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As partículas sólidas podem ser: • grossas ou finas, • rígidas ou plásticas, • redondas ou planas • individualmente separadas ou agrupadas Basicamente é processo de separar um sólido particulado de um fluido, fazendo com que o sólido fique retido num meio poroso, e o fluido passe através desse meio. FILTRAÇÃO Filtrado Alimentação Meio poroso Torta Ele separa as partículas em uma fase sólida (“torta”) e permite o escoamento de um fluido claro (“filtrado”). FILTRAÇÃO 3 A força motriz do processo é uma diferença de pressão (P), através desse meio. Os filtros podem funcionar: por ação da gravidade, o líquido flui devido a existência de uma coluna hidrostática; por ação de força centrífuga; por meio da aplicação de pressão ou vácuo para aumentar a taxa de fluxo. FILTRAÇÃO 4 O princípio da filtração industrial e o do equipamento de laboratório é o mesmo, apenas muda a quantidade de material a ser filtrado. O aparelho de filtração de laboratório mais comum é denominado filtro de Büchner. O líquido é colocado por cima e flui por ação da gravidade e no seu percurso encontra um tecido poroso (um filtro de papel). Como a resistência à passagem pelo meio poroso aumenta no decorrer do tempo, usa-se um vaso Kitasato conectado a uma bomba de vácuo. Bomba de vácuo Filtro de Papel 5 FILTRAÇÃO 6 Os fatores mais importantes para a seleção de um filtro são: a) resistência específica do meio poroso de filtração; b) a quantidade de suspensão a ser filtrada; c) a concentração de sólidos na suspensão; d) a facilidade de descarregar a torta formada no processo de filtração. FILTRAÇÃO 7 O meio de filtração pode ser: leito poroso de materiais sólidos inertes, conjunto de placas, marcos e telas em uma prensa conjunto de folhas duplas dentro de um tanque, cilindro rotativo mergulhado na suspensão discos rotativos mergulhados na suspensão bolsas ou cartuchos dentro de uma carcaça. por membranas, microfiltração osmose reversa Tipos de meios filtrantes: a) Leitos granulares soltos: areia, pedregulho, carvão britado, escoria e calcário; b) Leitos rígidos : Tubos porosos de aglomerados de quartzo ou alumina (para filtração de acido); Carvão poroso para solução de soda e líquidos amoniacais; Barro e caulim para clarificação de água potável. Torta: é o solido em suspensão que fica retido sobre o meio filtrante. c) Telas metálicas ou chapas perfuradas: Aço carbono, inox e níquel. d) Tecidos: vegetal (algodão, juta, cânhamo e papel); animal (lã e crima); Minerais ( amianto; lã de rocha e lã de vidro). e) Membranas ( Membranas semipermeáveis: papel pergaminho e bexiga animal. Duração: é limitada pelo desgaste (apodrecimento – entupimento). Uso de auxiliares de filtração prolonga a vida util. Quando parado manter o filtro cheio com liquido para prolongar a vida útil do meio filtrante. Filtro de leito Poroso (intermitente) É o tipo de filtro mais simples. Se usa no tratamento de água potável, quando se tem grandes volumes de líquido e pequenas quantidades de sólidos. A camada de fundo é composta de cascalho grosso que descansa em uma placa perfurada ou com ranhuras. Acima do cascalho é colocada areia fina que atua realmente como filtro. Partículas sólidas separadas Entrada do líquido Fluido clarificado Placa metálica perfurada ou com ranhuras Defletor Partículas grossas Partículas finas 11 Filtro prensa Um dos tipos mais usados na industria. Usam placas e marcos colocados em forma alternada. Utiliza-se tela (tecido de algodão ou de materiais sintéticos) para