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Cap.6 Livro DickranBerberian

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Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.49
6.5 MÉTODOS SEMI-EMPIRICOS / ESTÁTISTICOS 
 
O calculo da capacidade de carga de fundações por meio das 
formulações teóricas ainda é um assunto polemico e transita 
melhor no campo da pesquisa. Vários autores tem proposto 
métodos semi-empíricos, discutidos a seguir. 
O autor é um grande apologista dos campos experimentais, 
onde os métodos semi-empíricos podem ser aplicados com maior 
segurança. Fora das regiões geotécnicas pesquisadas estas 
fórmulas devem ser aplicadas com cautela e bom senso, alias 
como ainda é toda engenharia geotécnica. 
 
 Pontos a ponderar 
 
1. Berberian, apresenta uma metodologia semi-empírica para a 
obtenção da carga admissível das estacas. Considera como base 
desta metodologia a prática brasileira, apoiada nos métodos 
recomendados por pesquisadores renomados tais como 
Aoki/Velloso, Laprovitera/Benegas, Monteiro, Décourt/Quaresma, 
Pedro Paulo, e do próprio autor, aferindo-os com os resultados das 
provas de cargas em estacas. 
 
2. Vale lembrar que apesar de que alguns autores recomendam 
utilizar SPT até 50 golpes dificilmente se consegue cravar estacas 
pré-moldada em terrenos com SPT maior do que 35. Para estacas 
Franki os limites práticos giram em torno 15 golpes para solos 
arenosos e 30 para solos argilosos, Cintra e Aoki (1999). 
 
3. No caso especifico de estacas escavadas, a carga total 
admissível deve ser no Maximo 1,25 vez a resistência do atrito 
lateral calculada na ruptura, ou sejam no Maximo 20 % da 
resistência total que deve ser suportada pela ponta da estaca. 
Quando superior a esse valor, o processo executivo de limpeza da 
ponta deve ser especificado pelo projetista e ratificado pelo 
executor. 
 
 Radm ≤1,25.RT-RL RP ≤ 0,20 RT ≤ 0,20 (RP + RL) Onde, 
 
 Radm Carga Admissivel da estaca 
 RL Carga devida ao atrito lateral na ruptura 
 RP Resistência de ponta 
 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.50
4. O autor recomenda no máximo fcd = 7.0 MPa para a resistência 
estrutural do concreto no projeto da estaca, para não impor 
tensões elevadas que o solo não possa suportar adequadamente. 
 
 
5. A metodologia utilizada considera para a capacidade de 
carga, os resultados obtidos por vários autores, filtrados por duas 
médias. A Primeira, ponderada, adota como pesos os fatores FPc 
(fator de prova de carga) que depende da porcentagem dos acertos 
de cada método em relação a média dos resultados obtidos em 
grupos de provas de carga reais no mesmo solo. 
 A segunda média, aritmética, adotando-se um desvio padrão 
µµµµ=0.3, é obtida excluindo-se os valores 30% acima ou 30% abaixo da 
primeira média. 
A sugestão de Berberian até a presente data para os valores de FPc 
são: 
 
Tab. 6.5.1 Fator Pc de Ponderação de Acertos 
 
 
 Berberian considera como acerto valores que se 
aproximem a 20% das cargas obtidas nas provas de carga. 
 O valor da tensão admissível para a primeira média 
será: 
 Ra1media=∑Rai x FPc / ∑ FPc i 
 Só devem entretanto entrar no computo das tensões 
admissíveis por esta metodologia, os métodos já comparados por 
conjunto de provas. 
 Caso contrário desconsiderar na média ponderada fazendo 
FPc = 1.0, para todos. 
 
6. A expressiva maioria dos profissionais utiliza um ou dois 
métodos + “bom senso”, para definir seus projetos. Esta 
metodologia não está errada, mas a adoção de uma media 
abrangendo várias sugestões renomadas alem de aumentar a 
 
% de Acerto em 
 
Provas de Carga 
< 
10 
≥ 
10 
≥20 ≥30 ≥40 ≥50 ≥60 ≥70 ≥80 ≥90 
 
Fator PC 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.51
precisão dos resultados, oferecerá uma melhor sustentação 
jurídica nos casos de litígios judiciais. 
 
7. O autor também uniformiza os vários métodos disponíveis 
considerando-se o fatores KP para a ponta e KL para atrito lateral 
como fatores de ajuste que dependem do tipo de solo e EP e EL 
como fatores de escala que dependem do tipo da estaca e do 
método de execução. 
 
8. Em geral considera-se que os recalques mobilizados na 
rutura pelo fuste giram no entorno 10 a 20 mm e pela ponta entre 
10 a 30% do diâmetro do fuste. 
 
9. Para o caso de estacas dotadas de bases alargadas por 
compactação, a 
 área da ponta é obtida assimilando-se a base à uma esfera, como 
é o caso das 
 estacas Franki ou Bucha seca. 
 
 
Fig. 6.5.2 Considerações sobre as áreas de ponta e lateral 
 
 
Volume da 
base (l) 
Area da 
base (m²) Db (m) 
90 0,212 0,52 
150 0,292 0,61 
180 0,332 0,65 
270 0,430 0,74 
300 0,478 0,78 
Df 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.52
 
 
 
 Fig. 6.5.3 Considerações sobre geometria das bases 
 
 
10. Definição do que deve ser considerada como uma camada. 
Como em todas as formulações dos métodos aqui analisados 
leva-se em conta o SPT e o tipo de solo, sugere-se portanto 
para agilizar os cálculos manuais, agrupar como sendo uma 
camada de calculo aquela que contenha o mesmo solo e o 
mesmo SPT (± 2 golpes). 
 
11. Alguns pesquisadores recomendam desprezar o primeiro e 
o ultimo 
metro imediatamente acima da ponta, uma vez que nesta 
região a 
superfície de ruptura não passa pelo fuste e mesmo porque 
este SPT já estará sendo considerado no cálculo da parcela 
da ponta. 
 
360 0,528 0,82 
450 0,608 0,88 
540 0,694 0,94 
600 0,739 0,97 
630 0,785 1,00 
750 0,866 1,05 
900 0,985 1,12 
1050 1,112 1,19 
 Vol. Injetado e Compactado 
FRUSTE DA 
ESTACA 
DIÂMETRO 
DA BASE 
ÁREA DA 
BASE 
VOLUME DA 
 BASE 
 (V Compactado ≅≅≅≅ 0,8 V-injetado) 
BASE 
ALARGADA 
SOLO 
FORTEMENTE 
COMPACTADO 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.53
12. Para o cálculo da parcela lateral, o valor de SPT bem como o 
tipo 
(classificação) do solo deverão ser obtidos em cada camada, 
ao longo do fuste da estaca. Opcionalmente pode-se utilizar 
o SPT médio ao longo da profundidade da estaca. 
 
