados pela taxa negociada corrigida
P.U. = Soma dos valores presentes dos cupons e do resgate, descontados pela taxa negociada 
Título pós-fixado:
$1.000 corrigido pelo índice de correção monetária acumulado
Cupons (pela taxa de emissão, com correção)
Cupons (pela taxa de emissão)
TÍTULOS PRÉ-FIXADOS COM CUPOM
Calcule o valor do cupom semestral de uma NTN-F com taxa de emissão de 6% a.a. O fluxo de caixa da operação segue abaixo:
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
45
PU
 FV = 1.000
0
126
252
378
Cupom = ?
* 1 semestre equivale a aproximadamente 126 dias úteis
Solução:
Calcula-se o cupom pela taxa de emissão que é de 6% a.a.. Como os pagamentos são semestrais, devemos operar com a taxa semestral equivalente. Vejamos:
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TÍTULOS PRÉ-FIXADOS COM CUPOM
Escrevendo direto:
TÍTULOS PRÉ-FIXADOS COM CUPOM
Calcule o P.U. de uma NTN-F com cupom semestral* de 6% a.a., com vencimento daqui a 378 dias úteis, cuja taxa negociada foi de 8% ao ano. O fluxo de caixa da operação segue abaixo:
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PU = ?
 FV = 1.000
0
126
252
378
Cupom = ?
* 1 semestre equivale a aproximadamente 126 dias úteis
Solução:
Em primeiro lugar deve-se calcular o cupom pela taxa de emissão (6%). Em seguida desconta-se o fluxo de caixa a valor presente pela taxa negociada (8%). Vejamos:
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TÍTULOS PRÉ-FIXADOS COM CUPOM
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PU = 973,132659
 FV = 1.000
0
126
252
378
Cupom = 29,56
O fluxo de caixa da operação fica assim:
TÍTULOS PRÉ-FIXADOS COM CUPOM
TÍTULOS PÓS-FIXADOS COM CUPOM
Calcule o PU de uma NTN-B com resgate em 378 d.u. emitida com taxa de IPCA + 6% a.a., cupons semestrais, comprada com taxa de IPCA + 8% a.a.. Considere os valores acumulados do índice dados pela tabela abaixo: 
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Prazos
Índice (%a.a.)
Fator acumulado
1º semestre
4%
1,040000
2ºsemestre
5%
1,092000
3º semestre
3%
1,124760
* 1 semestre equivale a, aproximadamente, 126 dias úteis
126
252
378
P.U. = ?
Valor de face
Cupons
Devemos calcular, primeiramente, as parcelas do fluxo de caixa do título, isto é, cada cupom corrigido e o valor de face. 
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TÍTULOS PÓS-FIXADOS COM CUPOM
A seguir, com o fluxo de caixa determinado, descontamos o fluxo de caixa a valor presente pela taxa negociada (8%). 
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TÍTULOS PÓS-FIXADOS COM CUPOM
30,892996
126
252
378
P.U. = 973,132659
30,148477
 31,352967................. Cupom
(+)1.060,547028 ........Valor de face
(=)1.091,899995......................Total
TIPOS DE TÍTULOS PÚBLICOS
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TÍTULO
PRAZOS
CUPOM
INDEXADOR
LTN
6, 12,24 meses
-
-
NTN-F
3, 5 e 10 anos
10%a.a.
-
NTN-B Principal
3 a 40 anos
-
IPC-A + 6%aa
NTN-B
3 a 40 anos
6%a.a.
IPC-A
LFT
3 e 5 anos
-
SELIC
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-como-funciona-o-mercado-de-titulos-publicos
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DINÂMICA DO MERCADO ABERTO
Há pouco $ em circulação e o juro está alto. Há risco de deflação.
O governo compra títulos, e injeta $ na economia
Preço dos títulos sobe, e o juro cai.
Aumenta a demanda agregada e os preços sobem.
Há muito $ em circulação e o juro está baixo. Há risco de inflação.
O governo vende títulos e retira $ da economia.
Preço dos títulos cai, e o juro sobe.
Diminui a demanda agregada e os preços caem.
