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SALÁRIO FAMÍLLIA E SALÁRIO MATERNIDADE

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SALÁRIO-FAMÍLIA 
Arts. 65 a 70, Lei 8.213/91, e 81 a 92, Decreto 3.048/99
O salário-família é o benefício devido ao segurado empregado, doméstico e ao trabalhador avulso de baixa renda, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados, menores de 14 anos ou inválidos, de qualquer idade.
O empregado doméstico passou a ter direito a este benefício após a Lei Complementar 150, de 01/06/2015, que regulamentou a EC 72.
Considera-se trabalhador de baixa renda o que recebe remuneração igual ou inferior a R$ 1.292,43. Esse valor é atualizado, em regra, anualmente.
Para o pagamento do salário-família em decorrência de filho ou equiparado inválido, é necessária a comprovação da invalidez em exame médico-pericial a cargo da Previdência Social.
A cota do salário-família consiste em um valor fixo pago mensalmente ao segurado por filho que atenda às exigências legais. Existem duas faixas salariais para a concessão desse benefício:
I - R$ 44,09 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 859,88;
II - R$ 29,16 para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 859,88 e igual ou inferior a R$ 1.292,43.
Para se apurar o valor da remuneração para fins de pagamento ou não do salário-família todas as importâncias que integram o salário-de-contribuição serão consideradas como parte integrante da remuneração do mês, exceto o 13º salário e o adicional de 1/3 de férias.
O salário-família será pago pela empresa e pelo empregador doméstico ao seu empregado, juntamente com sua remuneração mensal. A empresa e o empregador doméstico deverão compensar-se dos valores despendidos com o pagamento desse benefício na guia de recolhimento da contribuição previdenciária (GPS). Nos meses de admissão e demissão do empregado, o salário-família deve ser pago proporcionalmente aos dias trabalhados.
O sindicato e o órgão gestor de mão-de-obra podem, mediante convênio com a autarquia, pagar esse benefício aos trabalhadores avulsos. O salário-família desses segurados independe do número de dias trabalhados no mês, devendo seu pagamento ser correspondente ao valor integral da cota.
Ressalte-se que é o INSS que efetua o pagamento de salário-família aos empregados, domésticos e trabalhadores avulsos em gozo de benefício previdenciário.
Quando o pai e a mãe são segurados empregados, domésticos ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao salário-família, mesmo que trabalhem na mesma empresa. Assim, se um casal de empregados de baixa renda tiver 4 filhos menores de 14 anos, farão jus a 8 cotas de salário-família.
Para que o pagamento do salário-família seja pago pela empresa é necessária a apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado. Além disso, deve apresentar atestado de vacinação anual da criança de até 6 anos de idade, e de comprovação semestral de frequência à escola do filho ou equiparado, a partir dos 7 anos.
Para efeito de concessão e manutenção do salário-família, o segurado deve firmar termo de responsabilidade, no qual se comprometa a comunicar à empresa ou ao INSS qualquer fato ou circunstância que determine a perda do direito ao benefício, como o falecimento do filho.
Em caso de divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, abandono legalmente caracterizado ou perda do pátrio-poder, o salário-família deve ser pago diretamente àquele que ficar com a responsabilidade pelo sustento do menor ou a outra pessoa, se houver determinação judicial nesse sentido.
O direito ao salário-família cessa automaticamente:
a) por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito;
b) quando o filho ou equiparado completar 14 anos de idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário;
c) pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade;
d) pelo desemprego do segurado.
SALÁRIO-MATERNIDADE
Art. 71 a 73, Lei 8.213/91 e Art. 93 a 103, Decreto 3.048/99
O salário-maternidade é o benefício devido à segurada, durante 120 dias, com início 28 dias antes e término 91 dias depois do parto. Mesmo em caso de parto antecipado, esse benefício será devido por 120 dias.
Apesar de a legislação “falar” que o salário-maternidade tem início 28 dias antes do parto, nada impede que este benefício se inicie na data do parto ou até mesmo depois da data do parto. Neste caso, a segurada teria direito a 120 dias de salário-maternidade, a contar da data de seu início.
A legislação previdenciária não exige, em regra, exame médico-pericial para a concessão do salário-maternidade. Obviamente, existem outras formas mais simples de se comprovar o direito a este benefício, como, por exemplo, a apresentação de atestados médicos e, quando solicitado após o parto, a certidão de nascimento do filho, podendo, no caso de dúvida, a segurada ser submetida à avaliação pericial junto ao Instituto Nacional do Seguro Social.
Em casos excepcionais, os períodos de repouso anteriores e posteriores ao parto podem ser acrescidos de duas semanas, mediante atestado médico específico. Assim, a segurada pode obter quatro semanas adicionais de descanso, duas antes do parto e duas após o nascimento.
