Buscar

TRABALHO CIENCIAS DO AMBIENTE ESTACIO (222)

Prévia do material em texto

IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS
PELA CONSTRUÇÃO DE UMA ESTRADA
BR 174
Faculdade Estácio atual
Curso: Engenharia Civil – 
Disciplina: Ciências do Ambiente
Professor: 
Alunos:
.......................Parte do trabalho................(Resumido)..
A ESTRADA (questão Econômica)
As estradas têm como finalidade interligar regiões para o transporte de bens e de pessoas. É considerada um elemento linear que se estende por várias regiões, e estas apresentam diferentes características (Geológicas, Climáticas, Econômicas, Sociais, Políticas e Ambientais). 
Pelo lado positivo, as rodovias contribuem com o desenvolvimento socioeconômico das regiões por onde passam. Todavia, consequentemente, o impacto ambiental é inevitável na construção ou ampliação de rodovias, bem como a sua manutenção. 
Historicamente em especial em nossa região, o governo brasileiro, a partir dos anos 60, iniciou um projeto de integração da região Amazônica ao restante do Brasil, priorizando a diretriz de ocupação da área. Este projeto, tido como integracionista pressupunha que a região continuaria estrategicamente vulnerável se permanecesse como vazio demográfico. Portanto, para acelerar a incorporação da Amazônia ao dinamismo do centro desenvolvimentista do Brasil, as ações políticas além de priorizarem a construção de rodovias para a rápida abertura das fronteiras, como a Transamazônica, determinaram a implantação de projetos de colonização agrícola, expansão do setor agropecuário e, numa outra etapa, o investimento público em grandes projetos (IPAM, 2000).
Em função desta política de ocupação, a população humana na região cresceu de 4 milhões para mais de 16 milhões entre 1970 e 2013 (Fonte IBGE/2013), e muitas famílias foram assentadas. O rebanho bovino cresceu de 1,7 milhões de cabeças (1970) para 17 milhões em 1995. O Produto Interno Bruto (PIB) da Amazônia, que era de US$1 bilhão por ano em 1970, subiu para mais de US$ 123 bilhões em 2011 (3,2% do PIB nacional). 
A implantação de uma rodovia, especialmente quando há necessidade de ocupação de grandes áreas, pode apresentar impactos ambientais significativos, para execução e construção de rodovias é necessário que se conheça as tecnologias necessárias para a execução do projeto e a área onde será implantado, para que esta seja ecologicamente correta. 
IMPACTO AMBIENTAL 
 
Segundo a Resolução CONAMA 01/1986, Impacto Ambiental é: 
Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente, afetam:
 I - a saúde, a segurança e o bem estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e V - a qualidade dos recursos ambientais.
 
Segundo a Norma ISO 14001 4, Impacto Ambiental é: 
Qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização.
 
 
Juridicamente, o conceito de impacto ambiental refere-se exclusivamente aos efeitos da ação humana sobre o meio ambiente. Portanto, fenômenos naturais como tempestades, enchentes, incêndios florestais por causa natural, terremotos e outros, apesar de provocarem as alterações ressaltadas não caracterizam um impacto ambiental. 
 
TIPOS DE IMPACTOS 
 
Os principais impactos ao meio ambiente, tanto positivos como negativos, decorrentes da implantação de estradas, podem ser definidos de acordo com as áreas de influência. 
No meio socioeconômico, ocorrem conflitos de ocupação do solo, alterações nas atividades econômicas das regiões por onde a rodovia passa, segurança do tráfego, ruído, emissões atmosféricas e desapropriações que podem afetar a saúde humana, uso indevido da faixa de domínio como construções, escavações e depósito de lixo.
No meio biótico, há risco de atropelamento de animais, impedimento de intercâmbio ecológico por corte das áreas, redução da cobertura vegetal, incêndios nas faixas de domínio e poluição em ambiente aquático. 
No meio físico, retirada de solos, instabilidade de taludes, terraplenagem, empréstimos, bota-foras, degradação de áreas de canteiro de obras, rebaixamento de lençóis freático e assoreamento de terrenos naturais são os impactos mais comuns. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS 
Segundo Spadotto (2002), os impactos ambientais podem ser classificados segundo alguns critérios: 
· Ordem: diretos ou indiretos; 
· Valor: positivo ou negativo; 
· Dinâmica: temporário, cíclico, permanente; 
· Espaço: local, regional; 
· Tempo: curto, médio ou ao longo prazo; 
· Plástica: reversível ou irreversível. 
Os impactos, na dimensão ecológica, também podem ser classificados segundo o compartimento afetado: solo, água, planta e atmosfera. 
CAUSAS DE IMPACTOS AMBIENTAIS 
Para Cunha e Guerra (2000), os impactos ambientais são, na grande maioria, causados pelo avanço das novas tecnologias, com o rápido crescimento da população e as necessidades de novas construções, principalmente de infraestrutura, pois o crescimento desordenado que vem ocorrendo sem infraestrutura adequada para recebê-lo contribuiu bastante para vários danos ambientais observados atualmente. 
PROVÁVEIS IMPACTOS DA RODOVIA AO MEIO AMBIENTE 
 
