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ECOLOGIA RESUMO 2.1

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PREDAÇÃO, PASTEJO E DOENÇA
No ponto de vista ecológico, um predador pode ser definido como qualquer organismo que consome todo ou parte de outro organismo vivo (sua presa ou hospedeiro) , desta forma beneficiando-se porém reduzindo o crescimento, fecundidade ou sobrevivência da presa.
Nem todos os predadores são grandes, agressivos ou instantaneamente letais- e nem necessitam ser animais.
Tipos principais de predadores:
Predadores verdadeiros:
- matam invariavelmente suas presas e o fazem mais ou menos imediatamente após ataca-las;
- consomem diversos itens de presas no curso de suas vidas.
Incluem os leões, tigres e ursos cinzentos, mas também as aranhas, as baleias de barbatana que filtram o plâncton do mar, animais zooplantonicos que consomem fitoplâncton, aves que consomem sementes e plantas carnívoras. 
Pastejadores:
- atacam diversos itens de presas no curso de suas vidas;
- consomem somente parte de cada item de presa;
- geralmente não matam suas presas, especialmente a curto prazo.
Incluem os bovinos, ovinos, gafanhotos, mas também sanguessugas hematófagas.
Parasitos:
- também consomem somente parte de cada item da presa(geralmente denominado de seu hospedeiro);
- geralmente também não matam suas presas, especialmente a curto prazo;
- atacam um ou muito poucos itens de presas no curso de suas vidas, com as quais eles, por isso, geralmente formam uma associação relativamente intima.
Incluem parasitos de animais e patógenos, tais como a tênia e bactéria da tuberculose, patógenos de plantas como o vírus do mosaico do fumo, plantas parasitas como os viscos, e as pequeninas vespas que formam galhas nas folhas de carvalho. Mas os afídeos que extraem seiva de uma ou pouquíssimas plantas, e mesmo lagartas que passam toda sua vida em uma planta.
Parasitoides - moscas e vespas cujas larvas consomem por dentro as larvas dos insetos hospedeiros, tendo sido lá depositados pelas mães sob a forma de ovo. Portanto, não se ajustam à categoria de parasito nem à de predador verdadeiro, confirmando a impossibilidade de estabelecer limites claros entre elas.
Não existe um termo satisfatório para descrever todos os animais consumidores de organismos vivos.
Valor adaptativo (fitness*) e abundancia da presa - procurar significado no caderno.
Os predadores podem reduzir a abundancia das presas, mas não necessariamente o fazem.
As sutilezas da predação
Pastejadores e parasitos, em particular, frequententemente exercem seu dano tornando as presas mais vulneráveis para alguma outra forma de mortalidade. Podem ter efeito mais drástico do que é inicialmente aparente devido a uma interação com competição entre as presas. 
A infecção ou o pastejo podem também tornar os hospedeiros mais suscetíveis à predação. Quanto mais parasitas tiver mais suscetível ficará a outras doenças ou a predação e morrer.
As plantas individualmente podem compensar de diversas maneiras os efeitos da herbivoria. A remoção de folhas de uma planta pode diminuir o sombreamento sobre as demais e, assim, aumentar a sua taxa de fotossíntese. Ou, após um ataque de um herbívoro, muitas plantas agem compensatoriamente, utilizando reservas armazenadas nos tecidos e órgãos.
 A herbivoria com frequência altera a distribuição dentro da planta do material fotossintetizado, geralmente mantendo o balanço entre raízes e partes aéreas.
Geralmente, há um recrescimento compensatório de plantas desfolhadas, quando as gemas, que de outro modo permaneceriam dormentes, são estimuladas a se desenvolver.
O período em que as plantas apresentam compensação coincide com o tempo em que geralmente ocorre o dano por herbívoros. (produção de frutos).
Podem ter como respostas, o inicio ou aumento da produção de defesas estruturais ou químicas. Por exemplo o pastejo de caracóis sobre algas, induz aumento substancial na concentração de florotaninos, o que mais adiante reduz o pastejo pelos caracóis. A simples remoção feita na planta não teve o mesmo efeito. O beneficio de serem menos pastejadas tem um custo para as plantas, e nunca é tão simples. 
