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curso 17592 aula 00 prof daniel mesquita v1 2

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Aula 00 (Prof. Daniel Mesquita)
Noções de Direito Administrativo p/ IBAMA (Analista Ambiental) - Com videoaulas
Professores: Daniel Mesquita, Sérgio Mendes, Vinícius Nascimento
99530821115 - antonival lima albuquerque junior
Direito Administrativo p/ IBAMA ʹ Analista 
Ambiental. 
Teoria e exercícios comentados. 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 00 
 
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 105 
Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 
AULA 00: Princípios da Administração Pública. 
 
 
SUMÁRIO 
1. APRESENTAÇÃO 2 
2. CRONOGRAMA 5 
3. INTRODUÇÃO À AULA INAUGURAL 7 
4. REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO 7 
5. CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS NO DIREITO ADMINISTRATIVO 12 
6. PRINCÍPIOS BASILARES 16 
6.1 PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PARTICULAR 16 
6.2 PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 20 
6.3 PRINCÍPIOS DO ART. 37, CAPUT, DA CF. 27 
6.4 OUTROS PRINCÍPIOS CONSAGRADOS. 59 
7. RESUMO DA AULA 73 
8. QUESTÕES COMENTADAS 81 
9. REFERÊNCIAS 103 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
99530821115
99530821115 - antonival lima albuquerque junior
Direito Administrativo p/ IBAMA ʹ Analista 
Ambiental. 
Teoria e exercícios comentados. 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 00 
 
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 105 
Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 
1. Apresentação 
 
Bem vindos ao curso de noções de Direito Administrativo, 
preparatório para o concurso do IBAMA - Instituto Brasileiro do 
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. 
A banca organizadora do provavelmente será o CESPE e as 
provas estão previstas para este ano de 2016. 
Esse concurso é tão esperado pela expectativa para o número de 
nomeados, que será grande. Fala-se em aproximadamente 700 vagas 
para cargo de nível superior. 
Você deve estar pensando: Esse curso é suficiente para a minha 
aprovação? 
É sim! E vou explicar a razão. 
O nosso material é super completo, pois possui vídeos e aulas 
em pdf. Veja bem, são aulas em pdf e não apostilas. 
Nessas aulas em pdf você vai ter todo o conteúdo cobrado em 
seu edital, nada mais, nada menos. Assim, você não precisa ir até uma 
livraria, ficar folheando sumários para ver se o livro que você quer 
adquirir atende ao edital. 
Ademais, o nosso pdf é cheio de questões comentadas da banca 
do seu concurso e de concursos do mesmo estilo que a sua banca. 
Assim, você não vai precisar procurar questões em sites de questões ± 
eu já fiz isso para você! 
Outro elemento fundamental do nosso pdf para a sua aprovação 
são os resumos ao final de cada aula. 
Por fim, se você tiver dúvidas, você pode tirá-las em nosso 
fórum! 
Se você continua em dúvida, veja as avaliações que tivemos de 
nossos alunos nos últimos cursos ministrados: 
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99530821115 - antonival lima albuquerque junior
Direito Administrativo p/ IBAMA ʹ Analista 
Ambiental. 
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Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 00 
 
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Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 
 
 
 
 
 
 
Uma inovação é a disponibilização de um número de whatsapp 
(61) 99432-6886 para que você tenha um meio mais direto de tirar as 
dúvidas comigo. 
 
Meu amigo tenha isso em mente: SE VOCÊ ESTUDAR, VOCÊ VAI 
PASSAR E SE VOCÊ PASSAR, VOCÊ VAI SER CHAMADO! 
99530821115
99530821115 - antonival lima albuquerque junior
Direito Administrativo p/ IBAMA ʹ Analista 
Ambiental. 
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Hoje eu estou aqui desse lado, tentando passar o caminho das 
pedras pra você, mas lembre-se de que eu já estive aí, onde você está 
agora. 
Segue um resumo do meu currículo pra você me conhecer 
melhor: 
 
Daniel Mesquita: Professor de Direito Administrativo no Estratégia 
Concursos desde o início do site. Procurador do Distrito Federal. 
Bacharel em Direito pela Universidade de Brasília ± UnB. Mestre em 
�&RQVWLWXLomR�H�6RFLHGDGH´�SHOR�,QVWLWXWR�%UDVLOLHQVH�GH�'LUHLWR�3~EOLFR�- 
IDP. Pós-graduado em direito público. Pós-graduando em Direito 
Societário pelo INSPER. Coautor do livro Direito Administrativo da Série 
Advocacia Pública, da editora Método. Coautor do livro Direito 
Administrativo 4001 questões comentadas, Ed. Método. Coautor do 
livro Direito Constitucional 4001 questões comentadas, Ed. Método. 
Artigo no livro Licitações, Contratos e Convênios Administrativos, Ed. 
Fórum, ano 2013, n.1, jan. 2013. Professor de Direito Administrativo, 
Ética no Serviço Público e de Estatuto da OAB. Ex-Procurador Federal. 
Ex-Presidente da Associação dos Procuradores do Distrito Federal, 
biênio 2010/2012. Ex-Analista Judiciário do Tribunal Superior Eleitoral. 
Ex-Técnico judiciário no Superior Tribunal de Justiça. Foi examinador 
de direito administrativo em diversas bancas de concurso publico, 
dentre elas, as de ingresso nas carreiras da AGU, da administração 
pública federal, na OAB, no Ministério Público e no Poder Judiciário. 
Aprovações em concurso público: Técnico do Superior Tribunal de 
Justiça; Analista do Tribunal Superior Eleitoral; Procurador 
Federal/AGU; Procurador do Distrito Federal. 
 
Veja que já fui aprovado em vários concursos e que já fui, 
inclusive, examinador de bancas de concurso. 
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Direito Administrativo p/ IBAMA ʹ Analista 
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Mas nem tudo na vida são louros. Na minha fase de concursando 
obtive também derrotas e reprovações. Desanimei por algumas vezes, 
mas continuei firme em meu objetivo, pois só não passa em concurso 
quem pára de estudar! 
Espero que a minha experiência possa ajudá-lo no estudo do 
direito administrativo. 
Vamos tomar cuidado com os erros mais comuns, aprofundar 
nos conteúdos mais recorrentes e dar a matéria na medida certa, assim 
como um bom médico prescreve um medicamento. 
Para que esse medicamento seja suficiente, ele deve atacar 
todos os sintomas e, ao mesmo tempo, deve ser eficiente contra o foco 
da doença. Isso quer dizer que não podemos deixar nenhum ponto do 
edital para trás. 
Todos esses instrumentos você terá a sua disposição para 
encarar a batalha. 
 
 
 
 
 
