Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ROCHAS ORNAMENTAIS (1)Leandro César Rodrigues Caldeira; (2)Giovanna Helena Fornari Moreira; (3)Eduardo Menyks Duarte Marinho; (4)Jayson Lopes Souza; (5) Guilherme Batista de Sá Gomes; (6)Felipe Ribeiro Moura (7)Thiago Costa Gonçalves Portelinha. (1) Aluno do Curso de Eng. Cívil da Católica do Tocantins; E-mail: leandro_cesar29@hotmail.com (2) Aluno do Curso de Eng. Cívil da Católica do Tocantins; E-mail: giovannamoreira16@hotmail.com (3) Aluno do Curso de Eng. Cívil da Católica do Tocantins; E-mail:eduardo.menyks@outlook.com.br (4) Aluno do Curso de Eng. Cívil da Católica do Tocantins; E-mail:Jayson.lopes@hotmail.com (5) Aluno do Curso de Eng. Cívil da Católica do Tocantins; E-mail:Guilherme-gomes95@hotmail.com (6) Aluno do Curso de Eng. Cívil da Católica do Tocantins; E-mail:felipe.moura@hotmail.com (7) Professor do Curso de Eng. Civil da Católica do Tocantins; E-mail: thiago.portelinha@catolica-to.edu.br RESUMO Quando tratamos de rochas ornamentais, estamos sempre falando em seu uso na construção civil, o uso da pedra nasceu com o próprio homem e tem marcado cada momento da evolução humana. Em todas as fases da história das civilizações a utilização da rocha vem se constituindo num modelo, caracterizando as cidades, estradas, castelos, templos e a decoração em geral. Não só vivenciou a evolução da arquitetura, mas também contribuiu com o crescimento cultural e socioeconômico dos povos. Como exemplos pode-se lembrar das pirâmides do Antigo Egito e o uso do arco estrutural em pedra, como elemento de importância no império romano e na sua expansão pela Europa, principalmente na bacia do Mediterrâneo. Palavra-chave: Rochas Ornamentais; Construção civil; Arquitetura; Aplicação. 1.0 INTRODUÇÃO Neste sentido, depreende-se das definições supracitadas que o conceito de rocha ornamental e de revestimento está baseado, sobretudo, em um método de extração e possibilidade de aplicação, conjugados a fatores estéticos, não importando a princípio seus aspectos genéticos e composicionais. Fica patente que qualquer material pétreo natural, passível de extração como bloco e com possibilidades de desdobramentos em chapas, com ou sem beneficiamento, pode ser considerado potencialmente uma rocha ornamental ou de revestimento. Comercialmente, as rochas ornamentais são definidas essencialmente à luz de duas principais categorias, que são os “granitos” e os “mármores”, distinguidos com base na sua composição mineralógica. O termo rochas ornamentais tem as mais variadas definições. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define rocha ornamental como material rochoso natural, submetido a diferentes graus ou tipos de beneficiamento ou afeiçoamento (bruta, aparelhada, apicoada, esculpida ou polida) utilizado para exercer uma função estética. 2.0 GRUPOS DE ROCHAS ORNAMENTAIS: 2.1 ROCHAS MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS As rochas magmáticas são rochas formadas pela solidificação do magma. O magma é uma massa incandescente que existe no interior dos vulcões que são lançadas para fora. Quando o magma é resfriado no interior da Terra transformam-se em rocha intrusiva como exemplo o granito. Quando o magma é lançado para fora da Terra em forma de lava transforma-se em rocha extrusiva; como exemplo, o basalto e a pedra-pomes. 2.2 ROCHAS SEDIMENTARES OU ESTRATIFICADAS As rochas sedimentares apresentam-se em formas de camadas ou estratos. Nessas rochas encontramos fósseis, ao contrário das magmáticas. Elas sofrem a ação do calor solar, da água e do vento como forma de decomposição. Temos como exemplo: o arenito, o calcário. 2.3 ROCHAS METAMORFICAS As rochas metamórficas são rochas modificadas em sua estrutura por novos minerais que são formados no interior da Terra pelo movimento e transformação das rochas magmáticas e sedimentares. Exemplos de rochas metamórficas são: o gnaisse, a ardósia e o mármore. 3.0 CARACTERÍSTICAS DAS ROCHAS ORNAMENTAIS 3.1 COMPOSIÇÕES MINERALÓGICAS: Refere-se à composição química, à formação e às alterações na estrutura de cada mineral componente. Influencia em propriedades da rocha e na sua durabilidade. 