cobrir ambos lados das placas. Filtro de tecido Torta Marco Placa Alimentação Filtrado 12 Filtro prensa é composto por dois cabeçotes, um fixo e outro móvel; Entre estes dois cabeçotes existem uma série de placas separadas por quadros com mesma espessura; Placas e quadros independentes e correm sobre duas barras suportes; Quando a pressão se estabelece o filtro esta “apertado”, os orifícios “a” e “b” situados nas orelhas das placas e dos quadros, forma um tubo contínuo. • Condutos “a” e “b” chega a solução a ser filtrada; •Entre quadros e placas existem lonas ou telas filtrantes; •O material em suspensão fica retido nos quadros, ou seja a Torta; •Placa é formada por uma moldura lisa e parte central com ondulações ou desenhos em relevos; •Quadro apresenta a mesma moldura e o interior vazio; •Lonas de filtração podem ser de tecido de algodão, juta, paka e nylon. Filtração BOA – TORTA SÊCA e POROSA Filtração DEFICIENTE – TORTA LÍQUIDA e LODÔSA Exercício Pede-se a área de filtração em um filtro prensa, cujas características técnicas são: a) Largura e altura externa 1000 mm; b) Largura da moldura 100mm; c) Numero de quadros 21; d) Numero de placas 20. L e H = 1m; l = 0,1m; L1 = 1 – 2x0,1 = 0,8m = h. SF = 2 x 0,8 x 0,8 (20 + 1) = 26,88m2. Filtros de “folhas” Foi projetado para grandes volumes de líquido e para ter uma lavagem eficiente. Cada folha é uma armação de metal oca coberta por um filtro de tecido. Elas são suspensas em um tanque fechado. A alimentação é introduzida no tanque e passa pelo tecido a baixa pressão. A torta se deposita no exterior da folha. O filtrado flui para dentro da armação oca. Após a filtragem, ocorre a limpeza da torta. O líquido de lavagem entra e segue o mesmo caminho que a alimentação. A torta é retirada por uma abertura do casco. 20 Filtros de folhas 21 Ele filtra, lava e descarrega a torta de forma contínua. O tambor é recoberto com um meio de filtração conveniente. Uma válvula automática no centro do tambor ativa o ciclo de filtração, secagem, lavagem e retirada da torta. Filtro de tambor a vácuo, rotativo e contínuo. O filtrado sai pelo eixo de rotação. Existem passagens separadas para o filtrado e para o líquido de lavagem. Há uma conexão com ar comprimido que se utiliza para ajudar a raspadeira de facas na retirada da torta. Carga Secagem Secagem Ciclo de lavagem Descarga Válvula automática Formação da torta Suspensão 22 Filtro de tambor a vácuo, rotativo e contínuo. 23 É um conjunto de discos verticais que giram em um eixo de rotação horizontal. Este filtro combina aspectos do filtro de tambor rotativo a vácuo e do filtro de folhas. Cada disco (folha) é oco e coberto com um tecido e é em parte submerso na alimentação. A torta é lavada, secada, e raspada quando o disco gira. Filtro contínuo de discos rotativos 25 Consta de um tambor girando em torno de dois cabeçotes ( um o vazio e o outro o acionamento ). A periferia forma a superfície filtrante. Esta é dividida entre 16 a 24 seções independentes, cada uma das quais ocupando 22º 15’ a 15º da circunferência. Este filtro possui 3 setores diferentes. 