2. Cronograma 
 
Abaixo, segue o conteúdo do nosso curso bem como o 
cronograma: 
 Conteúdo do Curso 
DISPONÍVEL CONTEÚDO 
Disponível em 21/08/2016 1 Administração Pública: princípios básicos 
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DISPONÍVEL CONTEÚDO 
Aula 01 (Prof. Daniel Mesquita) 
Disponível em 18/08/2016 
6 Organização administrativa: centralização, 
descentralização, concentração e 
desconcentração 
Aula 02 (Prof. Daniel Mesquita) 
Disponível em 23/08/2016 
7 Ato administrativo. 7.1 Conceito, requisitos e 
atributos.7.2 Anulação, revogação e 
convalidação. 7.3 Discricionariedade e 
vinculação. 
Aula 03 (Prof. Daniel Mesquita) 
Disponível em 25/08/2016 
2 Poderes administrativos. 2.1 Poder vinculado 
2.2 Poder discricionário. 2.3 Poder hierárquico. 
2.4 Poder disciplinar. 2.5 Poder regulamentar. 
2.6 Poder de polícia. 2.7 Uso e abuso do poder. 
Aula 04 (Prof. Daniel Mesquita) 
Disponível em 30/08/2016 
8 Servidores públicos: cargo, emprego e função 
públicos. 9 Lei nº 8.112/1990 e alterações 
(Regime jurídico dos servidores públicos civis da 
União). 9.1 Disposições preliminares 
Aula 05 (Prof. Daniel Mesquita) 
Disponível em 01/09/2016 
9 Lei nº 8.112/1990 e alterações (Regime 
jurídico dos servidores públicos civis da União). 
Parte II 9.2 Provimento, vacância, remoção, 
redistribuição e substituição. 
Aula 06 (Prof. Daniel Mesquita) 
Disponível em 06/09/2016 
9 Lei nº 8.112/1990 e alterações (Regime 
jurídico dos servidores públicos civis da União). 
9.3 Direitos e vantagens: do vencimento e da 
remuneração. 9.4 Vantagens. 9.5 Férias 9.6 
Licenças 9.7 Afastamentos. 9.8 Concessões de 
tempo de serviço 9.9 Direito de petição. 
Aula 07 (Prof. Daniel Mesquita) 
Disponível em 08/09/2016 
9 Lei nº 8.112/1990 e alterações (Regime 
jurídico dos servidores públicos civis da União). 
9.10 Regime disciplinar: dos deveres e 
proibições. 9.11 17 Acumulação. 9.12 
Responsabilidades. 9.13 Penalidades. 9.14 
Processo administrativo disciplinar. 
Aula 08 (Prof. Daniel Mesquita) 
Disponível em 13/09/2016 
9 Lei nº 8.112/1990 e alterações (Regime 
jurídico dos servidores públicos civis da União). 
PARTE V 
Aula 09 (Prof. Daniel Mesquita) 
Disponível em 15/09/2016 
3 Serviços públicos: conceito e princípios. 4 
Características básicas das organizações 
formais modernas: tipos de estrutura 
organizacional, natureza, finalidades e critérios 
de departamentalização. 5 Processo 
organizacional: planejamento, direção, 
comunicação, controle e avaliação. 
 
 
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3. Introdução à Aula Inaugural 
 
Nesta aula inaugural de Direito Administrativo para o concurso do 
IBAMA ± Analista Ambiental, vamos abordar um tema importante da 
matéria: ³1 Administração Pública: princípios básicos.´. 
Não se esqueça de que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na 
véspera da prova! 
Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a 
prova. Lembre-se: o planejamento é fundamental. 
No que depender de mim você está dentro! Acredite você é capaz! 
 
4. Regime jurídico-administrativo 
 
É o conjunto harmônico de regras e princípios que guardam 
correlação lógica entre si e compõem o Direito Administrativo. 
No Direito Administrativo, a Administração Pública está vinculada 
às normas e aos princípios. Assim, se existe uma lei regulando 
determinado tema, essa lei deve ser aplicada pelo agente público. Se 
não houver uma lei específica para a situação, ele deve se valer dos 
princípios da Administração Pública para resolver a situação. 
$� SDODYUD� ³SULQFtSLR´� YHP� GR� ODWLP� ³SULQFLSLXP´�� TXH� VLJQLILFD�
início, começo, origem das coisas. Para Celso Antônio Bandeira de Mello 
(2000, p.747-48), ³3ULQFtSLR�>���@�p��SRU�GHILQLomR��PDQGDPHQWR�QXFOHDU�
de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se 
irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de 
critério para sua exata compreensão e inteligência exatamente por 
definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe 
FRQIHUH�D�W{QLFD�H�OKH�Gi�VHQWLGR�KDUP{QLFR´� 
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Ao contrário das normas, que possuem estrutura fechada, pois 
informam o que nelas está escrito, de forma objetiva, os princípios 
possuem uma estrutura aberta, admitindo maior abstração e 
pluralidade de interpretações. 
Você verá ao longo de nosso curso que o Direito Administrativo 
não se estrutura a partir de um código desse ramo do direito, uma vez 
que não há um conjunto sistematizado de normas como o Código Civil 
para disciplinar a atividade administrativa. O que há são diversas leis e 
alguns princípios que orientam essa atividade. 
Você observará, ainda, que todas as leis e princípios do direito 
administrativo fundamentam-se em dois princípios basilares: a 
supremacia do interesse público sobre o particular e a indisponibilidade 
do interesse público. Esses princípios são chamados de basilares porque 
orientam não só a atividade do administrador público, mas também do 
Poder Legislativo ao editar as leis do regime jurídico-administrativo. 
Todos os princípios que se incluem listados no Regime Jurídico 
guardam coerência lógica com os demais princípios e por isso, muitas 
vezes, é possível que diversos deles sejam aplicados a mesma situação 
concreta. Na maioria das vezes, ele confluem, ou seja, um corrobora 
com o outro e todos podem ser aplicados ao mesmo tempo. 
Entretanto, em algumas situações esses princípios entram em 
conflito e fica bastante difícil decidir qual deles deve ser aplicado em 
detrimento do outro. Nessas situações difíceis, entra em cena a Teoria 
das Ponderações. Ela foi desenvolvida para auxiliar e guiar a atuação 
do aplicador do Direito para que faça a melhor escolha quando estiver 
diante de uma situação como essa. Ela é largamente aplicada não 
apenas em Direito Administrativo, por isso, é importante que vocês a 
conheçam. 
Em Direito, sabemos que, ao aplicarmos uma regra, essa exclui as 
demais que se contrapõem a ela. No caso do princípio, a aplicação de 
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um deles não exclui automaticamente a aplicação de outro. Por isso, 
quem vai aplicar o direito à situação fática deve eleger, dentre o leque 
de princípios disponível, qual princípio protege o interesse mais 
importante, que merece maior proteção em face do caso concreto. 
Vamos ver uma caso em que o Supremo Tribunal Federal aplicou 
essa teoria: 
 
EMENTA: ATO ADMINISTRATIVO. Terras públicas estaduais. 
Concessão de domínio para fins de colonização. Área superiores a 
dez mil hectares. Falta de autorização prévia do Senado Federal. 
Ofensa ao art. 156, § 2º, da Constituição Federal de 1946, 
incidente à data dos negócios jurídicos translativos de domínio. 
Inconstitucionalidade reconhecida. Nulidade não pronunciada. 
Atos celebrados há 53 anos. Boa-fé e confiança legítima dos 
adquirentes de lotes. Colonização que implicou, ao longo do 
tempo, criação de cidades, fixação de famílias, construção de 
hospitais, estradas, aeroportos, residências, estabelecimentos 
comerciais, industriais e de serviços, etc.. Situação factual 
consolidada. Impossibilidade jurídica de anulação dos negócios, 
diante das consequênciasdesastrosas que, do ponto de vista 
pessoal e socioeconômico, acarretaria. Aplicação dos princípios da 
segurança jurídica e da proteção à confiança legítima, como 
resultado da ponderação de valores constitucionais. Ação julgada 
improcedente, perante a singularidade do caso. (...) (ACO 79) 
 
Nesse caso, uma ocupação urbana se consolidou contrariando de 
forma expressa uma exigência da Constituição de 1946. Diante do 
grande lapso de tempo decorrido entre o vício do ato administrativo 
apontado e a situação atual, considerando o crescimento de cidades na 
área, não houve a declaração de nulidade do ato administrativo. 
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Foi feita, portanto, uma ponderação entre o princípio da 
legalidade, de um lado, e o da segurança jurídica, de outro, concluindo 
o Tribunal pela manutenção da situação fática. 
Viram, essa teoria não precisa ser conhecida com grande 
profundidade, basta que vocês tenham consciência de que ela existe 
qual é seu preceito básico, qual seja, ponderar entre princípios 
dissonantes aquele que encontra melhor aplicabilidade diante do caso 
concreto. 
 
 
 
 
1. (CESPE ± 2014 ± TC-DF ± ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA) Acerca do regime jurídico administrativo, julgue o próximo 
item. O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse 
privado é um dos pilares do regime jurídico administrativo e autoriza a 
administração pública a impor, mesmo sem previsão no ordenamento 
jurídico, restrições aos direitos dos particulares em caso de conflito com 
os interesses de toda a coletividade. 
 