3.2 TEXTURA: Está ligada a mineralogia e as condições físicas durante a formação de cada rocha e diz respeito ao arranjo microscópico dos minerais que a formam. A principal característica referente a textura e a porosidade, permeabilidade e as resistências mecânicas. 3.3 ESTRUTURA: Está relacionada com a orientação, as posições de massas rochosas em uma determinada área, as feições resultantes de processos geológicos (falhamentos, dobramentos, intrusões ígneas, etc). 3.4 GRANULOMETRIA: Diferencia as rochas macroscopicamente de acordo com o tamanho dos seus grãos. 4.0 PRINCIPAIS ROCHAS ORNAMENTAIS: 4.1 GRANITO: O conceito de granito é muito genérico, abrangendo em sua essência as rochas com posicionalmente silicatadas. Do ponto de vista da geologia, “granito comercial” inclui tanto rochas ígneas quanto metamórficas, abrangendo, neste sentido, uma variada gama de tipos textural, estrutural e composicional mente distintos, o que reflete em cores e padrões estéticos diversos. O granito figura há tempos entre as mais tradicionais soluções empregadas no acabamento. A rocha se destaca não somente pela estética, como também por sua elevada resistência aliada à alta durabilidade. Vantagens como essas tornam a pedra uma das melhores alternativas para ornamentação e revestimento de edificações 4.2 MÁRMORES: Os mármores, no sentido comercial, incluem rochas composicionalmente carbonáticas, sedimentares e metamórficas. Podem ser maciços a bandeados, cêntricas e fibrosas, freqüentemente com impurezas argilosas e silicosas. Os mármores, pela sua própria natureza, são rochas macias, pouco abrasivas, e de baixa resistência aos agentes intempéricos. Aceitam com relativa facilidade os processos de desdobramento. 4.3 QUARTZITOS: Os quartzitos são rochas metamórficas, granoblásticas a granolepidoblásticas, granulação fina a média, com alto grau de recristalização, estruturalmente maciços a laminados, compostos basicamente de quartzo, com percentuais, em geral, variáveis de 70% a 95% na composição modal. Em função do elevado conteúdo de quartzo os quartzitos são rochas naturalmente resistentes aos abrasivos e duros ao corte. 4.4 ARDÓSIAS: As ardósias são rochas metapelíticas de grau metamórfico muito baixo, cripto a micro cristalinas, cor cinza-escura a preta, formada predominantemente por filossilicatos, principalmente sericita. Devido as suas características, são rochas geralmente impermeáveis e pouco resistentes ao desgaste abrasivo. 5.0 ETAPAS DE PRODUÇÃO 5.1 EXTRAÇÃO: A lavra de rochas como mármore e granito é feita de formas variadas. Porém alguns métodos apresentam alto custo sem garantir grande eficácia, tais como o método do jato de água e o método de Jet-Flame (maçaricos). As mais comuns são através de agentes explosivos e através de massa expansiva. 5.2 AGENTES EXPLOSIVOS: Primeiramente são estabelecidos furos verticais, de 7m a 8m de profundidade cada, sobre as rochas através de máquinas perfuratrizes. Em seguida, tais furos são preenchidos com explosivos especificados com “potência” adequada para cada tipo de rocha. Esta etapa é importante para que se evitem desperdícios na hora da explosão. 5.3 MASSA EXPANSIVA: Este método consiste na aplicação de argamassa expansiva nos furos estabelecidos nas rochas. Esta argamassa é uma substância em pó, composta principalmente por cal virgem, que consiste em um agente de fragmentação não explosiva. Quando misturada com água, ela sofre um processo de hidratação, aumentando de volume e causando grandepressão sobre as paredes que esta em contato. 5.4 TRANSPORTE: O veículo adequado ao transporte de blocos de rochas ornamentais é uma carreta, semi-reboque, do tipo "carrega tudo", rebaixada. A carreta rebaixada é alternativa mais segura, pois o centro de gravidade fica mais baixo, o que reduz a possibilidade de tombamento, com isso, torna o veículo mais estável na estrada. Os caminhões bitrem convencionais só poderão circular levando dois blocos, um em cada semi-reboque. 5.5 CORTE: Nesta etapa os blocos são cortados verticalmente em finas espessuras, que serão chamadas de chapas. Esta espessura normalmente é entre3 a 5 cm, dependendo do interesse do cliente. O corte é feito em máquinas especializadas, que podem variar de acordo com o material utilizado para o corte. Atualmente, as mais utilizadas são as maquinas de corte com tear de lâminas e o corte com fio diamantado. 