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CLINICA INTEGRADA ODONTOLOGICA I Cuidados Especiais com Pacientes: Doenças auto-imunes - Lupus eritematoso: O atendimento odontológico desses pacientes deve atentar para consequências da terapia imunossupressora, doença renal, aumento do risco cardíaco, e das anormalidades hematológicas mucocutâneas e mucoesqueléticas. Se houver comprometimento renal, deve-se avaliar a dosagem mínima necessária de qualquer medicamento, inclusive anestésicos locais. Hepatite: Minimizar o uso de medicamentos metabolizados pelo fígado e se houver dúvidas quanto a possível hemorragia, verificar exames relativos ao tempo de protrombina e tempo de sangramento no pré-operatório desses pacientes. Diabéticos: Pc diabéticos podem ter hipossalivação, infecções e comprometimento periodontal e podem ter alteração na cicatrização. Diabetes melito – Tipo 1 (10%) - deficiência total de insulina. Por esse motivo, os diabéticos do Tipo 1 são chamados de insulinodependentes. Diabetes melito – Tipo 2 - não insulino dependentes Critério diagnóstico Glicemia em jejum (mínimo de 8 h) Glicemia 2h após 75g de glicose Glicemia Glicemia normal 70-99 < 140 < 200 Intolerância à glicose 100-125 ≥ 140 e < 200 * Diabetes melito ≥ 126* ≥ 200 ≥ 200 (com sintomas) Sedação Mínima: Segura em diabéticos Anestésicos locais: Prilocaína com Felipressina Analgésico: Paracetamol (1° opção). AINEs: Somente após conversar com o médico Corticóide: Dexametasona ou betametasona – Seguro em pacientes controlados. Antibiótico: Compensado: tratar como paciente normal Descompensado:Antibioticoterapia Para prova: “se colocarem que está compensado tratar normal, se nada for relatado sempre considerar descompensado.” Asma Alérgicos a sulfito – conservante presente no tubete dos anestésicos com adrenalina. Usar prilocaína com felipressina. Verificar se é alérgico ao látex, AAS, metilmetacrilato. Anêmicos Pode ter problemas na cicatrização. Verificar a necessidade de alteração na medicação. Risco de Endocardite infecciosa: Após procedimento odontológico invasivo, se não forem tomados só cuidados necessários, pode-se suspeitar de endocardite infecciosa quando há febre (>38º C) sem motivo aparente, fadiga e cansaço. Encaminhados para o cardiologista. Profilaxia antibiótica: Antes de procedimentos invasivos que envolvam a manipulação de tecido gengival, periapical ou perfuração da mucosa. Inclue remoção de sutura, bandas ortodônticas. 4g amoxicilina 600 mg Clindamicina Pacientes de alto risco à endocardite: Pac com válvula cardíaca protética Endocardite infecciosa prévia Doença Cardíaca congestiva (DCC) DCC cianótico congênito Transplantados cardíacos com valvulopatia Recomendar atenção no cuidado com a saúde bucal. Portadores de doenças cardiovasculares: Os fios de retração gengival impregnados com epinefrina não devem ser empregados em pacientes com risco cardiovascular. Anestésico – Prilocaína com felipressina, ou Anestésico sem vaso. Se usar adrenérgico, máximo 2 tubetes (tabela acima). Grupo: Doença cardíaca isquêmica, Insuficiência cardíaca congestiva, Arritmias cardíacas, Anormalidades das valvas cardíacas. Gestantes e Lactantes Profilaxias e selamentos de cavidades, devem ser realizados no pré-natal. Melhor período de tratamento: 2° trimestre (4°,5°,6° mês) Evitar posição supina nos últimos meses de gestação. Radiografias - seguindo o protocolo. Evitar sempre que possível. Sedação mínima - Risco para o feto no 1° e 2° trimestre. Sem risco em odontologia durante a lactação. Anestésico local – Usar no máximo 2 tubetes Lidocaína 2% com epinefrina – indicada para Gestação normal, grávidas com história de anemia, diabéticas ou com hipertensão arterial controlada. Grávidas com hipertensão não controlada e história de anemia Mepivacaína 3% sem vasoconstritor. Analgésicos e Antiinflamatórios - Quando houver necessidade da prescrição de um analgésico, o paracetamol (risco B) é o fármaco de escolha para qualquer período da gestação. As doses recomendadas são de 500mg, a cada 6 h, respeitando o limite máximo de três doses diárias, por tempo restrito. Opióides – Devem ser evitados AINEs – Devem ser evitados Corticoides – Não apresenta risco na dose recomendada Antibióticos: Amoxicilina – Não apresenta risco Eritromicina – Opção à alérgicas Horário de atendimento: final da manhã (hiperemese=vômito excessivo). Caso Clínico 1: Paciente R.J.M 35 anos, leucoderma e na anamnese relatou ser diabético compensado, insulino dependente e realizar hemodiálise 3 vezes por semana. Apresenta dor na região inferior direita com edema na região vestibular dos dentes 45, 46 e 47. O Exame clínico revelou o seguinte: -Dente 46 com coroa totalmente destruída com imagem radiográfica de lesão periapical difusa. -Dente 47 coroa parcialmente destruída com comunicação com a câmara pulpar e massa avermelhada emergindo da cavidade. -Dente 45 apresenta-se com cárie profunda e teste de vitalidade a frio positivo com declínio relativamente rápido. Pergunta-se: a) Faça se necessário a terapêutica medicamentosa para essa paciente. R: Antibioticoterapia, fazer Profilaxia Antibiótica o paciente por realizar hemodiálise 3x por semana encontra-se imunossuprimido, prescrever Amoxicilina 500 mg, 4 cps (total de 2g) e pedir ao paciente para tomar de 1h a 30 minutos antes do procedimento, e realizar as doses de manutenção de amoxicilina 500mg de 8 em 8 horas por 7 dias. Analgésicos - Dipirona sódica 500 mg 4 em 4h ou Paracetamol 750mg de 6 em 6 h. Anestésico: Lidocaína com adrenalina 1:100.000 nas doses habituais. b) De o diagnóstico do caso clínico e planejamento. R: Urgência no dente 46. Diagnóstico: Abscesso Fênix. Tratamento: Endodôntico - Penetração desinfetante - drenagem via canal se possível - medicação intracanal com hipoclorito - restauração temporária c/ ionômero de vidro, cotosol etc... Adequação de meio bucal: 47: Pulpite hiperplásica - Pulpotomia - ou pulpectomia. 45: Dente cariado - escariação - e restauração temporária. 46: Obturação e restauração temporária. Fase restauradora: 47- Restauração permanente com resina composta ou amálgama. 45- Restauração permanente com resina composta ou amálgama. 46- Coroa metalocerâmica + núcleo fundido (Prótese fixa) Fase de manutenção: Aqui será realizado o controle periódico da higiene bucal, reforço da motivação, acompanhamento clínico e radiográfico dos trabalhos executados, reavaliação dos procedimentos reabilitadores, reforço e/ou reaplicação das medidas preventivas responsáveis pela manutenção do estado de saúde bucal e geral do paciente. OBS: → O Abscesso Fênix radiograficamente pode apresentar uma imagem radiolúcida apical (RAREFAÇÃO ÓSSEA PERIAPICAL) e já o abscesso apical agudo radiograficamente pode apresentar aumento do espaço perirradicular e/ou rompimento da lâmina dura ou imagem apical de esfumaçamento. Caso Clínico 2: Paciente 25 anos, diabética tipo I, procurou a clínica da Uninove onde apresenta cárie profunda no dente 24 e relata dor espontânea muito intensa aliviada por estímulo frio e ocorreu pequena exposição pulpar antes da completa remoção da cárie. No exame intra oral: - Cálculo na região do 33 até o 43; - Cárie profunda nos dentes 36 e 46, teste de vitalidade positivo no 36 e negativo no 46 com imagem de lesão periapical difusa. - Fratura classe IV no dente 22. - Presença de fratura subgengival no dente 25 com invasão do espaço biológico e presença de cálculo. - Raiz residual do dente 16 e 26. R: Tratamento de Urgência: - Dente 24: Pulpite Irreversível. Tratamento: Pulpectomia, MIC – Hidróxido de cálcio (Callen) e Restauração temporária. Terapêutica: Anestesia Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 Medicação Pós-Operatória: Dipirona sódica 500mg de 4 em 4h por 24h, ou, Paracetamol 750mg, de 6 em 6 h por 24h. Não há necessidade de terapia antibiótica devido ao estado atual da doença se encontrar controlada e não há presençade disseminação local ou sistêmica da infecção. Ex: linfadenopatia, febre, trismo etc... Preparo de Boca – Adequação de meio bucal Orientação de Higiene Bucal Dentes 33 ao 43 (cálculo): Tto periodontal – Raspagem e alisamento supragengival, rasp. Subgengival; Dente 36 (cárie profunda): Escariação – Capeamento pulpar indireto com Hidróxido de cálcio P.A e pasta pasta – restauração temporária; Raízes residuais 16 e 26: Exodontia; 46 (cárie profunda + lesão apical) – Periodontite Apical crônica – Escariação + Penetração desinfetante, MIC hipoclorito e restauração temporária. (Dúvida: Em que fase é feito a obturação) 25 Não tenho a mínima idéia. Reabilitação 36 -> Restauração definitiva com amálgama ou resina composta. 