Vimos que o princípio da supremacia do interesse público é basilar 
na Administração Público, porém também sabemos que a Adm. Não faz 
nada que não estiver previsto em lei. Então a administração não pode 
aplicar restrições que não estão expressas em lei. 
Tranquila né?! 
Gabarito: Errada. 
 
2. (CESPE - 2013 - TCE-RO - Auditor de Controle Externo - 
Direito) De acordo com a doutrina, o regime jurídico-administrativo 
Questões de 
concurso 
 
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abrange tanto as regras quanto os princípios, os quais são considerados 
recomendações para a atividade da administração pública. 
Questão muito interessante! A Banca erra ao afirmar que os 
princípios são considerados recomendações para a administração 
pública. Os princípios são observância obrigatória e não apenas 
recomendações. Muito cuidado! 
Gabarito: Errado. 
 
3. (CESPE/ OAB/ DF/ Exame de ordem 2004.2/ Prova objetiva) 
Entende-se por regime jurídico-administrativo: 
 
A. a adoção de um código administrativo de caráter nacional; 
 
B. ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes 
e pessoas jurídicas integrantes da Administração Pública; 
 
C. conjunto de prerrogativas, não conhecidos no âmbito do 
direito privado, que conferem posição privilegiada à Administração 
Pública; 
 
D. sistema lógico-jurídico coerente em torno de princípios 
peculiares relacionados com a supremacia do interesse público 
sobre o privado e a indisponibilidade, pela Administração, dos 
interesses públicos. 
 
Essa aqui foi fácil! Com os comentários iniciais sobre o regime 
jurídico-administrativo você consegue acertar. Veja que o conceito dado 
p�� ³É o conjunto harmônico de regras e princípios que guardam 
correlação lógica entre si e FRPS}HP� R� 'LUHLWR� $GPLQLVWUDWLYR´�� &RP�
isso, fechamos nossa resposta: letra D. 
 
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5. Classificação dos princípios no Direito Administrativo 
 
 
Diógenes Gasparini divide a categoria dos princípios de acordo com 
a sua origem e aplicabilidade. A divisão feita pelo autor é a seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Válidos para 
qualquer ciência. 
válidos para um 
grupo de ciências 
valem só para 
uma ciência. 
 
 
 
Os princípios podem ser classificados ainda como implícitos 
e explícitos. 
 
ONIVALENTES 
PLURIVALENTES 
MONOVALENTES 
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Princípios explícitos: Encontram-se expressamente na 
Constituição Federal e também nas normas infraconstitucionais. Dessa 
forma, é possível que o princípio esteja expresso na Constituição, mas 
não necessariamente na norma infraconstitucional, e assim também 
ocorre de forma inversa. 
Exemplo de princípios expressos, ou explícitos: 
 
x Previstos no art. 37 da Constituição Federal: 
 
 
LEGALIDADE 
IMPESSOALIDADE 
MORALIDADE 
PUBLICIDADE 
EFICIÊNCIA 
 
 
 
 
Princípios implícitos: Não estão expressos nas normas jurídicas, 
mas surgem em decorrência dos julgados, da necessidade do 
ordenamento jurídica. Ou seja, não está lá escrito, mas ele existe. O 
exemplo mais tradicional e importante de princípio implícito é o da 
segurança jurídica, que tem seu embasamento no art. 5º, XXXVI da 
Constituição Federal. 
 
Vejamos alguns exemplos de princípios implícitos: 
E 
X 
P 
L 
Í 
C 
I 
T 
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AUTOTUTELA 
FINALIDADE 
SEGURANÇA JURÍDICA 
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO 
MOTIVAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
4. (CESPE -2015- TRE-GO- Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) O princípio da eficiência está previsto no texto 
constitucional de forma explícita. 
Vimos: 
Exemplo de princípios expressos, ou explícitos: 
 
x Previstos no art. 37 da Constituição Federal: 
 
 
LEGALIDADE 
IMPESSOALIDADE 
MORALIDADE 
PUBLICIDADE 
EFICIÊNCIA 
 
 
 
I 
M 
P 
L 
Í 
C 
I 
T 
Questões de 
concurso 
 
E 
X 
P 
L 
Í 
C 
I 
T 
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Gabarito:Certo 
 
 
5. (CESPE -2014 - TJ-SE-Titular de Serviços de Notas e de 
Registros) O princípio administrativo da autotutela é considerado um 
princípio onivalente. 
 
Não são todas as ciências que admitem o princípio da autotutela. 
2V� SULQFtSLRV� RQLYDOHQWHV�� QDV� SDODYUDV� GH� &UHWHOOD� -~QLRU�� ´(VWHV�
princípios informam a matriz do pensamento humano e ordenam o 
próprio raciocínio e a sua harmonia consigo mesmo e com a 
realidade(...)Exp.: Princípio da identidade, princípio da contradição, o 
princípio do terceiro excluído e o princípio da razão suficiente. Estes 
princípios informam o próprio pensamento humano, próprio modo de 
pensar do homem, impedindo a perpOH[LGDGH��D�GHVRULHQWDomR�´� 
Gabarito: Errado. 
 
6. (CESPE -2014 - Câmara dos Deputados -Analista 
Legislativo) O regime jurídico administrativo é instituído sobre o alicerce 
do princípio da legalidade restrita, o que impede a aplicação, no âmbito 
da administração pública, de princípios implícitos, não expressamente 
previstos na legislação. 
 
Vimos que o nosso ordenamento é conduzido por princípios 
implícitos e explícitos. Questão absurdamente errada! Não há qualquer 
impedimento para princípios implícitos serem aplicados. 
 
Gabarito: Errado. 
 
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6. Princípios basilares 
 
Como vimos, os princípios basilares são o da supremacia do 
interesse público sobre o particular (ou princípio do interesse público) e 
o da indisponibilidade. Vamos a eles. 
 
6.1 Princípio da supremacia do interesse público sobre o particular 
Por esse princípio, entendemos que sempre que houver conflito 
entre interesse público e o particular deve prevalecer o interesse 
público, que representa a coletividade. 
A supremacia do interesse público orienta todo o regime jurídico 
administrativo. Em decorrência desse princípio, a Administração Pública 
goza de poderes e prerrogativas especiais com relação aos 
administrados, o que faz com que o poder público possa atuar imediata 
e diretamente em defesa do interesse coletivo, fazendo prevalecer a 
vontade geral sobre a vontade individual. 
Diz-se, portanto, que a relação entre Estado ± indivíduo é de 
verticalidade. As ordens do Estado se impõem aos indivíduos de forma 
unilateral. 
Isso não quer dizer que os entes públicos podem fazer o que bem 
entendem com os indivíduos. A supremacia não é absoluta, deve 
respeitar os direitos individuais e coletivos previstos na Constituição (p. 
ex.: liberdade, propriedade, devido processo legal, moradia, saúde etc) 
e devem ser exercidas sempre visando o interesse público. 
ALERTA MÁXIMO! ALERTA MÁXIMO! 
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Nunca se esqueça: o princípio da supremacia do interesse público 
sobre o privado é limitado também pela proporcionalidade, ou 
seja, o ato praticado pelo administrador só será legítimo se o meio 
utilizado por ele for adequado para atender ao fim perseguido. 
Se ele abusar, tomar uma medida gravosa ao administrado e 
desnecessária ou se escolher um meio inadequado, o princípio da 
supremacia não vai proteger esse administrador. 
Você já ouviu falar em interesse público primário? Existe interesse 
público secundário? 
Existe sim, meus caros, leia com atenção. 
O interesse público primário coincide com a realização de políticas 
públicas voltadas para o bem estar social. Pode ser compreendido como 
o próprio interesse social, o interesse da coletividade como um todo. 
O interesse público secundário decorre do fato de que o Estado 
também é uma pessoa jurídica que pode ter interesses próprios, 
particulares. Esses interesses existem e devem conviver no contexto 
dos demais interesses individuais. De regra, o interesse secundário tem 
cunho patrimonial. 
Por fim, não é a toa que o princípio da supremacia do interesse 
público é um princípio basilar do direito administrativo. É em razão do 
que existe o poder de polícia (que é ³R� SRGHU� GH� TXH� GLVS}H� D�
administração pública para condicionar ou restringir o uso de bens e o 
exercício de direitos ou atividades pelo particular, em prol do bem-estar 
GD�FROHWLYLGDGH´ - Marcelo Alexandrino 2010, p. 239). Além disso, é em 
razão dele que se diz que o poder público tem a seu dispor as cláusulas 
exorbitantes e pode desapropriar bens particulares. 
O CESPE cobrou em 2014 um princípio que pode ser considerado 
uma parceria da segurança jurídica, ou se você preferir, um 
desdobramento. Chama-se Princípio da proteção a confiança 
legítima. 
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O princípio da proteção a confiança legítima é de origem alemã, é 
um acréscimo ao princípio da segurança jurídica. 
Para que você entenda melhor preciso te contar uma historinha: 
 
