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Francisco das Chagas Gomes – 201202199216
DIREITO CIVIL V
SEMANA 4
Caso concreto
Leonardo e Ana após passarem por todo o processo de habilitação para o casamento e de posse do certificado de habilitação, agendam, perante o oficial do registro, dia, hora e local para a celebração do casamento. No dia, hora e local indicados, os nubentes, as testemunhas e a autoridade celebrante competente comparecem pessoalmente. Iniciada a cerimônia, a autoridade celebrante ouve os nubentes que expressamente declaram sua vontade de contraírem o matrimônio por livre e espontânea vontade. Após a manifestação dos nubentes, inesperadamente a autoridade celebrante sofre um mal súbito que lhe retira a vida imediatamente. Diante do exposto, responda, de forma justificada, o que se pede a seguir:
a) Em razão do ocorrido, o casamento poderia ser retomado em continuidade por outro
oficial que se fizesse presente?
Resposta: Sim, ressaltando que até mesmo poderia se dar o seguimento da celebração por pessoa sem competência exigida por lei, em consonância ao disposto no artigo 1.554 do CC. Nesse sentido: Art. 1.554. Subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a competência exigida na lei, exercer publicam ente as funções de juiz de casamentos e, nessa qualidade, tiver registrado o ato no Registro Civil. (CC). Ademais, é nítido o que se de clara no artigo 1.539 do CC, quando expressa sobre a impossibilidade da autoridade competente, que a celebração poderá prosseguir mesmo assim, por qualquer dos seus substitutos legais. Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever. § 1 o A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato. 
b) Leonardo e Ana podem ser considerados casados?
Resposta: Sim , uma vez que fora declarada a aceitação dos nubentes, de forma pública, perante testemunhas e de autoridade competente, em concretizar o matrimônio. Nos termos do artigo 1. 514 do CC. Ainda assim, para fins aclaratórios, se faz necessário ressaltar que, mesmo que na disposição referida exija-se a declaração do juiz, é pacífico na jurisprudência pátria que o casamento se efetiva quando há a clara aceitação dos nubentes, respeitados os requisitos formais e públicos que a cerimônia requer. Por isso, no caso em tela, restou-se evidenciado que o matrimônio se tornou efetivo no momento da aceitação em formar união conjugal sólida de fronte aos olhos da autoridade competente. Veja-se: Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados. (CC). 
Questão objetiva:. 
(MPE-MG-2012) Quanto ao processo de habilitação para o casamento, é INCORRETO
afirmar que:
a) a habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do registro Civil, com a audiência do Ministério Público. Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de terceiro, a habilitação será submetida ao juiz.
b) é dever do oficial do registro civil esclarecer aos nubentes a respeito dos fatos que
podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de
bens.
c) tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em declaração
escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar
onde possam ser obtidas.
d) a eficácia da habilitação será de 120 (cento e vinte) dias a contar da data em que foi extraído o certificado.
Gabarito: Letra "D" Conforme Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído o certificado. (CC)

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