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Teratologia e Gemealidade

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Teratologia e Gemelidade 
História da teratologia
A teratologia é o estudo do desenvolvimento anormal 
Os antigos diziam que essa anormalidade era uma atuação de “espíritos malignos” e até o tipo de dieta poderia influenciar o desenvolvimento embrionário. 
Princípios Gerais
A disponibilidade de dados confiáveis sobre a ocorrência de defeitos congênitos em animais domésticos é escassa. A frequência de malformações congênitas varia de acordo com a espécie, raça, localização geográfica e muitos outros fatores. 
Diversos estudos indicam que aproximadamente 1,5% a 6% dos mamíferos domésticos nascidos vivos demonstram ao menos uma malformação congênita reconhecível. 
Período críticos de suscetibilidade ao desenvolvimento anormal 
A suscetibilidade a um agente causador de malformações, um teratógeno varia conforme o estagio do desenvolvimento embrionário.
Os agentes que desregulam os estágios de mórula ou blastocisto, ou desregulam a comunicação materno-embrionário e interferem com a aposição normal do concepto na mucosa uterina, usualmente causam morte embrionária precoce.
 O período de máxima suscetibilidade ocorre no início da organogênese por volta de três semanas e se estende na maioria dos sistemas orgânicos ate a oitava semana.
Causas Das Malformações 
Genótipo: Uma vez que o desenvolvimento normal é controlado por interações entre o genoma embrionário e ambiente no qual esta inserido. 
Número anormal de cromossomos: As alterações no números de cromossomos resultam em poliploidia e aneuploidia. 
Poliploidia 
Aneuploidia
Fatores Ambientais 
Fatores Mecânicos: Esses fatores são capazes de impor ao feto uma pressão intrauterina anormal. 
Fatores físicos: A radiação ionizante é um potente teratógeno em todas as espécies. 
Fatores químicos: Qualquer substância química citotóxica ou capaz de alterar a função celular. 
Agentes Infecciosos: A maioria das doenças infecciosas que causam defeitos congênitos é de etiologia Viral.
DROGAS TERATOGÊNICAS
AGENTE
FUNÇÃO
ESPÉCIE
ÓRGÃO AFETADOS
Andrógenos
Hormônio esteroide
Todos mamíferos domésticos
Masculinização de embriões do sexo feminino
Griseofulvina
Antifúngico
Cães, gatos, cavalos
Cabeça, cérebro, esqueleto, palato, medula óssea
Talidomida
Sedativo
Primata não humanos, coelho, cão, suíno
Restado do crescimento, defeitos intestinais
PLANTAS TERATOGÊNICAS COMUNS
PLANTA
NOME COMUM
ESPÉCIES
SISTEMA AFETADOS/DEFEITOS
Prunus serotina
Cereja preta selvagem
Bovinos
Membros, vertebras
Veratrum californicum
Falso-heléboro
Ovinos, caprinos
Malformações craniofaciais, palatosquise, malformações dos membros
VIRUS TERATOGÊNICOS COMUNS
VIRUS
ESPÉCIES AFETADAS
EFEITOS
Vírus akabane
Bovinos, ovinos, caprinos
Defeitos cerebrais (hidranencefalia, poroencefalia), defeitos dos membros (artrogripose)
Vírus da língua azul
Ovinos, bovinos, caprinos
Cérebro, medula espinhal, defeitos nos membros
Classificações das malformações 
Agenesia ou aplasia
Hipoplasia e hiperplasia
Falha na fusão ou fechamento 
Distúrbios na reabsorção tecidual
Falha na migração 
Duplicação e reversão da assimetria 
Agenesia ou Aplasia – Aplasia Palpebral 
 Falha na fusão ou fechamento – Fenda Palatina
Ausência de morte celular normal – Sindactilia 
Malformações Congênitas do sistema Cardiovascular 
As Malformações são classificadas em:
Cianóticas
Acianóticas 
Acianóticas 
Estenose Aórtica e Pulmonar 
Estenose Aórtica :
Comum em cães 
Estenose aórtica é uma obstrução da abertura da válvula aórtica que retarda o fluxo de sangue do ventrículo esquerdo para a aorta.
Estenose Pulmonar
Comum em cães
É o estreitamento da via de saída pulmonar, provocando a obstrução do fluxo sanguíneo do Ventrículo Direito para a artéria pulmonar durante a sístole.
Defeitos do Septo Ventricular 
Foram descritos em todas as espécies domésticas. 
São caracterizados pela presença de uma pequena abertura na porção do septo interventricular.
Defeitos do septo atrial 
Comum em cães 
Caracterizado por uma abertura no septo interatrial, ocorrem quando há uma comunicação anormal entre os dois átrios. A pressão no lado esquerdo do coração é maior do que o lado direito, defeito do septo atrial permite a passagem do sangue do átrio esquerdo para o átrio direito.
Cianóticas
Tetralogia de fallot
Combinação de 4 anomalias Cardíacas :
Estenose Pulmonar
Defeito do septo Ventricular
Destraposição da artéria Aorta
Hipertrofia do Ventrículo direito.
Tetralogia de fallot
Comum em animais domésticos
O sangue pobre em oxigênio não consegue atingir os pulmões em quantidade suficiente para retornar oxigenado para o coração do lado esquerdo. Isto reflete uma quantidade menor de oxigênio no sangue, com o passar do tempo o sangue e o organismo fazem uma série de acomodações a esta condição como, por exemplo, formação de novos vasos.
Síndrome de Eisenmenger
Caracterizada por resistência vascular pulmonar elevada e desvio sanguíneo da direita para a esquerda, resultando em um fluxo sanguíneo maior do que o normal, dirigindo a pressão em direção aos pulmões.
Transposição dos grandes vasos
Ocorre quando a aorta se origina diretamente do ventrículo direito e a artéria pulmonar do ventrículo esquerdo.
Ectopia Cordis 
(Coração fora da caixa)
 