 
 
Durante a época de separação entre a Alemanha Oriental e 
Alemanha Ocidental, uma viúva que morava na Alemanha oriental 
mudou-se para a Alemanha ocidental, arcando com todas as despesas 
da mudança, pela promessa de receber uma pensão que lhe era devida. 
Após a mudança esta viúva recebeu a pensão por um ano, decorrido 
este tempo sua pensão foi revogada, pois foi constatado que a viúva 
não preenchia todos os requisitos para o recebimento da pensão, com 
isto, a viúva ainda teria que devolver tudo o que recebeu. 
A questão foi levada ao Tribunal Administrativo Superior de Berlim, 
que inovou ao afirmar que o princípio da confiança deveria prevalecer 
sobre o princípio da legalidade. 
Isso que estou te contando é um tesouro que você deve guardar 
para a sua prova. 
A associação do princípio da segurança jurídica e da proteção à 
confiança encontra-se no conceito dado por Di Pietro: ³$� VHJXUDQoD�
jurídica abrange um aspecto objetivo, que diz respeito à estabilidade 
das relações jurídicas, e um aspecto subjetivo, que abrange a ideia de 
proteção a cRQILDQoD´. 
Daqui podemos tirar mais uma conclusão: A proteção a confiança 
corresponde ao aspecto subjetivo da segurança jurídica. 
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Em suma, podemos dizer que o princípio da proteção a confiança 
legítima permite que determinados atos administrativos antijurídicos, 
que aparentemente são legítimos e tenham seus efeitos se 
perpetuados, sejam analisados, fazendo com que ocorra uma 
manutenção dos destes atos. 
 
 
 
 
7. (CESPE ± 2014 - TJ-SE -Titular de Serviços de Notas e de 
Registros) O princípio da proteção à confiança legitima correspondea 
possibilidade de manutenção de atos administrativos inválidos. 
 
Como acabamos o princípio da proteção à confiança legítima é 
exatamente isso!!! A manutenção de atos administrativos inválidos. 
Gabarito: certo. 
 
8. (CESPE ± 2014 -TJ-CE - Analista Judiciário - Área 
Administrativa) O princípio da proteção à confiança, de origem no 
direito norte-americano, corresponde ao aspecto objetivo da segurança 
jurídica, podendo ser invocado para a manutenção de atos 
administrativos inválidos quando o prejuízo resultante da anulação for 
maior que o decorrente da manutenção do ato ilegal. 
 
Primeiro erro já detectado! A origem do princípio da proteção à 
confiança é alemã, lembre-se da viúva! 
Segundo: A proteção a confiança corresponde ao aspecto 
subjetivo da segurança jurídica. 
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Observe ainda que análise não é do que é mais ou menos 
prejudicial. O princípio da proteção à confiança legitima a possibilidade 
de manutenção de atos administrativos inválidos. 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
Vamos agora ao princípio da indisponibilidade do interesse 
público? 
Não esmoreça, guerreiro! 
6.2 Princípio da indisponibilidade do interesse público 
Esse princípio decorre da ideia de que os interesses da 
Administração não são de uma pessoa ou de um agente, mas de toda a 
coletividade. Por isso, eles não podem ser apropriados ou alienados por 
ninguém, pois não pertencem a ninguém de forma específica. 
NDV�SDODYUDV�GH�%DQGHLUD�GH�0HOR� ������� S�� ����� QHP�PHVPR� ³R�
próprio órgão administrativo que os representa não tem disponibilidade 
sobre eles, no sentido de que lhe incumbe apenas curá-los ± o que 
também é um dever ± na estrita conformidade do que predispuser a 
intentio legis´. Continua o autor, afirmando que a noção de 
administração opõe-se à ideia de propriedade. 
Importante ter em mente, que a Administração não é titular de 
qualquer interesse público. O titular desses interesses é o Estado, pois 
este é constituído pelo povo e, como vimos, todo poder emana do povo. 
É a partir da indisponibilidade do interesse público que surgem os 
princípios da legalidade, da finalidade, da razoabilidade, da 
proporcionalidade, da motivação, da responsabilidade do Estado, da 
continuidade do serviço público, do controle dos atos administrativos, 
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da isonomia, da publicidade e da inalienabilidade dos interesses 
públicos. 
 
 
 
 
9. (CESPE- 2016- TCE-PA- Conhecimentos Básicos) Em razão 
do princípio da indisponibilidade do interesse público, o Estado somente 
poderá exercer sua função administrativa sob o regime de direito 
público. 
O princípio da indisponibilidade do interesse público decorre da 
ideia de que os interesses da Administração não são de uma pessoa ou 
de um agente, mas de toda a coletividade, desta forma, aplica-se 
também ao regime de interesse privado. 
Gabarito: Errado. 
 
10. (CESPE- 2015- TRE-GO- Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) O regime jurídico-administrativo brasileiro está 
fundamentado em dois princípios dos quais todos os demais decorrem, 
a saber: o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado 
e o princípio da indisponibilidade do interesse público. 
 
A supremacia do interesse público orienta todo o regime jurídico 
administrativo. O princípio da indisponibilidade do interesse público 
decorre da ideia de que os interesses da Administração não são de uma 
pessoa ou de um agente, mas de toda a coletividade. 
Vimos que destes princípios surgem os demais. 
Gabarito: Correto. 
 
 
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11. (CESPE -2014- SUFRAMA- Nível Superior) A impossibilidade 
da alienação de direitos relacionados aos interesses públicos reflete o 
princípio da indisponibilidade do interesse público, que possibilita 
apenas que a administração, em determinados casos, transfira aos 
particulares o exercício da atividade relativa a esses direitos. 
 
Cuidado para não escorregar! A transferência referida não é quanto 
a titularidade, mas quanto ao exercício. 
Gabarito: Certo. 
 
 
12. (CESPE -2014- CESPE- MTE- Contador) A supremacia do 
interesse público sobre o privado e a indisponibilidade, pela 
administração, dos interesses públicos, integram o conteúdo do regime 
jurídico-administrativo. 
 
Já vimos que a supremacia do interesse público sobre o privado e 
também que os princípios da indisponibilidade integram o regime 
jurídico administrativo. 
Gabarito: Certo. 
 
13. (CESPE - 2013 - MJ - Analista Técnico ± Administrativo) As 
restrições impostas à atividade administrativa que decorrem do fato de 
ser a administração pública mera gestora de bens e de interesses 
públicos derivam do princípio da indisponibilidade do interesse público, 
que é um dos pilares do regime jurídico-administrativo. 
 
Esta questão demonstra o fundamento do princípio da 
indisponibilidade do interesse público. A Administração Pública é apenas 
uma gestora dos bens e interesses públicos, e, não, titulares deles. 
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Assim, o interesse público é indisponível, ou seja, a Administração deve 
gerir os bens de acordo com o interesse público, e, não, de acordo com 
o próprio interesse. 
Gabarito: Correto. 
 
14. (CESPE ± 2013 ± TER/MS - Analista Judiciário) Decorrem do 
princípio da indisponibilidade do interesse público a necessidade de 
realizar concurso público para admissão de pessoal permanente e as 
restrições impostas à alienação de bens públicos. 
 
