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Motivação e Emoção
TÓPICOS: principais assuntos
Definições na motivação
Motivos internos e externos
Motivação Intrínseca e extrínseca
Origens filosóficas
As três grandes teorias
A teoria do impulso de Freud
A teoria do impulso de Clark Hull
Bases motivacionais do comportamento
Três princípios
Aproximação X Evitação
Hipotálamo
Feixe prosencefalico medial
Amigdala
Septo-Hipocampo
A formação reticular
Córtex pré-frontal
Vias neurotransmissoras
Dopamina
Liberação de dopamina
Ação motivada
Necessidades
Fundamentos da regulação
Necessidades fisiológicas
Homeostase
Feedback negativo
Inputs e outputs
Sede
Fome
Sexo
Necessidades psicológicas
Autonomia
Competência
Relacionamento
Necessidades sociais
Definições:
Motivação são os processos que energizam e direcionam o comportamento de um individuo emanam tanto das forças do indivíduo como seu ambiente. Os motivos são as experiências internas – necessidades, emoções e cognição – que energizam as tendências de aproximação ou de afastamento do individuo. Os eventos externos são incentivos ambientais que atraem ou repelem o individuo em relação a um curso particular de ação.
Emoção é comportamental (situações ambientes; estimulo – resposta)
Sentimentos ocorrem de modo cognitivo. É algo aprendido.
As origens filosóficas dos conceitos motivacionais
 As raízes do estudo da motivação devem suas origens aos antigos gregos – Sócrates, Platão e Aristóteles – Resumindo os três propuseram que a motivação surgia de uma alma disposta segundo em uma hierarquia tripartida. Este conceito de alma tripartida corresponde ao id, ego e superego de Freud.
 Anos depois, a motivação passou a fazer parte de um dualismo, sendo um deles que a motivação era boa, racional e imaterial e ativa (ou seja, a vontade) e outro de que a motivação era primitiva, impulsiva, biológica e reativa( ou seja, desejos corporais. Entretanto o estudo filosófico da vontade veio a se tornar um beco sem saída, que explicava muito pouco sobre a motivação, e que de fato fazia muito mais perguntas do que podia responder.
As três grandes teorias
À vontade: a primeira grande teoria
 Para descartes, a principal força motivacional era à vontade. Segundo ele, a vontade inicia e direciona a ação; cabe a ela decidir se e quando agir. Já as necessidades corporais, as paixões, os prazeres e as dores criam impulsos á ação, mas esses impulsos só excitam a vontade. A vontade é uma faculdade (ou pode) que a mente, agindo no interesse da virtude e da salvação e exercendo seu poder de escolha, tem para controlar os apetites corporais e as paixões.
Instinto: a segunda grande teoria
 O determinismo biológico de Charles Darwin exerceu dois principais efeitos no pensamento cientifico. Em primeiro lugar, forneceu a biologia sua mais importante ideia (a evolução). Em segundo, o determinismo biológico de Darwin acabou com o dualismo homem-animal. Em vez disso, ele introduziu questões tais como a maneira como os animais utilizam seus recursos (ou seja, a motivação) para se adaptar as demandas mais importantes de um dado ambiente.
 Para Darwin muito do comportamento animal parece ser algo não aprendido, automatizado e mecanicista. Para explicar esse comportamento adaptativo aparentemente predeterminado, Darwin propôs o instinto. Os instintos surgem de uma substancia física de dotação genética. Os instintos são fisicamente reais. Os animais tem dentro de si uma substancia material que os faz agir segundo uma maneira especifica. O primeiro psicólogo a popularizar a teoria instintiva da motivação foi William James.
Impulso: a terceira grande teoria
 O conceito motivacional que surgiu para substituir o instinto foi o impulso (introduzido por Woodworth). O impulso surge da biologia, funcional, segundo a qual a função do comportamento está a serviço das necessidades corporais. À medida que ocorrem os desequilíbrios biológicos, os animais experimentam esses déficits de necessidade biológica psicologicamente como “impulso”. As duas teorias do impulso mais amplamente aceitas foram propostas por Sigmund Freud e Clark Hull. 