46 -> Prótese Fixa – Núcleo + Coroa (enfraquecimento das cúspides) 25-> Não tenho a mínima idéia. 22 -> Restauração definitiva , Sistema Adesivo + Resina Composta. Manutenção: Reavaliar o paciente para verificar se houve paralisação da atividade cariogênica, controle do biofilme e sucesso da terapia pulpar, bem como a saúde bucal em geral. QUESTÕES ALTERNATIVAS. 1- Paciente jovem com 12 anos de idade, queixa-se de dor provocada ao frio e doce, na região dos molares superiores. Clinicamente, verifica-se no dente 16 a presença de grande quantidade de dentina cariada sem exposição pulpar e com resposta positiva aos testes de sensibilidade. Radiograficamente, a cárie é profunda, próxima à polpa e sem a presença de lesão periapical. Nesse caso deve-se realizar: A- Biopulpectomia B- Tratamento expectante C- Pulpotomia D- Remoção de todo o tecido cariado e restauração E- Proteção pulpar direta obs: Tratamento expectante = tratamento de espera. ex: capeamento indireto com hidróxido de cálcio pasta pasta (Hydcal) 2- Dente com lesão cariosa extensa, dor intensa à mudança de temperatura, em particular ao quente e persistente, mesmo depois de removido o estímulo. Tal situação sugere diagnóstico de: A- Pulpite reversível B- Pulpite hiperplásica C- Pulpite crônica D- Pulpite aguda E- Necrose pulpar 3- Na radiografia periapical do dente 13, observa-se canal radicular não tratado e presença de imagem radiolúcida circunscrita no ápice, sugestiva de granuloma. Clinicamente este dente não responde aos testes de sensibilidade pulpar. A etiologia desta lesão está ligada a fatores que levaram a: A- Decomposição ou necrose da polpa dental, atuando com baixa intensidade sobre os tecidos periapicais e o tratamento consiste na limpeza e obturação do canal radicular e observação radiográfica periódica. B- Decomposição ou necrose da polpa dental, atuando com alta intensidade sobre os tecidos periapicais e o tratamento consiste na limpeza e obturação do canal radicular e observação radiográfica periódica. C- Necrose parcial da polpa dental, atuando rápida e intensamente sobre os tecidos periapicais e o tratamento é a cirurgia paraendodôntica com apicectomia e obturação retrógrada. D- Necrose da polpa dental, atuando lenta e concomitantemente sobre os tecidos periapicais e o tratamento é a extração do órgão dental. E- Necrose parcial da polpa dental, atuando rápida e intensamente sobre os tecidos periapicais e o tratamento consiste na cirurgia paraendodôntica e obturação do canal. 4- Em casos de exposição pulpar, o capeamento pulpar direto pode ser usado como um procedimento para a recuperação pulpar. Seu sucesso depende: A- Pequenas exposições acidentais só em molares. B- Paciente jovem e pouca contaminação da exposição pela saliva. C- De ser uma exposição pulpar pequena e acidental e dente jovem. D- Qualquer exposição em dente jovem. E- As alternativas "a" e "b" estão corretas. 5- O articulador é um instrumento indispensável para o planejamento e tratamento de reabilitações orais. A respeito desse tema analise as afirmações abaixo: I- É possível determinar a dimensão vertical de oclusão a partir da dimensão vertical de repouso, tanto para pacientes dentados como edentados, uma vez que essa técnica independe de presença de dentes. II- Para montar o modelo superior de um caso que apresenta de canino a canino é necessário confeccionar uma base de prova e plano de registro da área dentada com godiva ou silicona pesada. III- Os modelos de estudo montados em articulador são utilizados para avaliar critérios de oclusão ideais, identificar dentes extruídos, analisar o plano oclusal dentre outras funções. É correto apenas o que se afirma em: A- I, II e III. B- I e II. C- apenas II. D- apenas III.
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