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SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR Profª Ms Sandra Regina Antiório ANAMNESE e o EXAME FÍSICO são partes distintas do exame clínico, que se complementam para o diagnóstico de enfermagem e nos orientam para o coerente planejamento da prescrição de enfermagem. Raciocínio Clínico Mecanismo da doença Alterações anatômicas e funcionais SINAIS SINTOMAS ANAMNESE É a história clínica O paciente inicialmente deve ter oportunidade de relatar seus problemas primeiramente sem interrupções. “ Ouça o que o paciente diz, ele lhe contará o diagnóstico ” Hermann Blumgart ANAMNESE PERGUNTAS ABERTAS → FOCADAS → FECHADAS A queixa do paciente vai orientar a entrevista para alguns dos sintomas cardinais da doença cardíaca, que seguem: – Precordialgia - Dor torácica – Dispnéia ▪ Cansaço ▪ Falta de ar ▪ Ortopnéia – Síncope ou pré Sincope ▪ Desmaio ▪ lipotímia ▪ ausência ▪ distúrbios visuais – Palpitação ▪ Sensação de taquicardia ▪ falhas nos batimentos – Edema ▪ Inchaço – membros e/ou face – Cianose ▪ Coloração azulada da pele Perguntar também !! Fatores de risco: – Diabetes – Dislipidemia – Tabagismo – Obesidade – Hipertensão Arterial – Fatores de risco familiares Perguntar também !! Medicações de uso cardiovascular: – Descrever o uso de qualquer fármaco e a quanto tempo a medicação está em uso. – Medicações de uso eventual também devem ser pesquisadas Dor torácica Como qualquer dor devemos definir: localização, irradiação, duração, intensidade, qualidade, fatores precipitantes ou desencadeantes, fatores que melhoram a dor e manifestações associadas Dor torácica Irradiação: dor que inclua a CICATRIZ UMBILICAL e se irradia para baixo, não é de origem cardíaca. Dor na região cervical que inclua a FACE acima da mandíbula ou o couro cabeludo, NÃO é de origem cardíaca. Dor torácica Localização: A dor cardíaca é geralmente indicada com a mão esfregando o peito, ou com o punho cerrado, indicando uma região grande e imprecisa. Dor torácica Qualidade: A opressão, queimação ou o mal estar torácico mal definido são típicos da doença coronariana. Pontadas e fisgadas apesar de serem mais inespecíficas também podem representar doença coronariana. Dor torácica Manifestações associadas: sudorese, extremidades frias, palidez, náuseas vômitos Indicações de crise ansiosa não devem descartar a hipótese de doença coronariana até que se prove ao contrário, já que a dor anginosa pode desencadear o quadro ansioso Dispnéia O desconforto respiratório é normal em indivíduos saudáveis submetidos a esforços de grande intensidade, ou mesmo de menor intensidade se não forem treinados para atividade física. Dispnéia A dispnéia é anormal quando ocorre em repouso ou quando desencadeada por esforço de grau em que não seja esperado este sintoma. Edema O edema de origem cardíaca é normalmente simétrico e progride desde as pernas chegando coxa, genitália e parede abdominal. O edema pode ser generalizado (anasarca), podendo ocorrer dessa forma na síndrome nefrótica, na cirrose hepática e na IC severa. Palpitação A palpitação é a sensação do batimento cardíaco. A etiologia clínica varia desde estados de ansiedade até as mais variadas formas de arritmias. Palpitação 1) A sensação é de batimentos fortes ou rápidos? 2) O início é súbito ou gradual? / O fim é súbito ou gradual? 3) Ocorre dor associada? 4) Acompanha alteração visual, lipotímia, tontura. . . ? 5) Durante a crise, qual a freqüência cardíaca? 6) Qual a freqüência de ocorrência da palpitação (diária , semanal, eventual)? 7) Quanto tempo dura uma crise? Melhora espontaneamente? 