1) comunicando-se com a atmosfera, mas não com o vácuo; 2) comunicando-se com um espaço em que há um vazio de baixa de 4” a 10”Hg. SUCÇÃO DE PEGA - FILTRADO TURVO 3) comunicando-se com um espaço em que há um vazio de alta, 10” a 20” Hg SUCÇÃO DE FILTRADO – FILTRADO CLARO. Observações: a) a fixação da tela é feita através de gaxetas de borracha e varão de chumbo; b) o tambor é de aço carbono, podendo ser revestido com aço inox; c) a contra tela poderá ser a própria chapa do tambor com relevos, este servede canais, ajudando assim a fluir o material filtrado; d) O furo da contra tela é maior que a da tela pra facilitar a drenagem do filtrado; e) Acionamento: motor elétrico de 2 a 5 cv e rotação: 6RPH e 20RPH; f) Torta, espessura : 5 a 25mm depende do material; g) A torta é retirada através de um raspador que é construído em chapa de aço e possui uma lamina de borracha, fibra ou lona. h) Este filtro esta dividido entre 16 a 24 seções independentes, cada uma ocupando 22º 15’ a 15º da circunferência sobre todo o comprimento do tambor; i) Cada seção é ligada individualmente a uma tubulação de vácuo por um pequeno tubo metálico. Exercício Calcular em um filtro rotativo cujo diâmetro D= 2100mm e L=4800mm cuja rotação é de 0,25RPM. Este filtro ira filtrar 70000Kg de um material cuja a densidade é de 1050Kg/m3. A pasta tem uma espessura de 15mm. Pede-se em quantas horas o material será filtrado. Admita-se que tenha 24 seções, sendo duas sem vácuo. Desenvolvimento da pasta: C=ΠDL Volume da pasta: Vp= ΠDLen e=espessura da pasta; n = numero de seções coberta pela pasta. Vp = Π x 2,1 x 4,8 x 0,015 x (24-2)/24 = 0,435m3 Mp = 0,435 x 1050 = 456,75Kg \mp = 456,75 x 0,25 x 60 = 6851,25Kg/h 70000 / 6851,25 = 10,2h 2) D = 2,1m; L = 3,0m; n = 0,33RPM; Pasta: e = 10mm; peso especifico = 1100 Kg/m3. 820 Ton/dia; 24 seções , 2 sem vácuo. C=ΠDL Vp= ΠDLen = Π x 2,1 x 3 x 0,01 x (24-2) / 24 = 0,181m3 Mp = 0,181 x 1100 = 199,56Kg Mp = 199,56 x 0,33 x 60 = 3951,25 Kg/h Mp = 3951,25 x 24 = 94830,12 Kg/dia 94830,12 / 820000 = 9 filtros 8 x 94830,12 = 758640,96Kg 820000 – 758640,96 = 61359,04 Kg 61359,04 / 3951,25 = 15,53horas ou seja, 15horas 31 minutos e 48 seg. Filtro de Cartucho Este tipo de filtro de cartucho é de operação contínua e limpeza automática. É composto de uma carcaça onde se colocam cartuchos (ou bolsas). O gás “sujo” é forçado a passar através dos cartuchos, em cuja superfície as partículas são retidas. O gás limpo é conduzido à parte interna do filtro e em seguida ao exaustor. O processo de limpeza do cartucho é feito automaticamente através de pulsos de ar comprimido. 33 Produto Filtrados Corte transversal de um Cartucho Elemento filtrante Vedação Representação de filtração em Cartuchos : Filtro de Cartuchos Existem filtros de cartuchos cujo mecanismo de filtração é por profundidade. Possuem um aspecto fibroso, que pode ser um emaranhado de fibras ou mantas sobrepostas. A retenção depende do fluxo e pressão. 34 : Filtro de Cartuchos O fluido a ser filtrado é colocado sob pressão dentro de uma carcaça e as partículas de 5 a 15 micras ficam retidas. O controle de Troca de filtros é por diferencial de pressão na entrada e saída do filtro. Muito utilizado para filtração de água na indústria alimentícia. 35 : Filtro de Cartuchos Para o dimensionamento desse tipo de filtro, é necessária a vazão necessária no processo. A partir daí se calcula o número a cartuchos necessários de acordo com a especificação do fabricante. 36 Filtro de Cartuchos Outra forma de apresentação de filtros, pode ser em forma de bolsas. Retém os mesmos tipos de partículas que as de cartucho de profundidade. A vantagem desse filtro é que possibilita operações que necessitam de maiores vazões. 37 Filtro de Cartuchos Coalescentes Ao contrário dos filtros convencionais de linha, os filtros coalescentes direcionam o fluxo de ar de dentro para fora. Os contaminantes são capturados na malha do filtro e reunidos em gotículas maiores através de colisões com as microfibras de borosilicato. 