13. Apesar de que vários autores permitem considerar a media 
dos SPT ao 
longo do comprimento da estaca, ficaria difícil de definir 
quais valores de K e α (KP e KL) a adotar, vez que, K e α 
dependem do tipo de cada solo. 
 
14. Não se aconselha aplicar os métodos semi-empíricos na 
presença de folhelhos, Velloso/Hammes (1982) e Aoki/Alonso 
(1990). 
 
15. Fernando Schnaid e Marcelo Langone (2013) pesquisam uma 
nova fronteira na busca de construir uma correlação entre o 
ensaio SPT e a capacidade de carga de fundações, baseada 
no conceito do principio da conserracao da energia e da 
dinâmica dos solos. 
 
16. Vale observar ainda que a Norma Brasileira NBR 6122/2010, 
recomenda: 
 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.54
 
 
 
 
 
17. Para refinar as correlações, Berberian (1972) ampliou o 
sistema unificado de classificação de solos, propondo: 
 
 
 
Tab. 6.5.5 Classificação dos solos. USCS/Berberian 
 
 
Tipos de Solo Intensidade de Mistura 
Umidade 
Tactil/Visual Plasticidade 
 
 
 
C. Argila 
 
3. Mto. Pouco 
 
3. Seca 
 
L. BaixaM. Silte 4. Pouco 4. Pouco umida H. Alta 
 
 
S. Areia 5. Medianamente 5. Umida I.Intermediaria 
 
 
G. Pedregulho 6. Muito 6. Muito umida 
 
 
K. Argila Kaolinítica 
L. Argila Laterítica 
 Porosa 
7. Demasiadamente 7. Saturada 
9. Submersa 
 
 
 
 
 
 
 
Não se dispondo do fator de intensidade da mistura, adotar o valor 5 ou seja S5M, seria uma Areia 
Medianamente Siltosa, ou simplesmente SM Areia Siltosa, subtendendo tratar-se de Areia 
Medianamente Siltosa. 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 6.5.4 Camada menos 
resistente dentro do bulbo 
 de influência do grupo 
Ocorrendo a existência de 
camada de menor 
resistência abaixo da ponta 
de um grupo de estacas, e 
se esta camada estiver 
dentro do bulbo de 
influência do grupo, ver Fig. 
6.5.4 , deve-se calcular o 
valor da parcela de ponta RP 
dentro desta camada fraca. 
Este valor não poderá ser 
menor do que aquele 
calculado para o nível da 
ponta da estaca 
previamente calculada. 
Caso ocorra este fato, 
aprofunde a estaca até que 
RP ou SPT seja crescente com 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.55
Definições: 
 
• Estacas Cravadas (de Deslocamento) são aquelas executadas 
sem a retirada do solo, produzindo uma densificação 
(melhoria) do terreno adjacente. Enquadram-se neste grupo 
as Pré-Moldadas de Concreto maciças ou vazadas, de Aço, de 
Madeira, de Concreto apiloado, Tubulares com ponta fechada, 
Franki e Omega. As estacas de deslocamento geram no maciço 
adjacente a estaca um ambiente de empuxo entre o repouso e 
o passivo. Décourt adota como estacas de “referência” as 
estacas pré-moldadas, como consequência KPDQ = KLDQ = 1.0 
 
• Estacas Escavadas são aquelas em cuja execução o solo sai, 
gerando um ambiente de empuxos próximos do ativo. 
Enquadram-se nesta categoria as estacas do tipo Broca, Mini-
tubulões (brocas com uma ou mais bases alargadas), Straus, 
Tubulões e Estacas Escavadas Mecanicamente ou com lama 
bentonítica. 
 
• Escavadas com Bentonita são fundações escavadas com 
emprego de lama bentonítica, com a finalidade precípua de 
garantir a estabilidade da escavação. Enquadram-se neste 
grupo as estacas Barrete e Estacões. 
 
• Estacas Injetadas são aquelas escavadas por rotação e 
executadas por meio de injeção de pasta de cimento. As 
estacas Raiz são estacas injetadas a baixas pressões (até 4 
kg/cm²), perfuradas por rotação revestida ou estabilizadas por 
circulação de lama Bentonítica, com diâmetros variando entre 
10 e 40cm. São armadas e a pressão de injeção é aplicada de 
uma só vez no topo da estaca. 
 
• As Micro.Estacas são aquelas escavadas por rotação, 
executadas através da injeção de pasta de cimento sob altas 
pressões, através de um tubo alma, dotada de furos 
(manchetes) a cada metro, por onde se processarão as 
injeções. O tubo alma é considerado como parte da armação. 
As injeções são realizadas em várias etapas, através das 
manchetes, previamente instaladas no tubo alma. 
Para facilitar a aplicação deste método na prática da 
engenharia, recomendamos navegar no fluxograma da Fig. 6.5.4.2 
 
 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.56
6.5.1 MÉTODO 01 : Aoki / Velloso 
 
 Aoki e Velloso apresentaram em (1975) e Velloso et al. (1978) 
uma formulação semi.empírica para o cálculo da capacidade de 
Carga de Estacas. 
 
 
 Condicionantes 
 
1. Os autores consideram N72 ≤ 50 
2. Para o calculo da resistência de ponta RP e tomada como 
sendo a media de três valores: ao nível da ponta, 1m acima e 1m 
abaixo. 
 
A popularização dos métodos semi-empíricos cabe aos 
professores Dirceu Velloso e Nelson Aoki, quando apresentaram o 
seu método em 1975, no congresso Pan-americano em Buenos Aires 
 
 RT = RP + RL onde, 
 
A formula original sugerida pelos autores era: 
 RT = AL2F
72KN α
+Ap1F
72KN
 
RT . t Carga total a Rutura da Estaca (sob o ponto de vista geotécnico) 
RP . t Carga de Rutura da Ponta 
RL . t Carga de Rutura Lateral 
 
 
Para facilitar as metodologias dos cálculos, Berberian 
procurou, na medida do possível, homogeneizar e simplificar as 
formulas substituindo: 
 K por KPAV e ααααK por KLAV F1 por EP e F2 por EL 
RP = 
P
72
AV
P E
N K
A
P
 