Em outro teste resposta induzida pelas lagartas protegeu as plantas da herbivoria adicional. Apesar de quaisquer custos, isto aumentou significativamente o valor adaptativo. Plantas cortadas com tesouras, tiveram menor valor adaptativo, enfatizando o efeito negativo da perda de tecido sem os benefícios da indução. Este ganho de valor adaptativo ocorreu, somente em ambientes contendo herbívoros.
A regra geral é que os predadores são danosos aos indivíduos-presa. Contudo, os efeitos da predação sobre as populações de presas não são sempre tão previsíveis. Impacto da predação é limitado por reações compensatórias entre os sobreviventes, como resultado de uma redução na competição intraespecífica. Os resultados da predação podem variar, portanto com a disponibilidae de alimento. Quando o alimento é limitado e a competição é intensa, a predação pode minimizar as pressões competitivas e permitir a sobrevivência de indivíduos que, de outra forma, não sobreviveriam.
A predação pode também ter um impacto insignificante sobre a abundancia de presas, se um aumento na perda de presas por predadores em um estagio de vida delas provocar um decréscimo na perda em outro estágio. Ver ex no livro.
Os predadores podem também ter pouco impacto sobre as populações de presa como um todo por causa dos indivíduos em particular que eles atacam.Muitos carnívoros de grande porte, concentram seus ataques sobre os mais vulneráveis: velhos, jovens(mais fáceis de capturar, devido a terem menos vigor e velocidade), ainda não teriam contribuído reprodutivamente, uns morreriam mesmo sem reproduzir, ou doentes. 
Comportamento do predador: forrageio e transmissão
Os predadores verdadeiros e pastejadores tipicamente forrageiam. Muitos se deslocam ao redor dentro de seu próprio habitat em busca de suas presas, e seu padrão de contato, é, portanto, determinado pelo comportamento do predador- e algumas vezes pelo comportamento evasivo da presa. Outros predadores, como por exemplo as aranhas tecedoras de teias, sentam e esperam suas presas, ainda que quase sempre em um local que selecionam.
Parasitos e patógenos geralmente tem-se transmissão ao invés de forrageio. Pode ser direta entre hospedeiros infectados e não infectados, quando eles entram em contato entre si, ou estágios de vida livre do parasito serem liberados dos hospedeiros infectados, de modo que o importante é o padrão de contato entre estes e os hospedeiros não infectados. A transmissão depende de contato físico entre hospedeiros infectados e não infectados. A taxa global de infecção ira depender da densidade de hospedeiros não infectados e suscetíveis, e da densidade dos hospedeiros infectados.
Teoria do forrageio ótimo - padrões particulares de comportamento de forrageio tem sido favorecidos por seleção natural.
Tomada de decisão consciente por parte do predador
Medida apropriada de eficiência no comportamento de forrageio- taxa liquida de energia consumida, a quantidade de energia obtida por unidade de tempo, após ter sido considerada a energia a energia despendida pelo predador na atividade de forrageio.
Dentro do habitat disponível, onde o predador concentra seu forrageio? Onde a expectativa da taxa liquida de consumo de energia é mais alta ou onde o risco de períodos extensos de baixo consumo é menor?
O local escolhido por um predador reflete apenas o consumo de energia esperado? Ou parece ter algum balanço deste em relação ao risco de ser predado por seus predadores?
Por quanto tempo um predador tende a permanecer em um local- digamos uma mancha de ambiente- antes de deslocar-se para outro? Ele permanece por períodos extensos e assim evita efetiva deslocamentos improdutivos de uma mancha para outra? Ou ele deixa a mancha mais cedo, antes de seus recursos terem sido exauridos?
Quais são os efeitos de outros predadores competidores ao forragear no mesmo habitat? O consumo de energia liquida esperado de um dado local é hoje presumidamente um reflexo tanto de suaprodutividade intrínseca quanto do numero de forrageadores em competição. Qual é a distribuição esperada de predadores como um todo sobre as varias manchas do habitat?