Região cervical
Região torácica;
Região toracoabdominal;
Região abdominal.
Dextrocardia 
A mais frequente anomalia posicional do coração .
Pode estar associada há Situs Inversus Totalis 
Situs Inversus Totali
Malformações congênitas do sistema vascular 
Ducto arterioso patente 
Comum em cães 
O correto é que, após o nascimento, dois ductos encontrados na estrutura circulatória do coração (o forame oval e o ducto arterioso) se fechem para que o sangue possa circular pelo organismo. Quando esses ductos não se fecham após o nascimento, parte do sangue presente no lado esquerdo do coração acaba alcançando o pulmão, sendo que o correto seria cair na circulação.
Possui 2 características 
Persistência do ducto arterioso clássica :
caracterizada pelo fluxo sanguíneo no interior do ducto, ocorrendo no sentido da direita para a esquerda (da aorta para o tronco pulmonar).
Persistência do ducto arterioso reverso :
caracterizada pela reversão do fluxo sanguíneo, ou seja, no sentido do tronco pulmonar para a aorta.
Persistência de arco aórtico direito 
Foi descrita em bovinos, suínos, equinos e gatos é comum em cães.
É a formação de um anel vascular parcial ou completo ao redor do esôfago e da traqueia, este anel vascular é constituído pelo arco aórtico direito, ligamento arterioso, e tronco pulmonar comprimindo o esôfago e a traqueia .
Coarctação da Aorta
Ocorre durante a embriogênese.
 É causada pela ausência de crescimento da aorta no ponto acometido ou por uma proliferação anormal do tecido conjuntivo na parede vascular, resultando no estreitamento do lúmen.
Malformações Congênitas do Sistema Nervoso 
Defeitos do Tudo Neural 
Compreendem a malformações congênitas resultantes do fechamento incompleto do tubo neural. 
Espinha Bífida: abrange todas anormalidades em que há falha no fechamento dos arcos vertebrais. 
Espinha Bífida Oculta
Espinha Bífida Cística 
Meningocele 
Meningoencefalocele 
Craniosquise: malformação craniana decorrente a falta de ossificação do neuroporo anterior. 
 Raquisquise: falha completa no fechamento de qualquer parte da porção posterior do tubo neural. 
Malformações Congênitas Cerebrais 
Disrafia do Tubo Neural Anterior: condição na qual há uma falha na fusão correta no neuroporo cranial.
Microcefalia: condição em que o cérebro e o crânio são notavelmente menor que o normal. 
Hidrocefalia: é o acúmulo de fluido cerebroespinhal nos ventrículos cerebrais. 
Hidrocefalia não comunicante: comum em animais. 
Anomalias
Funcionais do Sistema Nervoso Central 
São as anomalias mais graves vistas em animais
Maior parte delas são incompatíveis com a vida
Defeitos do SNC sem alterações morfológicas: 
Epilepsia Idiopática Congênita 
Desordens Cinéticas 
Malformações Congênitas do Sistema Nervoso Periférico 
Aganglionose do Intestino Grosso: caracterizada por grande dilatação de certos segmentos colônicos 
Em humanos a doença é denominada “Sindrome de Hirschsprung”
A doença se da pela ausência de gânglios entéricos 
Descrita em potros oveiros
Malformação do Olho 
As malformações congênitas oculares acomete mais os cães do que todas outras espécies domesticas. 
Anoftalmia 
Ausência do olho 
 Microftalmia 
Globo ocular menor que o normal
Síndrome do olho do Collie
Mais comuns. 
Comum em cães da raça Collie
 A forma completa da síndrome consiste em microftalmia, adelgaçamento focal da coroide e esclera, resultando em ectasia e destacamento retiniano. 
A etiologia da síndrome do olho de Collie está relacionada a um defeito no crescimento do cálice óptico.
Displasia Retiniana
É definida como um crescimento e diferenciação anormais da retina 
Descrita principalmente em cães. 