38 Filtro de Cartuchos Coalescentes Por fim, essas gotículas passam para o lado externo do tubo do elemento filtrante, onde são agrupadas e drenadas pela ação da gravidade. 39 Corte transversal Filtro de malha Grossa Figura 14: Representação de um Sistema de Filtração Filtração de Ar Na indústria alimentícia é crescente a aplicação de filtração do ar para o ambiente das áreas produtivas e de manipulação e embalagem de alimentos. Esse tipo de filtração normalmente se dá em estágios, dependendo do grau de pureza do ar. E os filtros se classificam de acordo com a necessidade retenção de partículas. 40 3º Estágio 2º Estágio 1º Estágio G3 F3 FLUXO DO AR A3 A3 G3 Esquema de Filtração em Estágios para ar Sendo : G (grossa) – Partículas acima de 10 μ F (Fina)– particulas de 1 a 10 μ A ( Absoluta)– Partículas menores 1 μ E elas são classificadas como 1, 2 e 3 de acordo com o grau de retenção que se exige. Filtração de Ar Ambiente 41 FILTRAÇÃO MEMBRANA 42 A membrana age como uma barreira semipermeável e o fluido passa por a ela através de pressão. A filtração por membrana é uma técnica utilizada para separações de solutos (partículas) de diferentes pesos moleculares da solução. FILTRAÇÃO MEMBRANA 43 Na indústria de alimentos os processos de maior interesse são: -Osmose Reversa - Ultrafiltração - Microfiltração FILTRAÇÃO MEMBRANA 44 Osmose Na osmose, coloca-se uma membrana semipermeável e de um lado temos o solvente (água) e de outro um soluto. Ocorre um transporte espontâneo de um solvente para um soluto; onde o solvente flui para o soluto sob a pressão exercida pelo soluto conhecida como pressão osmótica, na qual ocorre o equilíbrio quando o potencial químico se iguala. FILTRAÇÃO MEMBRANA 45 Osmose Reversa Reverter o fluxo da solução para o solvente é chamado de OSMOSE REVERSA. Neste processo a membrana impede a passagem de partículas de soluto de baixo peso molecular, ou seja aquele soluto que difundiu em um solvente por osmose. Na osmose reversa a pressão diferencial reversa é colocada de forma que causa o fluxo de solvente inverso, como em um processo de dessalinização da água do mar. Osmose inversa •concentração de leite integral ou desnatado, antes da evaporação ou da fermentação, para obter queijo e iogurte; • desmineralização e a recuperação de lactose do soro de queijaria; • Separação da água e concentração de sais, açucares de baixo peso molecular e macromoléculas FILTRAÇÃO MEMBRANA 47 Ultrafiltração É um processo de filtração por membrana muito similar à osmose reversa. A pressão é usada para obter uma separação de moléculas utilizando uma membrana polimérica semipermeável, que separa solutos de alto peso molecular como proteínas, polímeros. FILTRAÇÃO MEMBRANA 48 Ultrafiltração As membranas de Ultrafiltração são muito mais porosas que na osmose reversa e onde ocorre uma rejeição na osmose reversa, freqüentemente nesse caso é chamado de retenção. Um exemplo de aplicação na indústria alimentícia é em alguns processos de queijo. FILTRAÇÃO MEMBRANA Diferença entre os processo de osmose reversa e ultrafiltração 49 FILTRAÇÃO MEMBRANA 51 Microfiltração Nesse processo, o fluido passa pela membrana sob pressão, com o objetivo de separar partículas de tamanho mícron, ou seja, aquelas que são maiores que as separadas na ultrafiltração, como bactérias, bolores e leveduras e em alguns casos pigmentos de tinta. 