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Universidade anhanguera- uniderp Centro de educação à distância Polo-Luziânia-Go Curso: Serviço Social. 7º semestre Disciplina: Competências Profissionais. RELATÓRIO DE PESQUISA. Integrantes: Alzira Francisco de Castilho neta de. RA – 3997726. Dinorah Martins Borges. RA – 404418. Edilene Ferreira de Souza. RA – 399595. Geralda Felix de Souza. RA – 354996. Lucilainy Oliveira da Cruz. RA – 399802. Professor (a) da Disciplina: Prof.ª M. Edilene Xavier Rocha Garcia. Tutor Presencial: Renata Carolina S. Silva. Tutor à Distância: Ana Lúcia. Luziânia – GO Abril de 2015. INDICE: 1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................03 2. FORÇAS E DEMANDAS NO CONTEXTO DA ELABORAÇÃO DA LEI 8662/1993.................................................................................................................................04 2.2 – ASPECTOS RELEVANTES DO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL NA ATUALIDADE.................................................................................................................05 2.3 - RESOLUÇÃO CFESS Nº 569, DE MARÇO DE 2010...............................................06 3 - PROBLEMAS E DESAFIOS ENCONTRADOS PELOS ASSISTENTES SOCIAIS..................................................................................................................................07 4 – QUESTINÁRIO TIRA DÚVIDAS SOBRE A PROFISSÃO.......................................08 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................09 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................10 1. INTRODUÇÃO. O presente trabalho tem como objetivo uma análise da Lei de regulamentação da profissão de nº 8662/1993, as forças políticas e as demandas sociais, as quais tiveram grande influência na sua elaboração. A proposta na qual consiste este desafio é elaborar um relatório de pesquisa, na qual vamos avaliar o desenvolvimento da profissão, as atribuições contidas na Lei e sua aplicação pratica no exercício do Serviço Social. 2- FORÇAS E DEMANDAS NO CONTEXTO DA ELABORAÇÃO DA LEI 8662/1993. A criação e funcionamento dos Conselhos de fiscalização das profissões no Brasil têm origem nos anos 1950, quando o Estado regulamenta profissões e ofícios considerados liberais. Nesse patamar legal, os Conselhos têm caráter basicamente corporativo, com função controladora e burocrática. São entidades sem autonomia, criadas para exercerem o controle político do Estado sobre os profissionais, num contexto de forte regulação estatal sobre o exercício do trabalho. O Serviço Social foi uma das primeiras profissões da área social a ter aprovada sua lei de regulamentação profissional, a Lei 3252 de 27 de agosto de 1957, posteriormente regulamentada pelo Decreto 994 de 15 de maio de 1962. Foi esse decreto que determinou, em seu artigo 6º, que a disciplina e fiscalização do exercício profissional caberiam ao Conselho Federal de Assistentes Sociais (CFAS) e aos Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS). Esse instrumento legal marca, assim, a criação do então CFAS e dos CRAS, hoje denominados CFESS e CRESS. Para efeito da constituição e da jurisdição dos CRESS, o território nacional foi dividido inicialmente em 10 Regiões, agregando em cada uma delas mais de um estado e/ ou território (exceto São Paulo), que progressivamente se desmembraram e chegam em 2008 a 25 CRESS e 2 Seccionais de base estadual. Os Conselhos eram basicamente corporativos, controladores e burocráticos. A fiscalização era restrita à inscrição profissional e ao pagamento do tributo devido. Através do reflexo da perspectiva vigente da profissão, que se orientava por pressupostos neutros e despolitizado em relação à economia e a sociedade, a concepção conservadora caracterizou os conselhos nas primeiras décadas, sendo que a mesma também estava presente no Código de Ética de 1965 e 1975. O movimento de Conceituação do Serviço Social foi um novo posicionamento da categoria e das entidades do Serviço Social, buscando a transformação da prática profissional, através de congressos e debates, através do desejo da transformação da práxis político-profissional na sociedade brasileira. A partir de 1983 o novo posicionamento da categoria profissional teve um amplo processo de debates conduzido pelo CFESS, que visava à alteração do Código de Ética vigente de 1975. O resultado foi a aprovação do Código de Ética profissional de 1986, que superava a visão acrítica, onde os valores eram tidos como universais e acima dos interesses da classe, negando assim a base tradicional conservadora que norteava a neutralidade e reconhecendo um novo papel profissional competente teórica, técnica e politicamente. Já em 1991, o CFESS e o CRESS apontou a necessidade de revisão do Código de 1986, para que pudesse ter maior eficácia na operacionalização dos princípios defendidos. Essa revisão considerou e incorporou pressupostos teóricos, históricos e políticos e reformulou o Código de Ética que foi concluído em 1993. Essa nova legislação trouxe segurança à fiscalização profissional e concretas possibilidades de intervenção, porque define as competências e atribuições privativas do assistente social com mais precisão. 