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Peste no Brasil: Características e Controle

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Síntese Epidemiológica da Peste no Brasil, em 
2005.
Brasília, maio de 2006 
Gerência Técnica do Programa de Controle da 
Peste / Coordenação de Doenças Transmissíveis 
por Vetores / CGDT/DEVEP/SVS
Ministério da Saúde
PESTE
Informe Epidemiológico
Características Epidemiológicas
A Peste é uma doença infecciosa aguda que se manifesta sob três 
formas clínicas principais: bubônica, septicêmica e pneumônica. O 
agente etiológico é a bactéria Yersinia pestis, que é transmitida pela 
picada de pulgas infectadas. A peste pneumônica é transmitida por 
gotículas bronco-pulmonares expelidas pela tosse.
PESTE
Informe Epidemiológico
Características Epidemiológicas
Os reservatórios-hospedeiros da peste são os roedores silvestres e 
comensais, além dos coelhos. 
Os vetores envolvidos na transmissão da doença no Brasil são os 
Siphonapteros ou pulgas. As principais espécies responsáveis pela 
transmissão nos focos brasileiros são as: Xenopsylla cheopis, 
Polygenis bolhsi jordani e Polygenis tripus.
Umas das características fundamentais da peste é a sua persistência 
em focos naturais- zonas geográficas bem delimitadas, onde o agente 
etiológico, os vetores e os reservatórios da infecção formam uma
associação ecológica que permite a bactéria circular indefinidamente.
O bacilo da peste depende para sua existência de complexa rede de 
interações envolvendo não só características das populações dos 
hospedeiros e dos vetores, mas também fatores bióticos e abióticos do 
ambiente.
Ratus-ratus
Xenopsylla cheopis
As três formas mais comuns da Peste
PESTE
Informe Epidemiológico
• Peste Bubônica - febre alta, calafrios, dor de cabeça intensa, dores 
generalizadas, falta de apetite, náuseas, vômitos, confusão mental, olhos 
avermelhados, pulso rápido e irregular, pressão arterial baixa, 
prostração e mal-estar geral. Após 2 ou 3 dias, aparece tumefação nos 
linfonodos superficiais.
•Peste Septicêmica – febre alta, calafrios, dor de cabeça intensa, dores 
generalizadas, falta de apetite, náuseas, vômitos, confusão mental, olhos 
avermelhados, pulso rápido, hipotensão arterial, prostração, dispnéia, 
estado geral grave, dificuldade na fala, hemorragias, necrose dos 
membros, coma e morte.
•Peste Pneumônica – Além dos sintomas comuns às outras duas formas 
clínicas, o paciente ainda apresenta dor no tórax, respiração curta e 
rápida, dispnéia, cianose, expectoração sanguinolenta, delírio, coma e 
morte.
•Nota: Muitos casos, especialmente da forma bubônica, não apresentam toda 
a riqueza de sintomatologia acima descrita, podendo haver casos leves.
Manifestação Clínica
PESTE
Informe Epidemiológico
O Diagnóstico pode ser clínico e laboratorial, em que são usadas técnicas 
de bacteriologia e sorologia ( imunofluorescência e hemaglutinação
direta), além de provas moleculares.
Diagnóstico e Tratamento
O Tratamento deve ser iniciado imediatamente para diminuir as 
chances de complicações que possam levar a pessoa infectada à
morte. Os antibióticos (com exceção da penicilina) são os 
medicamentos mais utilizados juntamente com terapia de suporte 
para reidratação do doente, monitoramento da pressão arterial e da 
função cardíaca. 
Os antibióticos de escolha são: estreptomicina, tetraciclinas, 
cloranfenicol e kanamicina. As sulfas conferem bons resultados, 
quando administradas nos casos menos graves.
