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Aula4 Indicadores 2014

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INDICADORES DE SAÚDE
INDICADORES DE SAUDE
Conceito:
Indicadores são medidas-síntese que contêm informação relevante 
sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem 
como do desempenho do sistema de saúde.
Conceito de Indicadores:
É uma tentativa de estabelecer medidas por meio de relações, portanto 
de expressões numéricas como forma de aproximação da realidade de 
um dado fenômeno, fato, evento ou condição.
A utilização de indicadores de saúde, como todas as 
medidas em epidemiologia, pressupõe sua 
comparação no:
TEMPO
Uso dos indicadores de saúde
ESPAÇO
A construção de um indicador é um processo cuja complexidade
pode variar desde a simples enumeração de eventos à construção 
de indicadores sintéticos.
Os Indicadores podem ser:
• Números absolutos
• Razões• Razões
•• Proporções
• Taxas/Coeficientes 
• Índices
• Indicadores sintéticos 
A qualidade de um indicador depende das propriedades 
dos componentes utilizados em sua formulação 
(frequência de casos, tamanho da população em risco) e 
da precisão dos sistemas de informação empregadosda precisão dos sistemas de informação empregados
(registro, coleta, transmissão dos dados).
São atributos de um indicador:
• Integridade ou completitude - dados completos para 
todos os eventos
• Consistência interna - valores coerentes e não 
contraditórios ou conflitantes
Mensurabilidade - basear-se em dados disponíveis ou • Mensurabilidade - basear-se em dados disponíveis ou 
fáceis de conseguir
• Relevância - responder a prioridades de saúde
• Custo-efetividade - os resultados justificam o
investimento de tempo e recursos.
O grau de excelência de um indicador deve 
ser definido por sua:
- Validade - capacidade de medir o que se pretende -
precisão da medida 
- Confiabilidade - reproduzir os mesmos resultados
quando aplicado em condições similares. 
A validade de um indicador é expressa por sua:
- Sensibilidade - capacidade de detectar o fenômeno 
analisado 
- Especificidade - capacidade de detectar somente o 
fenômeno analisado.
Critérios para avaliar e selecionar indicadores de saúde
1- Indicadores válidos e confiáveis 
Especial atenção deve ser dada quanto à cobertura de eventos
dos dados utilizados no seu cálculo.
- identificar se há subnotificação de eventos
- A presença de subnotificação irá resultar em distorções dos 
indicadores, mais frequentemente em sua subestimação 
Exemplos de subnotificação: ausência de preenchimento de 
Declarações de Nascidos Vivos ou de Óbitos, ou
de ficha de notificação do SINAN.
Quando do uso de dados provenientes do registro civil, a 
subnotificação recebe a denominação de sub-registro de eventos
Critérios para avaliar e selecionar indicadores de saúde
2 - Definições e procedimentos empregados na construção dos 
indicadores devem ser simples e de fácil interpretação e 
internacionalmente padronizados, de modo a permitir sua 
comparabilidade no tempo e espaço.
3 - A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de saúde dependem 
da aplicação sistemática de definições operacionais e de procedimentos
padronizados de medição e cálculo
4 - Bom poder discriminatório para permitir comparações no tempo e
espaço
5 - Possibilidade de obtenção para populações geográfica ou
demograficamente definidas
6 - Possibilidade de obtenção com os dados disponíveis
7- Ser sensível às mudanças de fatores ambientais, sociais e a
políticas públicas
Laurenti e cols. classificam os indicadores de saúde em :
Globais 
Específicos
Sintéticos
Indicadores globais – são aqueles que empregam dados relativos
ao total da população, por ex: taxa geral de mortalidade, taxa bruta 
de natalidade
A comparabilidade destes indicadores pode ficar comprometida A comparabilidade destes indicadores pode ficar comprometida 
pela estrutura etária da população, pois estes empregam no seu 
cálculo o total da população.
Para permitir sua comparabilidade ao longo do tempo ou entre áreas
com diferentes estruturas de população deve-se empregar taxas 
padronizadas
Região 
TGM
Norte 4,81
Taxa bruta de mortalidade (por mil habitantes), Brasil e regiões, 
2001 e 2011
Nordeste 6,07
Sudeste 6,71
Sul 6,53
Centro-Oeste 5,43
Brasil 6,25
FonteFonte: MS;IBGE. : MS;IBGE. 
