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Avaliação Educacional

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Avaliação Educacional
1. A avaliação não dispensa momentos de síntese, de balanço. Esta síntese deve representar não só o domínio do grau dos conhecimentos, mas também deve incorporar:
I. A avaliação que o professor faz de sua proposta de trabalho – se envolveu os alunos e se alcançou os objetivos propostos. 
II. O trabalho desenvolvido pelos alunos como ativos e participantes.
III. A contribuição para a função básica da escola, que é a promoção dos alunos.
Está correto o que se afirma em: I e II.
A avaliação deve trazer um feedback, um retorno ao professor sobre a sua intervenção pedagógica e a atuação do aluno. 
2. Antoni Zabala (1998, p. 202-210) disserta a respeito da avaliação dos conteúdos conforme sua tipologia. Nesse ponto, o autor destaca que os conteúdos de aprendizagem são o referencial funcional para avaliar e acompanhar os avanços no processo ensino-aprendizagem. Desse modo, é preciso trabalhar com todos os conteúdos para não...
preparar o aluno para entrar na faculdade, exclusivamente.
A avaliação tradicional tem como prioridade preparar o aluno para entrar na faculdade, e não a formação integral do aluno.
3. Antoni Zabala (1998, p.198-201), quando trata da posição em relação às finalidades do ensino e destaca o modelo centrado na formação integral da pessoa, apresenta a avaliação como um processo dividido em três fases: inicial, reguladora e final. Nesse caso, o autor contempla uma avaliação...
Formativa.
Zabala propõe que a avaliação aconteça em três etapas: não só no início, mas também no decorrer e no final do processo. Portanto, a alternativa correta é “avaliação formativa”, que avalia o aluno continuamente.
4. De acordo com Antoni Zabala, para melhorar a qualidade do ensino, é preciso conhecer e poder avaliar a intervenção pedagógica dos professores, de modo que a ação avaliadora observe simultaneamente os processos individuais e grupais. O autor se refere tanto aos processos de aprendizagem quanto aos de ensino, já que, de uma perspectiva profissional, o conhecimento relativo a como os alunos aprendem é, em primeiro lugar, um meio para ajudá-los em seu crescimento e, em segundo lugar, o instrumento que permite...
 melhorar as condições do processo de ensino-aprendizagem.
O autor considera que a melhoria da qualidade de ensino passa pela avaliação de todo o processo de ensino-aprendizagem.
5. Para Jussara Hoffman (2013, p.75), o teste é um instrumento de investigação e ação de ambos os sujeitos envolvidos no processo educativo... 
 
professor e aluno.
No processo de avaliação, tanto os professores quanto os alunos devem ser avaliados.
6. Realiza-se uma severa crítica à forma como habitualmente é compreendida a avaliação. A pergunta inicial, “por que precisamos avaliar? ”, necessária para que se entendam quais devem ser o objeto e o sujeito da avaliação, demora um pouco a ser respondida. A proposta de Antoni Zabala elimina a ideia da avaliação apenas do aluno como sujeito que aprende e propõe também uma avaliação de como o professor ensina. O autor elabora a noção de que devemos realizar uma avaliação que seja...
 
 inicial, reguladora, final e integradora.
A avaliação, segundo Zabala, deve conter as quatro etapas mencionadas para que a escola possa aprimorar o processo de ensino-aprendizagem.
7. Jussara Hoffman, quando afirma que “o termo conceito, na escola, assume o significado de medida”, quer dizer que, por influência do escolanovismo, os conceitos passam a fazer parte dos regimentos escolares, intencionando duas mudanças principais: a primeira, minimizar o privilégio a escores finais do aluno obtidos em provas periódicas (produto final) valorizando, assim, o seu processo de aprendizagem; e a segunda, analisar, ao lado dos aspectos cognitivos, os aspectos afetivos e psicomotores, que antes eram...
totalmente desconsiderados.
Os aspectos afetivos e psicomotores eram totalmente desconsiderados, pois a educação tradicional valorizava apenas os aspectos cognitivos.