Bacteriológica Imunofluorescência Molecular
PESTE
Informe Epidemiológico
Focos Naturais de Peste no Brasil 
A peste está restrita a algumas áreas serranas ou de planaltos, 
principalmente na região Nordeste, sendo geralmente associada ao
cultivo e armazenagem de grãos. Após 5 anos sem casos humanos 
confirmados em todo o Brasil, o estado do Ceará notificou em 
março de 2005 um caso positivo. O último caso registrado ocorreu 
no ano de 2000 no estado da Bahia. A vigilância permanente, com 
monitoramento da peste animal, com busca ativa e instrução à
população de risco, tem proporcionado o controle da doença, que, na 
maioria dos casos, se apresenta na forma bubônica. A mortalidade
praticamente inexiste no País, nos últimos anos. Na década de 80 
foram registrados 7 óbitos, dentre 669 casos ocorridos.
Focos do Nordeste: nos 
estados do CE, PI, RN, PE, 
PB, PB e BA.
Focos do Sudeste: nos 
estados do RJ e MG.
PESTE
Informe Epidemiológico
As estratégias adotadas pela vigilância epidemiológica têm por 
objetivo identificar o aumento de risco da transmissão para humanos, 
impedir a transmissão para humanos mediante controle da 
transmissão nos focos naturais, diagnosticar precocemente os casos 
humanos, prevenir a letalidade da doença e a ocorrência de surtos. 
A vigilância epidemiológica revela o processo epizootiológico e sua 
extensão territorial e, através de indicadores como: densidade de 
roedores e de pulgas e circulação da bactéria (através de inquéritos 
sorológicos de carnívoros e roedores), informa sobre a possibilidade 
de surtos epizoóticos e fornece elementos para se poder determinar 
onde e quando deverão ser aplicadas as medidas de prevenção e 
controle.
O Programa Nacional de Controle da Peste vem adotando, ao longo 
dos anos, ações de vigilância epidemiológica que compreende as 
seguintes atividades: captura de roedores nos domicílios e no campo, 
captura de pulgas nos roedores e nas habitações, coleta de amostras 
de sangue de roedores e carnívoros, coleta de amostras de sangue de 
casos humanos suspeitos de peste, diagnóstico laboratorial das 
amostras coletadas, busca ativa de ocorrência de peste- através de 
visitas domiciliares para uma possível identificação de casos 
humanos suspeitos e epizootias de roedores, despulização dos 
domicílios, tratamento específico dos doentes, quimioprofilaxia dos 
comunicantes e isolamento dos pacientes quando necessário. 
Estratégias adotadas pelo Programa 
Nacional de Controle da Peste
PESTE
Informe Epidemiológico
Situação atual dos estados
Monitoramento da Peste Animal
Fonte: CDTVCGDT/DEVEP/SVS/MS
ESTADOS
ROEDORES EXAMES PULGAS
Capturados Quarentena Bacteriologia Sorologia Sor. positivos Coletadas
Ceará 2680 2275 492 1568 546 4568
Bahia 3539 1868 4669 9820 7 5171
Pernambuco 3466 1146 1222 12433 0 2612
Paraíba 466 53 - 6003 322
Rio G. do 
Norte
137 17 14 934 0 145
Alagoas 112 53 - 1201 0 89
Minas Gerais 2508 2508 933 3464 0 933
TOTAL 12908 7920 6414 48563 553 10840
PESTE
Informe Epidemiológico
Situação atual dos estados
Busca Ativa de Casos e Educação em Saúde
ESTADOS VISITA 
DOMICILIAR
ENTREVISTA 
ENFOC. 
