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Inspeção e tecnologia de produtos de origem animal Tecnologia de produtos animais: Alimentos: Uma substância ou mais (água, corante, temperos/especiarias). Pode ser de origem vegetal, animal ou mineral e ter texturas diferentes (liquido, pastoso, sólido). - Toda substância utilizada pelos seres vivos, como fonte de matéria e energia para poder realizar suas funções vitais, incluindo crescimento, movimento e reprodução. Tecnologia: Antigamente era o estudo de técnicas, atualmente muda a configuração, ou seja, um único objeto é utilizado não só para o que deveria como para outras coisas (tendência a explorar 100%). TPOA: Tecnologia de produtos animais; Permite aproveitar o máximo que o animal pode oferecer, aproveitamento em função de matéria prima. - Tecnologia é a parte destinada ao estudo, melhoramento, defesa, aproveitamento e aplicação da matéria prima para transforma-la através de processos básicos, em produtos alimentícios. É importante o transporte e o seu armazenamento adequado. A inspeção estabelece regras do que pode ou não ser colocado. Médico Veterinário X Alimentos O veterinário que trabalhar com POA (Produtos de Origem Animal), pode atuar no setor público ou no setor privado. No setor público o veterinário pode atuar como magistério (educação) ou como autoridade fiscal e âmbito federal, estadual e municipal: - Fiscal Federal Agropecuário (SIF) - ANVISA - Inspeção Sanitária Estadual (SISP) - Inspeção Sanitária Municipal (SIM) - Vigilância Sanitária (Prefeituras) No setor privado atua em indústrias e consultoria Toda prefeitura possui 3 categorias: ambiental, epidemiológica e vigilância sanitária Exemplos de tarefas que um veterinário pode desempenhar e índices que ele pode avaliar em POA são: - Características Organolépticas - Controle higiênico sanitário - Orientação/Treinamento - Controle de água-gelo - Resíduos - “Ferramentas” de qualidade - Inspeção sanitária (cumprimento das leis) - Pragas (insetos e roedores) Conhecimento e domínio que um veterinário de POA dever ter: - Físico-Químico - Conhecimento da legistalação - Microbiologia dos alimentos - Tecnologia e alimentos de POA Tópicos de microbiologia Alimentos X Microorganismos Alimentos: Substratos tem de ser de fonte de nutrientes que carregam a composição química e bioquímica de um determinado tecido Microorganismos: - Deterioração Microbiana: Fazem alterações químicas (cor, sabor, textura e aspecto) - Risco à Saúde: Agentes patogênicos causam doenças, infecções e intoxicações - Alterações Benéficas: Fazem fermentações – transformação do alimento, mudança nas características, reações químicas e bioquímicas (pão, queijo, vinho, cerveja). Microorganismos heterotróficos: Capazes de realizar reações químicas complexas Homem: Busca garantias, previne contaminação (diminui contato), evita multiplicação de um micro-organismo em alimentos, eliminação, conservação Contaminação Natural ou Acidental Física, Química ou Biológica - Natural: Má lavagem de alimentos, carne mal passada ou patógenos. É bem recorrente ocorrer contaminação por E. Coli que pode provocar hemorragia. A natureza fornece o alimento contaminado. - Acidental: Contaminação com intenção EX: mosca na comida (Intencional: pessoa com intenção) - Física: Toda vez que tiver um corpo estranho no alimento - Química: Agrotóxico em alimentos ou alimentos com componentes químicos que não são próprios - Biológico: Presença de vírus, parasitas no alimento (ser vivo que está no alimento) Pode ser classificada com mais de um tipo de contaminação Contaminação cruzada: Cruzamento de utensílios Ponto de intersecção, “contato” – Alimento contamina a superfície ou superfície