8. Para Antoni Zabala, quando se fala de avaliação logo se pensa, de forma prioritária ou mesmo exclusiva, nos resultados obtidos pelos alunos. Hoje, esse continua sendo o principal alvo de qualquer aproximação ao fato avaliador. Os professores, as administrações, os pais e os próprios alunos se referem à avaliação como o instrumento ou processo para avaliar o grau de alcance em relação a determinados objetivos previstos nos diversos níveis escolares, em que o sujeito da avaliação é o aluno e somente o aluno, e o objeto da avaliação são as aprendizagens realizadas segundo certos objetivos mínimos para todos. A avaliação, nesse sentido, é basicamente considerada como...
um instrumento sancionador e qualificador.
Zabala faz críticas ao sistema de avaliação afirmando aos alunos, pais e professores que não é só o aluno que está sendo avaliado. Se assim fosse, a avaliação seria vista como um instrumento que prevê sanções.
9. Para Jussara Hoffman, a avaliação, na perspectiva de construção do conhecimento, parte de duas premissas básicas: confiança na possibilidade dos alunos construírem suas verdades e valorização de suas manifestações e interesses. Exige do educador uma concepção de crianças, jovens e adultos como sujeitos de desenvolvimento inseridos no contexto de sua realidade social e política. Portanto, avaliar é oferecer oportunidades de ação/reflexão, num acompanhamento permanente do professor, que incitará o aluno a novas questões a partir de respostas formuladas – não num momento terminal do processo educativo, mas numa busca de compreensão das dificuldades do educando e...
na dinamização de oportunidades para adquirir novos conhecimentos.
A construção do conhecimento, numa perspectiva construtivista, reconhece na avaliação um momento de possibilidade de aprendizagem, sendo assim uma forma de aquisição de novos conhecimentos.
10. Para Luckesi (2011), o exercício pedagógico escolar é atravessado mais por uma pedagogia do exame do que por uma pedagogia do ensino-aprendizagem. Em sua análise, isso implica atenção na promoção, sem se importar com as notas obtidas; atenção nas provas; atenção dos pais na promoção; estabelecimentos de ensino centrados nos resultados de provas e exames; e um sistema social que...
não se importa com o aprendizado dos alunos.
A pedagogia de exames não se importa com o aprendizado dos alunos, e sim com a sua promoção.
11. Jussara Hoffmann afirma que a teoria construtivista traz a perspectiva da imagem positiva do erro e nos auxilia a...
procurar entender razões para as respostas apresentadas pelos alunos.
12. Uma professora propõe aos alunos que escrevam um bilhete para um colega. Percorre todas as mesas, lê em voz alta alguns bilhetes, comenta as adequações, leva as crianças a refletirem a partir dos erros ortográficos e pede que os bilhetes sejam reescritos em casa. A avaliação da professora é oposta...
à classificatória – medir erros e acertos das aprendizagens das crianças.
13. A avaliação como integradora entre a aprendizagem e o ensino envolve...
a orientação da intervenção didática durante o processo de ensino-aprendizagem, para que o aluno aprenda melhor.
14. É correto afirmar a respeito dos tipos de conteúdos:
As atividades com objetivo de conhecer qual a compreensão de um aluno sobre determinado conceito não podem se basear apenas na repetição das definições do conceito.
Os conteúdos procedimentais implicam que o aluno saiba fazer o que lhe foi solicitado.
Os conteúdos atitudinais envolvem respeito, justiça e cooperação.
As datas e os nomes da história são conteúdos factuais.
É INCORRETO dizer que:
As atividades mais apropriadas para a avaliação dos conteúdos factuais são uma simples pergunta.
15. Na perspectiva construtivista de avaliação, o ato de avaliar deixa de se centrar no indivíduo, situando-se no processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, podemos afirmar que:
Avaliação possibilita conhecer a situaçãode aprendizagem de cada aluno e a repensar e rever a prática pedagógica, visando à continuidade do processo educativo.
A avaliação na perspectiva construtivista não avalia apenas o aluno, mas a proposta pedagógica, o professor e sua prática etc. A avaliação deve mostrar o resultado de um conjunto de fatores.
16. Considere a seguinte afirmação, proferida por Ristoff (2005), no artigo “Avaliação institucional: pensando princípios”:
“Somos uma sociedade em que o humor punitivo, apesar dos seus inúmeros e óbvios fracassos, conseguiu distorcer o que há de mais precioso na avaliação – a sua capacidade de construir – tornando-a mero instrumento de classificação.”
Diante da afirmativa acima, que função da avaliação institucional é criticada pelo autor nessa afirmação?
Função classificatória.
O autor faz uma crítica à avaliação como um instrumento de classificação, pois essa avaliação pode levar à evasão e à exclusão.