8) Especificar fatores precipitantes e de melhora. 9) As palpitações se associação ao uso exagerado de tabaco, cafeína ou álcool? EXAME FÍSICO SEGMENTAR Inspeção Palpação Percussão Ausculta EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR Inspeção Palpação Percussão Ausculta Ciclo Cardíaco • Sístole → ejeta 60 ml a cada batimento Contração isovolumétrica = Ejeção • Diástole → Relaxamento isovolumétrico BULHAS 10 bulha - abertura das válvulas aórtica e pulmonar e o fechamento das válvulas mitral e tricúspide Primeira bulha cardíaca - TUM 20 bulha - → abertura das válvulas mitral e tricúspide e o fechamento das válvulas aórtica e pulmonar Segunda bulha cardíaca – TA ROTEIRO Pulsos arteriais – inspeção e palpação Turgescência jugular Pressão arterial Veias periféricas Precórdio Ictus Cordis Edema TURGESCÊNCIA JUGULAR Posição deitada – decúbito dorsal - FISIOLÓGICO Em 45 graus – se observado turgescência jugular – INGURGITAMENTO JUGULAR Decúbito dorsal EXAME FÍSICO TÓRAX Devemos ter uma visão frontal e tangencial Precórdio INSPEÇÃO Pesquisa-se: Integridade da pele DO TÓRAX Estase Jugular Edemas de MMII e MMSS Ascite Trajetos venosos aparentes Ictus Cordis Abaulamentos (aneurisma /cardiomegalia) e/ou retrações Batimentos ou movimentos visíveis aorta abdominal Palpação Pesquisa-se: Abaulamentos e/ou retrações Ictus Cordis (choque da ponta palpável) Frêmito cardíaco (sensação de raspagem) ICTUS CORDIS Ponto de Impulso Máximo - PIM ou ponta de choque palpável→ traduz o contato da porção anterior do VE com a parede torácica, durante a fase de contração isovolumétrica, do ciclo cardíaco O ictus pode ser percebido em cerca de 25% dos pacientes magros (homens) Pode ser observado com o paciente em posição supina, em decúbito dorsal ou lateral esquerdo. ICTUS CORDIS Localização: decúbito dorsal - pode ser percebido no 5º espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular, abaixo da linha do mamilo ICTUS CORDIS Palpação do íctus EXAME FÍSICO TÓRAX Frêmito Cardiovascular É a sensação tátil das vibrações produzidas no coração ou nos vasos. Correspondem aos sopros. Características: Localização (focos) Situação no ciclo cardíaco (S/D) Intensidade (+ a ++++) EXAME FÍSICO TÓRAX Palpação de frêmito Ausculta Cardíaca O que é possível se observar em uma ausculta cardíaca 1. Bulhas 2. Ritmo 3. Frequência 4. Alterações das bulhas cardíacas 5. Cliques ou estalidos 6. Sopros Aórtico Pulmonar Tricúspide Mitral BULHAS Primeira – o som é mais grave e de maior duração do que a segunda bulha. Seu local de maior intensidade é o foco mitral TUM Segunda – é melhor auscultada no foco aórtico. Tem timbre agudo e soa de maneira seca TA BULHAS Intensidade – podem ser consideradas: ▪ normofonética (normal), ▪ hipofonética (diminuída) ▪ Hiperfonética (aumentada) BULHAS Desdobramento: ausculta dos componentes separadamente. Pode ser fisiológico ou indicar anormalidade BULHAS Terceira Bulha Definição – Ruído, de baixa freqüência originado das vibrações da parede ventricular na fase de enchimento ventricular rápido. Sinônimo – Galope ventricular TU SOPROS Definição – São um conjunto de vibrações de maior duração que as bulhas, se originam dentro do próprio coração e/ou em um de seus grandes vasos FOCOS DE AUSCULTA FOCOS DE AUSCULTA EXAME FÍSICO TÓRAX Aórtico Pulmonar Tricúspide Mitral Focos de Ausculta EXAME FÍSICO TÓRAX Normal Insuficiência Tricúspide Insuficiência Aórtica Insuficiência Mitral Estenose Aórtica Estenose Mitral Estenose Pulmonar HipertensãoAtrito Pericárdico Septo Ventricular Estenose Mitral Ac.
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