Os impactos ambientais da construção de uma estrada podem ser: 
Ecológicos e visuais; 
Relocação ou interrupção de atividades; 
Impactos na qualidade do ar: emissão de gases poluentes; 
Impactos sonoros; 
Impactos na qualidade da água: contaminação por óleo de máquinas e resíduos abandonados; 
Impactos de construção: corte de áreas de proteção; 
Impactos adversos: impactos não mensuráveis inicialmente, mas que podem ocorrer após a construção e início do uso desde que não sejam obedecidos critérios de segurança. 
	
	Figura 1- Ecológica e visual
	
	Figura 2- Impactos sonoros; 
	
	Figura 2- corte de áreas de proteção
A construção de rodovias apresenta inúmeros impactos sobre o meio ambiente, como desmatamentos, perda da diversidade biológica, a alteração do sistema natural de drenagem e a degradação do solo. Esses efeitos ocorrem devido ao abandono das áreas lindeiras às rodovias após a obra, sem o tratamento que deveria ser feito para recuperar as áreas degradadas, e também sem serviços de manutenção das estradas. 
	
	Impacto: Perda de vida animal
É comum ver resíduos abandonados ao término da construção de uma rodovia como latas, restos de materiais usados na construção, óleo de máquinas e também os resíduos jogados por pessoas no decorrer de estradas: garrafas plásticas, de alumínio, sacos plásticos, dentre outros, jogados nos acostamentos e que adentram nas florestas. É sabido que esses materiais para serem degradados completamente demoram dezenas e até centenas de anos, acumulando-se nas florestas modificando o habitat e causando sérios impactos ambientais, devido à falta de educação da população e falta de comprometimento dos órgãos responsáveis pela fiscalização da população e empresas que causam danos ambientais. 
	
	Impacto: Lixo na margem da estrada
Na construção de qualquer rodovia é inevitável que ocorra algum tipo de dano ao Meio Ambiente (MA), por isso, há a necessidade de “Compensação” das áreas degradadas, sendo importante que o senso de preservação inicie junto com qualquer pensamento de mudança do MA. 
Ainda hoje, é possível ver ações que prejudicam o meio ambiente feitas involuntariamente e, às vezes, voluntariamente pelas pessoas. Um exemplo típico é a embalagem de alimentos jogada pela janela do carro. Deixá-los jogado na natureza é algo extremamente danoso. Uma lata de alumínio ou uma garrafa de Pet podem demorar 500 anos na decomposição. O vidro, muito mais. Além disso, essa decomposiçãofaz a natureza absorver produtos químicos e outras substâncias sintéticas que não faziam parte da sua composição geológica original, prejudicando solos e lençóis freáticos. 
	
	Impacto: Embalagem jogada pela janela do carro.
Além do lixo de quem passam pela rodovia, muitos moradores próximos das rodovias aproveitam as estradas para se livrar de outros lixos de grande volume como entulhos de construções, móveis velhos, pneus. Esses resíduos trazem consequências nefastas. Em primeiro lugar, pode causar acidentes ao motorista que passa na estrada. Nos canteiros, pode obstruir o fluxo das chuvas. Se houver restos de alimentos, pode atrair animais que cruzam as pistas e são atropelados e, muitas vezes, mortos. Enfim, sempre há conseqüências negativas quando são tomadas essas atitudes.
 