17. Considere a seguinte situação:
Os estudiosos de avaliação defendem como princípios básicos para a avaliação na educação infantil a observação atenta e curiosa sobre as manifestações de cada criança, bem como a reflexão sobre o significado dessas manifestações em termos de seu desenvolvimento.
A partir desses princípios, considere os aspectos relacionados abaixo:
I - Observar e refletir para dar continuidade às ações educativas – intervir no cotidiano.
II - Confiar nas possibilidades das crianças, valorizando-as em suas manifestações.
III - Observar e refletir sobre o significado de cada momento de convivência com a criança.
Está correta a alternativa: I, II e III.
Na Educação Infantil, a avaliação deve possibilitar a expressão livre da criança, além de possibilitar ao professor a observação contínua e o registro. Portanto, todas as afirmações estão corretas.
18. Em relação ao SAEB, está correta a alternativa:
Trata-se de uma avaliação amostral, ou seja, apenas parte dos alunos brasileiros das séries avaliadas participa da prova, e tem como objetivo acompanhar as redes de ensino para traçar o desempenho e reorientar políticas públicas.
Esta avaliação é obrigatória apenas para as redes públicas, sendo facultativa para a rede privada. Tem como objetivo orientar os projetos e as políticas.
19. O baixo desempenho em leitura nas avaliações em larga escala demonstrado pelas crianças brasileiras em exames como o SAEB e a Prova Brasil tem suscitado debates e estudos que remetem a interpretações variadas. A esse respeito, podemos tecer algumas considerações, exceto que:
Os métodos antigos de alfabetização eram mais eficazes e, portanto, o fracasso dos alunos pode estar ligado à falta de recursos didáticos como as cartilhas, por exemplo.
Os estudos não têm demonstrado que os métodos antigos eram mais eficazes para desenvolver no aluno as habilidades de leitura e compreensão, mas fazem críticas a eles, pois eram baseados na memorização
20. O fracasso da maioria das crianças brasileiras em exames como o SAEB e a Prova Brasil tem suscitados muitos debates sobre os fatores causadores do insucesso em relação à leitura. Assinale a alternativa correta em relação aos principais fatores apresentados:
I - Todos os alunos chegam à quarta série dominando o sistema de escrita alfabética.
II- Os alunos, em sua maioria, chegam ao final da segunda série com uma hipótese de escrita alfabética, mas nas séries seguintes NÃO conseguem avançar em relação à compreensão de textos.
III - Os professores gastam muito tempo ensinando conteúdos que não desenvolvem as habilidades envolvidas na compreensão de textos.
Estão corretas: II e III.
Nem todos os alunos chegam à quarta série com habilidades de leitura e compreensão de textos. Muitos alunos não têm avançado no desenvolvimento do senso crítico, o que tem suscitado críticas em relação aos conteúdos que são trabalhados nas séries iniciais.
21. Para Freitas, para uma melhor definição da avaliação de um sistema de rede faz-se necessário:
I - A constituição de um conselho gestor de avaliação por representantes dos vários segmentos, tanto da administração pública como dos profissionais da escola, incluindo pais de alunos.
II - Apenas a constituição de um conselho gestor formado pelos representantes da administração em nível federal e estadual e pelos dirigentes regionais.
III - A constituição de um conselho que definisse os princípios norteadores da avaliação e delegasse a uma equipe técnica a elaboração de uma matriz de referência para a produção da avaliação a ser conduzida na rede.
IV - A constituição de um conselho que tivesse a participação dos professores, para que eles participassem efetivamente na identificação do que ensinam e de como ensinam.
Estão corretas: I, III e IV.
Para Freitas, é importante envolver todos os responsáveis direta ou indiretamente nas questões que envolvem a avaliação institucional, para que haja maior conscientização na busca das soluções. É preciso ouvir pais, professores, alunos, a equipe como um todo.
22. Sandra Zákia de Sousa faz críticas ao ENEM, ao afirmar que:
“De modo explícito, fica demonstrada a visão individualista com que é tratado o processo educacional, sendo atribuída, ao aluno, individualmente, a responsabilidade pelas eventuais competências ou incompetências evidenciadas pelo exame.” (PERONI, p. 293)
Diante do texto, a educadora revela que:
 I - Pelo seu caráter individualista, o ENEM não faz um diagnóstico dos graves problemas evidenciados no país.
