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AULA 2 PENAL IV ESTACIO

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DIREITO PENAL IV - CCJ0034 Título 
SEMANA 2 
Descrição
Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado prédio público, quando verificou que José iniciava uma pichação naquele prédio. Em razão disso, ordenou a Flaviano Bom de Tinta que parasse de imediato e entregasse o material que estava sendo utilizado na pichação. Ocorre que Flaviano Bom de Tinta, para garantir sua fuga, desferiu chutes na canela do funcionário e, de imediato, empreendeu fuga, não vindo a ser alcançado. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas: 
a) Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
R: Desacato/Art.331CP-É quando o cidadão agride verbalmente o funcionário público no exercício ou em razão da função.
Desobediência/Art.330 CP-É quando indivíduo desobedece ordem legal de funcionário público.
Resistência/Art.329 CP-É quando indivíduo utiliza de agressão, ameaça e ou violência para impedir execução de ato legal.
b) Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: Flaviano ao pixa, cometeu crime ambiental conforme art. 65 da lei 9605/98 com pena de 3 meses a 1 ano, em concurso formal com desobediência ao não parar e entrega o material, e também o crime de resistência a prisão, ao utilizar de agressão para impor fuga. 
Questão objetiva. 
Em relação aos crimes praticados por particulares e funcionários públicos contra a Administração Pública, analise as assertivas e assinale a alternativa correta: 
I – Pode-se afirmar que o crime de prevaricação tipifica-se por retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
R: Correto! Conforme Art.319 CP.
II – O descumprimento, por autoridade administrativa, de sentença proferida em Mandado de Segurança, pode configurar, em tese, o crime de prevaricação.
R: ESTA É UMA QUESTÃO QUE PODERÁ SER ANULADA, CONTUDO VAMOS ESCLARECER!
Para configurar o crime de prevaricação é necessário que: O funcionário público retarde ou deixe de praticar, indevidamente, ato de ofício ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, “para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”. 
No enunciado acima, não cita interesse ou sentimento pessoal para caracterização da conduta de prevaricação.
Dessa forma, o crime também poderá se de corrupção passiva qualificada conforme Art.317 §1º se em consequência de vantagem ou promessa, ou conforme Art.317 §2º se a pedido ou influencia de outrem.
Nesse caso então devemos nos atentar ao português, a palavra “pode” dar sentido a possibilidade, significa dizer que “pode” ser: prevaricação ou corrupção passiva qualificada. 
III – Para configuração do crime de corrupção passiva, na modalidade solicitar vantagem indevida, é necessário que a solicitação do funcionário seja correspondida pelo particular.
R: Errado! O crime é formal, portanto basta solicitar, receber, aceitar para caracterização do crime corrupção passiva do funcionário publico ou em razão da função.
IV – Se o funcionário deixa de praticar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem, comete o delito de condescendência criminosa. 
R: Errado! Comete o crime de corrupção passiva qualificada pelo pedido ou influência de outrem, conforme art.317 §2º CP.
V – No crime de concussão, como o particular é ameaçado, caso ceda à exigência do funcionário, não incorre em corrupção ativa.
R: Certo! Porém possível de anulação por incluir ameaça, quando sabemos que exigir e ameaçar são condutas distintas que não exigem relação ou nexo causal, alem da palavra ameaça não possuir tipificação com o crime. 
No crime de concussão, o agente ao exigir do cidadão, em virtude de sua função, comete formalmente o crime de concussão, quanto que o cidadão ao simplesmente “dar” o exigido, não comete crime alguma, pois o legislador não incluiu “dar” no crime de corrupção ativa (Art.333 CP), não cabendo analogia extensiva que venha a prejudicar o réu, em ação penal. 
a) Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras.
b) Apenas as assertivas I, II e V são verdadeiras. 
c) Apenas as assertivas II, IV e V são verdadeiras.
d) Apenas as assertivas II, III e IV são verdadeiras.
e) Apenas as alternativas II, III e V são verdadeiras.

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