 RL = 
L
72LAV
L E
N KA 
 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.57
AP . m² Área da ponta ou base da estaca. Para estacas de aço e de concreto vazado 
considerar como área o perímetro cheio. Para estacas Franki assimile a base 
alargada a uma esfera 
N72 .adm Número de golpes necessários à cravação de 30 cm do amostrador padrão 
SPT, com eficiência média de 72%. Ver Berberian (1986). 
KPAV. t/m² Coeficiente de correlação entre a resistência de ponta qc do Cone 
(Diepsonderingen) e o número de golpes SPT Sanglerat (1965), Berberian 
(1986), dado na Tab. 6.5.1.3 
KLAV . adm Fator de correlação entre a resistência lateral do cone com o SPT. KLAV=α.K 
EP, EL adm ( F1 e F2 )Fatores de correção do tipo de fundação devido ao efeito da escala e 
do método de execução, gerados pela diferença entre as geometrias do Cone e 
da Estaca 
 Menzenbach (1961) e Schenk (1966). Tab. 6.5.1.5 
AL . m² Área lateral da estaca em cada camada, ou por metro de estaca, onde se admite 
RL constante 
 
A carga admissível da estaca ou seja, aquela a ser utilizada no 
projeto, será obtida aplicando-se a carga de rutura, um fator de 
segurança. 
 
 Ra = Rr / FS 
 
 Os autores recomendam FS = 2,0. Para estacas em rocha Ra= 
Rr/3 
 
L
L
L
72AV
P
P
72AVP
 AE.2
N . SP . kLav
 + AEp.2
N . k
=RTa 
 
Aoki e Velloso elaboraram seu modelo de cálculo baseados 
na experiência européia na qual as resistências de ponta e lateral 
da estaca foram obtidas diretamente das resistências no cone, 
dividindo-as, por apropriados fatores de escala (EP e EL), obtidos 
experimentalmente através da retroanalise de cerca 100 provas de 
carga. A época, não havendo provas de carga instrumentadas 
adotou-se EL= 2EP. Os autores transpuseram o SPT para resistência 
de ponta do cone multiplicando-se qc pelo fator de correlação KP. 
Para transpor o SPT para resistência lateral, multiplicaram a 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.58
resistência de ponta pelo razão de atrito K, α ou Ra, proposto por 
Bengemman. Fig 6.5.1.1 
 
Vale observar que no método apresentado por Aoki/Velloso não se 
fez distinção dos dois amostradores ainda utilizados na época no 
Brasil, ou seja os amostradores Mohr (φ = 4,13 cm) e Terzaghi (φ = 
5,08 cm) o que fatalmente introduz pequenas variações nos 
resultados. Da mesma forma o cone tomado como base para as 
pesquisas foi o cone mecânico de Bengemann com luva de atrito. 
 
 
Pos. 1: Fechada Pos. 2: Só resistência de Ponta Pos. 3: resistência Total 
 
Fig. 6.5.1.1 Funcionamento dos Os cones elétricos medem 
 cones mecânicos. silmutaneamente qc e fs 
 
 
O método Aoki / Velloso tem apresentado bons resultados, 
tendo sido observado entretanto que ele superdimensiona a 
capacidade de ponta e tende a subdimensionar a parcelalateral. 
Mas, o somatório compensa estas diferenças fornecendo um 
resultado final satisfatório. 
 
Não é difícil, para aqueles que tiveram o prazer de gozar do 
convívio com o Prof. Dirceu A. Velloso, entender a razão pela qual 
ele e Aoki privilegiavam a resistência de ponta, em detrimento do 
atrito lateral, tomando E2 = 2E1. 
 
 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.59
O próprio cone de Bengemann ao cravar a luva de atrito gera 
no anel inferior da luva (ressalto), também uma resistência de 
ponta e não somente por atrito/aderência lateral. 
Os cones elétricos da atualidade são lisos eliminando esta 
parcela da resistência de ponta gerada pelo anel inferior da luva. 
 
 Os professores Dirceu e Nelson Aoki dirigiam tecnicamente 
a empresa Franki, líder na execução das estacas cravadas com 
bases energeticamente 
alargadas, garantindo assim uma melhor trasferencia de cargas 
para a ponta. 
 
Cristão fervoroso como era, por certo guardava o sábio 
conselho do apostolo Matheus : “Sabio foi aquele que construiu 
sua casa sobre rocha...”, isto é, “base das fundações em terreno 
firme”. (SPT = 20 ou mais). 
 
 
Roteiro de Cálculo 
 
step 1 . Com as características do solo obtem-se KPAV e KLAV,
 
 (ver Tab. 6.5.1.3) 
step 2 . Para obtenção de RL da estaca, soma-se os valores de RLi encontrados 
 em cada camada. 
step 3 . Obtenção da Capacidade de Ponta RP 
Para se considerar o efeito do embebimento da ponta dentro 
da camada de apoio, bem como do efeito do bulbo de pressões 
abaixo da ponta, recomenda-se considerar para resistência da 
ponta RP, os valores médios obtidos ao nível da ponta, a um 
metro acima e a um metro abaixo. 
 
KPAV i = (KPAV i .N72i + KPAV (i – 1).N72(i -1) + KPAV (i+ 1). N72(i+1)) /3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laudo de Sondagem 
Tipo da Estaca 
 SPT 
 Classificação do solo 
 Comp. aproximado da estaca 
AL KPAV e KLAV 
EP e EL RLi = KLAV . N72. AL/EL 
AP 
RP = KPAV.N72.AP/EP RT = RL + RP 
 1 
Tab. 
 
6.5.1.3 
 
Tab. 
 
6.5.1 
 
Esta-
cas 
Cap 5 
 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.60
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 6.5.1.2 Fluxograma método Aoki/Velloso 
 
Para facilitar as metodologias dos cálculos, Berberian 
procurou, na medida do possível, homogeneizar e simplificar as 
fórmulas substituindo: 
 K por KPAV e αααα.K por KLAV ficando então na forma final 
simplificada: 
 RT = 
P
72
AV
P E
N K
A
P
 + 
L
72LAV
L E
N KA , resistência total admissível 
 
 Tab. 6.5.1.3 Tabela Simplificada por Berberian (2013) Valores de KPAV e KLAV, 
Simplificados por Berberian (2013)
 
 segundo Aoki & Velloso, Laprovitera & Benegas e Monteiro 
 
 
 
Aoki/Velloso Laprovitera Monteiro 
 
 
 
 1975 1988 1997 
 
SOLO KPAV KLAV KPLB KLLB KPM KLM 
 0 > OK RTa - Pilar 
Fim 
1 aumentar comp. 
da estaca 
diminuir comprimento da estaca, 
procurando manter a ponta em 
camada com N72 > 25 
 