Como vimos, o princípio da indisponibilidade do interesse público 
decorre da ideia de que os interesses da Administração não são de uma 
pessoa ou de um agente, mas de toda a coletividade. Por isso, eles não 
podem ser apropriados ou alienados por ninguém, pois não pertencem a 
ninguém de forma específica. 
Desta forma, o concurso público seria uma forma de tratar todos 
igualmente e com impessoalidade, impedindo que a Administração 
contrate quem ela quiser, visto que o que deve prevalecer é o interesse 
público. 
Gabarito: Certo. 
 
15. (CESPE - 2013 - PRF - Policial Rodoviário Federal) A 
administração não pode estabelecer, unilateralmente, obrigações aos 
particulares, mas apenas aos seus servidores e aos concessionários, 
permissionários e delegatários de serviços públicos.A Administração pode sim estabelecer obrigações aos particulares. 
De acordo com Marcelo Alexandrino o poder de polícia é ³R� SRder de 
que dispõe a administração pública para condicionar ou restringir o 
uso de bens e o exercício de direitos ou atividades pelo 
particular, em prol do bem-HVWDU�GD�FROHWLYLGDGH´. Daí a incorreção da 
questão. 
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Gabarito: Errado. 
 
16. (CESPE - 2013 - SERPRO - Analista - Advocacia) O princípio 
da isonomia pode ser invocado para a obtenção de benefício, ainda que 
a concessão deste a outros servidores tenha-se dado com a violação ao 
princípio da legalidade. 
O 67)�Mi�ILUPRX�HQWHQGLPHQWR�GH�TXH�³$ administração pode anular 
seus próprios atos, quando eivados de ilegalidade (Súmula 473), não 
podendo ser invocado o princípio da isonomia como pretexto de se 
obter benefício iOHJDOPHQWH�FRQFHGLGR�D�RXWURV�VHUYLGRUHV�´ 
Gabarito: Errado. 
 
17. (CESPE - 2013 - Telebras - Especialista em Gestão de 
Telecomunicações - Advogado) O regime jurídico-administrativo pauta-
se sobre os princípios da supremacia do interesse público sobre o 
particular e o da indisponibilidade do interesse público pela 
administração, ou seja, erige-VH� VREUH� R� ELQ{PLR� ³SUHUURJDWLYDV� GD�
administração ² GLUHLWRV�GRV�DGPLQLVWUDGRV´� 
Questão impecável! Resume de forma sucinta o que acabamos de 
estudar. Isso mesmo. 
Gabarito: certo. 
 
18. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista 
Judiciário - Área Judiciária) O princípio da supremacia do interesse 
público é, ao mesmo tempo, base e objetivo maior do direito 
administrativo, não comportando, por isso, limites ou relativizações. 
Não caiam nessa pegadinha! Nenhum princípio é absoluto! 
Portanto, afirmar que o princípio não comporta limites e relativizações 
será sempre um erro! 
Gabarito: errado. 
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19. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento - Direito) A 
supremacia do interesse público constitui um dos princípios que regem 
a atividade da administração pública, expressamente previsto na 
Constituição Federal. 
O erro da questão está em afirmar que o princípio da supremacia 
do interesse público é princípio expresso na CF/88. Mas não é, trata-se 
de princípio implícito. 
Gabarito: Errado. 
 
20. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Analista ± Processual) O princípio 
da supremacia do interesse público vincula a administração pública no 
exercício da função administrativa, assim como norteia o trabalho do 
legislador quando este edita normas de direito público. 
 
O princípio da supremacia do interesse público norteia não só a 
atividade do Poder Executivo, mas do Estado como um todo, inclusive 
do Poder Legislativo, pois nenhum agente ou órgão público pode visar 
primeiramente o interesse particular, mas sim o interesse público. 
Gabarito: correto. 
 
21. (CESPE - 2012 - PRF - Agente Administrativo) Em 
decorrência do princípio da indisponibilidade do interesse público, não é 
permitido à administração alienar qualquer bem público enquanto este 
bem estiver sendo utilizado para uma destinação pública específica. 
Como vimos, os bens públicos não podem ser apropriados ou 
alienados por ninguém, pois não pertencem a ninguém de forma 
específica. 
Gabarito: certo. 
 
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22. (CESPE - 2012 - TCE-ES - Auditor de Controle Externo - 
Auditoria Governamental) Segundo o princípio da indisponibilidade, o 
agente público não dispõe livremente dos bens e do interesse público, 
devendo geri-los da forma que melhor atenda à coletividade. 
Exatamente! Tal princípio fundamenta as restrições a que a 
Administração Pública está sujeita (direitos dos administrados). 
Gabarito: certo. 
 
23. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) A supremacia 
do interesse público é o que legitima a atividade do administrador 
público. Assim, um ato de interesse público, mesmo que não seja 
condizente com a lei, pode ser considerado válido pelo princípio maior 
da supremacia do interesse público. 
Questão interessante. Pessoal, não cometam esse erro. Não é por 
ser considerado um pilar dos princípios, que o princípio da supremacia 
do interesse público irá se sobrepor aos demais! 
Gabarito: Errado. 
 
24. (CESPE-2011-STM-Analista Judiciário) Em situações em que 
a administração participa da economia, na qualidade de Estado-
empresário, explorando atividade econômica em um mercado 
concorrencial, manifesta-se a preponderância do princípio da 
supremacia do interesse público. 
Na situação descrita, a Administração deverá concorrer em 
igualdade com o particular. Como vimos, em decorrência do princípio da 
supremacia do interesse público, a Administração Pública goza de 
poderes e prerrogativas especiais com relação aos administrados, o que 
faz com que o poder público possa atuar imediata e diretamente em 
defesa do interesse coletivo, fazendo prevalecer a vontade geral sobre a 
vontade individual. Entretanto, quando o Estado está explorando 
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atividade econômica em um mercado concorrencial, ele não goza dessa 
supremacia, sob pena de acabar com as demais empresas do ramo e 
violar o princípio da livre concorrência garantido na Constituição. 
É por isso que o art. 173, § 2º�� GD�&)��GLVS}H�TXH� ³Ds empresas 
públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de 
privilégios fiscais QmR�H[WHQVLYRV�jV�GR�VHWRU�SULYDGR´� 
Gabarito: errado. 
 
25. (CESPE ± 2010 ± INSS - Perito Médico ± INSS) O sistema 
administrativo ampara-se, basicamente, nos princípios da supremacia 
do interesse público sobre o particular e da indisponibilidade do 
interesse público pela administração. 
 
Como vimos, os princípios da supremacia do interesse público 
sobre o privado e da indisponibilidade do interesse público são os 
centrais do regime jurídico-administrativo. Portanto, alternativa correta. 
Gabarito: Correto. 
 