 II - Para a autora, ao individualizar os resultados deixa de avaliar os fatores internos e externos que influenciam a educação.
III - Ao atribuir ao potencial do aluno o seu sucesso, ou fracasso não relaciona os resultados à qualidade da educação ofertada pelo próprio Estado.
IV - Ao fazer a leitura dos resultados obtidos, percebemos que os únicos fatores que devem ser analisados referem-se ao potencial dos alunos.
Estão corretas: I, II e III.
Para a autora, o ENEM faz uma avaliação do aluno, de forma individual, não levando em conta fatores que interferem na qualidade do ensino oferecido pelas escolas, tais como recursos materiais e humanos, metodologia, dentre outros.
23. “Chama a atenção que o MEC tenha optado pelo IDEB como referência de qualidade. Por que não construímos uma mediação baseada no custo aluno/qualidade, na qual se levaria em conta uma série de variáveis que são necessárias ao funcionamento adequado de uma escola de qualidade? Por que não definimos o que entendemos por uma escola que tenha condições de ensinar e não criamos um indicador mais amplo e sensível às desigualdades sociais?” (FREITAS, 2007. p. 981).
Isso significa que:
O IDEB foi criado com o objetivo de detectar escolas cujos alunos apresentem baixa performance, mas não propõe indicadores que diminuam as desigualdades sociais.
O IDEB deveria levar em conta varáveis que interferem nos resultados das avaliações dos alunos. Deveria apresentar soluções como mais investimentos nas escolas com maiores problemas sociais.
24. Quanto à Provinha Brasil, podemos afirmar que:
I - A Provinha Brasil tem características de avaliação diagnóstica, na medida em que permite auxiliar os professores a identificar o desempenho dos alunos em processo de alfabetização.
 II - Na aplicação da prova, o próprio professor pode, além de aplicar, corrigir as questões, processar os resultados e interpretar os dados.
III - Um dos objetivos da Provinha Brasil é indicar distorções e permitir o investimento em medidas que garantam melhor aprendizado e melhorar a qualidade do ensino.
Assinale a alternativa correta: Todas as alternativas.
Todas as alternativas estão corretas, pois a Provinha Brasil pode ser um diagnóstico para os professores, mostrando os conhecimentos prévios dos alunos e permite a interpretação dos resultados e indica as medidas que serão necessárias para a melhoria do trabalho.
25. A Lei de Diretrizes de 1996 indica que a avaliação, na Educação Infantil...
far-se-á mediante acompanhamentoe registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental.
26. A avaliação dos alunos é redimensionadora da ação pedagógica e deve assumir um caráter processual, formativo e participativo, ser contínua, cumulativa e diagnóstica, com vistas a...
reconhecer o direito do aluno e da família de discutir os resultados de avaliação, inclusive em instâncias superiores à escola, revendo procedimentos sempre que as reivindicações forem procedentes.
27. Freitas afirma que a educação deve se construir com uma função formativa. Assim, podemos afirmar que a avaliação consiste em...
possibilitar o desenvolvimento global dos alunos num processo contínuo e permanente de formação.
28. Podemos dizer que as consequências da “Pedagogia do Exame”, termo usado por Luckesi, são as seguintes:
 
Esta prática não auxilia a aprendizagem dos alunos, pois desenvolve personalidades submissas e colabora para a exclusão.
29. A escola deve ultrapassar a função de instruir e construir uma função formativa, “lutando por uma escola e um ensino de qualidade para todos, recusando as hierarquias de qualidades baseadas na origem social”. Para atingir esse objetivo, a avaliação deve tornar-se um instrumento destinado a:
Favorecer o desenvolvimento global em um processo contínuo e permanente de formação, permitindo ao professor regular o processo de ensino e ao aluno autorregular a sua aprendizagem.
A função formativa tem ênfase na formação do aluno de forma contínua, incentivando a auto avaliação do aluno.
30. Atualmente ressalta-se a importância de uma prática avaliativa que permita a democratização do acesso à educação escolar, a permanência do educando na escola e a qualidade de ensino. “Avaliar para identificar os saberes dos alunos, o que é preciso ensinar, orientá-los ou reorientá-los em sua trajetória, levando-os a construir ou elevar o seu conhecimento de mundo, a se encarar por ele, a se reconhecer como sujeito capaz de aprender e entender a sociedade em que vive” (BIANI; BETINI, 2010, p. 83).