Amplitude da dieta - nenhum predador pode ser possivelmente capaz de consumir todos os tipos de presa. A maioria dos animais consome uma amplitude de itens alimentares mais estreita do que eles são morfologicamente capazes de ingerir.
Em resumo um predador deveria continuar a adicionar progressivamente à sua dieta itens menos proveitosos, desde que isso aumentasse a sua taxa global de consumo energético. 
Predadores que apresentem tempos de manejo tipicamente curtos, comparados com seus tempos de busca, deveriam ser generalistas, porque, graças ao pequeno tempo necessário para manipular um item de presa, que já tenha sido encontrão, eles podem, quase imediatamente após, iniciar uma nova busca.
Predadores com tempos de manipulação relativamente longos em comparação ao tempo de busca, ao contrario, deveriam ser especialistas : a maximização da taxa liquida de consumo de energia é alcançada pela inclusão somente dos itens mais produtivos na dieta. 
Tudo o mais sendo igual, um predador deveria ter uma dieta mais ampla num ambiente improdutivo(onde os itens de presa são relativamente raros e os tempos de busca, em geral, são relativamente grandes) do que num ambiente produtivo ( onde os tempos de busca são em geral menores). 
Dinâmicas de populações na predação
A tendência básica é exibir oscilações conjuntas -ciclos- na abundância. Supor que exista uma grande população de presas. Os predadores deveriam sair-se bem diante dessa população; eles deveriam consumir muitas presas e dessa forma aumentar sua própria abundância. A grande população de presas permite, então, a existência de uma grande população de predadores. Porém, a grande população de predadores é a causa da existência de uma pequena população de presas. Consequentemente também declina população de predadores. Porém, isso provoca um alívio da pressão sobre as presas; a população pequena de predadores provoca o surgimento de uma população grande de presas- e as populações voltam ao que eram quando começaram. Essencialmente devido a atraso temporal na resposta.
A expectativa de ciclos raramente é perfeita.
Ex da lebre (herbívoro) e linces, tem ciclo de extensão similar. Enquanto a dinâmica das lebres é determinada pelas interações tanto com seus alimentos quanto com seus predadores, a dinâmica do lince é determinada em grande parte por sua interação com suas lebre-presas, de acordo com o que sugere sua teia alimentar. Na pratica o ciclo parece normalmente ser gerado pela interação entre ambos. Mesmo quando se tiver um par composto por predador e sua presa, podemos ainda não estar simplesmente observando uma oscilação presa-predador.
Existe um limiar de transmissão, o qual deve ser cruzado, se a doença for se expandir.para cada microparasito que é transmitido diretamente, existe um limiar de tamanho populacional critico, que necessita ser ultrapassado para que uma população de parasitos seja capaz de se autossustentar
A imunidade induzida por muitas infecções de bactérias e vírus, combinada com a morte pela infecção, diminui o numero de suscetíveis em uma população, tende a provocar declínio na incidência da doença. No devido curso, porém, haverá, um influxo de novos suscetíveis na população ( devido a nascimentos e imigração), um aumento na incidência e assim por diante. Justamente tal como qualquer outro ciclo presa-predador.
Nenhum predador vive em isolamento: todos são afetados por outros predadores. Muitos predadores competem, e isso resulta em uma diminuição na taxa de consumo por indivíduo à medida que a densidade de predadores aumenta. Mesmo quando o alimento não é limitado, a taxa de consumo individual pode ser reduzida, por interferência mútua. Muitos predadores interagem em termos de comportamento com outros membros de suas populações, deixando menos tempo para a alimentação.
Um aumento na densidade de consumidores pode levar a um aumento na taxa de emigração, ou de consumidores roubando alimento, ou as próprias presas podem responder à presença de consumidores e se tornar menos disponíveis para a captura.
Essa regulação é propensa a ter um efeito adverso na fecundidade, crescimento e mortalidade de indivíduos predadores. A população de predadores está, assim, sujeita a regulação dependente de densidade.
Com parasitos, também é esperado, que haja competição intraespecífica entre parasitos e dependência da densidade nas suas taxas de crescimento, natalidade e/ou mortalidade. A intensidade da reação imune provocada por um hospedeiro também depende tipicamente da abundancia de parasitos.
