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Trabalho o uso da informação na formulação de ações estratégicas pelas empresas

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O USO DA INFORMAÇÃO NA FORMULAÇÃO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS 
PELAS EMPRESAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA 
 
2017
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6	
2 GESTÃO DE INFORMAÇÃO .................................................................................. 7	
2.1 DEFINIÇÃO, OBJETIVO, CICLO E OBJETO ...................................................... 7	
3 GESTÃO DO CONHECIMENTO ........................................................................... 10	
3.1 DEFINIÇÃO DE GESTÃO DO CONHECIMENTO ............................................. 10	
4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ....................................................................... 13	
4.1 PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA ................................................................... 13	
4.2 ESTRATÉGIA, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA ............. 13	
5 GESTÃO DO CONHECIMENTO ESTRATÉGICO ................................................ 16	
5.1 CONCEITO ......................................................................................................... 17	
5.2 OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 17	
5.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................. 17	
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 18	
7 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 18	
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Vivemos na era da informação, e como o nome sugere, existe um volume 
imenso de informações, mas saber como utilizá-las é o grande desafio. As 
empresas, em sua maioria, falham nesse aspecto, pois muitas vezes elas não 
dispõem de estratégias para definir essa utilização e como ela será dada. Muitas 
empresas confundem dados com informações, não sabem classificá-las e organizá-
las e isto se mostra um dos problemas principais. 
Primeiramente vamos definir o que é informação: “informação é quando os 
dados são classificados e organizados, gerando valor e conhecimento”. Um conjunto 
de dados não produz informação, como um conjunto de informações não produz 
conhecimento. Informações são registros ou fatos organizados, ou combinados, de 
forma significativa que gere conhecimento. O conhecimento são informações 
agregadas a outros elementos, podendo ser explícito ou tácito. Explícito quando 
pode ser documentado, rotineiro, gera treinamentos. Tácitos quando são difíceis de 
documentar, de registrar ou ensinar. 
O conhecimento está embutido em rotinas, processos, práticas e normas 
organizacionais, ele também é associado a uma consistência de relações que criam 
seu próprio contexto, permitindo obter um padrão associado tanto a repetitividade 
quanto a previsibilidade. O conhecimento é dependente do tipo de informação: o 
nível institucional, o nível intermediário e o nível operacional. No nível institucional, a 
informação serve para subsidiar o planejamento e a tomada de decisão de alto nível. 
No nível intermediário, a informação é utilizada para avaliar os processos, o 
planejamento e a tomada de decisão de nível gerencial. No nível operacional, a 
informação serve para monitorar o espaço geográfico e subsidiar o planejamento e a 
tomada de decisão de nível operacional. 
A fonte da informação pode ser formal e informal, sendo que a fonte formal 
são as que tem informações estruturadas, seguem um padrão previamente definido 
e a fonte informal não tem informações estruturadas, não segue um padrão pré-
definido, é livre e pode variar conforme a época. A informação pode ser classificada 
como de atividade e de convívio. De atividade quando permite a organização 
garantir seu funcionamento, como por exemplo: as normas de rotinas. De convívio 
 
 
7 
quando possibilita aos indivíduos se relacionar e pode influenciar no comportamento, 
por exemplo: o código de ética. 
Percebemos que até certo ponto, o homem é capaz de processar, organizar e 
utilizar informações, mas com o crescente volume de dados, fica muito difícil guardar 
estas informações e transformá-las em conhecimento. Devido a isso, nas empresas 
acaba por ser necessário contratar um serviço de TI (Tecnologia da Informação), 
pois o volume dos dados, sem a devida classificação aumenta gradativamente os 
custos da mesma. 
Temos que recorrer aos sistemas de informação, que é um conjunto de 
elementos ou componentes que interagem para atingir objetivos, sendo composto de 
entrada, processamento e saída. A CPU, ou computador, é um sistema de 
informações, dotado de entrada, processamento e saída, mas, por mais eficiente 
que sejam as máquinas, o fator humano jamais será descartado. O ser humano é o 
elemento primordial do sistema de informação, uma vez que é ele que otimiza o 
fluxo da informação, gera conhecimento e auxilia na tomada de decisão. 
A informação pode ser infinitamente compartilhada, quando é utilizada, 
aumenta o seu valor, mas quando replicada, eleva custos. A informação é relevante 
quando está devidamente armazenada, de fácil acesso e é útil, também deve ser 
quantificada, filtrada e qualificada. Ela deve ser adaptada aos diferentes indivíduos, 
no nível operacional, intermediário e alto nível. O data mining serve para gerar novas 
informações a partir dos dados disponíveis, gerando maior valor e conhecimento. 
Hoje temos banco de dados com bilhões de informações, e o que uma 
empresa faz com estas informações pode gerar conhecimento estratégico, nichos de 
mercado e subsidiar investimentos. O uso racional dos dados, transformados em 
informação, e a informação transformada em conhecimento, devidamente adaptado 
ao uso para os responsáveis de cada setor de uma empresa é o que vai aumentar a 
competitividade e a competência da mesma. 
2 GESTÃO DE INFORMAÇÃO 
2.1 DEFINIÇÃO, OBJETIVO, CICLO E OBJETO 
 