>> 0 
 RL = ∑
n
1
EL
AL
. KLAV N72 
 Radm ≤ RrT/2 
 
≥ 0 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.61
 
t/m² t/m² t/m² t/m² t/m² t/m² 
 
 
Areia ( Sand ) S 100 1,40 60 0,84 73 1,53 
 
Areia Siltosa S3M, S4M, S5M, 
S6M,S7M 80 1,60 53 1,90 68 1,56 
 
Areia Siltoargilosa 70 1,68 53 1,27 63 1,51 
 
Areia Argilosa S3C, S4C, S5C, 
S6C, S7C 60 1,80 53 1,59 54 1,51 
 
Areia Argilosiltosa SCM 50 1,40 53 1,48 57 1,65 
 
SOLO KPAV KLAV KPLB KLLB KPM KLM 
 
t/m² t/m² t/m t/m² t/m² t/m² 
 
 
Silte ( Mó ) M 40 1,20 48 1,44 48 1,53 
 
Silte Arenoso M3S, M4S, M5S, 
M6S, M7S 55 1,21 48 1,44 50 1,50 
 
Silte Arenoargiloso 45 1,26 38 1,14 45 1,44 
 
Silte Argiloso M3C, M4C, M5C, 
M6C, M7C 23 0,78 30 1,02 32 1,15 
 
Silte Argiloarenoso MCS 25 0,75 38 1,14 40 1,32 
 
 
SOLO 
KPAV KLAV KPLB KLLB KPM KLM 
 
 
t/m² t/m² t/m² t/m² t/m² t/m² 
 
 
Argila ( Clay ) C 20 1,20 25 1,50 25 1,37 
 
Argila Arenosa C3S, C4S, C5S, 
C6S, C7S 35 0,84 48 1,92 44 1,40 
 
Argila Arenosiltosa 30 0,84 30 1,35 30 1,14 
 
Argila Siltosa C3M, C4M, C5M, 
C6M, C7M 22 0,88 25 1,37 26 1,17 
 
Argila Siltoarenosa CMS 33 0,99 30 1,50 33 1,35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tab. 6.5.1.4 Tabela Original Valores de αααα e K de Aoki / Velloso (1975) 
 
 Aoki/Veloso 
`1975 
Laprovitera 
1988 
Monteiro 
1997 
 
SOLO 
K 
t/m2 
αααα 
 
adm 
K 
t/m2 
αααα 
 
adm 
K 
t/m2 
αααα 
 
adm 
Areia ( Sand ) S 100 0,014 60 0,014 73 0,021 
Areia Siltosa 80 0,020 53 0,019 68 0,023 
Areia Siltoargilosa 70 0,024 53 0,024 63 0,024 
* Simbologia alfanumérica adotada por Berberian com base no Sistema Unificado de 
Classificação dos Solos. Cobre de forma mais abrangente os dados extraídos diretamente 
dos Laudos de Sondagens SPT, facilitando a transposição para os programas de 
computadores. 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.62
Areia Argilosa 60 0,030 53 0,030 54 0,028 
Areia Argilosiltosa 50 0,028 53 0,028 57 0,029 
 
 
SOLO 
K 
t/m2 
αααα 
adm 
K 
t/m2 
αααα 
 
adm 
K 
t/m2 
αααα 
adm 
Silte ( Mó ) M 40 0,030 48 0,030 48 0,032 
Silte Arenoso 55 0,022 48 0,030 50 0,030 
Silte Arenoargiloso 45 0,028 38 0,030 45 0,032 
Silte Argiloso 23 0,034 30 0,034 32 0,036 
Silte Argiloarenoso 25 0,030 38 0,030 40 0,033 
 
 
SOLO 
K 
t/m2 
αααα 
adm 
K 
t/m2 
αααα 
adm 
K 
t/m2 
αααα 
adm 
Argila ( Clay ) C 20 0,060 25 0,060 25 0,055 
Argilo Arenosa 35 0,024 48 0,040 44 0,032 
Argila Arenosiltosa 30 0,028 30 0,045 30 0,038 
Argila Siltosa 22 0,040 25 0,055 26 0,045 
Argila Siltoarenosa 33 3,0 30 0,050 33 0,041 
 * Simbologia alfanumérica adotada por Berberian com base no Sistema Unificado de 
Classificação dos Solos. Cobre de forma mais abrangente os dados extraídos diretamente 
dos Laudos de Sondagens SPT, facilitando a transposição para os programas de 
computadores. 
 
A obtenção da parcela de ponta RP, é feita aplicando-se a fórmula: 
 
P
72AV
PP E
N . KP
 A= R 
Toma-se como área da ponta igual à área da projeção do fuste 
da estaca, como mostra a Fig. 6.5.2 
 
step 4. Obtenção dos parâmetros EP e EL 
 
Os valores de EP e EL, foram obtidos pelos autores, com base 
na análise dos resultados de provas de carga sobre centenas de 
estacas. 
Vide Tab.6.5.1.5 
Observa-se que para obtenção dos fatores EP e EL, extrapolou-se 
alguns resultados das provas de carga que não atingiram a 
rutura, empregando-se para tanto as recomendações da Van 
der Veen (1953). 
 
Tab. 6.5.1.5 Fatores da estaca EP e EL Aoki/Velloso (2010) e Vários Autores 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.63
Tipo de estaca 
Aoki Velloso Monteiro Laprovitera Berberian 
EP EL EP EL EP EL EP EL 
Franki de fuste apiloado 2,5 5,0 2,3 3,0 2,5 3,0 2,4 4,0 
Franki de fuste vibrado - - 2,3 3,2 - - 2,4 4,2 
Perfis metálicos cravados 1,75 3,5 1,75 3,5 1,7 3,0 2,0 3,2 
Pré-moldada de 
concreto cravada a 
percussão 
1+1,2D 2EP 2,5 3,5 2,0 3,5 1+1,25D 1,75 +2,19D 
Escavada mecan. 
sem lama e Velloso (1978) 3,0 2EP - - - - 4,0 4,6 
Mega de concreto 
 prensada - - 1,2 2,3- - 1+1,25D 1,75 +2,19D 
Escavada com lama 
bentonítica (Estacão) - - 3,5 4,5 4,5 4,5 3,5 5,0 
Escavada (Barrete) 3,0 6,0 - - - 4,5 5,0 
Raiz 2,0 2EP 2,2 2,4 - - 2,8 2,4 
Strauss - - 4,2 3,9 - - 4,0 3,0 
 Solo.Cimento Plástico 
 e Broca - - - - - 3,0 5,0 
Hélice contínua, Ômega 2,0 2Ep 3,0 3,8 - - 3,0 3,8 
 Obs. D em metros - - 
 
 
step 5. Obtenção da carga admissível ou de projeto da estaca. Ver planilha 
6.5.1.6 
 
 Em 1978 os valores para estacas escavadas foram 
readaptados por Velloso et al. 
 Já as estacas raiz foram introduzidas no mercado das 
fundações por volta de 1970. As fundações em estacas HC (CFA) hélice 
contínua e Omega, vieram mais tarde. 
 Magalhães (1994), Raposo e Salem (1999) reavaliaram este 
método para estas novas estacas. Sugeriram FP=2 e FL=4 (FL=2FP) 
apresentando 
resultados razoáveis, prudentemente um pouco conservativos, 
para as estacas raiz, hélice e ômega. 
 