2.2 – ASPECTOS RELEVANTES DO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL NA ATUALIDADE. O Serviço Social brasileiro contemporâneo construiu um projeto profissional radicalmente inovador e crítico, com fundamentos históricos e teórico-metodológicos hauridos na tradição marxista, apoiado em valores e princípios éticos radicalmente humanistas e nas particularidades da formação histórica do país. Ele adquire materialidade no conjunto das regulamentações profissionais: o Código de Ética do Assistente Social (1993), a Lei da Regulamentação da Profissão (1993) e as Diretrizes Curriculares norteadoras da formação acadêmica (ABESS/CEDEPSS, 1996, 1997a, 1997b; MEC-SESU/CONESS/Comissão de Especialistas de Ensino em Serviço Social, 1999; MEC-SESU, 2001). Os (as) assistentes sociais atuam nas manifestações mais contundentes da questão social, tal como se expressam na vida dos indivíduos sociais de distintos segmentos das classes subalternas em sua relação com o bloco do poder e nas iniciativas coletivas pela conquista, efetivação e ampliação dos direitos de cidadania e nas correspondentes políticas públicas. Os espaços ocupacionais do assistente social têm lugar no Estado nas esferas do poder executivo, legislativo e judiciário –, em empresas privadas capitalistas, em organizações da sociedade civil sem fins lucrativos e na assessoria a organizações e movimentos sociais. Esses distintos espaços são dotados de racionalidades e funções distintas na divisão social e técnica do trabalho, porquanto implicam relações sociais de natureza particular, capitaneadas por diferentes sujeitos sociais, que figuram como empregadores (o empresariado, o Estado, associações da sociedade civil e, especificamente, os trabalhadores). 2.3 - RESOLUÇÃO CFESS Nº 569, DE MARÇO DE 2010. A competência de cada profissão regulamentada respeita os limites de sua atuação técnica, previsto na respectiva legislação, assegurado o princípio da interdisciplinaridade. A realização de terapias não possui relação com a formação profissional estabelecida nas diretrizes curriculares do curso de graduação em Serviço Social, aprovada pela Resolução CNE/CES/MEC n/15, de 13 de Março de 2002, sendo incompatíveis com as competências e atribuições estabelecidas na Lei 8662/93. A realização de terapias não constitui matéria, contudo, o objeto do curso de graduação em Serviço Social, conforme estabelece a Resolução CNE/CES/MEC n/15 de 13 de Março de 2002, citada a seguir, ao definiras competências e habilidades do/a assistente social. A formação profissional deve viabilizar uma capacitação teórico-metodológica e ético-política, como requisito fundamental para exercício de atividades técnico-operativas, com vistas à compreensão dos ignificado social da profissão e de seu desenvolvimento sócio- histórico, nos cenários internacional e nacional, desvelando as possibilidades de ação contidas na realidade, identificando as demandas presentes na sociedade, visando a formular respostas profissionais para o enfrentamento da questão social. 3 - PROBLEMAS E DESAFIOS ENCONTRADOS PELOS ASSISTENTES SOCIAIS. O Serviço Social é uma profissão que luta para a efetivação de políticas públicas e dos direitos da cidadania, isso faz deste profissional uma referência de mudanças no que está posto, sendo este o seu diferencial. Contudo, o assistente social vive no presente um dos maiores desafios que é o de desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas a partir das demandas no seu cotidiano. ➢ Fragilidade das ações Inter setoriais, pois inexiste uma política articulada entre os vários setores da gestão; ➢ O grande número de demanda para poucos profissionais; ➢ Ingerência política, com a qual, por vezes, a equipe, particularmente o assistente social se depara. Definem-se por atitudes de certos políticos que ainda tentam usar os programas de assistência social como redutos eleitorais, ou por lideranças locais, que por vezes chegam a hostilizar o trabalho da equipe por vê-la como “rival” no “poder” perante a comunidade; ➢ Muitas vezes também há ausência de planejamento estratégico da equipe; ➢ Um desafio que se coloca para o fortalecimento do Serviço Social é a construção de mecanismos de monitoramento e avaliação do trabalho do Assistente Social; ➢ A falta de participação da população em reuniões que tratam dos interesses da comunidade onde estão inseridos, dificultando assim o trabalho do profissional em relação às melhores medidas a serem tomadas; ➢ Falta de informação por parte dos usuários, não conseguem compreender o papel do assistente social com isso não presta as informações necessárias para o profissional. 