 
6.3 Princípios do art. 37, caput, da CF. 
 
 
Passemos agora a tratar dos princípios do LIMPE, que são os 
princípios destacados no caput do art. 37 da Constituição. São eles: 
LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E 
EFICIÊNCIA. 
O art. 37 da Constituição é expresso ao informar que os princípios 
do LIMPE são aplicados a ³DGPLQLVWUDomR�S~EOLFD�GLUHWD�H� LQGLUHWD�
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de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
)HGHUDO�H�GRV�0XQLFtSLRV´. 
Assim, os princípios do LIMPE são aplicáveis também às autarquias 
(e agências reguladoras), fundações, empresas públicas e sociedades 
de economia mista, bem como nos poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário e, ainda, em todos os níveis da federação, perante a União, 
Estados, Distrito Federal e Município. 
Desse modo, o Fórum de Barreiras ± BA (pertence ao Poder 
Judiciário da Bahia), ao fazer uma compra de impressora, deve 
observar os princípios do LIMPE. A PETROBRÁS (sociedade de economia 
mista), ao gerir o seu RH, deve observar os princípios do LIMPE. O INSS 
(autarquia federal), ao cuidar dos seus bens, deve atentar para esses 
princípios. 
O princípio da legalidade existe, justamente, para consagrar o 
princípio da indisponibilidade do interesse público. Se esse interesse 
não pode ser alienado pela Administração, ele deve ser curado, tratado, 
cuidado, promovido, nos termos da vontade geral e nos limites 
conferidos pelo povo. 
E como o povo confere limites aos atos da Administração? 
Por meio da edição de leis! 
É por isso que o princípio da legalidade significa a subordinação da 
Administração às imposições legais. 
Diferentemente das ações privadas dos indivíduos, em que 
ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei (autonomia da vontade), no princípio da legalidade da 
Administração Pública, esta só pode realizar, fazer ou editar o que a lei 
expressamente permite. 
Num Estado de Direito, as ações da Administração são definidas e 
autorizadas previamente pelo povo, por meio de leis aprovadas pela 
vontade geral. 
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Na jurisprudência do STF, encontramos casos clássicos em que se 
decidiu com fundamento no princípio da legalidade. Dentre eles, no MS 
�������� R� 7ULEXQDO� GHFLGLX� TXH� ³D� DOWHUDomR� GH� DWULEXLo}HV� GH� FDUJR�
público somente pode ocorrer por intermédio de lei formaO´�� 
Mas e se a lei não define exatamente como o administrador deve 
agir? 
Nesse caso, o gestor deve observar as demais fontes do direito 
administrativo. Ele não pode realizar o ato de modo ilógico ou 
incongruente. Deve se pautar nos princípios gerais da Administração 
para agir de modo razoável, escolhendo a melhor opção dentre as 
hipóteses oferecidas na legislação (princípio da razoabilidade). 
Toda competência conferida por lei deve obedecer a certo fim. Por 
isso o agir da Administração deve ser adequado ao que se pretende 
atingir, ou seja, deve haver uma correlação entre os meios adotados e 
os fins almejados (mais uma vez, o princípio da proporcionalidade se 
aplica). 
Tamanha a importância do princípio da legalidade para a 
Administração Pública que Di Pietro (2009, p. 63) afirma que os 
princípios fundamentais do direito administrativo são o da legalidade e o 
da supremacia do interesse público sobre o particular. 
Se o CESPE afirmar que esses são os princípios basilares do direito 
administrativo, a alternativa não estará errada, pois estará adotando a 
posição de Di Pietro. Entretanto, o que a CESPE vem cobrando, como 
vimos acima, é a posição de Bandeira de Mello, no sentido de que os 
princípios basilares são a supremacia do interesse público sobre o 
particular e a indisponibilidade do interesse público, pois é deste último 
que surge o princípio da legalidade. 
Vamos treinar um pouco? 
 
 
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26. (CESPE ± 2015 ± FUB - Assistente em Administração)
 Na hierarquia dos princípios da administração pública, o mais 
importante é o princípio da legalidade, o primeiro a ser citado na CF. 
 
Não existe hierarquia nos princípios da administração pública. 
Todos são importantes. Embora o princípio da legalidade venha 
primeiro, não poderá ser considerado com maior relevância. 
Gabarito ± Errado. 
 
27. (CESPE ± 2014 - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) Por força do princípio da legalidade, o administrador 
público tem sua atuação limitada ao que estabelece a lei, aspecto que o 
difere do particular, a quem tudo se permite se não houver proibição 
legal. 
 
 Estamos diante da aplicação do princípio da legalidade. Neste caso 
a Administração pública só poderá fazer aquilo que está em lei. Por 
outra vertente, o particular poderá fazer tudo aquilo que a lei não 
proíbe (autonomia da vontade). 
Gabarito ± Certo. 
 
 
 
28. (CESPE- 2015- FUB- Assistente em Administração) O 
princípio da legalidade limita a atuação do Estado à legislação existente. 
 
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Como tratamos em aula, a Administração só pode fazer o que 
permite a Lei, dessa forma a questão está correta. 
Gabarito: Certo 
 
 
 
29. (CESPE -2015-FUB - Assistente em Administração) A 
pretexto de atuar eficientemente, é possível que a administração 
pratique atos não previstos na legislação. 
 
Pessoal, no princípio da legalidade da Administração Pública, esta 
só pode realizar, fazer ou editar o que a lei expressamente permite. 
Errado. 
 
 
 
30. (CESPE - 2013 - DEPEN - Especialista ) Em razão do 
princípio da legalidade, previsto em artigo do texto constitucional, 
apenas a lei é fonte do direito administrativo. 
Já aprendemos que são Fontes do Direito Administrativo: lei, 
doutrina, jurisprudência, costume e os princípios gerais do direito. 
Portanto, não é apenas a lei. 
Gabarito: errado. 
 
31. (CESPE ± 2014 ± TC-DF ± ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA) Acerca do regime jurídico administrativo, julgue o próximo 
item. Em razão do princípio da legalidade, a administração pública está 
impedida de tomar decisões fundamentadas nos costumes. 
 
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Acabamos de ver que os costumes também são fontes do direito 
administrativo, portanto podem ser usados nas decisões 
administrativas. 
Gabarito: Errado. 
 
32. (CESPE - 2013 - MPOG - Todos os Cargos) Em consequência 
do princípio da legalidade, pode-se concluir que, havendo discordância 
entre determinadaconduta e a lei, deverá a conduta ser corrigida para 
eliminar-se a ilicitude. 
Com certeza! A Conduta em discordância com a lei é uma conduta 
ilegal! Portanto, deverá ser corrigida para eliminar-se a ilicitude. 
Gabarito: certo. 
 
33. (CESPE ± 2012 ± MPE - Analista Ministerial) A supremacia 
do interesse público é o que legitima a atividade do administrador 
público. Assim, um ato de interesse público, mesmo que não seja 
condizente com a lei, pode ser considerado válido pelo princípio maior 
da supremacia do interesse público. 
 
Apesar do princípio da supremacia do interesse público ser um dos 
centrais do regime jurídico-administrativo, todo ato do administrador 
deve ser condizente com a lei, sob pena de incidência de legalidade. 
Isso decorre do princípio da legalidade. Além do mais, nem todo 
tomado pelo administrador é de interesse público. Caso fosse, a 
Administração poderia utilizar-se deste princípio da supremacia para 
praticar atos a favor de particulares, mas sendo protegido pelo 
³LQWHUHVVH� S~EOLFR´� SUHVXPLGR� HP� VHX� DWR�� 3RUWDQWR�� R� LWHP� HVWi�
incorreto. 
Gabarito: Errado. 
 
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34. (CESPE-2011-TJ-ES-Analista Judiciário) O princípio da 
legalidade está relacionado ao fato de o gestor público agir somente de 
acordo com a lei. 
No âmbito da Administração Pública, em razão da própria 
indisponibilidade dos interesses públicos, o princípio da legalidade 
assume um teor mais restritivo, no sentido de que o administrador, em 
cumprimento ao princípio da legalidade, "só pode atuar nos termos 
estabelecidos pela lei." Item correto. 
Gabarito: certo. 
 
35. (CESPE-2011-TRE-ES-Técnico Judiciário) Os princípios 
elencados na Constituição Federal, tais como legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, aplicam-se à 
administração pública direta, autárquica e fundacional, mas não às 
empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem 
atividade econômica. 
As empresas públicas e as sociedades de economia mista também 
compõem a Administração Pública indireta. Por isso, a questão está 
errada. É só você fazer a leitura atenta do art. 37 da CF. 
Gabarito: Errado. 
 
 
Passemos agora à análise dos demais princípios constitucionais do 
LIMPE. 
Segundo o princípio da impessoalidade a Administração não 
pode praticar qualquer ato com vistas a prejudicar ou beneficiar 
alguém, nem a atender o interesse do próprio agente, o agir deve ser 
impessoal, pois os agentes públicos devem visar, tão somente, o 
interesse público. 
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Por isso que se diz que o princípio da impessoalidade se confunde 
com o da finalidade, pois ato administrativo que não visa o interesse 
público viola tanto o princípio da impessoalidade como o da finalidade. 
Entretanto, outro aspecto do princípio da impessoalidade é 
exclusivo e inconfundível: esse princípio também informa que os atos 
realizados no âmbito da Administração não são praticados por Fulano, 
Beltrano ou Cicrano, mas pelo órgão ao qual o agente se vincula. 
As regras constitucionais que impõem a realização do concurso 
público para provimento de cargos na Administração Pública (art. 37, 
II) e a que determina que as contratações devem ser precedidas de 
licitação (art. 37, XXI) decorrem do princípio da impessoalidade. 
 
