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História do Direito Brasileiro Brasil 1º Império

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Profª Alice Soares
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Em janeiro, D. Pedro é sondado para ficar no Brasil, pois sua partida poderia representar o esfacelamento do país. Era preciso ganhar o apoio de D. Pedro, em torno do qual se concretizariam os interesses da aristocracia rural brasileira. Um abaixo assinado de oito mil assinaturas foi levado por José Clemente Pereira (presidente do Senado) a D. Pedro em 9 de janeiro de 1822, solicitando sua permanência no Brasil.
Cedendo às pressões, D. Pedro decidiu-se: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico".
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Cumpra-se – Maio de 1822 - a cisão entre D. Pedro e as Cortes aprofundou-se: o Regente determinou que qualquer decreto das Cortes só poderia ser executado mediante o "Cumpra-se" assinado por ele, o que equivalia a conferir plena soberania ao Brasil
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Além dos 3 poderes, a constituição instaurou o Poder Moderador. ◦ Poder privativo do imperador ◦ Harmoniza os outros poderes 
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Tinha como chefe o Imperador
 Não havia real parlamentarismo
 Ministros do Estado nomeados pelo imperador
 Ministros apenas ratificavam os atos do imperador
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Consentido pelo Imperador
 Art 13. O poder Legislativo é delagado à
Assembléia Geral, com sanção do Imperador.
 Composto por Câmara dos deputados e senado
 Senadores vitalícios
Candidatos a Senador
 Cidadão brasileiro
 Maior de 40 anos
 Pessoa de saber
 Rendimento anual maior que 800 mil réis
 Os príncipes da Casa Imperial, ao chegarem ao 25 anos, seriam nomeados Senadores.
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Indicado como poder independente
 Juízes nomeados pelo Imperador
 Independência apenas em tese
 Tribunais de Segunda e Última instância nas
Províncias
 Supremo Tribunal de Justiça
(Substituia a Mesa da Consciência e Ordens e Casa de
Suplicação) aceitando recursos contra decisão nula ou manifestamente injusta. 
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Dissolução da Assembléia Constituinte para a
“Salvação do Estado.”
 Possuía o poder de:
 Convocar novas eleições
 Expedir decretos e regulamentos
 Nomear bispos
 Prover benefícios eclesiásticos
 Conceder beneplácido aos decretos dos concílios
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ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO PERÍODO IMPERIAL: 
 A Constituição de 1824 deu nova feição à Justiça brasileira, elevando-a à condição de um dos poderes estatais (Do Poder Judicial – Título VI). Pela Constituição imperial, o Poder Judiciário se organizava da seguinte forma: 
 PRIMEIRA INSTÂNCIA:
Juizes de Paz – para conciliação prévia das contendas cíveis e, pela Lei de 15 de outubro de 1827, para instrução inicial das causas criminais, sendo eleitos em cada distrito. 
Juizes de Direito – para julgamento das contendas cíveis e criminais, sendo nomeados pelo Imperador. 
 
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ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO PERÍODO IMPERIAL: 
 SEGUNDA INSTÂNCIA:
Tribunais de Relação (Provinciais) - Para julgamento dos recursos das sentenças (revisão das decisões)
 
TERCEIRA INSTÂNCIA: 
Supremo Tribunal de Justiça - Para revista de determinadas causas e solução dos conflitos de jurisdição entre Relações Provinciais. (O Supremo Tribunal de Justiça foi efetivamente criado pela Lei de 18 de setembro de 1828, compondo-se de 17 Ministros - ao mesmo tempo em que foi extinta a Casa da Suplicação, o Desembargo do Paço e a Mesa da Consciência e Ordens). 
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ESTADO UNITÁRIO
A carta constitucional de 1824 criou um Estado Unitário, vigorosamente centralizado política e administrativamente na capital do Império e nos poderes que a Constituição criou, tornando impraticável qualquer aspiração de autonomia dos poderes locais – o art. 165 estabelecia que cada província teria um presidente nomeado pelo Imperador que o poderia remover quando o bom serviço do Estado assim o entendesse; Os Conselhos Gerais das Províncias, Entre 1826 e 1834 se constituíram em meros órgãos consultivos, devendo as deliberações tomadas em maioria serem remetidas ao Poder Executivo (no Rio de Janeiro), por intermédio do Presidente da Província. 
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O Código Criminal de 1830 vai afastar a aplicação das Ordenações Filipinas – Livro V.
Características do Direito Penal nas Ordenações Filipinas:
As penas eram severas e com requintes de crueldades, como a pena de morte que poderia ser na forca (morte natural), antecedida de torturas (morte natural cruelmente) ou mesmo a denominada morte para sempre, onde o corpo do condenado ficava suspenso, putrefando-se, até que a confraria o recolhesse, além de várias outras.
).
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As leis criminais eram autoritárias e cheias de beatice. Apontavam os valores da época histórico. Os grandes institutos do direito penal ainda não tinham os seus contornos acabados, como as excludentes de ilicitude, as causas de extinção da punibilidade, o crime impossível e a tentativa de crime. A pena de morte era a regra. 
O sistema punitivo das Ordenações Filipinas se alicerçava na estratificação social para capitular os crimes e dispor sobre as punições, sancionando os infratores de acordo com a sua posição na pirâmide social.
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O regime era fantástico e terrorista há enorme variedade dos tipos de autores, das infrações e do arsenal punitivo: hereges, apóstatas. Feiticeiros, blasfemos (contra Deus ou os santos), benzedores de cães e outros bichos sem autorização do rei; sodomia, o infiel que dormisse com algum cristã, e o cristão que dormisse com infiel; entrada em mosteiro ou retirada de freira "ou dorme com ella, ou a recolhe em casa"; vestir-se o homem com trajes de mulher ou a mulher com trajes de homem "e dos que trazem máscara"
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Com a independência em setembro de 1822 era necessário regular os vários aspectos da vida nacional.
 Então, a Assembléia Constituinte de 1823 decidiu manter as leis portuguesas para evitar brechas legislativas.
Em 1827, o Imperador enfatizou a urgência de elaborar
a codificação civil e criminal (Codificação oitocentista)
 O projeto do Código Penal foi aprovado em 1830 e entrou em vigor em 8 de janeiro de 1831 (sofreu influências de Cesare Beccaria e era bastante. liberal).
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Em 1825, foram criados os primeiros cursos jurídicos do país: Olinda, Recife e São Paulo. Assim, começava a se formar uma tradição jurídica no país e os ricos não precisavam mais estudar direito na europa.
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Confederação do Equador As províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará formaram, em 1824 a Confederação do Equador. Era a tentativa de criar um estado independente e autônomo do governo central. A insatisfação popular com as condições sociais do país e o descontentamento político da classe média e fazendeiros da região com o autoritarismo de D.Pedro I foram as principais causas deste movimento. 
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Confederação do Equador Em 1824, Manuel de Carvalho Pais de Andrade tornou-se líder do movimento separatista e declarou guerra ao governo imperial.  O governo central reagiu rapidamente e com todos as forças contra as províncias separatistas. Muitos revoltosos foram presos, sendo que dezenove foram condenados a morte. A confederação foi desfeita, porém a insatisfação com o governo de D.Pedro I só aumentou. 
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