 6.5.2 MÉTODO 02: Contribuição de Laprovitera e Benegas (1997) 
 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.64
Laprovitera (1988) e Benegas (1993), em sua tese de 
mestrado, retroanalisando perto de 200 provas de carga em estacas 
pertencentes ao Banco de Dados compilados pela COPPE-UFRJ 
apresenta novos valores para os parâmetros componentes do 
método Aoki/Velloso. Tab. 6.5.5 e Tab. 6.5.8. 
 
 Pontos a ponderar 
 
Os trabalhos de Laprovitera e Benegas representam um 
terceiro ajuste e podem ser considerados um avanço ao método 
proposto por Aoki & Velloso (1975) e Velloso (1978). Os autores 
ultilizaram os valores de K e α já modificado por Danziger (1982) 
Laprovitera interpolou os valores de K e α para completar a 
lista de solos ainda não avaliados por Danziger. 
Procurando aumentar a precisão nas previsões das 
capacidades de cargas dos diversos tipos de estacas, do banco de 
provas da COPPE, não se manteve a relação F2 = 2F1 ( EL = 2EP) 
original de Aoki & Velloso 
 
 Condicionantes 
 
1. Para a previsão da resistência de ponta adotou-se a media 
dos N72 tomando 1 diâmetro da estaca para cima e 1 para 
baixo, ou no mínimo 1m acima e 1m abaixo. 
 2
Ni+Ns
N =72 
Berberian (2013) recomenda 2
Ki.Ni+Ks.Ns
N =K.72 , para o caso 
de mudança do tipo do solo e consequentemente de K e não 
somente o SPT, na faixa de 1m para cima e para baixo. 
 
2. N72 ≤ 50 
 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.65
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFRASOLO / FUNDEX OBRA: N°: 
Tipo de Estaca: Nº da Estaca: 
 AL: m²/metro Ap : m2 Dtabela: m Dcalculo : m 
Comp. mínimo do Fuste ZF : m Furo Sond. + Próximo (m) SPT à m da estaca KPAV (adm) = KLAV (adm) = 
Carga máx. [concreto] / ideal : t Carga de Projeto : t Carga Rutura da Prova, se houver : t 
 Aoki/Velloso Decourt / Quaresma 
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S 
C
a
m
a
d
a
 
P
r
o
f
.
 
Z
 
(
m
)
 
N
7
2
 
E
s
p
e
s
s
u
r
a
 
c
a
m
a
d
a
 
 
 Solo 
 Berber. 
KPAv 
(t/m²)
 
 
KLAv 
(t/m²))
 
RLa 
(t) 
∑∑∑∑RL 
(t) 
RPa 
(t) 
RTa 
(t) 
E
s
t
a
c
a
 
KLDQ 
(t/m²) 
RLa 
(t) 
∑∑∑∑RLa 
(t) 
 
 
 
KPDQ 
(t/m²) 
 RP a
 
 
(t) 
 
 RTa 
 (t) 
E
s
t
a
c
a
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Aoki / Velloso, Berberian RT = RP+RL RPa = kPAV.N72 AP / 2.EP RLa = kLAV N72 AL /2.EL Radm= Rr/2 KPAv, KLAv,EP ,EL Tabelados 
 Décourt /Quaresma RT = RL + RP RLa = (SPT / 3 + 1) kLDQ . AL/1,3 RPa = kPDQ . N72 . AP/4 
 Para estacas pré-moldadas KL, KP = 1.0 para todos os solos kLDQ, kPDQ EL, EP Tabelados 
, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6
.6
3
 
C
ap
.6
 
 
 
 
 M
étod
os
 :
 A
oki
 /
 V
elloso
 :
 D
eco
u
rt
 
 /
 Q
ua
resm
a
 :
 P
ed
ro
 P
a
ulo
 C
.
 V
elloso
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tab. 6.5.1.6 Planilha de cálculo para o método Aoki/Velloso e Décourt/Quaresma, Berberian e Monteiro 
 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.66
Tab.6.5.2.1 Tabela Original: Valores de KPLB e KLLB Laprovitera (1988) 
Tipo de Solo Classificação KPLB (t/m2) 
KPLB 
(k/cm2) 
α 
(adm) 
AREIA S 60 6,0 0,014 
Areia Siltosa S5M 53 5,3 0,019 
Areia Silto Argilosa S5M5C 53 5,3 0,024 
Areia Argilo Siltosa S5C5M 53 5,3 0,028 
Areia Argilosa S5C 53 5,3 0,030 
SILTE M 48 4,8 0,030 
Silte Arenoso M5S 48 4,8 0,030 
Silte Areno Argiloso M5S5C 38 3,8 0,030 
Silte Argilo Arenoso M5C5S 38 3,8 0,030 
Silte Argiloso M5C 30 3,0 0,034 
ARGILA C 25 2,5 0,060 
Argila Arenosa C5S 48 4,8 0,040 
Argila Areno Siltosa C5S5M 30 3,0 0,045 
Argila Silto Arenosa C5M5S 30 3,0 0,050 
Argila Siltosa C5M 25 2,5 0,055 
 
 
6.5.3 MÉTODO 03: Contribuição de Monteiro (1997) 
 
 Utilizando o banco de dados e a experiência da empresa Estacas 
Franki Ltda, Monteiro estabeleceu novas correlações para KLM e KPM Tab. 
6.5.1.3 e também para EP (F1) e EL (F2) Tab. 6.5.3.1 
 
Tab 6.5.3.1 Tabela Original: Valores de KPM e KLM Monteiro (1997) 
USCS Berberian Tipo de solo KM α 
 (adm) 
 