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ESTRATÉGIAS EM RENDA FIXA
O investidor deve aplicar em títulos pré-fixados quando sua expectativa é de queda nas taxas de juros;
Por outro lado, no caso de esperar um aumento nas taxas de juros, deverá investir em títulos pós-fixados. 
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MERCADO DE CÂMBIO
As transações de um país com o exterior não podem ser
pagas com moeda nacional nem serem recebidas com moedas estrangeiras; 
Mercado de câmbio é aquele em que a moeda de um país é trocada pela de outro;
Trata-se de um mercado de balcão, com liquidez concentrada em poucas moedas. Basicamente US$ e €.
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TAXA DE CÂMBIO
É o preço da moeda de um país em relação à de outro;
Formas de cotação: Compra (bid rate) / Venda (offer rate). A diferença entre ambas é o spread;
Sistema de cotação:
Método direto: £ x /US$1.00 *
 Método indireto: US$ (1/x) /£ 1,00
*É a forma mais usual, com exceção da Inglaterra.
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CLASSIFICAÇÃO DOS MERCADOS DE CÂMBIO
Sacado x manual:
Câmbio sacado é liquidado via moeda escritural e no manual a liquidação é feita em espécie;
À vista x a termo:
O prazo da liquidação pode ser no ato ou diferido;
Primário x interbancário:
No primeiro caso há ingresso ou saída de divisas no país, oriundas de exportações ou importações, enquanto que no segundo, envolve transações entre instituições financeiras para ajustar suas posições.
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VARIAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO
A taxa de câmbio mede o poder aquisitivo da moeda local em relação à moeda estrangeira, normalmente o dólar norte americano;
Assim, quando a cotação em moeda local, pelo método direto, aumentar, tem-se uma desvalorização do poder de compra da moeda local em relação à moeda estrangeira.
Por outro lado, se a cotação diminuir, houve uma valorização do poder de compra da moeda local, em relação à moeda estrangeira.
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TAXAS CRUZADAS E ARBITRAGEM TRIANGULAR:
O dólar é usado como denominador comum na cotação das taxas de câmbio. Daí chamarmos de taxas cruzadas a relação de troca entre duas moedas estrangeiras, que não o dólar;
Arbitragem triangular consiste na oportunidade de ganhar dinheiro sem risco, com base na distorção das taxas cruzadas. 
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TAXAS CRUZADAS E ARBITRAGEM TRIANGULAR:
R$ 1,60/US$
€ x /US$
R$ 2,50 /€
Qual deverá ser o valor de x para que não haja possibilidade de arbitragem?
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VARIAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO
É importante lembrar que se a moeda local se valoriza em relação à moeda estrangeira, esta se desvaloriza em relação àquela, e vice-versa.
Mas cuidado! Isso não ocorre na mesma proporção!
 Se a taxa de câmbio variar de R$1,50/US$ para R$3,30/US$, implica que o dólar se valorizou em 120%. Neste caso, não podemos dizer que o real se desvalorizou na mesma proporção, pois é absurdo qualquer ativo perder mais de 100% de seu valor! 
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Se considerarmos as taxas de câmbio de R$ e0 /US$ e R$ e1 /US$ , nos momentos 0 e 1, teremos que:
Variação em dólar, D%(US$):
Variação em real, D%(R$): 
VARIAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO
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PARIDADE DO PODER DE COMPRA
Sendo a taxa de câmbio uma medida do poder de compra de uma moeda em relação a outra, é natural que se leve em conta a inflação de cada país. Segundo Cassel:
E=taxa de câmbio nos períodos 0 e 1; 
I=Inflação nacional ou estrangeira
1+D e
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ESPECULAÇÃO JUROS X CÂMBIO 
É a possibilidade de auferir ganhos explorando um desequilíbrio entre juros e variação cambial;
A estratégia consiste em converter a moeda estrangeira, aplicar no mercado local e reconverter o resgate em moeda estrangeira. Ao final, compara-se o resultado com o que seria obtido em uma aplicação direta no país de origem.
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ESPECULAÇÃO DE JUROS X CÂMBIO 
CUPOM CAMBIAL
A expressão de equilíbrio entre as taxas de juros e de câmbio é:
O cupom cambial é a diferença entre a taxa de juros local sem risco e a variação cambial.