Preliminarmente, faz-se mister definir, demonstrar o objetivo e os ciclo de 
gestão da informação, assim como seu objeto. 
 
 
8 
Gestão da informação define-se como a aplicação de princípios 
administrativos à aquisição, organização, controle, disseminação e uso da 
informação para a operacionalização efetiva de organizações de todos os tipos, ou 
como “o gerenciamento de todo o ambiente informacional de uma organização”. 
 
FIGURA 1 – CICLO DA GESTÃO DA INFORMAÇÃO 
 
 
O principal objetivo da gestão da informação é identificar e potencializar 
recursos informacionais de uma organização ou empresa e sua capacidade de 
informação, ensinando-a a aprender e adaptar-se às mudanças ambientais. 
 
FIGURA 2 – CICLO INFORMACIONAL 
 
 
O ciclo de gestão da informação identifica-se, em grande parte, com o ciclo 
informacional utilizado pela biblioteconomia e ciência da informação. De forma 
simples, pode-se definir a gestão da informação como a aplicação do ciclo da 
informação (processo da Ciência da Informação) às organizações, conforme 
apresentado na figura 2. 
 
 
9 
O ciclo informacional é iniciado quando se detecta uma necessidade 
informacional, um problema a ser resolvido ou uma área ou assunto a ser analisado. 
É um processo que se inicia com a busca da solução a um problema, da 
necessidade de obter informações sobre algo, e passa pela identificação de quem 
gera o tipo de informação necessária, as fontes e o acesso, a seleção e aquisição, 
registro, representação, recuperação, análise e disseminação da informação, que, 
quando usada, aumenta o conhecimentoindividual e coletivo. 
São enfatizados nas aplicações da concepção, implementação e avaliação de 
sistemas de informação, os domínios ou assuntos de conhecimento específico, 
sobre os quais são aplicados os princípios da gestão da informação, como, por 
exemplo, o administrativo, o científico, o tecnológico, ou outra área. A gestão de 
recursos informacionais é um recurso legítimo que vem da necessidade de integrar e 
coordenar a heterogeneidade dos recursos informacionais que existem em uma 
organização (FRÖEHLICH, 1989). 
O objeto da área é a informação e o trabalho com a informação, 
transformando-a em produtos e serviços de utilidade (com valor agregado) para o 
cliente/usuário. Informação, no contexto da gestão da informação, refere-se a todos 
os tipos de informação de valor, tanto de origem interna quanto externa à 
organização. Inclui recursos que se originam na produção de dados, tais como de 
registros e arquivos, que vêm da gestão de pessoal, pesquisa de mercado, da 
observação e análise utilizando os princípios da inteligência competitiva, de uma 
vasta gama de fontes. Gestão da informação preocupa-se com o valor, qualidade, 
posse, uso e segurança da informação no contexto do desempenho organizacional 
(WILSON, 1997). A informação é um fator determinante para a melhoria de 
processos, produtos e serviços, tendo valor estratégico em organizações. 
A ideia da informação como ferramenta estratégica evoluiu depois que a 
gestão da informação mudou do seu foco inicial de gestão de documentos e dados, 
para recursos informacionais, mostrando resultados em relação à eficiência 
operacional, evitando desperdício e automatizando processos. A nova visão se 
espalhou por grandes corporações privadas, que passaram a instituir uma estrutura 
formal, em geral ligada ao alto escalão hierárquico, para cuidar da gestão dos 
recursos informacionais. 
Como objeto de investigação, a gestão de recursos informacionais se 
configura como área de interesse de diferentes campos do conhecimento, entre eles 
 