Região 2011
TGM TGMPadron
Norte 4,81 6,44
Taxa bruta e padronizada de mortalidade (por mil habitantes), 
Brasil e regiões, 2011
Nordeste 6,07 6,21
Sudeste 6,71 6,22
Sul 6,53 6,12
Centro-Oeste 5,43 6,36
Brasil 6,25 6,25
FonteFonte: MS;IBGE. : MS;IBGE. 
Para o cálculo da taxa padronizada de mortalidade, foi considerada padrão a Para o cálculo da taxa padronizada de mortalidade, foi considerada padrão a 
população Brasil 2010.população Brasil 2010.
Indicadores específicos – são aqueles que empregam na sua 
construção dados sobre um grupo no seu numerador ou denominador 
etário especifico ou grupo de causas de morte, por ex: taxa de 
mortalidade infantil ou taxa de mortalidade por doenças infecciosas.
Estes indicadores apresentam boa sensibilidade e permitem 
apreender diferenças temporais, espaciais ou de grupos da população.apreender diferenças temporais, espaciais ou de grupos da população.
Brasil
Indicadores sintéticos – são medidas resumo.
A esperança de vida - representa o número médio de anos para serem
vividos pelos sobreviventes na idade X, pressupondo que
as condições de vida permaneçam inalteradas em relação ao ano
considerado.
A esperança de vida ao nascer é bastante empregada e representa a A esperança de vida ao nascer é bastante empregada e representa a 
vida média ao nascer é uma medida sintética do efeito da mortalidade
através de todos os grupos etários
Indicadores sintéticos
O emprego da esperança de vida ao nascer tem sido valorizado
por duas razões:
a) Apresenta boa sensibilidade - permite observar o efeito da
mortalidade independente da estrutura etária da população, 
o que permite sua comparabilidade ao longo do tempo ouo que permite sua comparabilidade ao longo do tempo ou
para diferentes populações num mesmo ponto do tempo.
b) O efeito da mortalidade na população é facilmente apreendido por
gestores e pelo público em geral.
Esperança de vida ao nascer
Anos de vida esperados, Brasil e regiões, 1991 e 2011
Região 1991(A) 2012(B) B-A
Norte 66,92 71,29 4,37
Nordeste 62,83 71,89 9,06Nordeste 62,83 71,89 9,06
Sudeste 68,83 76,25 7,42
Sul 70,40 76,55 6,15
Centro-Oeste 68,55 77,69 9,14
Brasil 66,93 74,52 7,59
Fonte: IBGE/DPE/ Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de 
Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica.
Disponível em Ripsa/IDB2012.
Esperança de Vida ao Nascer, por Sexo, Países 
Selecionados, 2005-2008
Países
Esperança de Vida ao Nascer
Homens Mulheres Diferença M-H
Malawi (2007) 45,7 48,3 2,6
Ghana (2005) 58,3 62,0 3,7
Paraguai (2005) 68,6 73,1 4,5
Rússia (2008) 61,8 74,2 12,3Rússia (2008) 61,8 74,2 12,3
Brasil (2008) 69,1 76,7 7,6
Cuba (2007) 76,0 80,0 4,0
Chile (2005) 74,8 81,1 6,3
Portugal (2008) 75,5 81,7 6,3
Bélgica (2006) 77,0 82,7 5,6
Canada (2007) 78,3 83,0 4,7
Australia (2008) 79,2 83,7 4,6
Espanha (2008) 78,9 85,0 6,2
Japão (2008) 79,3 86,1 6,8
FonteFonte: United Nations. Demographic Yearbook 2008.: United Nations. Demographic Yearbook 2008.
Evolução da Esperança de Vida ao Nascer, por Sexo, 
Brasil, 1940-2015
FonteFonte: IBGE.: IBGE.
Nos anos mais recentes considerando o efeito da transição demográfica e 
epidemiológica que resultou no envelhecimento da população, tem sido 
calculado também a esperança de vida de 60 anos
Número médio de anos de vida esperados para uma pessoa ao 
completar 60 anos de idade, mantido o padrão de mortalidade existente 
na população, em determinado espaço geográfico, no ano consideradoExpressa o número médio de anos de vida adicionais que se esperaria 
para um sobrevivente, à idade de 60 anos. É uma medida sintética da 
mortalidade nesta faixa etária.