 
 (t/m²) 
S S Areia 7,3 0,021 
SM S5M Areia siltosa 6,8 0,023 
SMC S5M5C Areia silto-argilosa 6,3 0,024 
SCM S5C5M Areia argilo-siltosa 5,7 0,029 
SC S5C Areia argilosa 5,4 0,028 
MS M5S Silte arenoso 5,0 0,030 
MSC M5S5C Silte areno-argiloso 4,5 0,032 
M M Silte 4,8 0,032 
MCS S5C5S Silte argilo-arenoso 4,0 0,033 
MC M5C Silte argiloso 3,2 0,036 
CS C5S Argila arenosa 4,4 0,032 
CSM C5S5M Argila areno-siltosa 3,0 0,038 
CMS C5M5S Argila silto-arenosa 3,3 0,041 
CM C5M Argila siltosa 2,6 0,045 
C C Argila 2,5 0,055 
 
 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.67
 Pontos a ponderar 
 
O valor 7B acima da base parece ser um pouco exagerado. É fácil 
entender a razão pela qual Monteiro optou por este valor (7B). Monteiro 
é oriundoda empresa Estacas Franki que desenvolveu e executou 
dezenas de milhares destas estacas, que alem de possuir base alargada 
energeticamente compactada, e cravada produzindo uma melhoria do 
solo adjacente, acentuadamente na região da ponta. Este solo de elevada 
compacidade, produzira uma rutura generalizada. 
É fácil entender que em solos menos consistentes (SPT≤ 14) a 
rutura se dara por puncionamento, simplesmente recompactando o solo 
abaixo da ponta, fato inclusive predominante nas estacas escavadas. 
Como a ideia tem sustentação técnica, e preciso pesquisar a 
relação entre o método de execução da estaca, o tipo de solo e o SPT, 
para então sugerir novos valores para a espessura da cunha superior de 
rutura. 
 
 Condicionantes 
 
 
1. Para o cálculo da resistência de ponta rP, a 
parcela acima (rPS) deverá ser 7 vezes o 
diâmetro da base e a parcela abaixo (rPi) 3,5 
vezes o diâmetro da base (Fig 6.5.3.1). O 
valor total a ser adotado será: 
 
rP = (rPs + rPi) / 2 
 
Então teremos: 
KPM N72 = 
 
RP= A .E 2
i
PN .k
MP
Ni . K+ss
 P
 
 
2. valor de N é limitado a 40. N72 ≤ 40 
 
 
 
6.5.4 MÉTODO 04 : Décourt Quaresma (1986) 
 
Décourt e Quaresma apresentaram em 1982 um artigo técnico ao VI 
congresso brasileiro de Mec dos Solos, um método para estimar a 
capacidade de carga de estacas a partir do SPT (N72) 
 
O método Décourt / Quaresma (1986) e Décourt (1986) está dentro do grupo 
de métodos semi.empíricos por não estar ligado a nenhuma base teórica 
ou paramétrica. 
 
 
rPs 
rPi 
Fig. 6.5.3.1 Adoção do SPT 
médio 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.68
Em 1986 Décourt recomenda em comunicação ao Instituto de 
Engenharia, novos valores para o calculo da parcela de ponta das 
estacas escavadas 
com lama bentantica ( Estações, e estacas barretes). 
 Pontos a ponderar 
 
Estacas calculadas somente com base no SPT, apoiado na experiência de 
Decourt e Quaresma, tem quando comparado com provas de carga, 
apresentando resultados bastante satisfatórios. 
 
 Este método também considera válida a superposição das parcelas 
de ponta e lateral. Décourt considera na análise original, a estaca 
padrão de deslocamento (pré moldada, Frank, etc) 
 R
P
R
LT
RR
r
R += 
Sendo, 
4,0
R
+1,3
R
 = R
R
P
R
La
T 
RL = rL . AL e RP = rp . AP RP = KN72 AP 
 
 
rL = SPT + 1 em t/m² rL =10 ( SPT + 1) em KN/m² , 
3 3 
 
 
Considerando-se que ao se tomar o SPT como a media dos três valores, e 
considerando que a sondagem é, portanto o tipo de solo bem como o SPT 
podem variar de metro em metro, Berberian (2012) acredita que a media 
do produto KN,seria mais racional, apesar de que deve-se manter o 
método na sua forma original, ate porque ele funciona bem. 
 
 Condicionantes 
 
1. Este método é aplicável a qualquer solo 
2. NL entre 3 ≤ N72 ≤ 15 para estacas Escavadas Rotativas, Strauss e 
Tubulões 
NL entre 3 ≤ N72 ≤ 50 para estacas de deslocamento, Pré-moldada, 
Franki etc. Decourt (1992) 
3. NL Valor médio do N72 ao longo do fuste ou de cada camada, se o 
cálculo for feito por camada. 
não levar em conta em NL os valores utilizados na estimativa 
da resistência de ponta, ou seja no ultimo metro. 
4. NP Idem, média dos valores do SPT ao nível da ponta, 1,0m acima 
e 1,0m abaixo. 
 
para estacas em geral, que não seja pré-moldadas, aplica-se os 
coeficientes α na resistência de ponta e β na resistência lateral unitário. 
RaT ≤ RCONC RaT ≤ RrT / 2 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.69
 O método original Decourt e Quaresma, assumiriam na rutura o 
seguinte formato 
 
Rr = α rP AP + β rl ∆L 
Rar = α KNP AP / 4 + 10 β (NL / 3 + 1) ∆L / 1,3 
Na unidade de K 
 
 
 
 
Berberian (2014), procurando uniformizar e simplificar os cálculos, 
recomenda fazer: 
 
α . K = KPDQ e 10 β = KLDQ em KN / m2 (KPa) 
 
ou em Kg/ cm2 , na unidade de KPDQ e KLDQ 
 
rL . kg/cm ² Atrito unitário lateral 
 
 
SPT médio de três valores: ao nível da ponta da estaca (imediatamente acima e imediatamente 
abaixo). 
Rp . t Carga de rutura do solo na ponta da estaca. 
rp . k/cm² Tensão de rutura ao nível da ponta. 
Quando a rutura não é claramente definida, considera-se a rutura 
convencional, definida como sendo a carga que produz um recalque 
vertical no topo das estacas igual a 10% do seu diâmetro quando 
cravadas (de deslocamento). No caso de estacas escavadas (sem 
deslocamento) considera-se 10% para estacas em argilas e 30% em areias. 
Décourt (1996) 
 
Fórmula Geral 
 
 RTa = KPDQ. N72 . Ap /4 + KLDQ (N72 / 3 + 1) AL / 1,3 
 
 
Tab 6.5.4.1 Valores de KLDQ e KPDQ: Método de Décourt/Quaresma (1982) 
 em t/m² Para estacas pré-moldadas todos KP = KL= 1.0 t/m2 
 