 
10 
a administração de empresas e a ciência da computação. A primeira buscou 
desenhar fluxos informacionais para o melhor funcionamento e possibilidade de 
intervenção em unidades de produção, enquanto a última desenvolveu ferramentas 
em apoio à tomada de decisão e planejamento estratégico, a saber: sistemas 
gerenciais, inteligência artificial e sistemas especialistas. 
A gerência de recursos informacionais enfatiza a análise dos conteúdos das 
informações ambientais internas e externas gerando inteligência para a tomada de 
decisão nas organizações, baseando-se fortemente nas tecnologias de informação e 
comunicação. 
3 GESTÃO DO CONHECIMENTO 
3.1 DEFINIÇÃO DE GESTÃO DO CONHECIMENTO 
 
O que é a gestão do conhecimento? Para encontrar uma resposta satisfatória 
para esta pergunta constatamos, logo de saída, que é difícil falar da Gestão de 
Conhecimento em sentido abstrato. Em sentido restrito, somente faria sentido falar 
de Gestão do Conhecimento no seio de uma organização. Mas o que se subentende 
pelo termo organização? 
Podemos entender por organização em sentido lato, toda a comunidade ou 
conjunto de indivíduos cujos membros se estruturam e se articulam para obter 
determinados objetivos. Com isso em mente é importante frisar que o paradigma da 
organização costuma ser a empresa, porém, na acepção de nossa definição pode 
considerar-se, também, como organizações, outras comunidades de indivíduos, tais 
como um hospital, uma organização não governamental (ONG), um centro 
educativo, um ministério, um centro de pesquisa, uma instituição política e até, 
forçando um pouco a definição, uma unidade familiar. 
Após o esclarecimento de como pode ser entendido o termo organização, é 
possível introduzir a definição de que a Gestão da Comunicação pode ser entendida 
como sendo a disciplina que se encarrega de projetar e implementar um sistema 
cujo objetivo é identificar, captar e compartilhar sistematicamente o conhecimento 
contido em uma organização, de modo tal que possa ser convertido em valor para a 
mesma. Em outras palavras, tem-se que a Gestão do Conhecimento trabalha 
sistematicamente a informação e o conhecimento visando ao aumento da 
 
 
11 
capacidade de resposta da empresa ao meio ambiente com inovação e 
competência, desenvolvendo a eficácia e o conhecimento corporativo. 
Considerando esta definição, bem como será visto do decorrer do trabalho, o 
uso da informação para fins estratégicos, com a intensificação do uso da informação 
para fins estratégicos percebeu-se que o valor da empresa, na percepção do usuário 
e do mercado, incorpora aspectos “intangíveis” tais como valor da marca, peso das 
patentes geradas, capacidade de inovação, talento dos funcionários (em especial 
dos executivos) e suas relações com os clientes, software, processos únicos, 
desenhos organizacionais e outros. Percebeu-se que se esperavam das empresas 
novas e melhores práticas e soluções, ideias novas, processos de descoberta, 
novos insights, algo que a informação, por si só, por mais bem administrada que 
seja, não pode fornecer. Desta percepção, derivou a expressão “gestão do 
conhecimento”, uma disciplina que trabalha sistematicamente a informação e o 
conhecimento visando ao aumento da capacidade de resposta da empresa ao meio 
ambiente com inovação e competência, desenvolvendo a eficácia e o conhecimento 
corporativo. 
No que tange ao conhecimento, o foco da gestão da informação é voltado 
para o gerenciamento do conhecimento “explícito”, enquanto a gestão do 
conhecimento preocupa-se com o gerenciamento do conhecimento “tácito”. 
 
FIGURA 3 – CICLO DO CONHECIMENTO 
 
 
Em outras palavras, no momento de sua explicitação, o conhecimento 
transforma-se em informação. Desta forma, derivando da informação estão 
envolvidos os processos mentais de compreensão, entendimento e aprendizado dos 
indivíduos, incorporando-os às suas estruturas cognitivas únicas. Lembrando que 
 
