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Por meio do uso de técnicas físico

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APLICAÇÃO NAS ANALISES CLINICAS
Por meio do uso de técnicas físico-químicas, as análises clínicas foram beneficiadas enormemente com os métodos quantitativos de análises que utilizam, por exemplo, a espectrofotometria (CISTERNAS, et al. 2005). Assim, tais reações puderam ser utilizadas para a determinação qualitativa e quantitativa de biomoléculas em diversas amostras, sendo então aplicadas às análises clínicas para diagnósticos de diabetes, lipidemias, colesterolemias, proteinúrias e produtos nitrogenados como ácido úrico, uréia e amônia, enzimas como amilase, lípase, fosfatase alcalina, fosfatase ácida, aminotransferases, lactato desidrogenas entre outras, além de íons como cálcio, sódio e potássio.
 2.1. Determinação de glicose pelo método da O-toluidina Nesse método a glicose reage com a o-toluidina (orto-toluil) em meio ácido e a quente, resultando glicosamina e base de Schiff correspondentes. Esta reação desenvolve cor azul que é proporcional à quantidade de glicose até 200 mg/dL presente na amostra que pode ser soro, plasma, urina ou liquor. Os valores normais do soro ou plasma é de 75 a 110mg/dL, sangue total de 80 a 120 mg/dL e urina zero (ausente) e a leitura espectrofotométrica é feita entre 600 a 650 nm. (CISTERNAS et al., 2005, p. 13) A dosagem de glicose é amplamente utilizada na determinação da glicemia. Esta dosagem torna-se extremamente importante no diagnóstico de doenças como a diabetes mellitus (tipo 1 e tipo 2), diabetes mellitus gestacional, diabetes tipo MODY (do inglês, Maturity onset diabetes of the young) (SBEM, 2004, p.3). Para o diagnóstico do diabetes, devem ser seguidos métodos e critérios específicos dos quais irão determinar glicemia casual, glicemia de jejum, glicemia pós-prandial, glicosúria entre outros sinais clínicos. 2.2. Determinação de Lipídios Totais Os lipídios totais incluem os triacilgliceróis, colesterol e seus ésteres, ácidos graxos não esterificados, fosfolipídeos, hormônios esteroidais e vitaminas lipossolúveis (CHAMPE et al., 2006, p. 171). O material que é utilizado é o soro do qual é aquecido em banho-maria fervente em presença de ácido sulfúrico concentrado. O reativo de fosfo-vanilina reage com uma fração de soluça sulfúrica, para formar um composto de coloração rósea, cuja intensidade de cor é proporcional à concentração de lipídios totais da amostra, sendo os valores normais de referência de 20 a 30 anos de idade de 400 a 700 mg/dL e acima dos 30 até 900 mg/dL e a leitura espectrofotométrica deve ser feita entre 500 a 550 nm. (CISTERNAS et al., 2005, p.15). 2.3. Determinação de Colesterol Total O método de Huang e colaboradores modificado tem como o princípio a precipitação de proteínas pelo anidro acético, retirando a água de solvatação das mesmas e, ao mesmo tempo, contribuindo para a formação de um complexo. Com a adição de ácido sulfúrico, o mesmo dissolve o precipitado, pois baixa o pH além do pI (ponto isoelétrico) das proteínas. Pela desidratação que ocorre no nível insaturado do núcleo do colesterol, forma-se um derivado sulfônico de coloração verde, cuja intensidade é diretamente proporcional à concentração de colesterol existente na amostra (MOTTA, 2000, p.261). 2.4. Determinação de Proteínas Totais pelo Método do Biureto A reação do biureto é característica para identificação de proteínas, sendo positiva quando há no mínimo 3 ligações peptídicas (NEPOMUCENO e RUGGIERO, 10 2004, p.99). O biureto é formado pelo aquecimento da uréia a 180ºC, havendo a liberação de uma molécula de amônia. Soluções fortemente alcalinas de biureto, em presença de sulfato de cobre diluído, desenvolvendo uma coloração violeta. A coloração desenvolvida deve-se à formação de um complexo entre o íon cúprico (Cu++) e 4 átomos de nitrogênio. As proteínas dão positiva a reação pela existência das várias ligações peptídicas, formando-se o complexo entre duas cadeias adjacentes (HIRANO et al., 2001, p.81). O complexo formado entre o íon cúprico e as múltiplas ligações peptídicas das proteínas apresenta um ponto máximo de absorbância em 545nm (filtro verde do equipamento) (CISTERNAS et al., 2005, p. 16). 2.5. Determinação de Albumina Sérica pelo Método do Verde de Bromocresol A albumina é uma proteína plasmática que tema função de transportar diversas biomoléculas, como por exemplo, cálcio, hormônios entre outras (RHOADES E TANNER, 2005, p. 601). Segundo Cisterinas et al., (2005, p.16), a albumina possui a propriedade de se ligar a certos corantes, os quais mudam de cor ligados a ela, em meio tamponado. O verde de bromocresol, em pH 4.2, apresenta cor amarela e quando combinado à albumina adquire coloração verde, cuja intensidade é diretamente proporcional à concentração de albumina existente na amostra. Os valores normais são de 3,8 a 5,1 g/dL e a leitura espectrofotométrica é feita entre 600 a 650 nm..