contamina o alimento Várias contaminações Ponto de contato entre duas “linhas” Devemos separar utensílios utilizados no alimento cru e nesse mesmo ou em outro alimento cozido. Ex: cortei um peixe contaminado e uso esta mesma faca para cortar batatas (contaminadas dessa forma). Nesse caso a faca é a fonte de contaminação cruzada Ex 2: Peguei uma carne contaminada e sem lavar as mãos peguei um alface (contaminado dessa forma). Nesse caso a mão é a fonte de contaminação cruzada. Multiplicação Bacteriana: Em média de 15 minutos 1 bactéria torna-se 2, sendo assim em 30 minutos teremos 4 bactérias, em 45 minutos 8 bactérias, em 1h 16 bactérias Quanto mais tempo, mais bactéria Perigo: Existe, toda e qualquer contaminação inaceitável no alimento Risco: Probabilidade, chance de ocorrer um perigo (alto, médio ou baixo) - Administrar o risco para amenizar o perigo Agentes Bacterianos: Deteriorantes: Estragam o alimento Patogênicos: Causam doença Período de Incubação: O período de incubação é desde a ingestão até o aparecimentos dos sintomas (pode provocar surto) e ele pode ser curto ou longo Curto: Entre 1 a 4 horas (Intoxicação Alimentar) Longo: Entre 14 a 18 horas – até 24 horas ou mais (Infecção alimentar) Infecção Alimentar: É obrigatório ter o alimento que deve conter o micro-organismo patogênico, o qual vai para o intestino e faz adaptação, passando para a fase de colonização se multiplicando e aumentando sua população. Esse é o momento que você sente os efeitos. Possui um período de incubação longo. Ex: Salmonelose, Hepatite Viral tipo A, Toxoplasmose Intoxicação Alimentar: Período de incubação curto. É quando você ingere um alimento que pode ter micro-organismo patogênico ou não mas obrigatoriamente precisa ter toxina previamente formada pelo micro-organismo patogênico. Toxinose: Toda intoxicação alimentar provocada por uma toxina formada por um micro-organismo. - Acontece quando um indivíduo ingere um alimento contaminado por micro-organismos patogênicos e estes liberam a toxina no organismo humano. Toda toxinose é uma intoxicação alimentar, mas nem toda intoxicação é uma toxinose. Surto: Dois ou mais casos ligados à alimento, exceto o botulismo que apenas um caso já é considerado surto. As pessoas devem comer a mesma coisa ou pratos diferentes que contenham no mínimo um alimento em comum, no mesmo local, devem ter período de incubação parecido e sintomas parecidos. Surto epidemiológico: Ultrapassa número de casos esperados. Fatores que interferem no crescimento de micro-organismos em alimentos: Fatores intrínsecos: Depende totalmente do alimento (Atividade de água, acidez, potencial de óxido-redução, substâncias inibidoras naturais ou produzidas, interação entre micro-organismos). Fatores extrínsecos: Ambiente onde o alimento está nesse momento. Fora do alimento, não depende dele (temperatura, umidade relativa, composição gasosa). Fatores intrínsecos: Atividade de Água: É a representação numérica da água disponível no alimento. Tem valores de 0 – 1 Umidade do alimento: Teor de água no alimento e é representado por % Aumenta teor de água = estraga rápido (alface, carne, peixe) Diminui teor de água = aumenta a validade (mel, ovo matine) As alterações podem ocorrer por adição de solutos, pressão osmótica, congelamento ou desidratação Acidez: pH (classificação do alimento) Baixa acidez > 4,5 Ácidos 4,0 – 5,0 Muito ácido < 4,0 OBS: Abaixo de 4,5, Botulismo não cresce então uma boa maneira para prevenir é colocar ácido no alimento que seja mais propenso e lembrar que ela sobrevive ao calor mas não a congelação Fervura inativa a toxina mas não mata agente Potencial de óxido-redução: Valor numérico que mostra a tendência do alimento a ganhar, perder ou