Relembrando: somente é exigida carência para concessão do salário-maternidade para as seguradas contribuinte individual, especial e facultativa, equivalente a dez contribuições mensais. Em caso de parto antecipado, o período de carência será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.
Não se esqueçam, que a carência para a concessão do salário-maternidade para a segurada especial corresponde à necessidade de comprovação do exercício de atividade rural, nos últimos dez meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício, mesmo que de forma descontínua.
As seguradas empregadas, avulsas e empregadas domésticas independem de carência para o recebimento desse benefício. Se, então, uma empregada doméstica for contratada no oitavo mês de gestação, terá direito a gozar do salário-maternidade, mesmo que nunca tenha trabalhado antes.
Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico, a segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas (art. 93, § 5˚, RPS, aprovado pelo Decreto 3.048/99). Em caso de natimorto, comprovado por atestado de óbito, será garantido o salário-maternidade por 120 dias (art. 343, §5°, da IN 77/2015).
Assim, atualmente, o que diferencia aborto do natimorto é o atestado médico, não necessitando passar por perícia médica do INSS para sua validação.
Em caso de aborto não criminoso, considerado para tanto o evento ocorrido antes da 23.ª semana de gestação, comprovado mediante atestado médico, a segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas.
O salário-maternidade das seguradas empregadas é pago diretamente pela empresa, devendo esta efetuar o reembolso por meio de dedução do valor da guia de pagamento de contribuições previdenciárias (GPS). A empregada deve dar quitação à empresa dos recolhimentos mensais do salário-maternidade na própria folha de pagamento ou por outra forma admitida, de modo que a quitação fique plena e claramente caracterizada.
As seguradas das demais categorias, inclusive as empregadas domésticas, recebem o benefício diretamente do INSS.
A Lei 12.470/2011 alterou a forma de pagamento do salário maternidade da empregada ou avulsa contratada pelo MEI, imputando a responsabilidade pela quitação do benefício à Previdência Social.
A renda mensal do salário-maternidade não é calculada com base no salário-de-benefício. A forma de cálculo do valor dependerá da categoria da segurada, conforme segue:
• Empregada – Valor de sua remuneração integral, podendo ultrapassar o teto do salário-de-contribuição, limitado apenas ao valor do subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal – STF (art. 248, CF), correspondente a R$ 33.763,00. Se a remuneração da empregada for variável, a empresa deve calcular o valor do salário-maternidadecom base na média dos seis meses anteriores à concessão do benefício.
• Trabalhadora avulsa – Sua última remuneração integral equivalente a um mês de trabalho, não sujeita ao limite máximo do salário-de-contribuição, exceto ao imposto aos ministros do STF.
• Empregada doméstica – Valor correspondente a seu último salário-de-contribuição, sujeito ao limite do maior salário-de-contribuição.
• Segurada especial – Um salário mínimo, salvo se recolher suas contribuições, facultativamente, da mesma forma que o contribuinte individual.
• Contribuinte individual e facultativa e as seguradas que recebam salário-maternidade durante o período de graça – Valor de 1/12 da soma dos 12 últimos salários-de-contribuição, apurados em período não superior a 15 meses, limitado ao teto do salário-de-contribuição.
Caso a segurada possua menos de 12 salários-de-contribuição nos 15 meses anteriores ao parto, seu benefício corresponderá a 1/12 do montante correspondente à soma dos meses de contribuição.
Percebam que o valor do salário-maternidade concedido durante o período de graça deve ser calculado com base na mesma regra de cálculo deste benefício para as seguradas contribuintes individuais e facultativas.
Lembro que, durante o período de graça, a segurada desempregada faz jus ao recebimento do salário-maternidade nos casos de demissão antes da gravidez, ou, durante a gestação, nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, situações em que o benefício será pago diretamente pela previdência social.
Se a empregada gestante for, então, despedida sem justa causa, não fará jus ao salário-maternidade, pois, neste caso, a empresa cometeu o ato ilícito de despedir empregada que goza de estabilidade, devendo arcar com a devida indenização.
Se a empregada tiver mais de um emprego, ela tem direito ao salário-maternidade relativo a cada um deles.
Nos meses de início e término do salário-maternidade da segurada empregada, o salário-maternidade será proporcional aos dias de afastamento do trabalho.
De acordo com a inovadora redação do art. 71-A, da Lei 8.213/91, alterada pela Lei 12.873/2013, ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 dias.
Assim, esta nova redação dispõe que o salário-maternidade é devido tanto a homens quanto a mulheres que adotarem crianças, de qualquer idade.
De acordo com o art. 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente, criança é a pessoa menor de 12 anos de idade, e adolescente é a pessoa de 12 anos até completar 18 anos de idade. A lei, então, só garantiu o salário-maternidade para o segurado que adotar pessoa menor de 12 anos.

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