TOXOLOGIA
Esta seria uma forma de ampliar e aprofundar os meus conhecimentos nas áreas de Química Analítica e Toxicologia Forense, aplicando a técnica de espectrofotometria de absorção atómica a amostras biológicas
A Espectrofotometria de Absorção Atómica
Esta técnica permite determinar quantitativamente, com sensibilidade suficiente, mais de 60 elementos. A sua aplicação é apropriada a determinações de rotina mesmo com operadores relativamente pouco treinados (Skoog et al, 1992). Na absorção atómica a grandeza que interessa medir é a quantidade de radiação que é absorvida, ao “cdo” de ressonância de um determinado elemento, após atravessar uma nuvem de átomos. À medida que o número de átomos existentes no caminho que a luz atravessa aumenta, a quantidade de luz absorvida também aumenta de uma forma possível de prever, de acordo com os princípios da lei de Beer1 . Medindo a quantidade de luz (ou radiação) absorvida, torna-se possível a determinação quantitativa do analito (elemento) presente (Beaty e Kerber, 1993) A utilização de fontes de luz específicas e a selecção cuidadosa dos “cdo” permite a determinação quantitativa de um determinado elemento na presença de outros. A nuvem atómica necessária às medições em absorção atómica é produzida através do fornecimento de energia térmica suficiente à amostra, de forma a permitir a dissociação dos compostos químicos, moléculas em átomos livres. Ao aspirar uma solução contendo a amostra e lançá-la numa chama devidamente alinhada relativamente ao feixe de luz do “cdo” de interesse, conseguimos atingir esse objectivo. Usando a chama em condições adequadas a maioria dos átomos
Espectrofotômetros e suas aplicações para a indústria farmacêutica.
Muitos laboratórios de indústrias farmacêuticas utilizam espectrofotômetros de bancada para a avaliação dos efeitos dos ingredientes em um produto. Testes são criados placas seccionadas, onde à cada seção é administrada uma quantidade diferente de um ingrediente ativo. Um corante, que é ativado quando as células de teste incorporam o ingrediente, também é administrado em cada seção da placa. Com a utilização de um espectrofotômetro de bancada, cientistas e pesquisadores podem facilmente medir de forma numérica os efeitos que o ingrediente tem na célula através da medição do corante em cada seção de teste.