IMPACTOS POSITIVOS 
A construção de rodovias apresenta impactos positivos, como a água canalizada que pode ser utilizada pela população, a rodovia pode ser utilizada como barreira de incêndio, o controle de erosão pode ser melhorado e a interligação da rodovia com vilas, vilarejos com as quais ela cruza traz benefícios socioeconômicos na região.
Além disso, a construção de rodovias traz facilidade de acesso à educação de melhor nível em outras localidades, acesso à rede de saúde hospitalar, desenvolvimento do comércio, agricultura e indústria, aumenta o nível de emprego, entre outros. 
IMPACTOS NEGATIVOS 
Apesar dos inúmeros impactos positivos, os impactos negativos são considerados os mais preocupantes devido aos grandes problemas que vem causando. 
Os impactos negativos consequentes da construção de uma rodovia são complexos e dificilmente conseguem ser quantificados, estes devem ser monitorados constantemente, pois, caso se tornem significativos, devem ser mitigados, pois os riscos de acidentes naturais ou antrópicos, tornam-se grandes e preocupantes. 
Além disso, existem ainda os efeitos regionais como mudanças nas condições de vida das áreas afetadas. Essas mudanças dependem do potencial de desenvolvimento da região, alguns exemplos são os movimentos migratórios, crescimento descontrolado da população, etc. 
Outros exemplos de impactos negativos causados são os impactos localizados como: 
 
Efeitos na aparência da paisagem 
Impactos causados por estradas que cortam ecossistemas, como florestas e matas ciliares existentes e mudanças no micro clima 
Demanda de espaço físico (corte e aterro) 
Erosão e mudanças na estrutura do solo 
Efeitos no balanço hídrico 
Efeitos em locais povoados e cidades 
Impactos nocivos da falta de manutenção 
Remoção de vegetação e danos a fauna 
Dentre os danos causados à fauna, o mais preocupante é o atropelamento e mudanças na vida dos animais, como por exemplo, retirada da vegetação das margens que inibe a presença da fauna, regulação do transporte de grãos por aves, répteis e mamíferos, material reflectante e inibidor colocados às margens da rodovia. 
As melhores soluções para esses problemas seriam: a construção de túneis para animais ou para tráfego em áreas de maior risco, conhecidos como “faunodutos”; redução da velocidade de circulação com sonorizadores, impedimento temporário (períodos de reprodução) com desvios por rotas alternativas; sinais indicadores de áreas de maior proteção/cuidado; construções de valas ou barreiras nas estradas como grades metálicas, cordões de vegetação, impedindo a passagem de animais, em áreas críticas; transporte direto de animais e criação de habitats para translocação de espécies.
Além disso, conscientização pública, educação ambiental, realização de campanhas na imprensa, moderação da velocidade, cumprimento dos sinais de advertência, utilização de transportes alternativos, retirada dos cadáveres da pista, impedindo a aproximação de outros animais e reflorestamento das áreas degradadas, dentre outras soluções, podem ser tomadas como meios de evitar danos significativos a fauna na região por onde a rodovia passa. 
Essas medidas, mesmo representando custos adicionais, são vistas pela Sociedade como uma compensação pelo dano ao meio ambiente, pois minimizam problemas para as obras e algumas delas influenciam diretamente na segurança da rodovia. 
 
Complementação: (para aproveitamento no trabalho caso seja necessário) 
AVALIAÇÃO DE IMPACTOS 
 