doar elétrons (Eh -> mV) OBS: luz estimula oxidação EX: Peça de carne – Borda tem tendência a doar elétrons ficando (+) e o meio tem tendênciaa ganhar elétrons ficando (-). Portanto, na borda atuam as bactérias aeróbicas e no centro as anaeróbicas. EX.2: Carne moída – Tanto na borda como no centro há o contato com o oxigênio presente no ambiente então ambos os locais tem tendência a doar elétrons ficando (+) e sofrendo ação de bactérias aeróbicas. EX.3: Pacote de carne à vácuo – Tendência a ganhar elétrons e ficar (-) sofrendo ação de bactérias anaeróbicas. Na tecnologia consigo mudar o potencial redox. E se o Eh muda, quem cresce nele também muda. Composição química – elementos nutritivos: Água Fonte de energia (açúcares, álcoois, aminoácidos, lipídeos) Vitaminas (complexo B, Biotina e ac. Pantotênico) Minerais (sódio, potássio, cálcio e magnésio) - Gram (+) são mais exigentes Substâncias inibidoras naturais ou produzidas Industrias alteravam o leite de baixa qualidade (pH ácido) colocando H2O2 e ativando o sistema lactoperoxidase. Com esse sistema a peroxidase quebra a H202 liberando O2 fazendo com que o Tiocianato (advindo da dieta da vaca) faça oxigenação e gere Hipotiocinato que provoca danos no envoltório do micro-organismo, diminuindo sua população. - Lisozima: arrebenta envoltório do micro-organismo e morre (OVO) - Avidina: não deixa absorver vit. do complexo B (OVO) - Lactoferrina: Segura o ferro, não deixa o micro-organismo pegar o ferro se precisar Interação entre micro-organismos Positiva: Ajuda o outro a crescer Negativa: Não deixa o outro crescer - Metabólitos produzidos - Descarboxilases (aminas – pH) - Bactérias láticas (alteram pH) - Bacteriocinas ( plasmídeos) - ATB - Nisina (impede gram + e seus esporos) Fatores extrínsecos: Temperatura: Micro-organismo T Ótima (ºC) T Máxima (ºC) T Mínima (ºC) Psicrófilos 12 a 15 15 a 20 - 5 a +5 Psicotróficos 20 a 30 30 a 35 0 a +5 Mesófilo 30 a 40 40 a 50 5 a 25 Termófilo 45 a 65 60 a 90 35 a 45 Psicotróficos: Problemas por conta dos Proteus e Pseudomonas que lançam enzimas proteolíticas e lipolíticas. A alta temperatura (138ºC) mata micro-organismos mas não as enzimas Maioria das bactérias patogênicas são mesófilas Peixe- armazenar em 0ºC pois as bactérias que fazem histamina em peixe não crescem em temperaturas abaixo de 4.4ºC. Quanto mais escura a carne, mais histidina que a bactéria causa descarboxilação formando a histamina que só é inativada a > 350ºC. As aminas biogênicas potencializam a histamina. (Psicotróficos) PERIGO: Nessa temperatura as bactérias proliferam com maior rapidez ( 5ºC a 60ºC) Umidade Relativa do Ar: Interfere no alimento e por sua vez em quem cresce nele. Tem relação com a atividade de água Menor atividade de água e maior umidade relativa do ar, a umidade migra do ar para o alimento Composição Gasosa Anaeróbicas Aeróbicas Facultativos Microaerófilos Na indústria as pessoas podem recomendar mudanças na atmosfera EX: Café moído embalado a vácuo. O bolor é aeróbico então quando você embala protege e ainda mantem o aroma do café O2 é total ou parcialmente substituído N2 e CO2 são gases inertes e não reagem com o alimento, aumentando a validade do produto Vácuo Obstáculos de Leistner: Todo obstáculo contém uma oportunidade para melhorarmos nossa condição. Exige conhecimento do alimento, dos fatores intrínsecos e extrínsecos e permite determinar a “vida-de-prateleira”, a estabilidade microbiológica e a segurança alimentar. EX: Vácuo e refrigeração EX.2: Charque a vácuo – pH, Eh, Aw, NaCl, vácuo Quanto mais obstáculo, melhor. Frio Artificial Artefatos para produzir frio e permite inibição dos micro-organismos. Retarda, minimiza a multiplicação e suspende atividade metabólica. Diminui ou anula reações químicas e atividades metabólicas - Arranca o calor do alimenta para diminuir sua temperatura. A diminuição da temperatura influencia os micro-organismos inibindo-os ou deixando suas enzimas mais lentas. Segurança alimentar: 0º a 4ºC Segundo Lei Federal o pescado deve ser mantido a: 0ºC Resfriamento Método auxiliar Diminui riscos à saúde pública Temperaturas: - 1º a 10ºC (7ºC) Geralmente feito em: Câmaras frias – circulação forçada do ar frio, faz o alimento perder umidade ou desidratar por esse motivo as carnes bovinas devem ter uma camada de gordura e as suínas vem com pele para proteger do ressecamento. Proibido misturar espécies na mesma câmara fria. Imersão em água gelada – usada com frango - água de renovação constante. Congelamento Manutenção dos caracteres organolépticos e nutritivos Reserva de alimentos frescos Dificulta a ação de enzimas e micro-organismos OBS: Só mata por congelamento os parasitas Zona de formação de cristal de gelo (sempre < 0ºC) Intervalo de temperatura que vai de 0ºC a 5ºC. Todo alimento passa por isso. Pode ser RÁPIDO ou LENTO - No rápido há menos perda de H20/nutrientes/sabor/aroma, menos danos no tecido pois os cristais de gelo são pequenos. Para ser realmente considerado rápido o centro do alimento precisa estar a -6ºC em até 2h. Alimento de grande espessura é lento. Ponto de congelamento: Formação do 1º cristal de gelo Todo alimento congela abaixo de 0ºC e cada alimento tem seu ponto de congelamento dentro da zona de formação de cristais. Descongelamento deve ser LENTO pois dá tempo do tecido reabsorver a H20, minimizando os danos no tecido. Tipos: Contato Câmara Fria Imersão em líquidos resfriados Pulverização de gases liquefeitos Câmara fria: Circulação forçada (correntes) Túneis de “congelamento” – circulação de ar dentro da câmara - Não empilhar – espaço para circular ar e trocar calor - Armazenar congelado: - 18ºC - Limite é a espessura/volume da peça (Grandes: apodrece o centro e congela as bordas). Contato: - Superfície bem fria faz troca de calor com alimento Armários de placas: verticais/horizontais placas metálicas que circulam tubos com gás que resfriam as placas e a geladeira (CMS, alimentos pequenos) Imersão em líquidos resfriados: - Tanques com salmoura supersaturada pela adição de soluções (açúcar, sal, glicerol tentam baixar ainda mais a temperatura) - Peixes inteiros de água salgada - 17º a – 21ºC SALMOURA 15 a 30 minutos (0,5 kg) ; 1,5 kg - 8º a -10ºC (produto – partes mais interna) Pulverização em gases liquefeitos: - Criogenia Expansão N2 -195ºC CO2 -80ºC - Túnel de congelação 1 a 3 minutos Depois vai para a câmara fria a -18ºC; Lança o gás e ele expande no alimento, “roubando” calor. - Gabinete criogênico 10 a 13 minutos (-11 a -13ºC internamente) Demora um pouco mais e é um pouco menor. Armários com bandejas contendo alimento e que tem ar liberado lá dentro. Liofilização - Método que envolve frio e congelamento (alimento, vacina, medicamento, soro, ração) Criosecagem Freeze-Drying Sem alteração de propriedades químicas e bioquímicas, organolépticas (reidrata e volta a ser o que era antes) Passo a passo: Alimento congelado a – 40ºC Câmara de alto vácuo Ocorre sublimação (mudança de estado sólido para gasoso) Produto desidratado (Remove 98% da água deixando o alimento bem leve e poroso) OBS: O custo é elevado e é necessário um ambiente climatizado e com umidade controlada mas o produto possui uma validade de mais ou menos 50 anos, devendo se atentar a qualidade/tipo de embalagem. Calor Objetivos – defumação, cozimento Eliminar Impedir Microorganismos Retardar - Tratamento térmico (aplicação de calor) - Temperatura x Tempo (inversamente proporcional) OBS: Diferente de choque térmico redução brusca de temperatura (frio artificial) Há alteração de valor nutritivo, natureza química, natureza física e estrutura histológica. Tipos de tratamento térmico: Brando: Aplica temperatura e a parte mais interna do meu alimentoatinge menos de 100ºC Severo: Aplica temperatura e a parte mais interna do meu alimento atinge mais de 100ºC (atinge esporos) Ex.: Forno de pizza (300º a 400ºC) Centro Geométicro (alimento) Alimento: 90ºC no centro geométrico (brando) Branqueamento (B) vegetal que vai congelar Tindalização (B) patê Cozimento (B) Pasteurização (B) foco da indústria Esterilização (S) Cozimento: Fervura Estufa (110º a 130ºC) Vapor fluente Sob pressão Fritura (óleo) Assamento (ar) Transferência de calor: Ar, água, vapor, óleo, gordura 100º a 220ºC,230ºC temperatura da H20/forno 72º a 75ºC temperatura do alimento 85º a 90ºC temperatura da água no banho maria - Já tem segurança por estar acima de 60ºC; Destrói parasitas, bactérias, vírus mas não esporos. Pasteurização: - Bebidas - Tempo x Temperatura Leite: ao atingir 63º a 65ºC mantem por 30 minutos (1) ao atingir 72º a 75ºC mantem por 15 a 20 segundos (2) Pasteurização Lenta (LTLT) Pasteurização Rápida (LTST) - quero destruir Caxiella e Mycobacterium (atualmente) - Destruir 100% dos microorganismos patogênicos (vegetativos) e mais de 90% dos deteriorantes ou saprófitos. Os termodúricos são aqueles microorganismos termófilos, saprófitos que suportam calor da pasteurização. Esterilização: - Produtos de baixa acidez ( pH menor que 4,5) - Clostridium Botulinum (pode crescer em enlatados) Apertização (autoclave/retorta) Temperatura e pressão 115º a 125º C / 15 a 20 minutos OBS: Embalagem hermeticamente fechada e a vácuo (ar é isolante térmico e precisa ser retirado) – injeta vapor de água, o qual aumenta a temperatura e faz pressão ajudando a matar o microorganismo. Vapor que faz troca de calor com a lata. Uperização (UHT/ UAT) 138º a 152ºC / 02 a 08 segundos OBS: Embalagem “hiper-poluente”, ou seja, com várias camadas de polietileno, papel e alumínio e não pode ser amassada. O equipamento é blindado e com ambiente estéril. Problema: lata, tamanho da lata e o que tem dentro. Ex.1: Sólido (carne bovina) Propagação de calor por condução e ponto frio no centro geométrico da lata. - Calor para dentro da lata -> aquece lateral da lata primeiro -> aquece molécula de carne e vai “passando”. Ex.2: Líquido (sopa) Propagação de calor por convecção e ponto frio inicialmente é no centro geométrico e depois é empurrado para o fundo da lata (atingir 121º a 125ºC). - “Turbilhão” – H20 quente sobe e H20 fria desce (movimento) - Todo fluido sofre convecção EX.3: Misto – sólido + líquido (atum + óleo) Propagação de calor por condução e convecção. Ponto frio inicialmente no centro geométrico e depois vai descendo, não se sabe o quanto. Objetivo da esterilização é matar 100% de saprófitos e patogênicos. Porém há o “Bacilus Esporothermodurans” que é um esporulado que suporta calor por um grande período de tempo, não estraga o alimento e nem causa mal à saúde (inócuo). Sendo assim, o leite UHT com a presença dele não está esterilizado do ponto de vista biológico mas está do ponto de vista comercial – Esterilização Comercial. Secagem/Desidratação É o processo combinado de transferência de calor e massa, onde se reduz a disponibilidade de água para o crescimento de microorganismos, atividade enzimática e deteriorização. Reduz a água livre Aumenta pressão osmótica Secagem – processo natural Recursos Sol Vento - ambiente = ganha H2O e perde calor alimento = ganha calor e perde H2O perde massa e fica mais concentrado, diminuindo atividade de H2O Desidratação Condições controladas Recursos artificiais Estufas/Evaporadores Secadores Ambientes climatizados Evaporadores - Recipiente aberto - Aquecimento do produto - Ebulição - Evaporação (aumenta concentração) - “Tachos” Ex: doce de leite. - Recipiente fechado - Aquecimento por trocadores de calor - Ebulição - Evaporação - Vácuo - Concentração do produto - Unidades – condensador e separador (separa vapor do leite do leite) Ex: leite evaporado. Atomizador - Contaminação - Spray – drier - Rendimento técnico e econômico - Ar quente e seco 170º e 250ºC 50º e 80ºC (saída) Ex: Leite em pó. - Lectina de soja -> deposita na superfície do leite em pó e faz uma “capinha”, quebrando a tensão superficial e permitindo mistura com H2O. Salga e Cura - Carne Salga – NaCl (sal de cozinha) - poder hidroscópico (puxa umidade do ambiente em que está) - poder hidratante (perda de H2O, diminuindo atividade de água e aumento da pressão osmótica, conservando o ambiente) - fraco poder desinfetante - remoção da água livre por osmose - produto – difusão Processo (aplicação): Direto: * aplica diretamente no alimento - salga seca - seguro e fácil - quantidade/difusão - tamanho da peça (não ultrapassar 5cm de espessura) - menor uniformidade - deteriorização Indireto: - salga úmida - salmoura supersaturada - imersão em tanques * perde H2O - injeção múltipla (carnes) * ganha H2O - injeção femoral (pouco usada) - maior uniformidade Combinado Cura – processo artificial - nitrato/nitrito + NaCl – aditivos/ “sais de cura” - cor vermelha ao produto (sabor/aroma) - bacteriostático - não deixa crescer Clostridium Botulinum OBS: Cura exclusivamente pelo NaCl sinônimo de salga (charque) Charque Jerked Beef Carne bovina, salgada e dissecada Carne bovina, salgada, curada e dissecada 21 d. / 45% umidade 10 a 12 d. / 55% umidade Marrom acinzentado Vermelha Salga úmida por imersão (30 minutos) Salga úmida por injeção Salga seca Salga seca Exposição ao sol Exposição ao sol Defumação Produtos expostos e submetidos à ação da fumaça. Art. 424 – “Entende-se por defumados, os produtos que após o processo de cura são submetidos à defumação, para lhes dar cheiro e sabor característicos, além de um maior prazo de vida comercial por desidratação parcial.” - Busca hoje: sabor e cor (chamar atenção) Ações da fumaça Flavor (sabor e aroma) Cor (+ amarronzado) Antioxidante (em cima de gordura – não fica rançoso) Antisséptico e germicida (fumaça tem composto que mata e/ou não deixa microorganismo crescer) Secativa (parcial) - superfície perde umidade, ficando mais ressecado (barreira química) Conservação Fumaça aldeídos – conservação (formaldeído), bactericida, micostática álcoois – antisséptico fenóis e cresóis – antioxidante Queima da madeira - madeira deve ser empireumética ou pirolenhosa (2:1:1 – sendo 2 partes de hemicelulose, 1 parte de celulose, 1 parte lignina – se queimada de forma errada pode ter subs. cancerígena). 270º a 400ºC substâncias desejáveis menos de 350ºC não liberar substancias cancerígenas devido a queima da . lignina ( 3-4 benzopireno ; 1,2,5,6 fenanteno) Segurança – não aparece quem é cancerígeno 400ºC 270ºC 350ºC Estados sólido – fuligem líquido – fase aquosa dispersante gasoso – fase dispersa ; vapores (sabor, aroma, cor, conservação) Tipos: Frio Temperatura – 12º a 35ºC Tempo – horas, 1 a 4 dias, semanas - alimentos que não suportam calor, exemplo salame/provolone Quente Temperatura – 40º a 100ºC (acima de 40ºC) Tempo – horas Temperada Temperatura – moderadamente quente (60ºC) Tempo – horas Artesanal - toda temperada é quente, mas nem toda quente é temperada. * É possível cozinhar e defumar ao mesmo tempo!!!!! Ex.: estufa a 130ºC e aplicação de fumaça.
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