Espectrofotômetros de bancada, por exemplo, são usados na medição de sólidos, pós, cremes e até amostras em estado líquido. Eles estão sendo cada vez mais utilizados por companhias farmacêuticas devido à sua versatilidade de medições. Os espectrofotômetros asseguram que a cor de um produto confere com as especificações através da avaliação e definição numérica dos resultados. Os fabricantes podem controlar de forma simples os corantes em pílulas, pós, líquidos e outros produtos farmacêuticos através das informações de cor fornecidas por um espectrofotômetro. Essa redução extrema reduz perdas e propicia maior qualidade dos produtos com grande eficiência aumentando assim os lucros. Ele pode ser utilizado para vários propósitos como assegurar que os produtos atendam a padrões de qualidade. Pílulas, por exemplo,precisam ter formatos e cores únicos para evitar a troca por outros medicamentos. Outro uso é garantir a consistência da dosagem, se a cor é diferente, ela pode vir a alterar o resultado final do produto e causar perdas na linha de produção.
http://sensing.konicaminolta.com.br/2016/02/controle-de-cor-na-industria-farmaceutica/
Bromatologia
A espectrofotometria é utilizada para a análise de vitamina A em margarina, após purificação da fração insaponificável em coluna de alúmina. Um método espectrofotométrico modificado para estimação de vitamina A basesado na conversão de retinol a anidroretinol, usando -se o ácido sulfônico p-tolueno em benzeno, como o agente desidratante, pode ser aplicado diretamente ao extrato não saponificável sem a necessidade d e posterior purificação por cromatografia. A análise de alimentos com baixos teores de carotenóides também pode ser feita diretamente, após a saponificação e extração do material não saponificável com hexano, usando-se a técnica fluorométrica. A detecção de fluorescência em conjunção com HPLC tem sido usada na determinação de vitamina A em cereais e leite. Deve ser enfatizado que os métodos fluorométricos não medem carotenóides com atividade pró-vitamínica A. A vitamina A reage com os ácidos de Lewis (tricloreto de antimônio, ácido trifluoracético e ácido tricloroacético) dando origem a um composto de coloração azulada passível de ser detectado espectrofotometricamente na faixa de absorbância de 616-620 nm. O cloreto de antimônio em clorofórmio é conhecido como o reagente de Carr-Price. Visto que a vitamina A pode ser analisada mais prontamente por HPLC, a GLC não tem sido usada para essa proposta. A HPLC tem sido considerada o mais confiável, eficiente e reproduzível método para análise de carotenóides.
Análises espectrofotométricas podem ser conduzidas pela redução da estrutura quinona a quinol por reação com borohidreto de potássio após purificação cromatográfica do ex trato amostral. A vitamina K pode ser determinada por HPLC, usando-se detecção por fluorescência, após redução a sua forma hidroquinona.
Existem vários métodos de determinação de umidade nos alimentos, baseados na gravimetria, 
condutividade elétrica, volum e e refratometria. O mais utilizado é o método gravimétrico com emprego 
de calor.
Existem vários métodos de determinação de umidade nos alimentos, baseados na gravimetria,
condutividade elétrica, volum e e refratometria. O mais utilizado é o método gravimétrico com emprego
de calor.
O método gravimétrico com emprego de calor se baseia na evaporação da água de um alimento
quando exposto a altas temperaturas, normalmente uma estufa a 1050C. Produtos termolábeis, ou seja,
sensíveis ao calor, podem ser secos em estufas a vácuo, sob temperaturas mais baixas e até mesmo
liofilizados. No processo de liofilização o alime nto é seco a temperaturas abaixo de 00C, normalmente -
400C (a água passa do estado de gelo, para o estado de vapor, sem passar pelo estado líquido,
preservando as características do alimento, durante sua secagem).
O método de determinação de gorduras mais utiliz ado é o chamado método de "Soxhlet", um 
método de extração contínua em aparelho tipo "Soxhlet", utilizando -se como solvente o éter. O 
processo é gravimétrico e está baseado na perda de peso do material submetido à extração com éter, ou 
na quantidade de material solubilizada pelo solvente. 
 O método de "Soxhlet" pode ser dividido em dois tipos: 
 Método a quente - a extração é feita em temperatura mais elevada, usando-se, no caso, éter de 
petróleo, cujo ponto de ebulição está entre 40 e 650C. Completa-se a ex tração, normalmente, em 2 
horas no extrator tipo "Soxhlet". 
 Método a frio - a extração é feita no ex trator ti po "Soxhlet", utilizando-se éter sulfúrico como 
solvente, cujo ponto de ebulição é de 350C , aproximadamente. Compl eta-se a ex tração em cerca de 
24 horas

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