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tRIBUTARIO Estudo Dirigido parcial II

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QUESTÃO 01 Lançamento é ato privativo da Fazenda Pública, e, segundo o art. 142 do CTN, é o procedimento administrativo vinculado que verifica a ocorrência do fato gerador, identifica o surgimento passivo da obrigação tributária, determina a matéria tributável, aponta o montante do crédito e aplica, se for o caso, a penalidade cabível. Desse modo, em quais modalidades de lançamento previstas no Sistema Tributário Nacional ocorre primeiramente a participação do sujeito passivo, e explique como ela se dá em cada caso. 
Percebe-se que, no lançamento de ofício ou direito, a participação do sujeito passivo é praticamente inexistente;
 no lançamento por declaração ou misto, há equilíbrio entre a participação do sujeito passivo e a atividade do sujeito ativo;
Lançamento por Declaração ou Misto – nos termos do art. 147 do CTN, o lançamento por declaração é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiros, quando um ou mais, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato indispensáveis à sua efetivação
 no lançamento por homologação, ou autolançamento, o sujeito passivo é responsável por quase todas as atividades que compõem o procedimento.
O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida, expressamente a homologa. 
QUESTÃ02 Indique os efeitos da suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
1) impede o ajuizamento de execução fiscal
2) suspensão prazo prescricional
Fisco não poderá ser punido, por estar impossibilitado de agir
O prazo para ajuizamento da execução não fluirá
Jurisprudência pacífica: as causas de suspensão do crédito se traduzem também em suspensão do lapso prescricional
3) Emissão Certidão Positiva com Efeito de Negativa
Não é possível emissão de certidão de inexistência de débito
A positiva com efeitos de negativa produz os mesmos efeitos (art. 206 CTN)
Atenção: não há suspensão do crédito, mas sim de sua exigibilidade
QUESTÃO 03 Ocorre o fato gerador do imposto sobre transmissão causa mortis e doação (ITCMD) em 15.01.2001. Como não houve o recolhimento do imposto devido nem declaração por parte do contribuinte, em 17.07.2006 a Fazenda Estadual realiza o lançamento de ofício do imposto, dando ciência ao contribuinte. Após a interposição tempestiva de impugnação administrativa pelo contribuinte contra o lançamento e trâmite regular do processo administrativo tributário, o crédito foi constituído definitivamente em 10.06.2007, sendo o sujeito passivo notificado, pessoalmente, na mesma data.
Em razão de o valor do crédito tributário estar abaixo do limite de ajuizamento previsto na legislação estadual para a sua cobrança judicial, a Fazenda Estadual não ajuizou a respectiva Execução Fiscal.
Diante desse cenário, responda aos itens a seguir.
Na data em que foi realizado o pagamento, o crédito tributário estava decaído? 
No caso em tela, não se pode falar em decadência. Com efeito, nos termos do Art. 173, inciso I, do CTN, o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 05 anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido realizado. Como o lançamento poderia ser realizado no exercício de 2001, já que o fato gerador foi praticado 15/01/2001, o prazo de 05 anos iniciou-se no primeiro dia útil do exercício seguinte, ou seja, 01/01/2002. Dessa forma, como o lançamento foi realizado em 17/07/2006, não transcorreram os 05 anos previstos no CTN para a extinção do direito da Fazenda Pública constituir o crédito.
Na data em que foi realizado o pagamento, o crédito tributário estava prescrito? 
 No que concerne à prescrição, o artigo 174, do CTN, estabelece que a ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 05 anos contados da data da sua constituição definitiva. O crédito em questão foi definitivamente constituído em 10/06/2007. Portanto, em 24/07/2012, quando foi efetuado o pagamento, a dívida já estava prescrita.
QUESTÃO 04 Um Estado da Federação promulga lei ordinária que prevê como modalidade de extinção, total ou parcial, dos créditos tributários de sua competência inscritos em dívida ativa a dação em pagamento de bens móveis (títulos públicos).
De acordo com o sistema jurídico tributário nacional, referida lei é regular? Por que?
Não. Pois não é possível a lei ordinária criar uma nova forma de extinção do crédito tributário, conforme art.141 do CTN. Logo, somente mediante Lei Complementar seria modificável a hipótese de extinção do crédito tributário . Além disso, o art.156, XI do CTN prevê que a prestação substitutiva do pagamento em dinheiro somente poderá ser a dação em pagamento de bem imóvel, sendo o referido dispositivo dotado de caráter taxativo.
QUESTÃO 05 Conceitue o instituto da remissão tributária, e indique se o Judiciário pode pronunciá-la de ofício.
A remissão é uma das hipóteses de extinção do crédito tributário com previsão no inciso IV do art. 156 do CTN. Trata-se de perdão do crédito, concedido mediante lei específica que regule a matéria ou o tributo correspondente, que pode se dar de forma total ou parcial, não gerando direito adquirido. Ademais, devem ser anuladas as decisões que reconhecem a remissão de ofício e sem ouvir o credor do débito, no caso a Fazenda Nacional, pois tais condutas violam os princípios do contraditório e da ampla defesa, uma vez que não se oportuniza à parte interessada informar a existência de outros débitos que impeçam o reconhecimento da benesse legal.
QUESTÃO 06 Quando se inicia a contagem do prazo decadencial em direito tributário? Indique a regra geral e exceções. Há possibilidade de antecipação do inicio da contagem do prazo ?
A primeira é a regra geral prevista no inciso I do artigo 173, que estabelece que o prazo terá início no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. 
 A segunda hipótese é aquela prevista no inciso II do artigo 173, que determina que o início do prazo ocorre na data em que se torna definitiva a decisão administrativa ou judicial que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
 A terceira hipótese foi prevista no parágrafo único do artigo 173, que estabelece como marco para início da contagem do prazo decadencial a data da notificação ao sujeito passivo de que a Administração Tributária iniciou medida preparatórias para efetuar o lançamento.
 A quarta e última hipótese foi veiculada pelo parágrafo quarto do artigo 150, o qual estatui que o prazo terá início, como regra geral, na data da ocorrência do fato gerador no caso de tributo cujo lançamento é operado por homologação, salvo nos casos de dolo, fraude ou simulação e nas hipóteses em que não houver o pagamento, quando o prazo terá seu dies a quo no primeiro dia do exercício financeiro seguinte (regra do inciso I do artigo 173 do Código Tributário Nacional).
Há sim a possibilidade de antecipação da contagem do prazo nos casos insculpidos no art. 173, § único do CTN,
QUESTÃO 07 Indique os tipos de lançamento tributário existentes no nosso sistema jurídico, e aponte ao menos um exemplo de tributo sobre cada modalidade.
LANÇAMENTO DE OFÍCIO: é feito por iniciativa da autoridade administrativa, independentemente de qualquer colaboração do sujeito passivo, devendo, para tanto, ser feito com base nas informações constantes nos registros da administração. EX:  IPTU, IPVA
LANÇAMENTO MISTO OU POR DECLARAÇÃO:
Ocorre o lançamento por declaração quando se identifica a atuação conjunta do fisco e do contribuinte, em que o último apresenta, por força de previsão legal, declarações e informações, e o primeiro aprecia e processa os dados, expedindo ao final, a notificação de lançamento, na qual consta o valor devido e a data limite para o pagamento.
EX: ITBI; ITCMD.
LANÇAMENTOPOR HOMOLOGAÇÃO:
é a modalidade que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao contribuinte o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. Opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade exercida pelo obrigado, expressamente a homologa, podendo ainda, ocorrer à homologação de forma tácita pelo decurso do prazo de 5 (cinco) anos.
EX:  IPI; ITR; IOF.

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