Isso não significa que nunca há competição intraespecífica entre parasitos dentro de hospedeiros, mas enfatiza sutilezas especificas que surgem quando o habitat de um organismo é o seu hospedeiro reativo.
As presas estão propensas a sofrer reduções nas taxas de crescimento, natalidade e sobrevivência à medida que suas abundâncias aumentam e seus consumos individuais de recursos declinam.
O adensamento de presas impede que sua abundância alcance um nível alto, que de outra maneira alcançaria. Isso significa, que a abundancia do predador provavelmente também não atingirá os mesmos picos. O adensamento de predadores impede que sua abundância se eleve muito, mas também tende a impedi-los de reduzir a abundância de presas. O adensamento é propenso a ter um efeito amortecedor sobre quaisquer ciclos presa-predador, reduzindo sua amplitude ou removendo-os conjuntamente. Isto não ocorre porque o adensamento elimina os picos e as depressões, mas porque cada pico em um ciclo tende a gerar a próxima depressão, de modo que o abaixamento nos picos entre si tende a estabelecer depressões. 
Muitas populações de predadores e presas existem não como uma simples massa homogênea, mas como uma metapopulação- uma população global dividida, pela fragmentação do ambiente, em séries de subpopulações, cada uma com sua dinâmica interna própria, mas conectada a outras subpopulações pelo movimento entre as manchas.
Imaginar metapopulação composta por duas subpopulações. Se as manchas apresentam as mesmas dinâmicas e a dispersão é a mesma em ambas direções, as dinâmicas não são afetadas: cada indivíduo perdido é contrabalançado por um ganho equivalente. Diferenças entre as manchas, tanto na dinâmica dentro das subpopulações quanto na dispersão entre elas, tendem a estabilizar as interações: amortecer quaisquer ciclos que possam existir. Toda diferença leva a uma assincronia nas flutuações das manchas. Uma população no pico de seu ciclo tende a perder mais por dispersão do que a ganhar, uma população na depressão tende a ganhar mais do que perder, e assim por diante. Se uma subpopulação se extingue, a outra subpopulação provavelmente não se extinguirá ao mesmo tempo. Dispersores resgatam a primeira, permitindo que a população como um todo persista.
Numa mancha ocupada por ambos, os predadores consumiriam todas as presas e depois se tornaram extintos ou se dispersaram para uma nova mancha. Em manchas de apenas presas, houve crescimento rápido, acompanhado por uma dispersão bem sucedida para novas manchas. E em uma mancha ocupada somente por predadores, geralmente ocorreu a morte deles antes que seu alimento tivesse chegado. Predadores e presas foram, condenados à extinção em cada mancha- as dinâmicas das manchas eram instáveis. Entretanto, no todo, em qualquer momento, havia um mosaico de manchas não ocupadas, manchas contendo presas e predadores dirigindo-se à extinção e outras manchas saudáveis, com presas; este mosaico foi capaz de manter populações persistentes de predadores e presas.
Predação e estrutura da comunidade - teia emaranhada de interações entre presa e predador.
Predação é uma das forças que age sobre as comunidades, é um distúrbio.
Muitos dos efeitos da predação sobre a estrutura da comunidade são resultantes da sua interação com os processos de exclusão competitiva.
Existemdiversas situações nas quais a predação pode manter as densidades populacionais sob níveis baixos, de tal forma que os recursos não sejam limitantes e os indivíduos não compitam por eles. Quando a predação promove a coexistência de espécies, entre as quais haveria de outra maneira exclusão competitiva, isto é conhecido como coexistência mediada pelo predador.
De modo geral, a predação seletiva deve favorecer o aumento do número de espécies em uma comunidade enquanto as presas preferidas forem dominantes competitivamente, embora o número de espécies possa também ser baixo sob pressões de predação muito altas.
A situação é completamente diferente, quando a espécie de presa preferida não é dominante ao competir. Ai o aumento na pressão de predação deveria apenas reduzir o número de espécies de presas na comunidade.

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