52 FILTRAÇÃO MEMBRANA FILTRAÇÃO MEMBRANA 53 Teoria Básica de Filtração 54 1. Queda de pressão de fluido através da torta A figura mostra uma seção de um filtro em um tempo t (s) medido a partir do início do fluxo. A espessura da torta é L (m). A área da seção transversal é A (m2),e a velocidade linear do filtrado na direção L é v (m/s) Alimentação da suspensão Filtrado Meio filtrante Incremento da torta 55 A equação de Poiseuille explica o fluxo de um fluido em regime laminar em um tubo, que usando o sistema internacional de unidades (SI) pode ser descrito como: 2 32 D v L P Onde: ∆p é a pressão (N/m2) v é a velocidade no tubo (m/s) D é o diâmetro (m) L é o comprimento (m) µ é a viscosidade (Pa.s) 56 Podemos agora imaginar as variáveis que atuam no escoamento de um fluido newtoniano dentro de um leito de partículas sólidas rígidas. Precisamos de uma equação para descrever como varia a diferença de pressão a ser aplicada com a distância percorrida (altura do leito) e a velocidade e a viscosidade do fluido e, também em função da porosidade e do diâmetro de partícula em leitos porosos. 57 58 Porosidade Em um leito poroso existem vazios (zonas sem partículas). leitodototalVolume vazioVolume Fluido Leito poroso v vc LL’ A porosidade () é definida como a razão entre o volume do leito que não está ocupado com material sólido e o volume total do leito. No caso de fluxo laminar se usa a equação de Carman- Kozeny. Ela tem sido aplicada à filtração com sucesso: 3 2 0 2 1 )1( Svk L pc Onde: k1 é uma constante para partículas de tamanho e forma definida µ é a viscosidade do filtrado em Pa.s v é a velocidade linear em m/s ε é a porosidade da torta L é a espessura da torta em m S0 é a área superficial específica expressa em m 2 / m3 ∆Pc é a diferença de pressão na torta N/m 2 2 32 D v L P 59 Velocidade linear : A dtdV v / Onde: A é a área transversal do filtro (m2) V é o volume coletado do filtrado em m3 até o tempo t (s). A espessura da torta (L) depende do volume do filtrado V e se obtém por um balanço de materiais. suspensãodatotalsp Vcm 60 )()1( LAVcLA sp Onde: ρp é a densidade de partículas sólidas na torta em kg/m 3 A VcSk p dtA dV s p c 3 2 01 )1( 3 2 0 2 1 )1( Svk L pc p s A LAVc L )1( )( A dtdV v / V A c p dtA dV s c Se: cs = kg de sólidos/m3 do filtrado, então o balanço será : 61 Massa sólidos suspensão = Massa sólidos do filtrado e do meio poroso 3 2 01 )1( p Sk Onde α é a resistência específica da torta (m/kg) definida como: m f R p dtA dV Para a resistência da tela filtrante (suporte), podemos usar a Equação de Darcy: Onde: Rm é a resistência ao fluxo no suporte (m -1) ∆Pf é a queda de pressão no suporte do leito poroso A c p dtA dV sV c Para a resistência do leito temos: 62 Como as resistências da torta e do meio filtrante estão em série, podem ser somadas, temos: m s R A Vc p dtA dV Onde ∆p = ∆pc (torta) + ∆pf (filtro) m f R p dtA dV A c p dtA dV sV c 63 Equação fundamental da filtração A equação anterior pode ser invertida para dar: m s R pA V pA c dV dt )()(2 Onde Kp está em s/m 6 e B em s/m3: )(2 pA c K sp )( pA R B m m s R A Vc p dtA dV BVK dV dt p 64 Para pressão constante e α constante (torta incompressível), V e t são as únicas variáveis. t v p dVBVKdt 0 0 )( BVV K t p 2 2 Dividindo por V: BV K V t p 2 Onde V é o volume total do filtrado (m3) reunido em t (s) Integração para obter o tempo da filtração t em (s): Filtração à pressão constante, incompressível m s R pA V pA c dV dt )()(2 BVK dV dt p 65 Para saber o tempo de filtração é necessário conhecer α e Rm. BVV K t p 2 2 )(2 pA c K sp )( pA R B m Para isso, pode-se utilizar a equação dividida por V: E traçar um gráfico de t/V versus V usando dados experimentais BV K V t p 2 