4 – QUESTINÁRIO TIRA DÚVIDAS SOBRE A PROFISSÃO. 1º - Qual a dificuldade encontrada no campo? R.: A falta de recursos, pois alguns profissionais não têm na instituição em que trabalham todos os meios para viabilizar o seu trabalho, faltam computadores e até mesmo alguns profissionais. 2º - Em regra geral, em que constitui o trabalho do Assistente Social? R.: Orientar a população em relação á seus direitos e necessidades. 3º - Quais as características da profissão? R.: Nossa profissão tem um caráter interventivo muito forte, não somos profissionais só dá teoria, temos uma formação teórica e prática. 4º - Com qual público o Assistente Social lida no dia a dia? R.: Pessoas que se encontram em situações de urgência e de vulnerabilidade. 5º - Quais os desafios? R.: São muitos, o maior deles é tornar esse projeto, um guia efetivo para o exercício profissional e consolidá-lo por meio de sua implementação efetiva. 6º - Que tipo de olhar o Assistente Social precisa ter? R.: Não podemos perder a capacidade da crítica, a capacidade de buscar os fundamentos, a essência da crítica. 7º - Quais as perspectivas que se abrem ao Serviço Social durante a crise desses novos tempos? R.: O desafio é redescobrir alternativas e possibilidades para o trabalho profissional, traçar horizontes para a formatação de projetos que façam frente à questão social e que sejam solidários com o modo de vida daqueles que a vivenciam, não só como vítimas, mas como sujeitos que lutam pela preservação e conquista de sua vida, e dá humanidade. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS. O mundo social em que vivemos é um mundo de intensas relações e, observando a trajetória do Serviço Social como profissão podemos identificar avanços e conquistas ao longo da história. A missão principal do serviço social é alcançar o bem estar do ser humano e ajudar a ir ao encontro das necessidades de todos, com atenção especial às carências e ao fortalecimento daqueles que são vulneráveis. As transformações no mundo do trabalho atingem sem fazer distinção a todas as categorias profissionais ao longo do processo sócio histórico do capitalismo, potencializado pela globalização. Hoje, o que se espera é de que o profissional assistente social busque construir um perfil profissional conquistando novos espaços que possibilitem ações e intervenções mais criativas, ousadas, estratégicas, propositivas, destemidas e comprometidas com a transformação social do local onde atua. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: - BRASIL. Lei 8.662 de 7 de junho de 1993. Disponível em: Acesso em 09 abr. 2014. - CFESS – Conselho Federal de Serviço Social. Código de Ética do Assistente Social: Lei 8662/93. Disponível em: Acesso em 09 de abr. 2014. - IAMAMOTO, Marilda Vilela. Renovação e conservadorismo no Serviço Social. 3. ed., São Paulo: Cortez, 1995. Disponível em: Acesso em 09 abr. 2014. _. Antecedentes: a origem sob controle estatal. Disponível em: Acesso em 09 abr. 2014. _. Resolução CFESS Nº 569, de 25 de março de 2010. Disponível em: Acesso 09 abr. 2014. - IAMAMOTO, Marilda V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 1998. Acesso em 10 abr. 2014. Biblioteca Básica/Serviço Social-Curso de Direito do Serviço Social- Carlos Simões – editora- Cortes Ética e Serviço Social: fundamentos ontológicos –Barroco,M. L. S.-São Paulo,Cortes-2001 Serviço Social- Crinorte.org.br Caderno de Atividades – Universidade Anhanguera - UNIDERP - Competências Profissionais - Elisa Cléia Pinheiro, Rodrigues Nobre Renovação e Conservadorismo no Serviço Social-ensaios críticos – Iamamoto, Marilda Villela –editora Cortes1 ... http://www.anpae.org.br/simposio26/1comunicacoes/AndressaLenuskaSousadeMacedo-ComunicacaoOral-int.pdf SERVIÇO SOCIAL, Conselho Federal de. Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais. Disponível em: . Acesso em 25 de março de 2014
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