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Eletroquímica FÍSICO QUÍMICA Profª Drª Evaneide Nascimento Lima A eletroquímica estuda o aproveitamento da transferência de elétrons entre diferentes substâncias para converter energia elétrica em reações químicas e vice-versa. Pilhas: conversão espontânea de energia química em elétrica. Eletrólise: conversão não espontânea de energia elétrica em química. Nomenclatura Eletroquímica a) ELETRODOS: São assim chamadas as partes metálicas que estão em contato com a solução dentro de uma célula eletroquímica. b) ÂNODOS: São os eletrodos no qual ocorre o processo de oxidação. c) CÁTODOS: São os eletrodos no qual ocorre o processo de redução. d) ELETRÓLITOS: São assim chamadas todas as soluções que CONDUZEM a corrente elétrica. e) ÍONS: São assim chamadas as partículas carregadas que se movimentam na solução. OBS. ânodo e cátodo podem ser redefinidos como segue: ÂNODO: Eletrodo do qual saem os elétrons para o circuito externo da célula. CÁTODO: Eletrodo no qual entram os elétrons através do circuito externo da célula. f) CÉLULA ELETROQUÍMICA: Todo sistema formado por um circuito externo que conduza a corrente elétrica e interligue dois eletrodos que estejam separados e mergulhados num eletrólito. Célula Eletroquímica Consiste de dois condutores elétricos chamados Eletrodos imersos em soluções apropriadas de eletrólitos. Para que surja corrente em uma célula é necessário: Que os eletrodos estejam conectados externamente por um condutor metálico; Que as duas soluções de eletrólitos estejam em contato para permitir o movimento de íon uma para outra; Uma reação de transferência de elétrons possa ocorrer em cada um dos eletrodos. Tipos de Células Eletroquímicas Célula Galvânica – as reações ocorrem espontaneamente e a célula produz energia elétrica. Célula Eletrolítica – consome energia elétrica, fornecida exteriormente por uma fonte de alimentação, de forma a ocorrerem as reações pretendidas. ”Resumo”: Redução: ganho de elétrons ( diminuição de Nox) Oxidação: perda de elétrons ( aumento de Nox) Redutor: fornece elétrons e se oxida (Nox aumenta) Oxidante: recebe elétrons e se reduz (Nox diminui) O redutor reduz o oxidante O oxidante oxida o redutor Ânodo e Cátodo EM UMA CÉLULA ELETROQUÍMICA Cátodo : é o eletrodo onde ocorre Redução Ânodo : o eletrodo onde ocorre Oxidação Anodo Cátodo Oxidação Pólo - Pólo + Redução Pólo + Pólo - é chamado é chamado se nele ocorrer se nele ocorrer na pilha na eletrólise na pilha na eletrólise Polaridade dos Eletrodos na Célula Eletrolítica Eletrodo São dispositivos eletroquímicos que transformam reações químicas em energia elétrica. Cada substância possui uma maior ou menor tendência de perder elétrons; tendência esta chamada de "Potencial de Oxidação". Deste modo, uma substância X que tenha um potencial de oxidação maior que uma substância Y, irá perder seus elétrons gradativamente para esta substância se estiverem as duas juntas. PILHAS Observe as situações: (I) (II) Nesse processo ocorrem duas semi-reações: Esquema : PILHA DE DANIELL Célula Eletroquímica Simples Zn(s) Zn 2+ + 2e- Cu2+ + 2e- Cu(s) Zn(s) + Cu 2+ Cu(s) + Zn 2+ oxidação redução Célula Eletroquímica No eletrodo de Zn ocorre a seguinte reação: No eletrodo de Cu ocorre a seguinte reação: Reação Global: ”Resumo”: Atenção: Oficialmente, por convenção mundial, as pilhas são representadas da seguinte maneira: PILHA COMERCIAL (DE LECLANCHÉ) Formada por um invólucro de Zn que funciona como o anodo da célula. Eletrodo central, o catodo, é formado de grafite e está envolvido por uma camada de MnO2, por carvão em pó e por uma pasta úmida contendo NH4Cl, ZnCl2 e H2O. PILHA COMERCIAL (DE LECLANCHÉ) O ânodo é feito de zinco altamente poroso, que permite uma oxidação mais rápida em relação ao zinco utilizado na pilha seca comum. São semelhantes à de Leclanché. As principais diferenças são: A mistura eletrolítica contém KOH ou NaOH, ao invés de NH4Cl Comparando-as com as pilhas secas comuns, as alcalinas são mais caras, mantêm a voltagem constante por mais tempo e duram cinco vezes mais. Por que será que as pilhas alcalinas duram mais que as comuns??? Nas pilhas alcalinas, o meio básico faz com que o eletrodo de zinco sofra um desgaste mais lento, comparado com as pilhas comuns que possuem um caráter ácido. PILHA ALCALINA É a reação de oxi-redução provocada pela corrente elétrica. Realizada em uma cuba eletrolítica onde a corrente elétrica é produzida por um gerador e os eletrodos são inertes: platina e grafita. Eletrólise Ígnea: A substância pura está liquefeita (fundida) e não existe água no sistema. Aquecendo-se a 808ºC, ele se funde e, no estado líquido, os íons tem liberdade de movimento. Passando-se uma C.E. contínua através da célula, é fácil perceber o que acontece. Aquosa: A substância está em solução. A disponibilização dos íons deve-se à introdução de água ao sistema. Eletrólise Células Eletrolíticas Eo = - 1,360 V Eo = - 2,710 V Produção de elementos químicos de alta reatividade (metais alaclinos Na, K), Al, F2, Cl2… Produção de compostos químicos de importância comercial como o NaOH, H2O2... Purificação ou refino eletrolítico de vários metais, como o cobre, o zinco, o chumbo, etc… Processo de eletrodeposição de metais (galvanização), como a niquelagem, a cromagem, a prateação, a douração. Processo de anodização, que consiste em uma oxidação forçada da superfície de um metal, de modo a aumentar sua resistencia a corrosão. Aplicações da Eletrólise Potencial de um Eletrodo Não existe um método para determinar o valor absoluto do potencial de um único eletrodo, uma vez que os dispositivos de medida de voltagem determinam apenas diferenças de potencial. Assim, como a medida é relativa, deve-se o potencial ser referido a uma base comum, sendo este o ELETRODO DE REFERÊNCIA. Este, foi cuidadosamente definido e aceito pela comunidade química. O Eletrodo Padrão de Hidrogênio (EPH) constitui essa meia célula. Eletrodo Padrão de Hidrogênio (EPH) 2H+ + 2e- H2(g) Eo = 0,000 V Pt(s), H2(g) (1 atm) , H + (1 mol L-1) Eletrodos de Referência Secundários Preparo mais simples e de uso mais fácil Eletrodo de prata/cloreto de prata Eletrodo de Calomelano ou mercúrio/cloreto de mercúrio Existem vários MÉTODOS ELETROANALÍTICOS que podem ser usados para se fazer as medidas: - Potenciometria - Condutimetria - Voltametria Propriedades elétricas monitoradas: - Diferença de potencial (volts) - Resistência (ohms) - Corrente em função do potencial aplicado (amperes) Referências BROWN, LEMAY, BURSTEN, Química: a ciência central. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005 CASTELLAN, G. W. Fundamentos de Físico-Química. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos. Editora S.A., 2007. MOORE W. J. Físico-Química. São Paulo: Edgar Blucher,1976. Colaboração Profa. DSc Lucília Alves Linhares.
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