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ESPECULAÇÃO DE JUROS X CÂMBIO 
CUPOM CAMBIAL
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Investidor estrangeiro ou exportador nacional que
possui divisa em moeda estrangeira.
 (US$ y)
Investidor estrangeiro ou exportador nacional.
Resgata divisas em moeda estrangeira. 
US${[(R$x(1+i) n/252  e1 ] e0}
Investidor estrangeiro ou exportador nacional converte seus fundos em moeda local e os aplica a juros no Brasil. 
(R$ x = US$ y  e0)
Investidor estrangeiro ou exportador nacional
resgata sua aplicação no mercado local e a converte em moeda estrangeira. 
[(R$ x  (1+i) n/252 ) e0]
1
2
3
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MERCADO DE CAPITAIS
O mercado de capitais é onde se negociam os fluxos de fundos de longo prazo necessários ao financiamento do setor real da economia nacional;
Essas negociações envolvem uma classe de ativos financeiros chamados de valores mobiliários, definidos pelo artigo 2º da Lei 6.385/76, alterada pela Lei 10.303/01. 
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
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FUNCIONAMENTO DA BOLSA
As Bolsas de Valores são instituições em que se negociam os valores mobiliários em mercados organizados.
Vantagens da negociação em bolsa:
Criação de um centro de liquidez;
Garantias na liquidação das transações;
Transparência na formação de preços;
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
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FUNCIONAMENTO DA BOLSA
Participantes:
Corretoras: São as instituições membros da bolsa, responsáveis pela intermediação dos negócios.
Investidores: São os agentes interessados em negociar nas bolsas, via corretores. Visam ganhos financeiros na aplicação de seus recursos, ou transferência dos riscos das posições.
Câmaras de compensação: São as entidades responsáveis pela liquidação e compensação de operações, bem como a custódia dos títulos.
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
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FUNCIONAMENTO DA BOLSA
Formas de negociação:
Viva voz – As ordens são apregoadas pelos operadores no recinto de negociação, o pregão;
Sistemas eletrônicos de negociação – As ordens são enviadas e realizadas por computador, de forma automática.
Processo de Liquidação:
Registro da ordem e execução;
Especificação junto à bolsa;
Entrega ou bloqueio dos títulos em custódia;
Pagamento da operação pelo comprador.
Material elaborado pelo Prof. Alexandre L. Almeida
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FUNCIONAMENTO DA BOLSA
Tipos de ordens:
A mercado: O preço é dado pelas condições vigentes no momento da ordem;
Administrada: O preço é dado pelas condições vigentes quando de sua execução; 
Limitada: sua execução se dá pelo melhor entre o pré estabelecido ou o do mercado;
Casada: A compra ou a venda é vinculada à simultânea venda ou compra do mesmo título, com prazo distinto;
On stop: Ao atingir determinado preço, é executada uma ordem a mercado, automaticamente, a fim de limitar prejuízos. 
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SISTEMAS DE COMPENSAÇÃO EM BOLSA
Cliente 1
Cliente 2
Cliente 3
Cliente 4
Corretor A
Corretor B
Membro de 
Compensação
Membro de 
Compensação
B
O
L
S
A
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AÇÕES – PRINCIPAIS TIPOS
São títulos de participação ou de propriedade que representam a unidade de constituição do capital das companhias. Suas espécies são: 
Ordinárias Nominativas (ON): São as que tem direito a voto, e portanto detém o controle político da companhia;
Preferenciais Nominativas (PN): Criadas para atender aos acionistas “desinteressados”, cujo direito a dividendos compensam a ausência do direito a voto. Podem ser divididas em classes. 
Escriturais: Mantidas em conta de depósito, em nome dos seus titulares, junto à instituição custodiante autorizada pela CVM que é proprietária fiduciária das ações;
Registradas: Nome do titular é inscrito no livro de Registro de Ações Nominativas. 