 Nesse sentido, podemos afirmar que a avaliação diagnóstica:
( V ) É uma avaliação que permite identificar o crescimento do aluno no que se refere à elevação do seu patamar cultural.
( V ) É uma avaliação que orienta a intervenção do professor, sem classificar, certificar ou selecionar os alunos.
( V ) É um instrumento auxiliar da aprendizagem, preocupando-se com o crescimento do educando, descobrindo o nível de conhecimentos compreendidos.
( V ) É uma avaliação de caráter participativo em que professores e alunos discutem juntos os objetivos e o nível de aprendizagem que atingiram.
( F ) É uma avaliação contra o processo de democratização do ensino na medida em que não serve para auxiliar no avanço e no crescimento do educando.
Somente a última afirmação é falsa, uma vez que a avaliação diagnóstica não dificulta o processo de democratização, mas ajuda no crescimento do aluno.
31. Considere a seguinte afirmação, proferida por Ristoff (2005), no artigo “Avaliação institucional: pensando princípios”:
“Somos uma sociedade em que o humor punitivo, apesar dos seus inúmeros e óbvios fracassos, conseguiu distorcer o que há de mais precioso na avaliação – a sua capacidade de construir – tornando-a mero instrumento de classificação.”
Diante da afirmativa acima, que função da avaliação institucional é defendida pelo autor nessa afirmação?
Função formativa.
A avaliação formativa, pois ela facilita análise do trabalho da escola permitindo ajustes na construção do processo de ensino e aprendizagem da escola.
32. Gatti (2004) defende a importância dos estudos quantitativos na análise e compreensão dos problemas do campo educacional. Sobre tal questão, a autora faz importantes observações sobre a utilização dos métodos quantitativos nas pesquisas educacionais:
I − A elaboração de boas perguntas pelo pesquisador para favorecer as boas análises que guiarão suas interpretações.
II − A escolha da abordagem quantitativa ou qualitativa ou a combinação de ambas depende do objeto do estudo e das perguntas que queremos responder.
III − Dentre as diversas formas utilizadas na obtenção de quantificações, a autora distingue três tipos de dados: categóricos, ordenados e métricos.
Todas as alternativas estão corretas.
É importante a escolha das questões, bem como a escolha do tipo de pesquisa, de acordo com o que está sendo analisado. A avaliação quantitativa tem os três dados: categóricos, ordenados e métricos.
33. Na década de 1990, o tema avaliação institucional ganhou espaço significativo no debate educacional. Nesse sentido, podemos afirmar que:
I. A avaliação institucional pode acontecer no próprio espaço da escola (interna) e a partir de instrumentos e mecanismos externos (Prova Brasil, SARESP, ENEM etc.).
II. A avaliação institucional da escola é um processo que envolve todos os seus atores, com vistas a negociar patamares adequados de aprimoramento, a partir dos problemas concretos vivenciados por ela.
III. Na avaliação institucional interna deve-se negociar a qualidade, definindo no conjunto da escola os princípios e os anseios de um ensino e de uma escola comprometida com a aprendizagem dos alunos.
IV. A avaliação institucional não é importante em uma proposta moderna de educação, tendo em vista que todos sabem bem que as avaliações são instrumentos de medidas quantitativas e, por isso, não importantes para uma sociedade democrática.
V. A avaliação institucional é revelada pelo projeto político-pedagógico da escola, refletindo o compromisso do coletivo com a qualidade do ensino e com a aprendizagem dos alunos.
Estão corretas: I, II, III e V.
A avaliação institucional interna pode acontecer através de instrumentos e investigações realizadas pela própria escola e a avaliação institucional externa refere-se aos instrumentos avaliativos aplicados pelos órgãos centrais da educação (Secretaria Municipal de Educação - SME, Secretaria Estadual de Educação - SEE, MEC etc.) para identificar o desempenho dos alunos (SARESP, ENEM, Prova Brasil, Provinha Brasil etc.). Busca-se com a avaliação institucional construir um espaço coletivo de tomada de decisão sobre os encaminhamentos da escola por meio da identificação dos problemas e da busca de soluções através da negociação das ideias e dos conflitos entre os atores educacionais envolvidos no processo (funcionários, professores, gestores, pais e estudantes). A avaliação institucional também serve como uma forma de prestar contas do serviço prestado à comunidade além de servir de referência para um ensino de qualidade.