PESTE
EPIZOOTIA 
DE 
ROEDORES
PACIENTE 
SUSPEITO
CASO 
HUMANO 
CONFIRMAD
O
Ceará 64312 61615 0 45 01
Bahia 272214 463551 24 42 0
Pernambuco 30956 38663 0 0 0
Paraíba 39511 39511 0 0 0
Rio G. do 
Norte
7917 6005 2 0 0
Alagoas 13779 10083 0 0 0
Minas 
Gerais
4869 4863 0 0 0
Piauí 421 624 0 0 0
Total 433979 624915 26 87 1
Fonte: CDTV/CGDT/DEVEP/SVS/MS
PESTE
Informe Epidemiológico
Situação atual dos estados
Profilaxia e Controle
Fonte: CDTV/CGDT/DEVEP/SVS/MS
ESTADOS PREDIOS DESPULIZADOS QUIMIOPROFILAXIA DOS 
COMUNICANTES
Ceará 2110 225
Bahia 582 190
Pernambuco 0 0
Paraíba 0 0
Rio G. do Norte 0 0
Alagoas 23 0
Minas Gerais 2 0
Total 2717 415
PESTE
Informe Epidemiológico
Situação atual dos estados
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Casos 97 59 151 82 37 71 76 45 25 26 18 10 25 14 18 9 5 16 4 6 2 0 0 0 0 1
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
2005 
(at é 
ago)
Número de casos humanos positivos de peste: 1980 a 2005, no Brasil.
Fonte: CDTV/CGDT/DEVEP/SVS/MS
PESTE
Informe Epidemiológico
Situação atual dos estados
0
100
200
300
400
500
Exames 
PositivosUF
Positivação Animal
2004 0 186 0 0 48 0 0 3 0
2005 0 481 0 0 3 0 2 0 0
PI CE RN PB PE AL BA MG RJ
0
5000
10000
15000
Exames 
Realizados
UF
Sorologia de Carnívoros
2004 0 14709 0 8070 7512 0 0 2976 0
2005 0 10.919 548 2006 10285 751 7383 2572 0
PI CE RN PB PE AL BA MG RJ
Número de exames realizados para peste por estado, nos 
anos de 2004 e 2005, Brasil.
Número de positivação animal para peste por estado, nos 
anos de 2004 e 2005,Brasil.
Fonte: CDTV/CGDT/SVS/MS
Fonte: CDTV/CGDT/SVS/MS
PESTE
Informe Epidemiológico
Conclusão
Embora a incidência da peste tenha diminuído de maneira 
significativa no século XX, a doença ainda desperta nos técnicos
e gestores de saúde pública, como problema que merece atenção 
especial devido à persistência da infecção em roedores silvestres 
e ao contato desses animais com roedores sinantropicos 
comensais em extensas áreas de quatro continentes.
Isto tornou necessária sua inclusão entre as doenças sujeitas ao
Regulamento Sanitário Internacional e de notificação 
compulsória no Brasil. Torna-se ainda indispensável o 
estabelecimento de um sistema mundial de vigilância 
epidemiológica, bem como a realização de investigações para 
determinar seu potencial epidêmico nas áreas onde existem as 
condições ecológicas que propiciam sua existência. 
A Persistência de focos ativos, representa risco permanente de 
acometimento humano nessas áreas e, principalmente, a 
possibilidade do surgimento de epidemias em outros lugares, 
notadamente em centros urbanos, em função dos deslocamentos 
de pessoas infectadas o que poderia ser catastrófico e de 
repercussão inimaginável, conferindo alta transcedência à peste.
Nos exames sorológicos animal realizados no Brasil em 2005, 
podemos verificar que o estado do Ceará desponta como foco 
mais ativo de peste do país.
PESTE
Informe Epidemiológico
Informações Adicionais
Fonte das fotos: www.who.int , almeida et al. Manual de 
Peste. www.cpqam.fiocruz.br 2002
Bibliografia Consultada:
•Almeida,AMP; Leal Balgino TCA,Tavares,C-Peste.in: Gura, JR 
(ed). Dinâmica das Doenças Transmissíveis; 1ª edição Ed. 
Guanabara Koogon 2005
•Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em saúde.Guia 
de Vigilância Epidemiológica/ Ministério da Saúde, Secretaria de 
Vigilância em saúde. – 6. Ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 
816 p. – (série A. Normas e Manuais Técnicos) 
• Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. 
Departamento de Operações. Coordenação de Doenças Transmitidas 
por Vetores. Controle da Peste – Normas Técnicas. 1ª ed. –
Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 1994. 124 p.
•Rey. Parasitologia. 3 ª Edição . Guanabara/ Koogan

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