Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Províncias Geomorfológicas do Rio Grande do Sul Curso de Geologia Prof. Geol. Henrique Parisi Kern GEOLOGIA DO BRASIL GEOLOGIA DO RS – REGIÕES GEOMORFOLÓGICAS GEOLOGIA DO RS – Mapa Hipsométrico III II V Ic Ie IdIa IV Províncias Geomorfológicas e Regiões Fisiográficas do RS Escudo Sul-rio-grandense • constituído de rochas ígneas plutônicas como (granitóides) e rochas metamórficas (quartzito e gnaisse) - estágios de evolução do Cinturão Dom Feliciano e Cráton rio de La Plata. • nesta região também ocorre a Bacia do Camaquã, formada por rochas sedimentares e vulcânicas de idade cambro-ordovinciana. • as rochas ígneas e metamórficas apresentam morros arredondados e somente em alguns lugares as altitudes ultrapassam 300 metros. • as rochas da Bacia do Camaquã apresentam relevos ruiniformes caracterizadas por uma morfologia do tipo mesa e morros testemunhos (ex: parque das Guaritas – Minas do Camaquã). Escudo Sul-rio-grandense – rochas ígneas e metamórficas Escudo Sul-rio-grandense – Bacia do Camaquã (Aloformação Guaritas) • Região de morros salientes e agrupados, formando serras denominadas serras Sul- Rio-Grandenses. • Conhecidas no seu conjunto de serras do Sudeste, formado pelas serras de Caçapava, de Encruzilhada, dos Tapes e do Herval. Serras do Escudo Sul-rio-grandense Cerro da Angélica Serra de Santa Bárbara Região de Santana da Boa vista Granito Caçapava Bacia de Santa Bárbara Complexo Metamórfico Passo Feio Mar de Morros Morro Morro da Cruz (Aloformação Bom Jardim) Morro da Cruz (Parque Guaritas) Relevo Tabular/Tabuliforme Hogback Relevo composto por camadas de rocha abruptamente inclinadas salientes com ângulo de mergulho superior a 30 ° - 40 °. Depressão Central • faixa de terras relativamente baixas, planas ou levemente onduladas, separando as terras altas do planalto Norte-Rio- Grandense dos terrenos menos elevados do planalto Sul-Rio- Grandense. • terreno é composto por rochas sedimentares da bacia do Paraná não coberta pelo derrame de lavas e forma (formações Itararé a Botucatu). • constitui uma área sem grandes variações altimétricas, situadas entre 100m e 200m de altitude. Depressão Central Vista da Depressão Central a partir do Morro Ferrabraz (Sapiranga – RS) Depressão Central Constitui uma superfície aplainada por longos processos erosivos onde predominam formas planas ou levemente onduladas. As depressões são rebaixadas e localizam-se entre superfícies elevadas (planaltos) Vale do Rio Taquari Depressão Central Depressão Central – região de Cachoeira do Sul Relevo suavemente ondulado, composto por colinas, cuestas e vales. Cuesta Colinas Planalto Meridional (ou Norte-Rio-Grandense) • unidade de relevo do Rio Grande do Sul formada por derrames basálticos da Era Mesozoica, que ocorreram desde o sul de Goiás até o Rio Grande do Sul. • rochas vulcânicas basálticas cobrindo e se intercalando as extensões desérticas formadas por rochas sedimentares (arenitos da Formação Botucatu) - também denominado de planalto arenítico-basáltico. Planalto Meridional (ou Norte-Rio-Grandense) • superfície ondulada, onde se encontram as maiores altitudes do estado, • as altitudes as mais altas se localizam na porção leste, de aproximadamente 1300 metros, decrescem no sentido leste-oeste. O ponto mais alto é o Pico do Monte Negro, com 1398 metros, localizado em São José dos Ausentes. • na porção central do Planalto, as altitudes ficam em torno de 700 metros. • parte leste e sudeste, o planalto termina por uma descida brusca, caracterizado por escarpas abruptas e morros com elevados declives (ex: cânios como o Fortaleza e o Itaimbezinho). • a borda ou encosta leste do Planalto é denominada Serra Geral. Na sua vertente voltada para o sul, tem-se a Serra Gaúcha. • Porção leste e sudeste = limite escarpado; • Porção centro-sul e oeste = variação altitude de menos abrupta, controlado pela rede orientação da rede de drenagem. Planalto (plateau) Planalto ou plateau é a classificação dada a uma forma de relevo constituída por uma superfície elevada, com cume mais ou menos nivelado, geralmente devido à erosão eólica ou pelas águas. Cânion do Fortaleza Escarpa Escarpa é uma elevação súbita do solo, superior à 45 º , caracterizada pela formação de um penhasco ou uma encosta íngreme. Cânion = vale profundo com paredes abruptas em forma de penhascos, geralmente escavado por um rio. Cânion do Itaimbezinho Vale fluvial é formado pela erosão de rios, geralmente em formato de “V” nas nascentes, bordejados por relevos cada vez mais arrasados em sentido a sua foz. Vale da Ferradura Cuesta do Haedo • corresponde um baixo planalto localizado no oeste do Rio Grande do Sul, que se estende de Uruguaiana e Alegrete a Santana do Livreamanto, fazendo fronteira com o Uruguai. • terreno composto por rochas ígneas e metamórficas do embasamento e rochas sedimentares da Bacia do Paraná (inclusive com resquícios do Planalto Basáltico). • altitude média é de 100 metros, mas chega a cerca de 300 metros em algumas áreas isoladas, como no Cerro do Jarau (astroblema Quaraí), e nos morros que constituem as bordas orientais, como o Cerro Palomas (320m), em Santana do Livramento. Cuesta do Haedo – geomorfologia da fronteira oeste Cuesta do Haedo – relevo suavemente ondulado, por vezes expondo feições tipo mesa e morro testemunho relacionados a Fm Teresina. Cerro Jarau - Astroblema Cerro Palomas Planície Litorânea • localizada na porção leste do estado abrangendo toda a faixa litorânea e algumas áreas da grande Porto Alegre (terrenos de baixa altitude). • corresponde ao período Quaternário (área de formação recente na escala geológica do tempo), através de regressões e transgressões marinhas da era Cenozoica. • paisagem de baixas altitudes com desenvolvimento de campo de dunas eólicas e formação de restingas, lagunas e lagoas (ex: Laguna dos Patos, Lagoa Mirim, Lagoa Mangueira e Lagoa do Peixe). • corresponde a uma faixa arenosa com mais de 622 km de extensão, quase retilínea e sem elevações, exceto as dunas de areias. Planície Litorânea • no litoral norte, a planície é estreita e as escarpas da Serra Geral estão a poucos quilômetros de distância do oceano. • ao norte, aparecem junto ao mar elevações rochosas que são blocos remanescentes dos grandes falhamentos ocorridos, no passado geológico, na Bacia do Paraná. • no seu interior ocorrem diversas lagoas e lagunas (ex: laguna dos Patos, a lagoa Mirim e a lagoa Mangueira). Planície Litorânea (linha de costa dominada por ondas) Campo de Dunas Eólicas (Barcanas) Interdunas úmidas Foz em inlet Porção interna Campo de dunas Lagoa do Peixe
Compartilhar