5.6 BENEFICIAMENTO: Processo de industrialização de rochas ornamentais é dividido em duas etapas. O beneficiamento primário que consiste nas serragens ou desdobramento de blocos, que são os cortes feitos nos blocos (já abordados anteriormente). E o beneficiamento secundário, que abrange todos os processos de caracterização dimensional, de conformação e especificação do produto final. O beneficiamento de rochas ornamentais refere-se ao desdobramento de materiais brutos extraídos nas pedreiras em forma de blocos. Os blocos, com dimensões normalmente variáveis de 5m3 a 10m3, são beneficiados sobretudo através da serragem (processo de corte) em chapas, por teares e talha-blocos, para posterior acabamento até sua dimensão final. 6.0 APLICAÇÃO: As rochas ornamentais são materiais, tipificadas por uma longa lista de características que determinam seu uso, destacando-se: o efeito estético; a durabilidade; a resistência mecânica e a flexibilidade do uso, permitindo a obtenção de peças com formatos e dimensões variáveis. Revestimento de Pisos Revestimento de Escadas Revestimento de Paredes Bancadas de Pias e Lavatórios Móveis e Tampos Peças de Decoração - Colunas Maciças - Revestimento de Fachadas - Arte Funerária. 7.0 ROCHAS ORNAMENTAIS NO BRASIL O Brasil se destaca por ser o país com a maior diversidade de rochas ornamentais entre os principais produtores mundiais, além de contar com uma das maiores reservas existentes. Os outros dois grandes produtores são a Turquia e a Itália, sendo que nenhum deles supera a variedade brasileira, que é resultado das características da nossa natureza, que forma rochas de coloração única. 8.0 ESPÍRITO SANTO, O ESTADO DAS ROCHAS As primeiras unidades produtivas do setor de mármore e granito no Espírito Santo tiveram início na década de 1930. Apesar de tradicionalmente concentrada na região de Cachoeiro de Itapemirim, hoje a produção de rochas encontra-se disseminada por todo o estado, sobretudo nas regiões sul, que possui grande concentração de empresas de beneficiamento, e norte, com forte concentração da atividade extrativa. 9.0 CONCLUSÃO Como principais conclusões podemos citar que ROCHA ORNAMENTAL é um conceito calcado efetivamente em uma tecnologia específica de lavra e beneficiamento, conjugado a um campo particular de aplicações. Aspectos genéticos e composicionais da rocha são de importância secundária. A nomenclatura comercial, por sua vez, tem como raiz padrões estéticos e decorativos sem qualquer vínculo com a natureza geológica da rocha. No tocante as características físico-mecânicas das ROCHAS ORNAMENTAIS, bem como sua alterabilidade, estão diretamente relacionadas a sua composição mineralógica, textura e estrutura internas, que, em síntese, definem sua melhor aplicação. 10.0 AGRADECIMENTOS Ao professor Thiago Costa Gonçalves Portelinha, docente em Introdução a Geologia de Engenharia, do curso de Engenharia Civil da Faculdade Católica do Tocantins, pela confiança e pela dedicação na orientação deste trabalho. Também aos nossos colegas que contribuíram para a concretização de nosso trabalho, que sem a dedicação de todos os integrantes do grupo, o trabalho não teria ficado de tal forma. 11.0 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS [1]MACIEL, Carlos Leite Filho. Introdução a Geologia de Engenharia.4° Edição. Editora da Universidade Federal de Santa Maria. [2]ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. 1995. Catálogo ABNT. Rio de Janeiro. 360p. [3]Mattos, I.C. 2002. Uso/adequação e aplicação de rochas ornamentais na construção civil – parte 1. In: III Simpósio sobre Rochas Ornamentais do Nordeste, Anais, Recife, PE. [4]Vidal, F.W.H. 2002. Avaliação de granitos ornamentais do nordeste através de suas características tecnológicas. In: III Simpósio sobre Rochas Ornamentais do Nordeste, Anais, Recife, PE. [5]Melo, E.B. 2002. Pesquisa mineral de rochas ornamentais. In: I Simpósio de Rochas Ornamentais do Nordeste, Anais, Olinda. PE. [6]http://www.cpmtc-igc-ufmg.org/labtecrochas/index-51.html.
Compartilhar