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PROVENTOS DAS AÇÕES
São
três os tipos de proventos das ações:
Bonificação: É a distribuição gratuita de novas ações emitidas em contrapartida à incorporação de reservas ao capital. Pode ocorrer sem essa contrapartida, que é o desdobramento (split). O inverso é o grupamento;
Subscrição: É a aquisição de novas ações emitidas numa oferta, primária ou secundária. No primeiro tipo há captação de novos recursos pela empresa, enquanto que na segunda os fundos destinam-se aos acionistas antigos;
Dividendos: É a distribuição em dinheiro de parcela dos lucros auferidos pela companhia. 
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PROVENTOS DAS AÇÕES
Consideremos N o número de ações do capital da empresa antes do provento ocorrer e DN a quantidade de novas ações emitidas. Então o total de ações após o provento será N+DN. O valor de mercado da empresa para os acionistas é o produto do preço pelo número de ações;
Na bonificação, o valor de mercado da empresa antes e depois não se altera. Não há ingresso de novos recursos na empresa. Tem-se que B = DN/N;
Na subscrição o valor de mercado da empresa depois do provento [pex  (N+DN)] equivale ao valor anterior (pcom  N) mais o montante captado (ps  DN), onde S = DN/N;
Nos dividendos há um desembolso de caixa da empresa.
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PROVENTOS DAS AÇÕES
Em resumo, vejamos como ficam os preços depois da ocorrência dos proventos;
Chamamos os preços de negociação antes do provento de pcom, pois terão direito ao provento. Após a ocorrência do provento será o pex, visto que não terão mais direito ao provento, já ocorrido.
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Bonificação
Subscrição
Dividendos
B é o índice de bonificação
S é o índice de subscrição
ps é o preço de subscrição
dpa = dividendo por ação
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AVALIAÇÃO DE AÇÕES
Componentes do retorno em renda variável:
Renda: Corresponde às parcelas de juros ou lucros auferidas pelo investimento; 
Ganho de capital: Corresponde à valorização do preço do título em mercado. 
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AVALIAÇÃO DE AÇÕES
Se considerarmos um N grande, isto é, um período infinito (pressupondo a continuidade da empresa), e que os dividendos sejam constantes, pode-se demonstrar que: 
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AVALIAÇÃO DE AÇÕES
No caso de se estimar uma taxa de crescimento (g) constante para os lucros e dividendos, que pode ser a média esperada para o crescimento de longo prazo, teremos o modelo de Gordon – Shapiro:
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AVALIAÇÃO DE AÇÕES
Estimando o parâmetro g:
g = ( 1-d )  ROA, onde d é a taxa de distribuição de dividendos calculada sobre o Lucro Por Ação, LPA, e ROA é o Retorno dos Ativos (Return on Assets), que, no caso de empresas sem dívidas, é igual ao retorno do capital próprio, ROE (Return on Equity);
Cuidado quando g  r!
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AVALIAÇÃO DE AÇÕES
Sendo o dividendo calculado em função dos lucros, pela taxa de distribuição d, temos que, no caso de empresas maduras, sem maiores oportunidades de crescimento, o lucro deve ser distribuído ao máximo ( d = 100% );
Já no caso de empresas em crescimento, parte ou todo o lucro deverá ser retido para re-investimento, supondo que o retorno das novas oportunidades será maior do que a taxa de capitalização ( ROA > r ).
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ÍNDICE PREÇO-LUCRO ( P/L )
É o resultado da divisão do preço de mercado da ação (p), pelo lucro estimado por ação (LPA). 
Se o P/L é baixo: Ou o preço está sub-avaliado e espera-se uma alta (ganho de capital), ou o lucro está alto, o que implica na perspectiva de dividendos altos;
Em caso de P/L alto ocorre o inverso, ou seja, espera-se ou uma queda no preço ou dividendos baixos;
Conclusão: Enquanto um P/L baixo é indicação de compra, um P/L alto é indicação de venda.
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ÍNDICE PREÇO-LUCRO ( P/L )
Este indicador deve ser comparado com o do setor (benchmark) a que pertence a companhia analisada, para se saber se está alto ou baixo;
No caso de empresas que distribuem todo o lucro (d=100%), o retorno do capital próprio r, é o lucro por ação LPA, dividido pelo preço p. Vem daí, que o índice P/L é o inverso do retorno por ação, r.
 P/L = 1/r
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