34. Segundo Freitas (1999), a avaliação não incorpora apenas os objetivos da instituição escolar, mas também os objetivos ligados à sua função social no mundo contemporâneo, já que a escola está inserida em uma dada sociedade. Podemos afirmar que:
Em uma sociedade excludente e desigual dificilmente haverá demanda por uma escola universalizada, com real acesso de todos os estudantes a todos os conteúdos ministrados.
A escola em uma sociedade capitalista acaba reforçando as desigualdades sociais.
35. Segundo Freitas (2009), o apropriar-se dos problemas da escola inclui um apropriar-se para demandar do Estado as condições necessárias ao funcionamento dela. Mas inclui, igualmente, o compromisso dos que fazem a escola com os resultados dos seus alunos. A esse processo bilateral de responsabilização, chamamos:
Gestão democrática.
Na gestão democrática todos devem ter o compromisso de assumir os desafios da escola, buscando exigir que o Estado garanta as condições para o funcionamento da escola
36. Sobre a avaliação institucional é correto afirmar que:
É um instrumento no qual a escola pode analisar, com o coletivo da escola, os problemas, as dificuldades e os avanços das propostas e dos projetos implementados, permitindo o aprimoramento da prática educativa.
A avaliação institucional tem como objetivo colher dados sobre o trabalho coletivo da escola,permitindo alterações nos projetos para melhoria dos resultados apresentados.
37. “A avaliação deve estar a serviço de uma qualidade que aponte para um futuro mais fraterno, mas exatamente por isso esta avaliação deve cuidar do presente. Como defender as crianças das consequências de uma escola que convive harmonicamente com resultados pífios do trabalho pedagógico que executa?” (FREITAS, 2009, p. 42)
I – Desresponsabilização do Estado com a educação.
II – Parcela do funcionalismo público da educação que se desresponsabiliza igualmente pela educação.
III – Desresponsabilização da família quanto ao seu papel de formadora/educadora de seus filhos, transferindo essa atribuição para a escola.
IV – Políticas de valorização do magistério (formação continuada e melhoria salarial), embora necessárias, não têm sido suficientes para romper com o conceito de um serviço público que, por ser público, é visto como sendo de ninguém e não necessitando ter, portanto, melhor qualidade.
Correspondem aos enfrentamentos da educação hoje, de acordo com Freitas: I, II, III e IV.
Todas as alternativas mostram desafios na educação no presente. São questões a serem enfrentadas para melhoria da qualidade.
38. “[...] A ampliação dos níveis de avaliação para além da sala de aula e da aprendizagem dos estudantes trouxe novas possibilidades ao desenvolvimento de escolas reflexivas. Implica repensar o significado da participação dos diferentes atores na vida e no destino das escolas. Implica, portanto, recuperar a dimensão coletiva do projeto político-pedagógico e, responsavelmente, refletir sobre suas potencialidades, vulnerabilidades e repercussões em nível de sala de aula, junto aos estudantes.” (FREITAS, 2009, p. 35)
No trecho acima, o referido autor refere-se à:
Avaliação institucional.
A avaliação institucional permite que as escolas possam refletir sobre seu projeto político-pedagógico, em uma perspectiva do coletivo da escola.
39. A avaliação da aprendizagem dos alunos pode ser tanto uma contribuição à democratização como um empecilho a ela. É uma contribuição à medida que define um processo no qual o professor: 
 
Elabora juízos de qualidade sobre as manifestações dos alunos para tomada de decisões que visam à melhoria da aprendizagem
40. A avaliação da aprendizagem dos alunos pode ser tanto uma contribuição à democratização como um empecilho a ela. É uma contribuição à medida que define um processo no qual o professor: 
Elabora juízos de qualidade sobre as manifestações dos alunos para tomada de decisões que visam à melhoria da aprendizagem
41. O Ideb é um indicador para avaliar a qualidade da educação. Sobre ele é correto afirmar:
Com o Ideb, ampliam-se as possibilidades de mobilização em favor da educação, uma vez que expressa em valores os resultados sobre aprendizagem e fluxo.
42. A “Provinha Brasil” é uma avaliação diagnóstica que permite auxiliar professores e gestores a identificar o desempenho de alunos no 2º ano do Ensino Fundamental. A intenção é que as informações ajudem a compreender quais as capacidades já dominadas e quais:
Deverão ser aprendidas ao longo do ano escolar.

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