 
12 
cada estrutura cognitiva é determinada pelas vivências próprias (biografia) de cada 
indivíduo. 
O conhecimento, em uma organização, representa as habilidades, intuição e 
know-how que o indivíduo adquire no contato diário com as suas atividades. Este 
conhecimento tácito é personalizado, difícil de ser formalizado ou articulado. As 
organizações devem usar a informação para criar significado, construir 
conhecimento e tomar decisões, neste contexto a criação do conhecimento 
representa inovação e vantagem competitiva, onde novos conhecimentos podem ser 
criados pela conversão do conhecimento, pela construção do conhecimento e pela 
conexão do conhecimento. Na conversão do conhecimento, a organização busca 
converter o conhecimento tácito de indivíduos criativos em conhecimento explícito. 
Os conceitos criados são avaliados, testados e elaborados por meio de arquétipos e 
protótipos, segundo sua adequação aos propósitos da organização. Finalmente, são 
transferidos para outros níveis da empresa, para desencadear novos ciclos de 
criação de conhecimento. 
Entre as atividades capazes de construir conhecimento, está a de partilhar a 
solução de problemas – circunstância em que indivíduos com atribuições diversas 
trabalham juntos: experimentam, implementam, integram novos processos e 
ferramentas, e “importam” conhecimentos. A experimentação permite à organização 
ampliar suas habilidades e cria novas capacidades para o futuro. Para ser bem-
sucedida, a implantação de novos processos e ferramentas requer adaptação e 
complementação entre usuários e tecnologias. Informações sobre novas tecnologias 
e sobre o mercado são importadas e absorvidas pela organização. Neste quesito, 
entrao processo de monitoramento ambiental, que é uma atividade largamente 
usada na gestão da informação e na inteligência competitiva. 
Na conexão do conhecimento, a organização constitui parcerias de 
aprendizagem com outras empresas, de modo a transferir conhecimentos 
compatíveis com a cultura de trabalho e o estilo operacional da organização 
parceira. A organização que for capaz de integrar eficientemente os processos de 
criação de significado, construção do conhecimento e tomada de decisões pode ser 
considerada uma organização do conhecimento. 
 
 
13 
4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
4.1 PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA 
 
As organizações contemporâneas atuam em ambientes cada vez mais 
dinâmicos, complexos e competitivos. Nesse contexto, para sobreviver, as 
organizações necessitam de um rumo, de uma direção e é por meio do 
planejamento que os administradores definem para onde a organização deve 
caminhar e como chegar lá. Nem todas tem um planejamento formal, mas quer 
tenham um formal ou informal, o planejamento é fundamental para que as 
organizações sejam capazes de responder com eficácia aos desafios ambientais e, 
assim, manterem uma trajetória rumo ao sucesso. E para isso mostra-se necessário 
lembrar que das quatro funções da administração – planejamento, organização, 
direção e controle; a primeira é a mais importante de todas, até mesmo pelo fato de 
todas as outras surgem a partir dela e tem ela como suas bases. 
4.2 Estratégia, informação, conhecimento e inteligência 
 
As pesquisas sobre teoria organizacional revelam que as empresas criam e 
utilizam a informação em três arenas estratégicas: 
 1º) a empresa interpreta a informação sobre o ambiente de modo a dar 
significado ao que está acontecendo à organização e ao que ela está fazendo 
(gestão da informação e inteligência competitiva); 
2º) cria novos conhecimentos, combinando a experiência de seus membros, 
de modo a aprender e inovar (gestão do conhecimento); 
3º) finalmente, processa e analisa a informação de modo a escolher e 
empreender cursos de ação apropriados (inteligência estratégica). 
 
O processo de gestão do conhecimento, em si, é uma atividade 
independente, mas, quando ligada ao processo decisório, torna-se fortemente 
relacionada ao processo de gestão da informação e ao trabalho e análise da 
informação. A inteligência (estratégia) pode ser considerada síntese do processo de 
trabalho da informação e do conhecimento, gerando conhecimento novo capaz de 
indicar novos caminhos para a empresa, a inovação em si é inteligência também. 
 
 
14 
Em uma organização, informação, conhecimento e inteligência estão 
presentes nos seus processos de gestão, que alimentam o processo de tomada de 
decisão e o planejamento estratégico. O planejamento estratégico visa desenvolver 
e manter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da empresa e 
também as mudanças de oportunidades de mercado e são por meio das estratégias, 
as empresam utilizam os seus pontos fortes para melhor aproveitar as oportunidades 
e programar ações minimizando o impacto das ameaças sobre seus pontos fracos 
(gerem as informações que possuem). É preciso inteligência na fase de definição da 
estratégia, na sua execução e integração. 
Portanto as organizações devem criar sistemas de avaliação e feedback que 
aperfeiçoem o fluxo de informações entre definição e a implementação da estratégia, 
de forma a possibilitar o aprendizado a partir dos resultados de seus esforços de 
execução – como resultado, a estratégia pode ser avaliada e redefinida de forma 
confiável, assim como o posicionamento institucional. Não se chega à inteligência 
pelo acesso passivo à informação, por isso que a inteligência deve ser criada, e é ao 
longo desse processo de criação, o processo da gestão da informação e do 
conhecimento, que se vai elaborando um sistema útil às organizações, integrado em 
sua cultura e em seus cenários voltados ao futuro. O planejamento estratégico 
depende desses processos, e o resultado é a tomada de decisão. Estes elementos 
se integram e se realimentam. A união dessas forças, interdependentes, constitui-se 
na inteligência corporativa, representada na figura a seguir: 
 
