Desenvolvimento dos Gânglios Espinais

Prévia do material em texto

Desenvolvimento dos Gânglios Espinais 
Os neurônios unipolares do gânglio espinal são derivados das células da crista neural. Esses axônios das células do gânglio espinal são primeiramente bipolares e vão se unindo em formato de T. O processo periférico das células ganglionares espinais passa nos nervos espinais em direção às terminações sensoriais nas estruturas somáticas e viscerais, já os processos centrais entram na medula espinal e constituem a raiz posterior do nervo espinal.
Desenvolvimento das Meninges 
As meninges, revestimento do encéfalo e da medula espinal, são formadas a partir de células da crista neural e mesênquima que migram para envolver o tubo neural e forma as meninges primordiais entre o final da terceira semana e o final da quinta semana. 
A camada externa dessas membranas se espessa para formar a dura-máter e a camada interna consiste na pia-máter e aracnoide-máter, pia-aracnoide. O espaço subaracóideo é formado pelo preenchimento de liquido dentro das leptomeninges (pia e aracnoide-máter). A camada interna se transformando em duas é indicada nos adultos pelas trabéculas aracnoides que são em numerosos feixes delicados de tecido conjuntivo que passa entre a pia e a aracnoide.
O liquido cefalorraquidiano começa a ser formado na quinta semana. 
Mudanças na posição da Medula Espinal
A medula espinal altera muito de posição dependendo dos períodos da vida. Durante a fase embrionária ela se estende ao longo de todo o canal vertebral, durante a fase fetal ela se encontra em partes mais altas da coluna vertebral ( normalmente com 24 semanas se encontra na altura da primeira vértebra sacral), o neonato já apresenta a medula entre a segunda e terceira vértebra lombar; em um adulto a medula geralmente termina nas primeira vértebra lombar mas pode ser encontrada entre a 12ª vértebra torácica e a 3ª vértebra lombar.
Os nervos espinais passam pelos forames intervertebrais próximos aos níveis de sua origem, suas raízes principalmente da região lombar e sacral caminham obliquamente da medula até o nível correspondente da coluna vertebral. As raízes inferiores (cone medular) formam um feixe nervoso conhecido como cauda equina. A pia-máter por não terminar na S2 como a dura e a aracnoide forma um longo feixe fibroso, o filamento terminal, que indica o nível original da extremidade caudal da medula espinal.
Mielinização das Fibras Nervosas
A bainha de mielina começa a ser formada no final do período fetal e continua sendo formada durante o primeiro ano pós natal, esse processo é regulado pelas integrinas β1. Os tratos fibrosos se tornam funcionais aproximadamente no momento em que se tornam mielinizados, as raízes motoras criam a bainha antes das sensitivas, as fibras encontradas dentro da medula possuem sua bainha formada por oligodendrócitos que se originam no neuropitélio, já as ao redor do axônio tem sua camada formada pelas membranas plasmáticas do neurolema (bainha de células de Schwann). 
As células de Schwann são formadas pela migração periférica das células da crista neural e se enrolam ao redor dos axônios dos neurônios motor tanto somático quanto autônomos. Essas células também se enrolam ao redor dos processos dos neurônios sensoriais. Esse processo é iniciado na 20ª semana.