A teoria do impulso de Freud
 Acreditava que todo o comportamento é motivado, e que o propósito do comportamento seria servir a satisfação de necessidade. Sua visão do sistema nervoso era de que as exigências biológicas (fome, por exemplo) seriam constantes e inevitavelmente condições recorrente que produziriam acúmulos energéticos. Portanto, o impulso surgia como um tipo de sinal de emergência para que se tomasse uma providencia. O comportamento continuaria até que o impulso ou a exigência que o motivou fossem satisfeitos. A energia do sistema nervoso para ele seria a libido.
 Freud resumiu sua teoria do impulso como tendo quatro componentes: fonte, ímpeto, propósito e objetivo. A fonte do impulso é um déficit corporal. O impulso é dotado de um ímpeto (força) que tem o proposito da satisfação, a qual é a remoção (por meio da satisfação) do déficit corporal subjacente. Para alcançar esse propósito, o individuo experimenta a ansiedade em um nível psicológico, e é essa ansiedade que motiva a busca comportamental por um objeto capaz de remover o déficit corporal. A satisfação do déficit corporal acalma o impulso- ansiedade.
	Fonte do impulso
	Ímpeto do impulso
	Objetivo do impulso
	Proposito do impulso
	Déficit corporal
	Intensidade do desconforto psicológico (ansiedade)
	Objetivo ambiental capaz de satisfazer o déficit corporal
	Satisfação pela remoção do déficit corporal
A teoria do impulso Segundo Hull
 O impulso é uma fonte de energia agrupada e composta de todos os déficits- distúrbios experimentados momentaneamente pelo corpo. As necessidades particulares são concentradas para constituírem uma necessidade corporal total. 
 Para Hull, assim como para Freud, a motivação tem uma base puramente fisiológica, e a necessidade corporal constitui a fonte última da motivação. A teoria de Hull tem um aspecto notável de que a motivação pode ser prevista antes de ocorrer. A motivação é responsável pelas condições antecedentes do ambiente. O impulso é uma função monotonicamente crescente da necessidade corporal total, e esta, por sua vez, são uma função monotonicamente crescente do número do número de horas de privação. Isso foi assim porque, se conhecermos as condições ambientais que criaram a motivação, poderão manipular (e predizer) os estados motivacionais no laboratório. Uma vez surgido, o impulso energiza o comportamento. Porém, embora energize o comportamento, o impulso não direciona. É o hábito, e não o impulso, que direciona o comportamento. Os hábitos que guiam o comportamento provêm da aprendizagem e a aprendizagem ocorre como consequência do reforço. Se uma resposta é seguida rapidamente de uma redução no impulso, ocorre uma aprendizagem e, com isso, o hábito é reforçado. Qualquer resposta que diminua o impulso produz um reforço, e o animal aprende qual resposta produz a redução de um impulso nessa situação particular. 
A teoria do impulso de Freud e Hull baseava-se em três pressupostos fundamentais:
O impulso emerge de necessidades corporais
A redução do impulso é reforçada e produz aprendizagem
O impulso energiza o comportamento
Motivos internos
 Um motivo é um processo interno que energiza e direciona o comportamento. Necessidades, cognições e emoções são nada mais que tipos específicos de motivos. 
 As necessidades são condições internas do individuo que são essenciais e necessárias á manutenção da sua vida e á promoção de seu crescimento e de seu bem – estar.
 Os tipos específicos de necessidades são: as necessidades biológicas, necessidades psicológicas e as necessidades sociais.
 As cognições referem-se aos mentais, tais como as crenças, as expectativas e autoconceito. As fontes cognitivas de motivação relacionam-se ao modo de pensar do individuo. As fontes cognitivas específicas da motivação: planos e objetivos, expectativas e o self.
 As emoçõessão fenômenos subjetivos, fisiológicos, funcionais, expressivos e de vida curta, que orquestram a maneira como reagimos adaptativamente aos eventos importantes de nossas vidas. 
Aspectos inter-relacionados das experiências:
Sentimentos – descrições subjetivas e verbais das experiências emocional.
Prontidão fisiológica – como nosso corpo fisicamente se mobiliza para atender ás demandas situacionais.
Função – o que especificamente queremos realizar neste momento.
Expressão – como comunicamos nossas experiências emocionais a outros.
Eventos externos
 Os eventos externos são incentivos ambientais que tem a capacidade de energizar e direcionar o comportamento. 
Exemplo: Oferecer dinheiro como incentivos á tomada de uma ação é algo que frequentemente energiza o comportamento de aproximação, ao passo que um odor desagradável costuma energizar um afastamento de evitação defensiva. 
 O incentivo (dinheiro, odor) adquire a capacidade de energizar e direcionar o comportamento na medida em que sinaliza que um determinado comportamento poderá produzir consequências de recompensa ou de punição. Dessa maneira, os incentivos precedem o comportamento e funcionalmente levam a pessoa para mais perto dos eventos externos que lhe prometem experiências agradáveis, ou funcionalmente afastam a pessoa de eventos externos que lhe prometem experiências desagradáveis.
Expressões da motivação
Às vezes, é necessário inferir a motivação a partir das expressões dos indivíduos – do seu comportamento, da sua fisiologia e do seu auto relato.
Comportamento
 Há sete aspectos do comportamento que expressam a presença, a intensidade e a qualidade da motivação: o esforço, a latência, a persistência, a escolha, a probabilidade de resposta, as expressões faciais e gestos corporais. Esses aspectos fornecem ao observador dados que dados que lhe permitem inferir a presença e a intensidade da motivação do sujeito observado.
 O termo “engajamento” da muito bem um senso geral de quão intensa é a motivação da pessoa. O engajamento refere-se á intensidade e a qualidade emocional do envolvimento de uma pessoa em uma atividade.
Fisiologia
 Quando as pessoas e os animais se preparam para realizar diversas atividades, os sistemas nervosos e endócrinos produzem e liberam diversas substâncias químicas, que fornecem sustentação biológica para os estados motivacionais e emocionais.
 Exemplo: ao fazer um discurso, o orador pode experimentar diversos graus de estresse emocional, e essa sensação se manifesta fisiologicamente por meio de um aumento das catecolaminas plasmáticas.
Auto relato
 É simplesmente fazer perguntas. Em uma entrevista ou questionário, é comum as pessoas informarem sua motivação. 
TIPOS DE MOTIVAÇÃO 
As necessidades geram dentro de nós estados motivacionais. Há dois tipos de motivação, a intrínseca e extrínseca.
Motivação intrínseca
 Refere-se á propensão interna da pessoa, que surge espontaneamente, em se comprometer com seus próprios interesses, exercitar suas próprias capacidades.
- Vinculada ás necessidades psicológicas de autonomia e competência. Quando as necessidades psicológicas são satisfeitas, geram sensação de bem-estar e alimentam a motivação intrínseca.
- Vinculada a satisfação de realização das atividades de interesse.
Motivação extrínseca
 Surge das consequências e dos incentivos ambientais. Ou seja, como desejamos obter consequências atraentes, e como também desejamos evitar consequências desagradáveis, a presença dos incentivos e consequências cria em nós um sentimento de querer adotar comportamentos capazes de produzir a consequência por nós desejada. (Faça isso e obterá aquilo). Nesse caso o “isso” que se tem que fazer é o comportamento solicitado, e o “aquilo” que se obterá é a consequência ou o incentivo extrínseca. A motivação extrínseca é um motivo criado pelo ambiente para fazer que o individuo inicie ou persista em uma ação dada.
 O funcionamento dessa motivação é pelo condicionamento operante (modo como a pessoa aprende a operar de modo eficiente no seu ambiente). Adotar comportamentos que produzem consequências atrativas e adotar comportamentos que previnem e ou evitam consequências desagradáveis.
Tipos de motivação extrínseca: Gira em torno de três conceitos centrais
 Incentivos: Precedem o comportamento; excitam ou inibem a iniciação do comportamento. É um evento ambiental que atrai para um comportamento ou repelem para longe. Compõem-se em consequências e incentivos (positivos e negativos).
- Consequências: Sucedem o comportamento, aumenta ou diminui a persistência do comportamento.
 - Não causam o comportamento, mais afetam a probabilidade de sua ocorrência. 
Reforços
 Reforço positivo e o Reforço negativo são qualquer evento ambiental (extrínseco) que, aumenta a probabilidade de ocorrência do comportamento no futuro. A diferença entre eles é que o positivo terá maior probabilidade de repetir seu comportamento do que alguém que não teve uma consequência positiva desse mesmo comportamento. E o negativo motivam o comportamento de fuga e evitação.
Punição: uma punição (como uma multa de transito) é qualquer evento ambiental que, quando apresentado, diminui a probabilidade de ocorrência de um determinado comportamento no futuro.
- Pesquisas mostram que a punição é ineficiente no objetivo de retirar o comportamento indesejável.
O cérebro emocional e motivado
 O cérebro não é somente algo pensante, mais é também o centro da motivação e da emoção, gerando ânsias, necessidades, desejos, prazer e mais todo o espectro de emoções. Todos os estados motivacionais e emocionais envolvem a participação do cérebro.
Três princípios
 Pesquisadores motivacionais mapeiam quais estruturas cerebrais estão associados os quais estados motivacionais, além de estudarem como essas estruturas cerebrais são ativadas, e como os eventos do dia-a-dia promovem esse processo de ativação.
Estrutura cerebral especifica geram estados motivacionais e emocionais específicos.
A estimulação de um ponto específico a do cérebro gera a expedição de um estado motivacional especifico. Outra maneira de dizer isso seria a de que, se acontecer algo que danifique uma determina estrutura cerebral (como ocorre em um acidente ou em uma cirurgia), a capacidade da pessoa de experimentar um estado motivacional específico pode ficar comprometida. Em vez disso, é a estimulação de uma via neurotransmissora gera um estado motivacional especifico.
Agentes bioquímicos estimulam essas estruturas cerebrais.
De que maneira essas estruturas cerebrais são, em primeiro lugar, estimuladas? As estruturas cerebrais têm receptores localizados que as dotam de potencial para serem estimuladas. Os agentes bioquímicos que estimulam esses locais dos receptores são os neurotransmissores e os hormônios. Os neurotransmissores são os mensageiros de comunicação do sistema nervoso, ao passo que os hormônios são os mensageiros de comunicação do sistema endócrino (que fazem as glândulas se comunicarem com os órgãos do corpo). Portanto, para compreender o sobe-e-desce dos estados motivacionais, precisamos atentar para maneira como os neurotransmissores e os hormônios estimulam e desestimulam os locais cerebrais específicos.
Os eventos do dia-a-dia fazem os agentes bioquímicos entrarem em ação
É fora do laboratório, ou seja, em situações do cotidiano, que o cérebro emocional e motivado é estimulado para entrar em ação. No exemplo da fome, foi o fato de se fazer dieta, ou de se privar de alimento, que fez com que o hormônio grelina entrasse em ação.
Aproximação X Evitação 
 Boa parte da atividade cerebral esta organizada em torno da produção de uma disposição manifestada por uma mensagem excitatória do tipo ‘’sim, quero isso’’, ou por uma mensagem inibidora do ‘’ não, não quero isso’’. A seção que se segue salienta os principais papeis motivacionais e emocionas desemprenhados por: 
1 – duas estruturas relacionas a aproximação – Hipotálamoe feixe prosencefálico medial 
2 - duas estruturas relacionas a evitação – amigdala e hipocampo
3 – o córtex cerebral pré-frontal, associado tanto a abordagem quanto a evitação
4 – uma estrutura associada à excitação- formação reticular
Hipotálamo
 É um gigante motivacional. O hipotálamo constitui-se de uma coleção de 20 núcleos vizinhos e interconectados que servem a funções separadas e distintas. Ele regula um grande espectro importante funções biológicas, incluindo o ato de comer, beber e copular (por meio das motivações para fome, saciedade, sede e sexo). A estimulação hipotalâmica gera desejo por, e o prazer associado a água, alimento e contato com parceiros sexuais. Porem, aqui nossa discussão esta centrada no papel do hipotálamo na regulação tanto do sistema endócrino quanto do sistema nervoso autônomo. Regulando esses dois sistemas, o hipotálamo também é capaz de regular o ambiente corporal interno, de modo a criar uma adaptação ótima do individuo ao ambiente. 
 O hipotálamo controla a glândula pituitária – conhecida como glândula mestra do sistema endócrino. A glândula pituitária regula o sistema endócrino. Assim, enquanto a glândula pituitária regula o sistema endócrino (hormonal), o hipotálamo regula a glândula pituitária.
 O hipotálamo também controla o sistema nervoso autônomo. Inclui as inervações neurais conectadas aos órgãos corporais que estão sob controle involuntário. O SNA é dividido ente excitatório simpático, que acelera as funções corporais e alerta o corpo, e o sistema inibidor parassimpático, que facilita o repouso, a recuperação e a digesta o que se seguem a experiências corporais de estresse e emergência.
 Quando experienciamos uma alteração importante no ambiente, o hipotálamo tem duas maneiras principais de regular a reação do corpo, fazendo- o enfrentar com eficácia essa alteração ambiental. Por um lado, o hipotálamo pode gerar uma excitação (ativação simpática) ou um relaxamento (ativação parassimpática) por meio de uma estimulação do SNA. Por outro lado, o hipotálamo pode estimular o sistema endócrino a, por sua vez, estimular a glândula pituitária a liberar hormônios na corrente sanguínea.
Feixe prosencefálico medial
 Encontra-se tão estreitamente conectado ao hipotálamo. Em termos de motivação, O feixe prosencefálico é próximo a um centro de prazer em nosso cérebro. Ou seja, a estimulação do feixe prosencefalico medial cria uma sensação de prazer, que faz com que a cobaia aja com se estivesse recebendo um reforço positivo, de modo bastante parecido com o que ocorreria se ela estivesse recebendo um reforço real, talco como seu alimento favorito.
 Nos seres humanos, a estimulação do feixe p não produz sensações intensas de prazer ou êxtase, mas gera sensações positivas, como indica a seguinte observação clinica de paciente esquizofrênico que receberam estimulação elétrica no cérebro.
Amigdala
 Em geral, a amigdala detecta e responde a eventos ameaçadores, embora cada um de seus diferentes núcleos tenha uma função distinta. A estimulação de uma parte da amigdala gera uma raiva emocional, enquanto a estimulação de outra área gera a emoção do medo e o comportamento de defesa. Assim, a amigdala regula as emoções que autopreservação, o medo, a raiva e a ansiedade envolvem.
 Consequentemente, uma lesão na amigdala pode produzir alterações notáveis, inclusive uma submissão geral, neutralidade afetiva, falta de responsividade emocional, preferencia por isolamento social em detrimento de afiliação social, desejo de se aproximar de estímulos anteriormente ameaçadores e deficiência na capacidade de aprender que um estimulo assinala um reforço positivo ou uma punição. A amigdala esta envolvida na percepção das emoções e das expressões faciais das outras pessoas, e também no nosso próprio comportamento, especialmente em relação as informações emocionais negativas. Também desempenha papel-chave na aprendizagem de novas associações emocionais.
Circuito septo-hipocampal
 Em função disso, boa parte da atividade cognitiva e da memoria e da imaginação é enviada como entrada ( input) para o circuito. Portanto, o circuito septo-hipocampal prevê a emoção associada a eventos futuros, tanto em termos de prazer antecipado quanto de ansiedade antecipada.