FIGURA 4 – INTEGRAÇÃO DA GESTÃO DE INFORMAÇÃO E GESTÃO DO 
CONHECIMENTO AO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Nesta concepção, a inteligência corporativa inclui tanto o conceito de gestão 
da informação, quanto o de gestão do conhecimento, apoiada no método/processo 
de monitoramento do ambiente, para o planejamento e gestão da 
organização/empresa e nas tecnologias de informação e comunicação. Desse modo, 
Gestão da Informação, do Conhecimento e Inteligência Competitiva subsidiam a 
decisão estratégica. 
É importante enfatizar que a inteligência obtida por meio da gestão da 
informação e do conhecimento só é possível quando esta se torna um ativo. Quando 
se cria uma ordem útil a partir da capacidade intelectual gerada, ou seja, quando 
assume uma forma coerente (um sistema de informações estratégicas, uma mala 
direta, um banco de dados, uma base de consultas, um cadastro de autores e/ou de 
especialistas...) e quando capturada de uma forma que seja descrita, compartilhada 
e explorada pela organização. Este processo só é útil quando pode ser aplicado a 
algo que não poderia ser realizado se continuasse fragmentado. O capital intelectual 
nada mais é do que o conhecimento útil em nova embalagem. 
Assim compreendido, o planejamento estratégico pode ser entendido como o 
planejamento da organização como um todo, um processo gerencial que permite 
definir os propósitos e prioridades organizacionais (seu "negócio", nicho de mercado, 
propósito social, usuários e "mix de mercado") de forma eficaz e efetiva, 
relacionando a organização com o ambiente externo. Em suma: o planejamento 
estratégico define em longo prazo a direção da organização em termos de missão, 
propósitos, produtos, mercados, pesquisa, produção e comercialização. 
 
 
16 
5 GESTÃO DO CONHECIMENTO ESTRATÉGICO 
 
Ao se buscar caracterizar e sistematizar a gestão do conhecimento 
estratégico (GCE) é necessário contextualizar esse tipo de conhecimento. Assim, 
enquadra-se o conhecimento estratégico (CE) como conhecimento organizacional, 
tomando-se o cuidado de particularizá-lo, considerando que o conhecimento 
estratégico tem vínculo específico com a geração de estratégias. Isto quer dizer que 
nem todo conhecimento gerado em uma organização é conhecimento estratégico. 
Por exemplo, o conhecimento acumulado no processo que vai da seleção à 
contratação de um novo colaborador não necessariamente é enquadrado como 
conhecimento estratégico, uma vez que é comum a todas as empresas e não 
subsidia especialmente uma estratégia. No caso de tratar-se de uma empresa cuja 
finalidade fosse a seleção e contratação de profissionais, caracterizando uma 
competência essencial da organização, ter-se-ia, então, uma caracterização como 
conhecimento estratégico. 
 
FIGURA 5 – POSIÇÃO DO CONHECIMENTO ESTRÁTEGICO 
 
 
 
Antes, porém, de se conceituar o conhecimento estratégico, vale assinalar 
suas características diferenciais: 
a) é parte do conhecimento organizacional, não se confundindo com todo o 
conhecimento gerado na organização; 
b) é formado do acúmulo do saber de especialistas em estratégias e do 
conjunto de informações (estratégicas e de acompanhamento) da organização; 
c) é utilizado por estrategistas e fundamenta a tomada de decisão estratégica 
dos decisores da alta administração. 
 