A malformação é resultado do desenvolvimento anormal das camadas interna e externa do cálice óptico. Ocorre quando não há a interação adequada das duas camadas retinianas primitivas. 
A maioria dos casos é hereditária . 
A doença pode ser monossitomatíca, envolvendo apenas o olho
A infecção in utero pelo virus da panleucopenia felina pode induzir a displasia retiniana em filhotes de gatos .
Atrofias Retinianas Progressivas
São herdadas e compartilham fenótipos similares.
Usualmente, causam perda progressiva da visão e cegueira. 
Inicialmente, os fotorreceptores bastonetes são afetados, causando cegueira noturna seguida da deterioração da visão diurna secundaria á perda progressiva dos fotorreceptores cones.
O resultado final é o mesmo, os cones e bastonetes degeneram e os cães afetados ficam totalmente cegos.
Catarata Congênita
São definidas como a perda de transparência do cristalino ou cápsula do cristalino. 
É a principal causa de cegueira em cães e humanos.
São também observadas em bovinos, pórem raramente em gatos e cavalos.
Ciclopia
É um defeito em que os olhos estão parcialmente ou completamente fundidos.
A anomalia é causada por uma perda do tecido da linha média e ocorre precocemente durante o desenvolvimento.
Usualmente estes defeitos estão associados a defeitos cranianos. 
As pálpebras são rudimentares ou totalmente ausentes
Malformações da Orelha
Surdez Congênita 
Ocorre infrequente em cães e gatos e é rara em outros animais domésticos. 
A condição pode ser causada pelo desenvolvimento anormal do labirinto membranoso ou ósseo, ou ainda malformações dos ossículos da audição ou timpano.
Nos casos extremos, a cavidade timpânica e o meato acústico externo podem estar completamente ausentes 
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS DO SISTEMA DIGESTIVO
FENDA FACIAL, LABIAL E COMPLEXO PALATO FENDIDO
A falha na fusão dos processos nasais aterias e maxilares leva á formação de uma fenda facial obliqua que se estende do canto medial do olho até a cavidade oronasal, acompanhada de assimetrias facias secundarias. 
O lábio fendido (queilosquise) resulta da ausência da fusão das proeminências nasal medial e maxilar durante a embriogênese. 
Sinais clínicos iniciais podem ser: dificuldade de sucção, disfagia e gotejamento de leite pelas narinas (na amamentação). 
ANORMALIDADES DE OCLUSÃO
As anormalidades embrionárias da mandíbula incluem a agnatia mandibular, caracterizada por ausência da mandíbula, e a braquignatia mandibular, também denominada mandíbula curta ou boca de papagaio em equinos, nos quais a mandíbula é mais curta em relação a maxila.
Foram descritas em todas as espécies domésticas.
Em bovinos, as alterações da mandíbula são herdadas como um fator poligênico.
ANORMALIDADES DENTARIAS
NÚMERO ANORMAL 
São comuns.
Anodontia é ausência completa de dentes
A redução no número de dentes é rara na maioria das espécies
Dentes extranumerários, podem ser encontrados no interior do osso mandibular/maxilar 
Dentes extranumérarios ocasionalmente são encontrados nas regiões incisivas e molares de equinos. Em cães, geralmente ocorrem unilateralmente e mais frequente na maxila. 
LESÕES DO ESMALTE 
A hipoplasia ou interrupção na formação do esmalte é resultado da diferenciação ou desenvolvimento defeituoso da camada epitelial interna do órgão do esmalte.
Pode ser causado por pirexia, trauma, desnutrição, toxicose e infecções (vírus da cinomose em cães).
Esmalte pode apresentar coloração alterada. Ex: administracão de tetraciclinas em fêmeas prenhes altera a cor do esmalte para marrom-amarelada.
Malformações do esôfago 
Predominante encontradas em pequenos animais
Nestes podem ser classificadas:
Estenose e atresia
Megaesôfago
Anomalias de aprisionamento pelo anel vascular
Acalasia cricofaríngea
Megaesôfago
É a dilatação anormal de esôfago, resulta de anomalias do desenvolvimento da inervação neuromuscular esofágica. 
Pode apresentar regurgitação, ter dor ao deglutir, dificuldade em engolir, salivação excessiva e alteração de apetite.
Emagrece muito. Às vezes ele começa a tentar torcer o pescoço, para poder conseguir engolir o alimento.
Acalasia cricofaringea 
É a falha no relaxamento da musculatura cricofaringea durante a deglutição.
Esfíncter fica incapaz de se relaxar adequadamente e corretamente.
Malformações intestinais 
ESTENOSE E ATRESIA DO INTESTINO:
São malformações comuns do trato digestivo e podem ser encontradas em qualquer parte do intestino.
Nas espécies domésticas, a atresia intestinal ocorre com a maior frequência em sítios especificos. 
Sinais clínicos são ao nascimento e incluem dor e distensão abdominais, retenção fecal e ausência de abertura anal.
FISTULA URORRETAL
É uma condição em que o reto e o trato urogenital comunicam-se abertamente. 
A malformação resulta de uma anormalidade no desenvolvimento do septo urorretal que permite a comunicação entre o reto e um derivado do seio urogenitais.
A fistula é classificada em retovesicular, retouretral, retovaginal ou retovestibular dependendo do local exato da comunicação.
Malformações congênitas do sistema urinário  
Agenesia Renal
É caracterizado pela falha no desenvolvimento de um ou ambos os rins.
A agenesia bilateral  se torna letal após o nascimento.
Incidência de 1/1.000.
A agenesia unilateral o rim remanescente sofre hipertrofia compensatória.
Incidência de 1/5.000.
Esta anomalia é ato da falta de interacão indutiva entre o broto do ureter e o mesênquima metanéfrico.
Hipoplasia renal
É uma condição intermediaria entre o rim normal e a agenesia renal.
A raça mais afetada é o Cocker Spaniel e foi definida como uma condição hereditaria.
Causa hipoparatireoidismo secundário,que induz a fibrose renal.
Anomalias da migração renal
Rins ectópicos: 
Refere-se a um posicionamento anômalado dos rins.
Não possui sintomas.
incidência de 1/900.
Ureteres ectópicos:
Foi descrito em todas as espécies de animais domesticos.
Mais comum em cães principalmente em fêmeas.
Os ureteres ectópicos que se conectam a uretra na altura do colo da visícula urinaria distal e ao esfíncter causam problemas clínicos. 
A diferença de posicionamento no macho e na fêmea é explicada pela retenção do ducto mesonéfrico no macho. 
Malformação congênitas do sistema genital
Anormalidades do Sistema Reprodutor
Criptorquidismo:
Alteração hereditária.
13% dos cães possuem esta anomalia.
Falha na migração do testÍculo.
Uni ou bilateral.
Animais subférteis ou inférteis.
Maior probabilidade de desenvolver neoplasias terticulares.
Castração.
Anormalidades congênitas do sistema musculoesquelético
Anomalias dos membros
As anomalias são denominadas usando a seguinte regra:
Defeito particular usa-se prefixo descritivo indicando
a localização acometida e sufixo “melia’’ou dactilia.
Amelia 
Meromelia
Micromelia
Bimelia
Sindactilia 
Braquidactilia 
Polidactilia
Artrogripose
Os bezerros ao nascerem exibem articulações fixadas em posições anormais
Causas: 
Mais de um agente etiológico
Entidade patológica
Teratógenos (plantas como as lupinas)
A infecção pré-natal com o vírus Akabane e da língua azul.
No equino pode ser: 
Infecção
Vírus da influenza
Ingestão de planta tóxica (astrágalo).
Anormalidades da parede corporal
Lados opostos do corpo falham em fundir-se à medida que o embrião assume forma cilíndrica (falha na fusão esternal).
Em alguns casos inibe o crescimento de ambos os lados da parede torácica, resultando em ectopia cordis.
São resultantes da falha no fechamento da parede muscular corporal, assim os órgãos abdominais saem do limite através do umbigo. 
Mais comuns em suínos.
Hérnias umbilicais
Anomalias esqueléticas gerais
Condrodisplasia
É o resultado do retardo geral no crescimento e ossificação do osso endocondral.
Os bezerros braquicefálicos são anões tem face curta, abaulamento de membros torácicos, prognatismo, abdômen grande e pernas curtas.
É um distúrbio na reabsorção e remodelamento ósseo.
Causa espessamento dos ossos ao longo do sistema esquelético. 
Nos bovinos diminui o tamanho da abóbada craniana e aumenta a pressão sobre o cérebro. Os seios frontais estão ausentes devido à falta de remodelamento ósseo.
Osteopetrose
Torcicolo, cifose, lordose e escoliose são sinônimos de desvio de coluna 
Pode se desenvolver em animais com hemivértebras e gatos com hipervitaminose A. 
Nos casos de desalinhamento grave da coluna vertebral, o canal vertebral é afetado e ocorre a compressão da medula espinhal resultando em paresia e ataxia dos membros caudais.
Desvio da coluna vertebral
Anomalia do crânio
Maioria das malformações são congênitas, outras são classificados em outros grupos de deformidades atribuídas ao estresse mecânico durante a vida intrauterina ou ao nascimento. 
Hipertrofia muscular em bovinos
É uma condição é herdada em bovinos que resulta primariamente no aumento do número das fibras musculares (hiperplasia) em vez do aumento do tamanho de fibras musculares individuais (hipertrofia) como ocorre em bovinos normais.
Gêmelidade
Membranas fetais em gêmeos
O arranjo das membranas fetais em gêmeos varia consideravelmente, dependendo do tipo de gêmeos e do momento da separação do gêmeos monozigóticos.
O que domina as membranas fetais são o córion, âmnio, saco vitelino e alantoide.
Gêmeos Dizigóticos
Também são chamados de não-idênticos ou fraternos.
Eles decorrem do desprendimento simultâneo de dois ovócitos e por sua fertilização de dois espermatozoide diferente.
Os zigotos implantam-se individualmente no útero em geral cada um desenvolvera sua placenta, âmnio e o saco coriônico.
Porém algumas vezes a duas placentas estão tão próximas que elas se fundem, os sacos coriônicos também podem se fundir.
Cada um dos gêmeos possui glóbulos vermelhos de dois tipo diferentes, indicando que a fusão das placentas foi tão intima que houve troca de glóbulos vermelhos
Gêmeos Monozigóticos
Conhecido também por gêmeos idênticos.
O segundo tipo de gêmeo forma-se a partir de um único ovócito fertilizado.
Eles resultam da cisão do zigoto em vários estágios de desenvolvimento.
Primeira separação ocorre no estádio de duas células, que formam dois zigotos separados.
Cada embrião vai ter sua própria placenta, saco coriônico.
São do mesmo sexo, geneticamente idêntico e muito parecidos fisicamente. 
A divisão do zigoto ocorre geralmente no estádio inicial, a massa celular interna se divide em dois grupos de células na mesma cavidade do blastocisto.
As placentas podem permanecer separadas ou se fundirem do mesmo modo dos gêmeos dizigoticos.
Correlações clinicas
As gestações gemelares tem uma incidência maior e mortalidade, do que teria a de uma gravides de um só feto.
O termo GÊMEO DESAPARECIDO designa na morte de um dos embriões, que se da no primeiro trimestre ou no inicio do segundo. 
Problema de 
Anastomose
Gêmeos Xifópagos
Se o embrioblasto ou disco embrionário não se dividirem completamente, podem se formar vários tipos de gêmeos xifópagos, em vão receber nomes de acordo com as partes e que se prendem. 
Toracópago
Pigópagos 
Craniópagos
 