É um indicador importante na avaliação das demandas adicionais para 
os setores de saúde,previdência e assistência social.
Esperança de vida aos 60 anos
Anos de vida esperados, Brasil e regiões, 1991 e 2012
Região 1991(A) 2012(B) B-A
Norte 18,63 20,00 1,37
Nordeste 17,90 20,58 2,68
Sudeste 19,21 22,21 3,00
Sul 19,19 22,20 3,01
Centro-Oeste 19,38 22,70 3,32
Brasil 18,71 21,58 2,87
Fonte: IBGE
Nos anos de 1960 considerando os efeitos da transição 
demográfica e epidemiológica no envelhecimento da população
foi proposto o indicador sintético expectativa de vida saudável ou
expectativa de vida sem incapacidades com objetivo de obter uma 
medida mais sensível que a esperança de vida, tendo em vista que
os ganhos ocorridos da redução da mortalidade nos idosos os ganhos ocorridos da redução da mortalidade nos idosos 
apresentam efeitos modestos sobre este indicador.
•Foram propostos indicadores sintéticos que combinam o uso de 
dados de mortalidade e morbidade na sua construção. 
•Para sua obtenção, empregam-se os dados de mortalidade para a 
construção da tábua de vida e as informações sobre morbidade são 
provenientes de inquéritos domiciliares. Obtem-se o total de anos provenientes de inquéritos domiciliares. Obtem-se o total de anos 
vividos para cada idade e subtrai-se o tempo de incapacidades por 
doenças, lesões, traumatismos e outros agravos informado pelo 
inquérito de morbidade.
Doenças, condições e incapacidades
Perda de função
IncapacidadeIncapacidade
Morte
Na década de 1990 Murray e Lopes propuseram o indicador sintético:
expectativa de vida ajustada para incapacidades (DALE- Disability 
Adjusted Life Expectancy)- que mede o número de anos de vida que se
espera serem vividos em saúde, isto é, sem doenças e a expectativa 
ajustada por falta de saúde (DALY- Disability Adjusted Life Years) que
expressa o número de anos vividos com incapacidades.
Em nosso país, este indicador tem sido pouco utilizado, em parte 
devido devido 
a dificuldades metodológicas: apesar do grande número de dados 
disponíveis, os dados existentes mostram-se insuficientes para seu 
cálculo. 
Há também críticas sobre a obtenção de dados para o cálculo do DALE
utilizado na avaliação de sistemas de saúde. 
Esperança de vida aos 60 anos e 75 anos segundo sexo 
e proporção sem incapacidade, BRASIL 2000
Idade 
(anos) 
Esperança de 
vida 
Proporção sem 
incapacidade
Esperança de 
vida sem 
incapacidade
Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc.
60 22,1 16,1 89,4 91,0 19,8 14,7
75 11,9 8,5 81,5 89,4 9,7 7,6
Fonte: Santos JLF apud Fonte: Santos JLF apud LaurentiLaurenti e e colscols 2005.2005.
A seleção de indicadores de saúde e seus níveis de 
desagregação pode variar em função da disponibilidade
de sistemas de informação, fontes de dados, recursos,
prioridades e necessidades específicas em cada regiãoprioridades e necessidades específicas em cada região
ou país.
Alguns critérios para a seleção de indicadores de saúde:
1- Alguns indicadores não apresentam boa sensibilidade, mas devem 
fazer parte da matriz porque explicitam as características e a 
dinâmica da população a ser monitorada, por ex. taxa de mortalidade 
geral, taxa bruta de natalidade, taxa de crescimento da população.
2 - Deve-se selecionar indicadores de fácil atualização para propiciar 2 - Deve-se selecionar indicadores de fácil atualização para propiciar 
seu acompanhamento ao longo do tempo, deve-se evitar o uso de 
dados provenientes do Censo Demográfico, estes necessitam de 
estimativas para seu acompanhamento temporal, o que pode gerar 
distorções.
Alguns critérios para a seleção de indicadores de saúde
3- Deve-se selecionar indicadores que representem os principais 
problemas de saúde da população e que apresentem boa 
sensibilidade, como por exemplo a taxa de mortalidade infantil, 
neonatal e pós neonatal.neonatal e pós neonatal.
Local
Neonatal
Pós Neonatal Infantil
Precoce Tardia Total
Estado de São Paulo 5,8 2,4 8,1 3,7 11,9
Taxa de mortalidade neonatal precoce e tardia, neonatal, pós neonatal e
infantil, em municípios selecionados e Estado de São Paulo, 2010 
Estado de São Paulo 5,8 2,4 8,1 3,7 11,9
S.Caetano do Sul 4,1 1,2 5,3 2,4 7,7
Mauá 8,6 5,0 13,6 3,8 17,4
FonteFonte: Fundação Seade; Secretaria Estadual da Saúde; Secretarias Municipais da Saúde. : Fundação Seade; Secretaria Estadual da Saúde; Secretarias Municipais da Saúde. 
Base Unificada de Nascimentos e Óbitos.Base Unificada de Nascimentos e Óbitos.
Alguns critérios importantes na seleção de indicadores de saúde:
4 – Inclusão de indicadores de saúde que não apresentam boa
sensibilidade, ou seja, não mostram alterações no tempo e 
no espaço, mas são importantes para identificar características
da população e/ou encontram-se no caminho causal de outros 
eventos importantes para seu monitoramento, por exemplo aeventos importantes para seu monitoramento, por exemplo a
proporção de baixo peso ao nascer.
Percentual de baixo peso ao nascer
Estado de São Paulo,1997-2007
8,0
8,5
9,0
9,5
ESP MSP
FonteFonte: Ministério da Saúde. SINASC: Ministério da Saúde. SINASC..
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
7,5
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
E
m
 
%
Dsitribuição dos nascidos vivos e óbitos neonatais 
segundo peso ao nascer 
Estado de São Paulo
2004
40
50
60
70
80
90
100
P
r
o
p
o
r
ç
ã
o
Nascidos
Óbitos
0
10
20
30
< 1500 1500-2499 2500 E + Peso ao Nascer
Fonte: Fundação Seade.
Alguns critérios para a seleção de indicadores de saúde:
5- Inclusão de indicadores que medem desempenho dos serviços de 
saúde e que também participam do caminho causal de eventos 
importantes de monitoramento e possuem boa sensibilidade.
por exemplo: proporção de nascidos de mães que não realizaram
pré-natal ou que tiveram menos que 4 consultas durante a gestação.
Indicador disponível para toda a população por meio do SINASC 
que apresenta boa cobertura de eventos
Alguns critérios para a seleção de indicadores de saúde
6 - Taxas de mortalidade específicas por causa de morte que 
forneçam medidas de problemas de saúde relevantes
Por exemplo: taxa de mortalidade por causas de morte 
potencialmente evitáveis, taxa de mortalidade por acidentes de 
trânsito, taxa de mortalidade por homicídios.trânsito, taxa de mortalidade por homicídios.
7 - Número de óbitos infantis e fetais por sífilis congênita -
são de fácil obtenção e constitui-se em alerta para qualidade da
assistência pré-natal.
Alguns critérios para a seleção de indicadores para a 
composição da matriz de indicadores:
8 - Esperança de vida ao nascer – excelente sensibilidade
e medida resumo da mortalidade, fácil interpretação
atualização anual .
9 - Número de casos e taxa de incidência de doenças de 
notificação compulsória, 
por exemplo número de casos novos e taxa de incidência
de AIDS, Tuberculose, Hanseníase
• Para assegurar a confiança dos usuários na informação produzida, é
preciso monitorar a qualidade dos indicadores, revisar periodicamente
a consistência da série histórica de dados, e disseminar a informação
Cuidados necessários na produção dos indicadores
com oportunidade e regularidade.
• Os indicadores gerados de forma regular e manejados em um sistema 
dinâmico, são instrumentos valiosos para a gestão e avaliação da 
situação de saúde, em todos os níveis. 
É uma das funções essenciais da OPAS a seleção, coleta,
organização, manutenção e uso de dados e informações para
descrever, analisare explicar a situação de saúde dos países 
membros. 
A OPAS, em 1995, identificou que as iniquidades em saúde eram 
um desafio para seus países membros. 
A OPAS definiu, entre suas prioridades, estabelecer um conjunto
de dados básicos em saúde que permitisse descrever, analisar 
e explicar de maneira oportuna e atualizada a situação de saúde
e suas tendências, de modo a realizar intervenções em saúde
com efetividade para a redução das iniquidades em saúde.
Em 1996, por iniciativa da OPAS e do Ministério da Saúde foi 
constituída a Ripsa (Rede Interagencial de Informações para a Saúde)
Compõem a Ripsa cerca de 30 entidades representativas dos 
segmentos técnicos e científicos nacionais envolvidos na produção e 
análise de dados (produtores de informações estrito senso, gestores análise de dados (produtores de informações estrito senso, gestores 
do sistema de saúde e unidades de ciência e tecnologia), que se 
associaram para aperfeiçoar informações de interesse comum.
Objetivos da Rede:
• implementar mecanismos de apoio para o aperfeiçoamento
permanente da produção de dados e informações;
• promover intercâmbio com outros subsistemas especializados 
de informação da administração pública;
• contribuir para o estudo de aspectos de reconhecida relevância• contribuir para o estudo de aspectos de reconhecida relevância
para a compreensão do quadro sanitário brasileiro; 
• fomentar mecanismos indutores do uso de informações essenciais 
para a orientação de processos decisórios no âmbito do SUS.
Objetivos da Rede:
• estabelecer base de informações essenciais e consistentes para a
análise das condições de saúde no País, facilmente acessíveis pelos
diversos tipos de usuários e construídas mediante processo
interinstitucional de trabalho;
• articular a participação de instituições que contribuam para a • articular a participação de instituições que contribuam para a 
produção, crítica e análise de dados e indicadores relativos às 
condições de saúde;
Ripsa
Definiu a matriz de indicadores e dados básicos de saúde
Matriz de Indicadores de Saúde: Um conjunto de indicadores 
que se destina a produzir evidência sobre a situação sanitária e suas 
tendências, como base empírica para identificar grupos humanos
com maiores necessidades de saúde, estratificar o risco com maiores necessidades de saúde, estratificar o risco 
epidemiológico e identificar áreas críticas. Constitui, assim, insumo
para o estabelecimento de políticas e prioridades melhor ajustadas 
às necessidades da população.
A matriz de indicadores e dados básicos de saúde representa o
consenso nacional sobre a seleção dos indicadores, fontes de 
dados e métodos de cálculo utilizados para sua obtenção.
A Ripsa definiu matriz de indicadores e dados básicos que permitem 
monitorar as condições de saúde da população: 
18 Indicadores demográficos
12 Indicadores socioeconômicos
20 Indicadores de mortalidade
32 Indicadores de morbidade 
18 Indicadores de fatores de risco18 Indicadores de fatores de risco
22 Indicadores de recursos
21 Indicadores de cobertura
Abrangência: nacional e estadual
Acesso: 
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0201&VObj=
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2008/matriz.htm
Dados disponíveis: 2009/2010
Ripsa
Promove a organização e a manutenção de uma base de 
indicadores relativos ao estado de saúde da população e aos aspectos
sociais, econômicos e organizacionais que influenciam e determinam 
a situação de saúde.
• Os produtos da Rede resultam de um processo de construção
coletiva, no qual as instituições parceiras contribuem com a própriacoletiva, no qual as instituições parceiras contribuem com a própria
expertise, por meio de seus profissionais e bases técnico-científicas
• Os indicadores são objeto de revisão constante para sua atualização
com objetivo de aprimorar sua obtenção.
• A divulgação de cada indicador é acompanhada de uma ficha de 
qualificação onde se descreve o conceito empregado, a(s) fonte(s)
de dados utilizadas, o calculo empregado e seus usos e limitações 
Outras Experiências de Matrizes de Indicadores
Estado de São Paulo Estado de São Paulo –– Matriz de Matriz de 
Indicadores de SaúdeIndicadores de Saúde
• Secretaria de Estado da Saúde de São 
Paulo
• 53 indicadores: demográficos e 
socioeconômicos; condições de vida e socioeconômicos; condições de vida e 
saúde; rede de 
serviços; financiamento
Fundação SEADE 
Matriz de indicadores do Perfil do Estado de São Paulo
Abrangência: ESP, é possível também obter indicadores 
para os municípios
Território e População: 9 indicadores
Estatísticas Vitais e Saúde:11indicadores
Condições de Vida: 6 indicadoresCondições de Vida: 6 indicadores
Habitação e Infra-estrutura Urbana: 5 indicadores
Educação: 4 indicadores
Emprego e Rendimento:11 indicadores
Economia: 7indicadores
Acesso: http://www.seade.gov.br/produtos/perfil_estado/
Ultimo dado disponível: 2011
Matriz de indicadores – SMS São Paulo
Abrangência: MSP e as 5 regionais de saúde
A seleção de indicadores reflete os principais problemas de saúde
do MSP e os principais programas de saúde desenvolvidos
Acesso:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/epidemiologia_e_infohttp://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/epidemiologia_e_info
rmacao/index.php?p=29911
Ultimo dado disponível: 2010
Matriz de indicadores – SMS São Paulo:
1- Demográficos
2- Socioeconômicos
3- Mortalidade
4- Nascidos vivos
5- Doenças de notificação compulsória
6- Produção de serviços de saúde6- Produção de serviços de saúde
7- Estrutura de serviços de saúde
Cadernos de Informações em Saúde
Abrangência: Disponibiliza um conjunto de indicadores para os 5. 565 
Municípios Brasileiros.
Acesso: http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/al.htm
Atualização: 2010
Disponibilidade: Planilhas de Excel
Indicadores obtidos de diversas fontes: IBGE, SIM, SIHSUS, SIASUS, 
SINASC, etc
A atualidade dos dados depende das fontes de informação.
As informações sobre população e saneamento referem-se aos dados dos
censos demográficos de 1991 e 2000
Cadernos de Informações em Saúde:
Conjunto de indicadores nas seguintes dimensões:
Identificação do município
Demografia
Saneamento
Rede assistencial
Profissionais e equipamentos
Financiamento assistencialFinanciamento assistencial
Assistência ambulatorial
Assistência hospitalar
Morbidade hospitalar
Mortalidade
Nascimentos 
Imunizações
Atenção Básica 
Orçamentos públicos
Cuidados necessários para o emprego dos indicadores
municipais:
•Identificar se há sub-notificação de eventos
•Verificar a consistência dos dados disponíveis
•Para municípios pequenos (população inferior a 50.000 habitantes) •Para municípios pequenos (população inferior a 50.000 habitantes) 
Adotar medidas para evitar flutuação aleatória da ocorrência de eventos
- Em estudos transversais utilizar taxas ou coeficientes médios
trienais
- Em estudos de tendência empregar média móvel
Dados internacionais – demografia, estatísticas vitais
PAHO – Indicadores de Salud em las Américas
Fonte: OPAS. Situación de Salud em las Américas 2011. Disponível http://ais.paho.org/chi/brochures/2011/BI_2011_ESP.pdf
http://www.who.int/research/en/
Vídeo: esperança de vida
http://www.youtube.com/watch?v=jbkSRLYSojo
Referências bibliográficas:
• Laurenti e cols: Estatísticas de saúde .2º ed. Rev. Atual. E.P.U.São Paulo,2005
BVS 
- Sobre a RIPSA –disponível em:
http://www.ripsa.org.br/php/level.php?lang=pt&component=63&item=1
• Ripsa: Indicadores Básicos para a Saúde no Brasil: conceitos e aplicações -
2008 - 2ª Edição disponível em:
http://www.ripsa.org.br/php/level.php?lang=pt&component=68&item=20
• OPS/WHO - Recopilacióny utilización de datos básicos em salud. CD40/19.
Washington DC,1997
• CDC - Summary measures of population health – Report of findings on
methodologic and data issues. Hyattsville,MA,2003methodologic and data issues. Hyattsville,MA,2003
•Parrish RG- Measuring Population Health Outcomes. Preventing Chronicle 
Diseases.2010 Vol 7 nº 4. http://www.cdc.gov/pcd/issues/2010/jul/pdf/10_0005.pdf
• Ugá AD e cols - Considerações Metodológicas sobre o Relatório
2000 da Organização Mundial de Saúde. Cad. Saúde Pública. 2001, vol.17,
n.3, pp. 705-712. 
• Leite IC e cols - Comparação das informações sobre as prevalências de 
doenças crônicas obtidas pelo suplemento saúde da PNAD/98 e as 
estimadas pelo estudo Carga de Doença no Brasil. Ciência e Saúde Coletiva. 
2002 vol7 (4):733-741
Exercícios
1.Consultar o site do IDB-Ripsa. Escolher dois 
indicadores para fazer análise de evolução no 
tempo e diferencial regional. 
2.Consultar a ficha técnica dos indicadores 
escolhidos e apresentar a definição e a escolhidos e apresentar a definição e a 
interpretação dos indicadores.
3.Enviar por email (zildapereira@usp.br)

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