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Classificações das pesquisas Devido à intrínseca relação entre ciência e pesquisa, essa última necessitou progressivamente de Classificações para atender de modo inequívoco aos interesses da ciência. Atualmente, há diferentes Modos de classificações de uma pesquisa científica. Para Antônio Carlos Gil (2010), tem-se: NATUREZA; • ABORDAGEM; • OBJETIVOS/FINALIDADE; • PROCEDIMENTOS TÉCNICOS. • natureza; • abordagem; • objetivos/finalidade; • procedimentos técnicos. Classificação quanto à natureza: A classificação da pesquisa científica quanto à natureza, concerne ao modo como o conhecimento científico será obtido em relação à aplicabilidade. A distinção de natureza instala-se no tocante à divisão entre teoria e prática. Para gil (2010), tal natureza pode se configurar como básica ou aplicada: - Como a própria terminologia indica, uma pesquisa básica tem por objetivo gerar ou produzir conhecimentos novos para o avanço da ciência sem, no entanto, ter aplicação prática prevista (revisão conceitual de um campo científico). -No tocante à pesquisa aplicada infere-se, segundo Gil (2010), que se trata de uma pesquisa que visa gerar conhecimentos para aplicações práticas dirigidas à solução de problemas específicos (na natureza dessas pesquisas há uma preocupação com a validade externa de seus constructos, de seus aparelhos conceituais ou referenciais teóricos). Classificação quanto à abordagem: Configurando-se como outro modo de classificação da pesquisa científica, a abordagem concerne à forma como se pretende trabalhar sobre o objeto do conhecimento científico a partir do problema gerado por ele (a questão que impulsiona o pesquisador). Quanto a essa classificação, Gil (2010) estabelece a seguinte divisão: A pesquisa quantitativa é utilizada quando o que se propõe a ser abordado (o objeto do conhecimento científico) é passível de quantificação. Isso significa que é possível traduzir opiniões e números em informações as quais serão classificadas e analisadas. A pesquisa qualitativa é utilizada quando o que se propõe a ser abordado não é passível de quantificação, além de o pesquisador estar mais interessado na qualidade, nos aspectos subjetivos, nas significações ou nos sentidos de tal objeto a ser pesquisado. Classificação quanto aos objetivos/finalidade: Exploratória, descritiva e explicativa A pesquisa exploratória é de caráter amplo por possibilitar o envolvimento de diversos instrumentos objetivando proporcionar ao pesquisador maior familiaridade com seu problema de pesquisa . Ela pode envolver o levantamento e revisão bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos. Essa pesquisa assume, em geral, a forma de pesquisas bibliográficas e estudos de caso. A pesquisa descritiva é utilizada quando a finalidade da pesquisa é descrever as características de uma população ou fenômeno ou estabelecer relações entre variáveis , como, por exemplo, a na pesquisa correlacional. Em geral, as pesquisas descritivas assumem a forma de levantamento. A pesquisa explicativa é utilizada quando a finalidade da pesquisa é identificar quais os fatores que determinam fenômenos empíricos, quando visa explicar o porquê das coisas. O que desencadeia um surto psicótico, uma crise de pânico ou episódio depressivo? Em geral, as pesquisas explicativas assumem as formas de pesquisa experimental e pesquisa ex‐post‐f acto, que significa a partir do fato passado (GIL, 1994). Classificação quanto aos procedimentos técnicos: Pesquisa bibliográfica / pesquisa documental / pesquisa experimental / levantamento / Estudo de caso / estudo de campo / pesquisa ex post-fa cto / pesquisa ação / pesquisa Participante A pesquisa bibliográfica é a elaborada a partir de material já publicado, como livros, artigos, periódicos, etc; A pesquisa documental é elaborada a partir de material que não recebeu tratamento analítico. Consiste em utilizar documentos de arquivos (de igrejas, sindicatos, instituições etc.) ou relatórios de empresas etc. A pesquisa experimental é o procedimento técnico em que se determina um objeto de estudo, selecionam‐se variáveis que o influenciam, definem‐se as formas de controle e de observação dos efeitos que as variáveis produzem no objeto. O levantamento é o procedimento que envolve questionamento direto das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Em linhas gerais, procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, por exemplo, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados. O estudo de caso é procedimento que consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. O estudo de campo é um procedimento que procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente realizada por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações do ocorrem naquela realidade. A pesquisa ex-post-facto é o procedimento utilizado quando a análise dos dados ope ra-se depois dos fatos. A pesquisa ação é um procedimento com base empírica concebido e realizado em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. A pesquisa participante é um procedimento desenvolvido pela interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas. Método de pesquisa Quando um pesquisador se impõe ao desafio de elaborar uma pesquisa científica, ele deve, ao elaborar seu projeto de pesquisa no qual explicitará inicialmente o que pretende pesquisa, proceder, na sequência, ao detalhamento de como pretende levar a cabo sua pesquisa. Para tal, precisará delimitar o método de Pesquisa. Etapa 1: O QUE? Tema, objeto, problema, hipótese, objetivos. Etapa 2: COMO? Procedimentos técnicos: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa de campo, estudo de caso etc. Portanto, o método de pesquisa implica em diversos procedimentos técnicos que são necessários para dar à pesquisa seu caráter científico. vimos que há diversos procedimentos técnicos que podem ser utilizados numa pesquisa científica e esses procedimentos concernem aos instrumentos. A escolha das técnicas de coletas de informações deve levar em conta suas qualidades no que diz respeito à validade (o instrumento está avaliando realmente o que se pretende avaliar) e à fidedignidade (se os dados fornecidos constituem-se como reproduções das características exatas dos participantes da pesquisa). Observação Conforme a definição de Ferreira e Moura (2005, p. 55) A observação pode ser considerada uma técnica para colher impressões e registros sobre um fenômeno por meio do contato direto com as pessoas a serem observadas , de modo a abstrai-lo do seu contexto para que possa ser analisado em suas diferentes dimensões. A técnica de observação desdobra-se em: • Artificial e naturalística • Participante e não-participante • Sistemática e assistemática Segundo Goodwin (1995), a observação artificial é comumente utilizada no contexto da pesquisa experimental, em que o pesquisador intervém na situação, manipulando uma ou mais variáveis independentes e observando o comportamento dos indivíduos (variáveis dependentes) e m resposta a essas manipulações. Uma determinada situação é especialmente preparada para que certos tipos de reações sejam observados e registrados. A observação naturalística se dá em ambientes reais, sem que haja intervenção do Pesquisador/observador no fluxo de acontecimentos, interações e comportamentos naturalmente Emitidospelos indivíduos em sua vida diária. A observação participante concerne à grande interação que se estabelece entre observador e os Participantes da pesquisa. Tendo como base o pressuposto de que vivenciar a perspectiva de membro do Grupo (amostra) é fundamental para a compreensão de seu s aspectos intrínsecos, o observador assume um determinado papel no grupo e participa das atividades que o caracterizam. A observação não-participante concerne a não participação, ao não envolvimento do observador no Contexto a ser observado, isto é, ele realiza suas observações à distância, sem participar como membro da situação, como na observação participante. A observação sistemática (também chamada de padronizada ou estruturada) está estritamente relacionada à forma de registro. Ela implica a adoção, p or parte do observador, de uma série de decisões prévias sobre os elementos e situações a serem observados e forma de registro desses dados, que se articulam em roteiros, fichas ou catálogos de observação prefixados . Nesta observação, o pesquisador dirige toda sua atenção tão-somente aos aspectos pré-especificados, deixando de lado todos aqueles considerados irrelevantes a seus objetivos. Observação muito bem planejada de acordo com seus objetivos, antes de sua execução. A observação assistemática (também denominada não-estruturada ou livre) não envolve o estabelecimento de critérios prévios para orientar o registro do fenômeno a ser observado. Nesta perspectiva, o observador tem liberdade total para decidir que tipo de informação a ser registrada e a forma de fazê-lo , o que implicará em sua capacidade de síntese, abstração e organização dos dados coletados. Vantagem e desvantagem das observações: 1 – São vantajosas por serem técnicas diretas, onde a percepção do observador é diretamente voltada para as expressões dos participantes. 2 – Suas desvantagens concernem aos erros provenientes das interpretações equivocadas do observador acerca do fenômeno quando sua subjetividade interfere decisivamente, apoiando -se, portanto, em suas percepções. • como a própria terminologia indica, uma pesquisa básica tem por objetivo gerar ou produzir
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