 
REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 
Ano IX – Número 17 – Julho de 2011 – Periódicos Semestral 
 
Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina 
veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça 
ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 
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CRANIOSQUISE EM SUÍNO 
CRANIOSQUISE IN SWINE 
 
VOITENA, Jéssica Naíara 
Acadêmica do curso de Medicina Veterinária, UFPR – Campus Palotina. 
 
BEBBER, Bárbara Amanda 
Acadêmica do curso de Medicina Veterinária, UFPR – Campus Palotina. 
 
FAVARETTO, Luísa 
Acadêmica do curso de Medicina Veterinária, UFPR – Campus Palotina. 
 
ASTRAUSKAS, Jefferson Pereira 
Acadêmico do curso de Medicina Veterinária, FAMED – Garça/SP 
 
FILADELPHO, André Luis; 
Docente do curso de Medicina Veterinária, UFPR – Campus Palotina. 
 
BIRCK, Arlei José 
Docente do curso de Medicina Veterinária, UFPR – Campus Palotina. 
 
ROMANI, Isaac 
Docente do curso de Medicina Veterinária, UFPR – Campus Palotina. 
 
PERES, Jayme Augusto; 
Docente da Universidade Estadual do Centro Oeste, Unicentro – Guarapuava. 
 
 
 
 
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RESUMO 
Malformações são defeitos na forma ou na estrutura do organismo que ocorrem durante a 
fase embrionária ou fetal e atingem todo o corpo ou parte dele. As malformações do 
sistema nervoso podem derivar-se precocemente, desde o momento da indução, durante o 
fechamento do tubo neural, na organogênese, ou ainda, bem tardiamente, durante a 
diferenciação histológica ou funcional. No decorrer do desenvolvimento embrionário de 
suínos é razoável supor que os desvios da normalidade possam ocorrer. Atingindo um entre 
muitos animais, uma maformação pode envolver apenas um órgão ou parte do corpo do 
animal (anomalia) ou pode ser muito mais abrangente, de modo a causar uma grande 
deformidade. 
Palavras chave: craniosquise. suínos. anomalia. 
 
ABSTRACT 
Malformations are defects in form or structure of the organism that occur during embryonic 
stage or fetal and reach the whole body or part. Malformations of the nervous system can 
be derived from early, from the time of induction, during the neural tube, organogenesis, or 
even quite late, during the histological differentiation or functional. During the embryonic 
development of pig is reasonable to assume that deviations from normality could occur. 
Affecting one of many animals, the malformation can involve only one organ or part of the 
body of the animal (anomaly) or it can be much more extensive, so as to cause great 
deformity. 
Keywords: craniosquise. pigs. anomaly. 
 
 
INTRODUÇÃO 
Malformações são encontradas com relativa frequência em suínos em decorrência 
da alta prolificidade das matrizes e do curto intervalo
entre gerações (Sobestianski, 2007). 
 
 
REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 
Ano IX – Número 17 – Julho de 2011 – Periódicos Semestral 
 
Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina 
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A maioria das malformações surge no embrião nos primeiros dias ou semanas após 
a fecundação do óvulo. Apenas alguns têm a sua origem, provavelmente, nos estágios mais 
avançados da gestação onde, desvios na morfogênese, determinados ou não por comando 
genético, podem propiciar o desenvolvimento de indivíduos com desordens anatômicas ou 
funcionais (Dunne, 1958; Garcia e Fernández, 2001). Quando anatômicas tais desordens 
podem se manifestar por aplasia, hipoplasia ou displasia do órgão ou tecido afetado e dão 
origem às malformações, anomalias ou defeitos anatômicos (Sobestiansky, 2007). 
As malformações, em suínos, podem atingir um ou mais leitões de uma leitegada e 
o grau da gravidade é variável (Sobestianski, et al. 1993), a doença ocorre em um número 
de raças de suínos, mas tem mostrado ser herdada apenas na Polónia China e seus 
cruzamentos (Radostits, et al.1999). Elas podem ser leves e não determinar a morte do 
animal, ou ser tão intensas que resultem em natimortalidade, ou mortalidade neonatal. 
O grau de malformação varia bastante, e depende, principalmente, do momento em 
que o desenvolvimento do embrião ou feto foi afetado. Quanto mais cedo ocorrer a 
interferência, mais severas serão as consequências. Dentro de uma leitegada, pode haver 
variação na resposta dos irmãos aos agentes teratogênicos. Possivelmente, isso se deva, em 
parte, às diferenças no genótipo dos embriões, bem como, a uma provável variação em seu 
desenvolvimento, que pode ocorrer em certo período de gestação (Sobestiansky, et al, 
1993). 
Anormalidades congênitas do encéfalo podem ser causadas por alterações na 
morfogênese ou na histogênese do tecido nervoso, ou decorrerem de falhas no 
desenvolvimento de estruturas associadas (notocorda, somitos, mesênquima e crânio). 
Defeitos na formação do crânio (Cranium bifidum) estão muitas vezes, associados a 
malformações congênitas do cérebro e/ou meninges. Tais defeitos do crânio estão 
usualmente no plano médio e quase sempre na calota craniana (epicrânio), experimentos 
genéticos mostraram a herança a ser de caráter recessivo com penetrância variável (Moore 
e Persaud, 2008; Radostits, 1999). 
Portanto, para suínos, seguindo a classificação de Blood Studdert (1988) e 
 
 
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Stedman (1996); podemos diagnosticar craniosquise, como uma insuficiência congênita do 
crânio para se fechar dorsalmente e protrusão das membranas cerebrais pela abertura; em 
geral, acompanhada de desenvolvimento defeituoso visível do cérebro (Figura 1 e 2). 
 
 
RELATO DE CASO 
Trata-se de um suíno macho descendente da cruza de raças F1(♀) x MS60(♂), 
natimorto, com aproximadamente 1400 gramas, oriundo da propriedade particular do Sr. 
Alcides Voitena, no município de Itapejara D’Oeste, PR. Após parto natural, observou-se 
que um dos leitões apresentava uma malformação craniana, na região frontal, com 
exposição de massa cefálica. Este espécime logo após o nascimento foi congelado e 
encaminhado ao Laboratório de Anatomia de Medicina Veterinária de Palotina/PR – UFPR, 
para fixação em uma solução aquosa tamponada de formaldeído 10 % para subsequente, 
análise e fotodocumentação. 
 
DISCUSSÃO 
A partir das pesquisas realizadas percebeu-se que esta malformação é 
extremamente rara, incidindo neste caso em apenas um leitão de toda leitegada. 
 Segundo, Sobestianski, (2007) esse tipo de anomalia além de estar relacionada com 
a alta prolificidade das matrizes em curto espaço de tempo, há fatores genéticos 
provavelmente determinados por um gene recessivo autossômico. 
 Outro fator também que pode estar relacionado é o período de cobertura das fêmeas 
e sua idade. Segundo Sobestiansky, 2007 estas malformações ocorrem mais frequentemente 
nas leitegadas oriundas de cobrições realizadas nos meses de outono e primavera, onde 
neste estudo de caso aqui relatado a fêmea foi coberta no mês de abril, ou seja, outono 
conforme supracitado, sendo esta a sua quarta gestação. 
 
CONCLUSÃO 
 
 
REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 
Ano IX – Número 17 – Julho de 2011 – Periódicos Semestral 
 
Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina 
veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça 
ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 
www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br. 
 
Esta patologia além de ser extremamente rara não traz relatos precisos na literatura 
dificultando o seu maior esclarecimento. Porém, pela alteração presente e pela bibliografia 
consultada, concluímos que trata-se de uma craniosquise, de provável alteração genética, 
atingindo deste modo apenas um individo desta prole. 
 
ANEXOS 
 
Figura 1: Suíno com craniosquise (seta). 
 
Figura 2: Foto ampliada da craniosquise (seta). 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 
Ano IX – Número 17 – Julho de 2011 – Periódicos Semestral 
 
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RADOSTIS, O. M.; GAY,C.C.; BLOOD, D. C.; HINCHCLIFF, K. W. Veterinary 
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de; 2 Ed. Clínica e patologia de suínos. Goiânia, Art 3 Impressos Especiais, 1999.

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