Conforme se pode encontrar em Spadotto (2002), “a avaliação de impactos ambientais é um instrumento de política ambiental, formado por alguns procedimentos, podendo assegurar, desde o inicio da obra, que se faça uma analise dos impactos que poderão surgir buscando alternativas.” 
No Brasil, a Constituição Federal de 5 de outubro de 1988, Capítulo VI, do Meio Ambiente, Art. 225. § 1º ., item IV – “exige, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental...” 
Os métodos de avaliação dos impactos ambientais são instrumentos utilizados para coletar, analisar, avaliar, comparar e organizar informações qualitativas e quantitativas sobre os impactos ambientais originados da atividade modificadora do meio ambiente, e no enfoque deste trabalho, a construção de rodovias. 
Para que o empreendimento impactante venha a ser implantado conforme a Legislação Brasileira faz-se necessário o Licenciamento Ambiental que autoriza a construção do empreendimento e é expedido pelo órgão ambientalista (municipal, estadual e/ou federal) afeto à área envolvida.
Os principais documentos empregados em Processo de Licenciamento Ambiental, no Brasil, são o EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e RIMA (Relatório de Impacto Ambiental), sendo estes instrumentos importantes para a aplicação dos princípios de desenvolvimento sustentável e da prevenção (ver Figura 02). 
O EIA é uma avaliação preliminar, necessária para realização de qualquer obra ou atividade que possam ser impactantes, e visa diagnosticar a viabilidade de sua realização, com a finalidade de evitar danos ou, pelo menos, compensar os problemas ambientais que possam decorrer da obra. 
O RIMA, realizado após o EIA, nele é apresentada a conclusão do estudo, em linguagem acessível, para facilitar a análise por parte do público interessado.
As discussões acerca da importância dos EIA/RIMA levam a uma importante conclusão: que é preciso conhecer em profundidade as áreas que poderão ser atingidas, para que as 
decisões sobre os traçados, tecnologias de construção e limite de tráfego, possam ser tomadas com propriedade. 
Os citados EIA/RIMA precedem ao Licenciamento Ambiental, sendo este exigido em qualquer obra e previsto no Artigo 10 da Lei 6938/81 de Política Nacional do Meio Ambiente. 
O Licenciamento Ambiental é “um procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.” (Resolução CONAMA 237/97 – Conselho Nacional do Meio Ambiente) 
Fica entendido que Licenciamento Ambiental trata de exigências para a construção, instalação, ampliação e funcionamento de obras ou atividades que utilizem recursos ambientais que possam causar poluição ou degradação ambiental.
Recentemente, com todos esses problemas de aquecimento global e degradação do meio ambiente que vem preocupando consideravelmente, estradas são construídas colocando o conceito da consciência ambiental em primeiro plano, desde o projeto até a manutenção. Essas estradas são projetadas não somente para oferecer segurança e conforto aos usuários, mas também, para minimizar os impactos de sua construçãoao meio ambiente. 
Atualmente, essas chamadas Estradas Ecológicas estão mais comuns no Brasil. Mas, desde 1986, é preciso obter autorização do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) antes de construir qualquer rodovia no Brasil. 
Uma forma de minimizar os impactos ambientais é promover o florestamento das áreas lindeiras às rodovias, tendo em vista o papel da cobertura vegetal no controle do fluxo de água e da erosão do solo, na manutenção da diversidade biológica e na integração da rodovia à paisagem local. A manutenção de vegetação nas áreas adjacentes às estradas também colabora significativamente para a segurança do trânsito evitando deslizamentos e abertura de buracos. 
A determinação legal do poder público de promover o florestamento dessas áreas é fundamental para que essa ação seja incorporada ao planejamento da construção de estradas e expansão do sistema viário brasileiro. Essas medidas reduzem os gastos públicos com recuperação de rodovias, bem como, aumentam as condições de segurança e conforto nas estradas. 
Assim, como está percebido, os impactos ambientais causados pela construção de uma rodovia podem ainda gerar sérias conseqüências prejudiciais como a perda de terras agricultáveis poluídas com óleo e outros resíduos originados das máquinas e do canteiro de obra, o aumento do desmatamento pela migração da população para áreas nas proximidades da estrada, erosão do solo com possíveis deslizamentos de terra, transmissão de doença com a contaminação da água e do solo dentre outras conseqüências que estes impactos causam à população, à fauna e à flora. 
Portanto, para Moliterno (2008), existem razões suficientes para a Sociedade se precaver quanto aos efeitos ambientais decorrentes da construção de uma rodovia. Fossem os impactos de menor alcance, obras civis de rodovias não seriam incluídas na Resolução CONAMA 237/97, como necessárias de licenças ambientais. 
Capacidade de intervenção. 
1 - Controle da Poluição e da Degradação Ambiental na Construção, Recuperação de Áreas Degradadas pelas Obras.
2 – Mitigações de Impactos à Fauna e Flora 
3 – Prevenções/ Contenção de Processos Erosivos e de Instabilizações 
4 – Monitoramentos de Processos Erosivos 
5 – Recomposições Vegetais
6 – Monitoramentos de Recursos Hídricos 
7 – Educações Ambientais 
8 – Prevenções às Queimadas 
9 – Relocação da População Afetada 
10 – Criações de Unidades de Conservação 
11 – Salvamentos Arqueológicos 
12 – Divulgação e Informação do Empreendimento 
13 – Prevenção e Atendimento de Acidentes com Cargas Perigosas 
14 – Recuperações do Passivo Ambiental 
15 – Intrusões Visuais, Segregação Urbana e Segurança Operacional. 
16 – Gestões Ambiental 
Referencias:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Degrada%C3%A7%C3%A3o_ambiental
http://www.atitudessustentaveis.com.br/artigos/degradacao-ambiental-projetos-meio-ambiente/

Outros materiais

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes