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trabalho desigualdade social - corrigido

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RESUMO 
A desigualdade social acontece quando a distribuição de renda é feita de forma diferente, sendo que a maior parte da renda fica nas mãos de poucos. No Brasil, a desigualdade social é uma das maiores da América Latina, onde os ricos são cada vez mais ricos; e os pobres cada vez mais pobres. Há um grande abismo entre essas classes sociais. Portanto, o presente texto evidencia, dentro do conceito de Direitos Humanos, uma violação clara e extrema dos direitos fundamentais acerca da dignidade da pessoa humana, pois a classe menos favorecida está esquecida e, simultaneamente, massacrada pela classe dominante.
PALAVRAS-CHAVE: ditadura militar, discriminação, desigualdade social.
INTRODUÇÃO
Nota-se que houve um crescimento exorbitante na diferença social desde o período da Ditadura Militar, instaurada no Brasil em 1964 até os dias atuais. O período ditatorial foi de extrema instabilidade política e econômica devido à transição forçada do regime democrático ao ditatorial, causando consequências e marcas profundas na sociedade Brasileira. 
Esse aumento da desigualdade social gerou uma instabilidade social no Brasil, pois favoreceu a existência de jovens vulneráveis, principalmente na classe de renda baixa, pois a exclusão social os torna cada vez mais incapazes de ter uma vida digna e bem sucedida, contrariando a C.F de 1988, que traz em seu art. 5º a garantia dos direitos fundamentais do cidadão brasileiro.
Portanto este texto serve como ponto de partida para que a partir de uma análise sobre a desigualdade social, haja uma conscientização de que esta é uma realidade na sociedade atual, e que tal desigualdade existirá enquanto houver sociedade, entretanto os direitos fundamentais garantidos pelos Direitos Humanos e pela C.F de 1988, não podem ser negados àqueles que estão inseridos na classe mais baixa da sociedade.
A DESIGUALDADE SOCIAL NO PERÍODO DITATORIAL
O que houve nesse período sugere o questionamento sobre até que ponto a Ditadura Militar influenciou a desigualdade social no Brasil? 
A política econômica do país voltou a ser concentracionista depois do golpe e as desigualdades aumentaram ainda mais. Na ditadura militar, o Brasil vivenciou um período conhecido por milagre econômico (1969-1973), crescimento econômico deu-se pelas medidas econômicas adotadas pelo governo, que acumularam investimentos tanto de capital estrangeiro, quanto nacional e principalmente pela ascensão industrial, mas os benefícios desse crescimento não foram expressos em melhorias sociais. O trabalhador teve perdas salariais do início para o final da década de 1970, passou de 103 para 147 o total de horas trabalhadas necessárias para comprar a alimentação básica. O Estado não estava aplicando as grandes arrecadações de impostos em saúde, educação, habitação e segurança, por exemplo.
Os militares acreditavam que era primeiro necessário acumular para depois dividir, contudo essa tese foi refutada, quando nos anos 1980, o país entrou numa grande crise e a chance de diminuir as desigualdades havia passado, pois os recursos para investir acabaram. Observa-se, claramente, uma ideologia por parte dos militares em relação ao crescimento econômico do país, escondendo a triste realidade vivida pela sociedade brasileira nesse período, pois tanto crescimento, apenas contribuiu para o avanço da desigualdade social e não foi revertido para a população em melhorias sociais, corroborando com as ideias do sociólogo Anthony Giddens (1991), no que diz respeito ao desenvolvimento social e as cosequências da modernidade. Ainda neste cotexto, de acordo com Salo de Carvalho (2004), houve uma mutilação dos direitos humanos, fatalmente revertidos em desigualdades sociais. Inicia-se, assim, o aumento da distância entre as classes, pois sem investimentos sociais, nas áreas de educação, saúde, segurança, dentre outros, o processo de desigualdade social tornava-se cada vez mais evidente, uma vez que, a parcela menos favorecida torna-se mais dependente da elite dominante, que por sua vez, centraliza poderes políticos e econômicos, visando a apenas o lucro que essas classes mais baixas, podem oferecer, através de sua mão de obra. 
Inegavelmente, a população brasileira viveu momentos de forte turbulência não apenas social, mas também política e econômica. Durante a ditadura militar, mesmo com o grande investimento estrangeiro que houve naquela ocasião, houve o avanço nesse setor, para o aumento da diferença entre as classes sociais no decorrer da história de nosso país. 
DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL NO PERÍODO DEMOCRÁTICO PÓS-DITADURA
	
O Brasil sendo adepto ao Estado Democrático de Direito, mostra em sua história que nem todo pressuposto deste modelo de Estado vem sendo cumprido na prática, mostrando que a sociedade brasileira anseia por melhorias sociais, desde a volta da democracia, que mesmo com o empenho do governo em tentar diminuir as desigualdades, existem diversos fatores alheios, que bloqueiam os projetos implantados para que haja a diminuição da desigualdade, projetos como, BOLSA FAMÍLIA, SISTEMA DE COTA PARA NEGROS E ÍNDIOS, MINHA CASA MINHA VIDA, FINANCIAMENTO ESTUDANTIL, dentre outros. O sistema jurídico brasileiro possui mecanismos de fiscalização que tem por objetivo inibir o avanço da desigualdade social através da aplicação das normas jurídicas, contudo, a realidade demonstra que o processo de globalização dentro do capitalismo acelera o avanço dessa desigualdade social, segregada na sociedade brasileira. 
	Temas como corrupção política, falta de transparência de setores públicos, altas cargas tributárias, salário mínimo que não supri o mínimo necessário para a dignidade do ser humano, juntamente com o capitalismo selvagem que vivemos nos dias atuais, auxiliam de forma significativa o aumento dessa desigualdade, mesmo se tratando de um Estado Democrático de Direito. 
Para Milton Santos (2000, p. 63),
A situação contemporânea revela, entre outras coisas, três tendências: 1. Uma produção acelerada e artificial de necessidades; 2. uma incorporação limitada de modos de vida ditos racionais; 3. uma produção limitada de carência e escassez. Nessa situação, as técnicas a velocidade, a potência criam desigualdades e, paralelamente, necessidades, porque não há satisfação para todos. Não é que a produção necessária seja globalmente impossível. Mas o que é produzido – necessária ou desnecessariamente – é desigualmente distribuído.
 Esse pensamento de Milton Santos, expressa a influência da globalização e do capitalismo, dentro das desigualdades vividas na sociedade contemporânea, e sobre a distribuição desigual dos meios de produção, que fere exponencialmente os direitos fundamentais, garantidos por lei, da sociedade pertencente à classe menos favorecida.
 
CONCLUSÃO
Diante do exposto, partindo do princípio que todo ser humano tem direito a viver com dignidade, surge a necessidade de observar e promover um debate acerca da desigualdade social, pois tal desigualdade, nunca foi tão evidente como nos dias atuais, principalmente em um país que se auto declara Democrático, fatos que não podem ser esquecidos, tendo em vista que o Estado Democrático de Direito, em tese, deveria suprir esta necessidade básica da população brasileira em sua totalidade. É necessário para reverter essa situação, ou amenizá-la, que haja uma conscientização de que não devemos somente esperar essa mudança de órgãos Estatais, mas também partir de nós mesmos, pois segundo Jean Jacques Rousseau “todo poder emana do povo para o povo”, a partir disto, deve-se haver uma compreensão mutua entre governo e sociedade, buscando os mecanismos legais, proporcionados pelo Estado, para minimizar essa desigualdade, que se torna cada vez mais evidente nos dias atuais.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
SANTOS, Milton. Por outra globalização - do pensamento único à Consciência universal. São Pauto: Record, 2000.
GIDDENS, Anthony. AS CONSEQUENCIAS DA MODERNIDADE. São Paulo: Unesp, 1991.
CARVALHO, Salo de. et alli. (Orgs.). DireitosHumanos e Globalização: fundamentos e possibilidades desde a Teoria Crítica. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2004, pp. 491/504.

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