Solo 
Berb 
Pré 
Moldada 
t/m2 
Escavada 
em Geral 
Straus Tub 
Escavada 
com 
Betonita 
Hélice 
Cont Raiz* 
Micro -
Estacas 
Solo 
Cimento 
Plástico 
 
 KPDQ KLDQ KPDQ KLDQ KPDQ KLDQ KPDQ KLDQ KPDQ KLDQ KPDQ KLDQ 
 KPDQ = αααα .k t / m2 Todas as Areias e/ou solos granulares KLDQ = β t / m2 
S 40 20 0,5 20 0,6 12 1 20 1,5 40 3 - - 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.70
 Todos os Siltes Argilosos e/ou solos intermediários 
MC 20 10 0,65 15 0,75 6 1 15 1,5 25 3 15 0,6 
 Todos os Siltes Arenosos e/ou solos intermediários 
MS 25 13 0,65 13 0,75 8 1 13 1,5 25 3 15 
 Todas as Argilas e/ou solos coesivos 
C 6 0,8 6 0,9 4 1 10,2 1,5 12 3 10,2 0,8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laudo de Sondagem 
Tipo da Fundação 
SPT e Classif. Solo 
AL 
kP , KL 
N72 = 50 
 
N72 < 3 
 RL = 
1
n
∑ KLDQ( 1 + 3N72 )AL 
RP = KPDQN72.AP Rr = RL + Rp 
OK 
1 
 
Tab. 
 
6.5.4.1 
 
Tab. 
 
6.5.4.1 
 
Fig. 
 
6.5.2 
aumentar comp. 
da estaca 
= 0 
Start 
 
Agrupar o terreno em 
camadas de iguais SPT e de 
mesmo Solo 
 
Estimar Comprimento 
da Fundação 
Ra - Pobra 
 N72 ≤ 3 
N72 ≥ 50 
4
R
 + 
1,3
R
 = R PaT L 
2
Rr
 Ra ≤ 
 0 > 
NÃO 
SIM 
NÃO 
SIM 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.71
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 6.5.4.2 Fluxograma para o método Decourt/Quaresma 
 
 
 
 6.5.5 MÉTODO 05 : contribuição de Berberian – vários tipos de solo 
 
 RT = RP + RL onde, 
 
RT . t Carga de Rutura da Estaca (sob o ponto de vista geotécnico) 
RP . t Carga de Rutura da Ponta Substituindo e Simplificando 
RL . t Carga de Rutura Lateral KLDB =α.K e KPDB =K 
 
 
EP
.NP
 AP=RP 72DBK Como FS(=2) é uma constante 
 
 
EL
.NL
 AL=RL
72 DBK
 pode-se incorporar FS a KL e KP 
 
AP . m² Área da ponta oubase da estaca 
N72 .adm Número de golpes necessários à cravação de 30 cm do amostrador padrão SPT. Ver 
Berberian (1986). Neste Método N72 ≤ 40 
KPDB. t/m² Coeficiente de correlação entre a resistência de ponta Rp do Cone (Diepsonderingen) e 
o número de golpes SPT, Sanglerat (1965) e Berberian (1986), dado na Tab. 6.5.5.1 
KLDB . adm Fator de correlação entre a resistência de ponta, resistência lateral e o tipo de solo, 
Bengemam (1965), dado na Tab. 6.5.5.1 
EP, EL adm Fatores de correção devido ao efeito da escala, e do processo construtivo gerado pela 
diferença entre as geometrias do Cone e da Estaca Menzenbach (1961) e 
Schenk (1966). Tab. 6.5.1.5 
AL . m² Área lateral da estaca em cada camada, ou por metro de estaca. 
 
Assim sendo a Capacidade de Carga da Estaca admissível já 
embutido o fator de segurança 2,0 pode ser dada por: 
 
LL
L
72KLPP
P
72KPa
T AE.2
N . DB
 + AE.2
N . DB
=R 
 Pontos a ponderar 
 
 
1. A carga admissível da estaca ou seja, aquela a ser utilizada no 
1 Diminuir comp. da estaca; Recomenda-se ponta em 
camada com SPT ≥ 25 
END 
 < 0 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.72
projeto, será obtida aplicando-se a carga de rutura Rr, um fator 
de segurança. 
 
 Ra = Rr / FS , o autor recomenda FS = 2,0, já considerado em RaT 
 
 
 Condicionantes 
 
 
1. Nas estacas escavadas limita-se conforme a norma NBR 6122/2010 a 
resistência de ponta Rp ≤0,20 Rt (Strauss, Escavada Rotativa, 
Helice Continua, Raiz, Broca, Solo-Cimento Plastico) 
 
2. SPT ≤ 50 
 
3. Considerando-se que a camada superficial de um terreno é fraca, 
ou é aterro ou ainda é muito perturbada pela execução da 
mezoestrutura (bloco e cintas), Berberian despreza para efeito de 
calculo da parcela lateral o primeiro e o ultimo metro da estaca 
 
 
4. Em solos consistentes e ou compactados (SPT>15), recomenda-se 
desprezar o ultimo metro da estaca, no calculo da parcela lateral 
quando as estacas forem de grande deslocamento ( Franki, Pré-
moldadas, Mega de concreto, etc...) 
 
5. Para o caso de estacas de grande desclocamento (Franki, Pré-
moldadas, Mega etc.. cravadas em terrenos resistentes (N72 ≥ 15) 
adotar: 
 
 KPDB.NP Como sendo a media dos três valores: no nível da ponta, um metro acima e 
um metro abaixo. 
 NL Desprezar na contribuição do atrito lateral, no primeiro metro e no ultimo,onde já foi 
considerada a parcela da resistência de ponta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.73
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tab. 6.5.5.1 Valores de KPDB e KLDB segundo Berberian, 
 kBASE para sapatas e Tubulõ (1 t/m2 = 0,1kg/cm2 = 10 kPa) 
 
SOLO 
*Clas 
Berb. 
Clas 
Berb. 
Clas 
USCS KPDB t/m2 
KLDB 
t/m2 
kBERB 
Kg/cm2 
Areia ( Sand ) S 1 S 100 1.40 5,6 
Areia Mto Pouco 
Siltosa 
S3M 2 SM 80 1.28 
5,3 
Areia Pouco Siltosa S4M 3 SM 84 1.51 6,2 
Areia Siltosa S5M 4 SM 80 1.60 6,3 
Areia Muito Siltosa S6M 5 SM 75 1.65 6,1 
Areia Silto Argilosa SMC 6 SMC 70 1.68 6,1 
Areia Mto Pouco 
Argilosa 
S3C 7 SC 60 1.68 
6,4 
Areia Pouco Argilosa S4C 8 SC 58 1.62 5,6 
Areia Argilosa S5C 9 SC 60 1.80 6,6 
Areia Muito Argilosa S6C 10 SC 50 1.50 8,1 
Areia Argilo Siltosa SCM 11 SCM 50 1.40 6,6 
 