 
 
36. (CESPE ± 2015 ± MPU - Técnico do MPU - Segurança 
Institucional e Transporte) O servidor responsável pela segurança da 
portaria de um órgão público desentendeu-se com a autoridade superior 
desse órgão. Para se vingar do servidor, a autoridade determinou que, 
a partir daquele dia, ele anotasse os dados completos de todas as 
pessoas que entrassem e saíssem do imóvel. 
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue. 
O ato praticado pela autoridade superior, como todos os atos da 
administração pública, está submetido ao princípio da moralidade, 
entretanto, considerações de cunho ético não são suficientes para 
invalidar ato que tenha sido praticado de acordo com o princípio da 
legalidade. 
 Pessoal, estamos diante do princípio da Impessoalidade que 
estabelece que a Administração não pode praticar qualquer ato com 
vistas a prejudicar ou beneficiar alguém, nem a atender o interesse do 
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próprio agente, o agir deve ser impessoal, pois os agentes públicos 
devem visar, tão somente, o interesse público. 
Gabarito ± Errado. 
 
37. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista 
Judiciário) Considere a seguinte situação hipotética. Determinado 
prefeito, que é filho do deputado federal em exercício José Faber, 
instituiu ação político-administrativa municipal que nomeou da seguinte 
forma: Programa de Alimentação Escolar José Faber. Nessa situação 
hipotética, embora o prefeito tenha associado o nome do próprio pai ao 
referido programa, não houve violação do princípio da impessoalidade, 
pois não ocorreu promoção pessoal do chefe do Poder Executivo 
municipal. 
De acordo com o princípio da impessoalidade, o ato não pode 
beneficiar terceiro e nem atender o interesse do próprio agente. 
Lembre-se o agir deve ser impessoal. 
Gabarito: Errado. 
 
38. (CESPE - 2013 - FUNASA - Todos os Cargos ) Se uma 
pessoa tomar posse em cargo público em razão de aprovação em 
concurso público e, por ser filiado a um partido político, sofrer 
perseguição pessoal por parte de seu superior hierárquico, poderá 
representar contra seu chefe por ofensa direta ao princípio da 
impessoalidade. 
Lembre-se que a Administração não pode praticar qualquer ato 
com vistas a prejudicar alguém. A perseguição pessoal sofrida afronta 
diretamente o principio da impessoalidade. 
Gabarito: certo. 
 
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39. (CESPE - 2013 - DEPEN - Especialista - Todas as áreas - 
Conhecimentos Básicos) A investidura em cargo ou emprego público, na 
administração direta e nas pessoas jurídicas de direito público, depende 
de aprovação prévia em concurso público, não se submetendo a essa 
exigência apenas as pessoas administrativas de direito privado. 
O concurso público decorre do principio da impessoalidade. E 
também estudamos que os princípios explícitos na CF/88 (LIMPE) são 
de observância obrigatória para a Administração Pública Direta e 
Indireta. Portanto, incorreta a questão. 
Gabarito:Errado. 
 
40. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador) O princípio da 
impessoalidade nada mais é do que o clássico princípio da finalidade, 
que impõe ao administrador público que só pratique o ato para o seu 
fim legal. 
Como vimos, o princípio da impessoalidade se confunde com o da 
finalidade, pois ato administrativo que não visa o interesse público viola 
tanto o princípio da impessoalidade como o da finalidade. 
Gabarito: certo. 
 
41. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Técnico Ministerial) O princípio da 
impessoalidade em relação à atuação administrativa impede que o ato 
administrativo seja praticado visando a interesses do agente público 
que o praticou ou, ainda, de terceiros, devendo ater-se, 
obrigatoriamente, à vontade da lei, comando geral e abstrato em 
essência. 
Isso mesmo, pessoal! O ato deve ater-se a vontade da lei! O ato 
praticado por agente público visando seus próprios interesses afronta 
diretamente o princípio da impessoalidade. 
Gabarito: certo. 
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42. (CESPE/2011/TJ-ES/Analista Judiciário) O princípio da 
impessoalidade trata da incapacidade da administração pública em 
ofertar serviços públicos a todos os cidadãos. 
Meu caro, o princípio da impessoalidade dispõe que a 
Administração não pode praticar qualquer ato com vistas a prejudicar 
ou beneficiar alguém, nem a atender o interesse do próprio agente, o 
agir deve ser impessoal, pois os agentes públicos devem visar, tão 
somente, o interesse público. Não existe essa definição dada pelo 
examinador. Item errado. 
Gabarito: Errado. 
 
43. (CESPE-2011-PC-ES-Perito Papiloscópico) O concurso 
público para ingresso em cargo ou emprego público é um exemplo de 
aplicação do princípio da impessoalidade. 
Se num concurso público a Administração busca selecionar o 
melhor preparado, sem observar se ele é o sujeito A ou o B, o item está 
correto. Depois de praticarmos, vemos como os itens vão ficando fácil. 
Alternativa correta. 
Gabarito: certo. 
 
44. (CESPE/TCU/2007) O atendimento do administrado em 
consideração ao seu prestígio social angariado junto à comunidade em 
que vive não ofende o princípio da impessoalidade da administração 
pública. 
Por óbvio, essa assertiva contraria o princípio da impessoalidade e, 
em última análise, o princípio basilar da supremacia do interesse 
público sobre o privado, uma vez que o norte da Administração deve ser 
alcançar o interesse público e não satisfazer o indivíduo A ou B. Desse 
modo, o item está errado. 
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Gabarito: Errado. 
Caro amigo, nesse momento você deve ligar o SINAL DE ALERTA! 
Se você está prestando um concurso em que a imprensa não tirará 
o olho de seus atos e das ações de seus colegas, qual dos princípios 
você acha que será mais explorado em sua prova? 
Isso mesmo, o princípio da moralidade! 
Então vamos lá. 
O princípio da moralidade impõe ao administrador o dever de 
sempre agir com lealdade, boa-fé e ética. Além de obedecer aos limites 
da lei, o gestor deve verificar se o ato não ofende a moral, os bons 
costumes, os princípios de justiça, de equidade e, por fim, a ideia de 
honestidade. 
O tema que mais vem sendo cobrado em concursos quanto ao 
princípio da moralidade é a Súmula Vinculante 13 do STF, que veda a 
prática do nepotismo na Administração Pública. 
A partir da edição dessa súmula restou consagrado o entendimento 
de que não é preciso de lei em sentido formal para se punir um 
indivíduo por nomear parentes para cargos públicos. Isso porque, essa 
prática viola frontalmente os princípios constitucionais da moralidade e 
da impessoalidade. 
 