 
 
17 
5.1 CONCEITO 
 
Conceitua-se, então, o conhecimento estratégico como o tipo de 
conhecimento organizacionalque abarca saberes relacionados ao planejamento, à 
descrição, ao impacto, à predição, à avaliação e à geração de estratégias. É, 
portanto, o processo de criação, captura, assimilação e disseminação de 
conhecimento organizacional, sendo formado por informações estratégicas e de 
acompanhamento, bem como pela “intuição” de estrategistas e decisores nos 
processos de formulação e decisão estratégicas. 
Há de se estabelecer aqui a diferenciação entre formulação e decisão 
estratégicas. A formulação estratégica é o processo de desenvolvimento da reflexão 
estratégica, resultado de uma elaboração cognitiva (diagnóstico, avaliação das 
alternativas, escolha e implantação) e que sofre influência de fatores como a 
estrutura, a política e o poder, a cultura organizacional e mesmo as emoções. Trata-
se do processo que precede a decisão estratégica e é realizada por estrategistas. 
Por outro lado, a decisão estratégica é a integração entre fins (os objetivos 
estratégicos) e meios (as ações estratégicas), sendo influenciada pelos limites 
cognitivos do decisor, da complexidade do problema e de conflitos entre os 
decisores. Ou seja, é a tomada de decisão sobre a estratégia a ser adotada, 
realizada pelo decisor detentor de autoridade formal dentro da organização. 
 
5.2 OBJETIVO GERAL 
 
A Gestão do Conhecimento Estratégico tem por objetivo avaliar de forma 
sistêmica o contexto da gestão de todo o conhecimento relacionado à vantagem 
competitiva, à administração estratégica, a técnicas de planejamento estratégico e a 
temas correlatos, de forma a organizar e tratar essa informação, até que se 
transforme em conhecimento quando utilizado por especialistas em estratégia e 
decisores que dele necessitem. 
 
5.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
São objetivos específicos da gestão do conhecimento estratégico: 
 
 
18 
a) estudar a elicitação, a transferência e a utilização de um tipo particular de 
conhecimento, buscando maior entendimento do conhecimento estratégico; 
b) estabelecer método de sistematização do conhecimento estratégico, de 
forma a auxiliar os novatos estrategistas e decisores na apreensão e no uso desse 
conhecimento em suas atividades; 
c) estabelecer mecanismos que possibilitem manter o conhecimento 
estratégico em base de conhecimento especializada, ainda que estrategistas e 
decisores experientes deixem a organização; 
d) avaliar a estratégia empresarial no contexto da gestão do conhecimento, 
voltando-se para a relação estratégia-conhecimento. 
 
6 CONCLUSÃO 
 
A informação pode ser tanto um produto quanto uma ferramenta 
(conhecimento) para uma organização, mas ela precisa ser usada, analisada e 
tratada de uma maneira adequada senão mais prejudicaria do que ajudaria. 
No ambiente corporativo essa informação lapidada em inteligência 
(estratégia) ajudaria na elaboração e no planejamento estratégico, que, por sua vez, 
dariam uma direção para a empresa. 
Juntando todas as etapas anteriores chegasse a gestão do conhecimento 
estratégico. Nesta última etapa antes da decisão final é que um grupo que usa o 
conhecimento organizacional para formular estratégias. 
Portanto, antes de uma empresa tomar uma decisão ela dever vericar as 
informações filtradas e tratadas pela gestão da informação e do conhecimento, 
depois criar uma estratégia, está será mais desenvolvida através do planejamento 
estratégico, para só então o setor responsável pelo conhecimento estratégico 
conhecimento avaliar as medidas que devem ser tomadas. 
 
7 REFERÊNCIAS 
TARAPANOFF, Kira (Organizadora). Inteligência, informação e conhecimento em 
corporações. Brasília: IBICT, UNESCO, 2006. 456 p. 
 
 
19 
SOBRAL, Filipe; PECI, ALKETA. Administração: teoria e prática no contexto 
brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. 398 p. 
CAVALCANTE, Carlos Eduardo. Gestão do conhecimento na administração 
central da empresa brasileira de correios e telégrafos. XVI Congresso Brasileiro 
de Custos. Fortaleza, CE, Brasil, 03 a 05 de novembro de 2009. 
MIRANDA, Roberto Campos da Rocha. O uso da informação na formulação de 
ações estratégicas pelas empresas. Brasília, set./dez. 1999, v. 28, n. 3, 286-292 p. 
TARAPANOFF, Kira. MACROPLANEJAMENTO E PLANEJAMENTO 
ESTRATÉGICO PARA SISTEMAS DE INFORMAÇÃO: a metodologia de cenários 
e outros métodos de previsão – estudo de casos. Brasília: Departamento de 
Ciência da Informação e Documentação, Universidade de Brasília. 23-24 p.

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