66 BV K V t p 2 São necessários os dados de volume coletado (V) em tempos diferentes de filtração. Y = A.X + B t / V V )(2 1 2 2 pA cK sp )( pA R B m 67 Com Kp e B pode-se determinar diretamente o tempo de filtração. BV K V t p 2 Kp = coeficiente angular da reta B = coeficiente linear da reta )(2 1 2 2 pA cK sp )( pA R B m BVV K t p 2 2 O cálculo de (resistência específica da torta) e de Rm (resistência do meio filtrante) permite obter a equação do tempo de filtração em termos dos parâmetros básicos da operação: V pA R V pA c t m s )(2 )( 2 2 68 Temos dados da filtração em laboratório de uma suspensão de CaCO3 em água a 298,2 K (25°C) realizada a uma pressão constante (-∆p) de 338 kN /m2. Dados: Exercício Exemplo: Avaliação das Constantes para Filtração à Pressão Constante em um Leito Incompressível - Área do filtro prensa de placa-e-marco: A = 0,0439 m2 - Concentração de alimentação: cs = 23,47 kg/m 3 (a) Calcule as constantes α e Rm a partir dos dados experimentais de volume de filtrado (m3) versus tempo de filtração (s). (b) Estime o tempo necessário para filtrar 1m3 da mesma suspensão em um filtro industrial com 1m2 de área. (c) Se o tempo limite para essa filtração fosse de 1h, qual deveria ser a área do filtro? 69 Tempo (s) Volume (m3) 4,4 0,498 x 10-3 9,5 1,000 x 10-3 16,3 1,501 x 10-3 24,6 2,000 x 10-3 34,7 2,498 x 10-3 46,1 3,002 x 10-3 59,0 3,506 x 10-3 73,6 4,004 x 10-3 89,4 4,502 x 10-3 107,3 5,009 x 10-3 )(2 pA c K sp )( pA R B m A = 0,0439 m2 cs = 23,47 kg/m 3 µ = 8,937 x 10-4 Pa.s (água a 298,2 K) (-∆p) = 338 kN/m2 V pA R V pA c t m s )(2 )( 2 2 70 Dados são usados para obter t/V Solução: t V x 10-3 (t/V) x 103 4,4 0,498 8,84 9,5 1,000 9,50 16,3 1,501 10,86 24,6 2,000 12,30 34,7 2,498 13,89 46,1 3,002 15,36 59,0 3,506 16,83 73,6 4,004 18,38 89,4 4,502 19,86 107,3 5,009 21,42 71 y = 3,0 106 x + 6789 R2 = 0,9965 0 5000 10000 15000 20000 25000 0 0,001 0,002 0,003 0,004 0,005 0,006 (t/V) Dados são usados para obter t/V (a) Calculo de α e Rm B = 6786 s/m3 Kp/2 = 3,00 x 106 s/m6 Kp = 6,00 x 106 s/m6 kgmx x x pA c xK sp /10863,1 )10338()0439,0( )47,23()()10937,8( )( 1000,6 11 32 4 2 6 110 m 3 m 4 m m10x11,27R )10x(338 0,0439 ))(R10x(8,937 Δp)A( μR 6786B 3000000 ΔX ΔY BX10 x 3Y 6 72 y = 3x106 x + 6789 0 5000 10000 15000 20000 25000 0,00E+00 1,00E-03 2,00E-03 3,00E-03 4,00E-03 5,00E-03 6,00E-03 (t/V) (b): Cálculo do tempo de filtração de 1m3: V pA R V pA c t m s )(2 )( 2 2 1 )10338(1 )10 27,11)(10 937,8( 1 2 )10 338(1 )47,23()10 x 863,1()10 x 937,8( 3 104 2 32 11-4 x xxx t horassegundost 68,1 56,6078 73 (c): Cálculo da área (1m3 em 1 hora) A = 1 m2 t =1,68h V pA R V pA c t m s )(2 )( 2 2 A = 0,5 m2 t =6,58h A = 1,5 m2 t =0,77h y = 1,6831x-1,964 1 = 1,6831x-1,964 x = 1,3 m2 AA t 2985780 2 74 y = 1,6928x-1,955 R² = 1 0 1 2 3 4 5 6 7 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 T (h ) A (m2) tempo versus Area Exercício Uma solução aquosa que contém 10 kg de sólidos por metros cúbico de solução é filtrada em um filtro prensa com 10 placas de 0,8 m2 cada uma. Na filtração há uma queda de pressão de 350 kN/m2 constante e a variação da quantidade do filtrado com o tempo é dada pela tabela abaixo: Tempo (min) 8 18 31 49 70 95 Massa (kg) 1600 2700 3720 4900 6000 7125 Calcule a resistência específica da torta, a resistência do meio filtrante e o tempo necessário para recolher 10 m3 do filtrado. Dados: μágua=1,2x10-3 Pa.s ρágua = 1010 kg/m3 75 Respostas: t(s) = 92,53 V2 + 157,43 V α = 3,45x1011 m/kg Rm = 3,67x1011 m-1
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