 
SOLO 
*Clas 
Berb. 
Clas 
Berb. 
Clas 
USCS kPDB 
t/m2 
KLDB 
t/m2 
kBERB 
Kg/cm2 
Silte ( Mó ) M 12 M 40 1.20 5,6 
Silte Muito Pouco 
Arenoso 
M3S 13 MS 45 1.26 
4,4 
Silte Pouco Arenoso M4S 14 MS 50 1.25 5,3 
Silte Arenoso M5S 15 MS 55 1.21 6,1 
Silte Muito Arenoso M6S 16 MS 60 1.20 5,3 
Silte Areno Argiloso MSC 17 MC 45 1.26 6,0 
Silte Muito Pouco 
Argiloso 
M3C 18 MC 38 1.14 
5,6 
Silte Pouco Argiloso M4C 19 MC 30 0.96 6,4 
 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.74
Silte Argiloso M5C 20 MC 23 0.78 5,7 
Silte Muito Argiloso M6C 21 MC 20 0.72 6,7 
Silte Argilo Arenoso M5C5S 22 MCS 25 0.75 5,8 
 
 
 
SOLO 
* Clas 
Berb. 
Clas 
Berb. 
Clas 
USCS kPDB 
t/m2 
KLDB 
t/m2 
kBERB 
Kg/cm2 
Argila ( Clay ) C 23 C 20 1.20 6,8 
Argila Mto Pouco 
Arenosa 
C3S 24 CS 25 1.20 
5,4 
Argila Pouco Arenosa C4S 25 CS 30 1.08 5,7 
Argila Arenosa C5S 26 CS 35 0.84 5,5 
Argila Muito Arenosa C6S 27 CS 40 0.56 6,0 
Argila Areno Siltosa C5S5M 28 CSM 30 0.84 5,3 
Argila Mto Pouco 
Siltosa 
C3M 29 CM 20 1.04 
6,3 
Argila Pouco Siltosa C4M 30 CM 21 0.96 5,7 
Argila Siltosa C5M 31 CM 22 0.88 6,5 
Arila Muito Siltosa C6M 32 CM 23 0.78 6,7 
Argila Silto Arenosa 
Turfa 
CMS 
Pt 
33 
34 
CMS 
Pt 
33 
00 
0.99 
 0.0 
 5,9 
 0,0 
* Simbologia alfanumérica adotada por Berberian com base no Sistema Unificado de Classificação dos 
Solos. Cobre de forma mais abrangente os dados extraídos diretamente dos Laudos de Sondagens SPT, 
facilitando a transposição para os programas de computadores. 
** Simbologia numérica adotada por Aoki / Velloso 
 
 
 
 
6.5.6 MÉTODO 06: Teixeira (1996) 
 
 Teixeira propõe também um método de calculo da capacidade de 
carga de estacas cuja formulação apresenta a mesma formatação dos 
métodos anteriores: 
 
 R = RP+RL = KPTx .NP . AP + KLTx . NL. U.L Sendo, 
 
 NP .adm SPT médio abaixo da ponta da estaca 
 NL .adm SPT médio ao longo do comprimento da estaca ou em cada camada se o calculo da parcela 
lateral RL for por camada. 
KPT (Antigo β) Coeficiente Fator de resistência de ponta que depende do tipo de solo e da estaca 
Tab. 6.5.6.3 
KLT (Antigo α )Fator de resistência lateral que depende somente do tipo da estaca e independe do 
tipo do solo Tab. 6.5.6.1 
 Tab. 6.5.6.1 Valores do parâmetro KLT Teixeira (1996) 
 
 
Tipos de estaca KLT (KPa) 
 Pré moldada e perfil metálico 4 
 
 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.75
Franki 5 
 Escavadas a ceu aberto (tubulões, Strauss) 4 
 Raiz 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tab. 6.5.6.2 Valores de atrito lateral rL 
 
Sedimento rL (Ka) 
 
Argila fluviolagunar (SFL)* 20 a 30 
 
Argila transicional (AT)* 60 a 90 
 
*SFL: argilas fluviolagunares e de baías, olocênicas 
 
- camadas situadas até cerca de 20 a 25 m de profundidade, com 
valores de Nspt inferiores a 3, de coloração cinza-escura, ligeiramente 
pré-adensada. 
 
**AT: argilas transicionais, pleistocênicas 
 
-camadas profundas subjacentes ao sedimento SFL, com valores de Nspt 
de 4 a 9, as vezes de coloração cinza-clara, com tensões de pré-
adensamento maiores do que aquelas das SFL 
 
 
 
 Os valores de KLT apresentado na Tab. 6.5.6.1 não se aplica a estacas 
pré-moldadas de concreto flutuantes (transferem carga 
predominantemente por atrito lateral) implantadas em espessas 
camadas de argilas moles sensíveis (S) com SPT menores que 3. 
 
Tab. 6.5.6.3 Valores do parâmetro KPT (Kpa) Método Teixeira (1996) 
 
 
 
 
Solo (Kpa) Tipo de estacaPré-
moldada 
e perfil 
metálico 
Franki 
Escavas 
a céu 
aberto 
 
(4<Nspt<40) 
Argila siltosa 110 100 100 
 
 
Silte argiloso 160 120 110 
 Argila renosa 210 160 130 
 Silte arenoso 260 210 160 
 Areia argilosa 300 240 200 
 Areia siltosa 360 300 240 
 
Cap.6 Métodos : Aoki / Velloso : Decourt / Quaresma : Pedro Paulo C. Velloso 6.76
 
Areia 400 340 270 
 
 
Areia com pedregulho 440 380 310 
 
 
 
 
 
 
 
6.5.7 MÉTODO 07 : Pedro Paulo Costa Velloso 
 
O autor presta aqui sua homenagem ao excelente professor que foi 
Pedro Paulo, reunindo ao longo de sua carreira na PUC/RIO, capacidade 
esmerada técnica e invejável didática alem de ser generoso como 
cidadão construindo um batalhão de admiradores e amigos-seus alunos. 
 Pontos a ponderar 
 
1. Ver pagina 6.63
 
2. Calcular a parcela por atrito lateral em cada camada, de espessura 
∆L 
3. Berberian caracteriza uma camada como sendo aquela que 
apresenta aproximadamente aproximadamente o mesmo SPT e qc 
(Cone holandês mecânico de Bengeman)

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