 Pela importância da SV nº 13, transcrevemos a sua redação: 
 
 
 
 
 
 
Como se vê, a súmula vinculante impede a nomeação de cônjuge, 
companheiro ou parente da autoridade nomeante ou de servidor da 
³$� QRPHDomR� GH� F{QMXJH�� FRPSDQKHLUR� RX� SDUHQWH� HP� OLQKD� UHWD��
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo 
de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na 
Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido 
R�DMXVWH�PHGLDQWH�GHVLJQDo}HV�UHFtSURFDV��YLROD�D�&RQVWLWXLomR�)HGHUDO�´ 
 
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mesma pessoa jurídica para exercício de cargo em comissão, de 
confiança ou de função gratificada em qualquer órgão de quaisquer dos 
poderes e de quaisquer dos entes estatais. 
A súmula considera prática imoral a nomeação de parentes 
colaterais em até terceiro grau. São parentes de terceiro grau colateral 
o seu tio e o seu sobrinho. Veja a contagem dos graus: 
 
Pai 
 
Grau 1 Grau 2 
Você Irmão 
 Grau 3 
 Sobrinho 
 
Avô 
 
Grau 2 Grau 3 
Pai Tio 
 
Grau 1 
Você 
 
O texto veda, também, o nepotismo cruzado ao informar que a 
V~PXOD�DOFDQoD�DV�³GHVLJQDo}HV�UHFtSURFDV´, ou seja, a SV nº 13 veda a 
nomeação de um parente de Fulano, que é presidente da FUNASA, por 
exemplo, para o exercício de um cargo em comissão no INSS enquanto, 
ao mesmo tempo, Beltrano, que é parente do presidente do INSS, é 
nomeado para exercício de cargo em comissão na FUNASA. 
Muita atenção nesse ponto: após a edição da Súmula Vinculante 
em comento, o Supremo Tribunal Federal afirmou que ³a nomeação de 
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parentes para cargos políticos não implica ofensa aos princípios que 
regem a Administração Pública, em face de sua natureza 
eminentemente política, e que, nos termos da Súmula Vinculante 13, 
as nomeações para cargos políticos não estão compreendidas nas 
hipóteses nela elencadas´� �5&/� ������ GLYXOJDGR� QR� ,QIRUPDWLYR� 67)�
524). 
Portanto, olho aberto, meus amigos: não ofende o princípio da 
moralidade a nomeação de parentes para o exercício de cargo político, 
como o de Secretário de Estado, Ministro, presidente de autarquia, etc. 
Outro enfoque do princípio da moralidade é que a sua 
inobservância constitui ato de improbidade administrativa (art. 37, § 
4º, da CF). 
0DV�R�TXH�VHULDP�³DWRV�GH�LPSURELGDGH´" 
A Lei nº 8.429/92 responde essa questão ao afirmar que constitui 
ato de improbidade: 
(a) auferir qualquer tipo de vantagempatrimonial indevida em 
razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade (= 
enriquecimento ilícito ± art. 9º); 
(b) qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda 
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos 
bens ou haveres de entidades públicas (= causam prejuízo ao erário 
± art. 10); 
(c) qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, 
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições (= atentam 
contra os princípios da Administração Pública ± art. 11). 
Apesar da redação clara da lei e da Constituição, que não excluem 
qualquer autoridade das sanções pela prática de improbidade, num 
julgamento pouco moralizador, o Supremo Tribunal Federal entendeu 
que o Presidente da República e os Ministros não respondem por 
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improbidade administrativa com base na Lei 8.429/92 (RCL 2138: 
divulgado no Informativo STF nº 471, julgado em 13.06.2007). 
Por outro lado, o Superior TribunDO� GH� -XVWLoD� HQWHQGH� TXH� ³os 
prefeitos podem ser processados por seus atos pela Lei nº 
8.429/92´��5(63����������± AgRg, julgado em 21.06.2011). 
Sobre o princípio da moralidade, vale apreciar as seguintes 
questões: 
 
 
 
 
 
45. (CESPE ± 2015 ± TCU - Técnico Federal de Controle Externo 
- Conhecimentos Básicos) No que se refere aos princípios e conceitos da 
administração pública e aos servidores públicos, julgue o próximo item. 
Ofenderá o princípio da impessoalidade a atuação administrativa que 
contrariar, além da lei, a moral, os bons costumes, a honestidade ou os 
deveres de boa administração. 
 
Pessoal, aqui estamos diante da ofensa ao princípio da Moralidade 
e não da impessoalidade. Sendo assim veja o conceito: O princípio da 
moralidade impõe ao administrador o dever de sempre agir com 
lealdade, boa-fé e ética. Além de obedecer aos limites da lei, o gestor 
deve verificar se o ato não ofende a moral, os bons costumes, os 
princípios de justiça, de equidade e, por fim, a idéia de honestidade. 
Gabarito ± Errado. 
 
 
46. (CESPE- 2015- FUB- Assistente em Administração) De 
acordo com o princípio da moralidade, os agentes públicos devem atuar 
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de forma neutra, sendo proibida a atuação pautada pela promoção 
pessoal. 
 
Você já sabe os conceitos dos princípios e, como vimos segundo o 
princípio da impessoalidade a Administração não pode praticar 
qualquer ato com vistas a prejudicar ou beneficiar alguém, nem a 
atender o interesse do próprio agente, o agir deve ser impessoal, pois 
os agentes públicos devem visar, tão somente, o interesse público. 
Veja que essa atuação neutra refere-se ao princípio da 
impessoalidade e não moralidade. 
Gabarito: Errado. 
 
 
47. (CESPE ± 2014 - TJ-DF - Juiz de Direito Substituto) 
Considerando a relevância dos princípios do direito administrativo para 
atividade de administrador público, assinale a opção correta. 
 a. O princípio da supremacia do interesse público vem sendo 
questionado pela doutrina, em especial, após a CF, que estabeleceu o 
Estado democrático de direito e assegurou direitos e garantias 
individuais acima dos interesses do Estado, não existindo, por outro 
lado, norma constitucional que respalde a permanência de tal princípio 
no ordenamento jurídico. 
 b. O princípio da eficiência funciona como diretriz a ser seguida 
pelo administrador, mas não pode ser utilizado como parâmetro de 
controle externo pelo tribunal de contas para fins de verificação de 
regularidade dos atos e contratos celebrados pelos administradores 
públicos. 
 c. A violação de princípios da administração pública, tais como da 
moralidade, da impessoalidade e da eficiência, caracteriza ato de 
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improbidade administrativa, desde que comprovado o dolo, ainda que 
genérico, do agente. 
 d. Na esfera de atuação do poder de polícia, não pode a 
administração pública efetuar a demolição de obra irregular de forma 
sumária, sem observar os princípios do contraditório e da ampla defesa, 
devendo haver a oitiva prévia do interessado. 
e. Estando o administrador diante de ato administrativo viciado, o 
princípio da segurança jurídica lhe confere a opção, observado o critério 
de conveniência e oportunidade, de convalidar o ato se o vício for 
sanável, reconhecer a sua estabilização pelo decurso do tempo, 
modular os efeitos da anulação ou, ainda, invalidar o ato, com efeitos 
ex tunc. 
 
Como vimos, qualquer ação ou omissão que viole os deveres de 
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições (= 
atentam contra os princípios da Administração Pública ± art. 11). 
Isso nos remete aos princípios da Administração pública tais como a 
moralidade, a impessoalidade e a eficiência. Para os crimes que 
atentam conta os princípios da Administração Pública, tem que se 
comprovar o dolo do agente. 
Logo, o nosso gabarito fica letra C. 
 
48. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista 
Judiciário) A nomeação, pelo presidente de um tribunal de justiça, de 
sua companheira para o cargo de assessora de imprensa desse tribunal 
violaria o princípio constitucional da moralidade. 
Exatamente como vimos na Súmula vinculante 13 do STF. 
Gabarito: Certo. 
 
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49. (CESPE ± 2014 ± TJ/SE ± ANALISTA JUDICIÁRIO ± 
DIREITO) Em consonância com os princípios constitucionais da 
impessoalidade e da moralidade, o STF, por meio da Súmula Vinculante 
n.º 13, considerou proibida a prática de nepotismo na administração 
pública, inclusive a efetuada mediante designações recíprocas ² 
nepotismo cruzado. 
 A Súmula Vinculante 13 do STF, veda a prática do nepotismo na 
Administração Pública e como vimos também veda o nepotismo 
cruzado. Essa foi bem fácil. 
Gabarito: correta 
 
50. (CESPE - 2013 - MJ - Analista Técnico - Administrativo ) O 
princípio da moralidade administrativa torna jurídica a exigência de 
atuação ética dos agentes públicos e possibilita a invalidação dos atos 
administrativos. 
Perfeito, pessoal! O ato administrativo fruto de ato imoral poderá 
ser invalidado. 
Gabarito: certo. 
 
51. (CESPE - 2013 - MPOG - Todos os Cargos ) A vedação da 
prática do nepotismo no âmbito da administração direta e indireta de 
qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito

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