 O hipocampo opera como um comparador, que constantemente compara as informações sensoriais que chegam aos eventos esperados ( a partir da memoria)
 Drogas ansiolíticas devem seus efeitos calmantes essencialmente ao fato de aquietarem (desligarem) o modo de checagem não-ok do sistema septo-hipocampal. As substancias químicas ansiolíticas naturais do cérebro são as endorfinas, que desligam o modo de controle não-ok do hipocampo. Decepção, fracasso, punição e novidade são experiências que estimulam o hipocampo a instigar inibições comportamentais ansiosas (ou seja, fazem o sistema septo-hipocampal atuar no modo não-ok) O enfrentamento ativo dos estressores ambientais, quando é bem-sucedido, gera a liberação de endorfina. A endorfina bloqueia o sistema septo-hipocampal.
Formação reticular
 Desempenha um papel-chave na excitação e no despertar das preocupações motivacionais e emocionais do cérebro; Consiste em duas parte: o sistema reticular ativador ascendente, que projeta seus nervos para cima no cérebro com o proposito de alertar e excitar o córtex, e a formação reticular descendente, que projeta seus nervos para baixo a fim de regular o tônus muscular
 Um gato respondendo a um ruído, com o proposito de ilustrar que é o sistema reticular ativador que desperta, alerta e excita o córtex, para que este possa processar as informações que chegam. Uma vez excitado, o córtex em estado de alerta processa as informações recebidas (toma uma decisão sobre e o que fazer ) para, um ou dois segundos depois, responder de maneira apropriada.
Córtex pré-frontal e afeto
 A estimulação do córtex tem a capacidade de indiretamente gerar estados emocionais.
 O córtex pré-frontal abriga as metas do individuo; enquanto isso, os dois lobos do córtex pré-frontal imergem esses objetivos em um banho de emoções. Os pensamentos que estimulam o córtex pré-frontal direito geram sentimentos negativos, enquanto os pensamentos que estimulam o córtex pré-frontal esquerdo geram sentimentos positivos.
 Existem diferenças básicas de personalidade entre as pessoas, uma vez que algumas apresentam o lobo pré-frontal direito especialmente sensível, o que deixa extremamente vulneráveis a emoções negativas, ao passo que as outras pessoas tem o lobo pré-frontal esquerdo especialmente sensível o que as deixa extremamente vulneráveis a emoções positivas.
As vias neurotransmissoras do cérebro 
 Os neurotransmissores atuam como mensageiros químicos dentro do sistema nervoso central. Os neurônios comunicam-se uns com os outros por meio de neurotransmissores, pois o neurônio que envia uma informação libera neurotransmissor, que é recolhido pelo neurônio vizinho, ação que faz esse neurônio vizinho receber a mensagem via neurotransmissora. As quatro vias neurotransmissoras relevantes do ponto de vista da motivação são: 
A dopamina: que gera sensações agradáveis associadas a recompensa; 
A serotonina: que influencia o humor e a emoção; 
A norepinefrina que regula a excitação e o estado de alerta; 
A endorfina: que inibe a dor a ansiedade e o medo gerando sensações agradáveis para contrabalançar  essas sensações negativas. 
 A via da dopamina é particularmente importante para se compreender a motivação e a emoção, uma vez que sua função motivacional primária é gerar sensações positivas, uma experiência de prazer ou recompensa.
Dopamina 
 A liberação de dopamina gera sensações agradáveis. Enquanto as pessoas vão vivendo os eventos do seu dia, certo nível de dopamina encontra-se sempre presente no cérebro; ao longo do dia dessas pessoas se deparam com exemplos diferentes e aqueles eventos que assinalou o recebimento de uma recompensa e a antecipação de prazer, acionam osneurônios da via da dopamina para que libera dopamina nas sinapses, área tegmental ventral. A ATV libera dopamina em outros locais do cérebro e o padrão de liberação é previsível em proporções a recompensa, que a pessoa espera receber e aqui de fato recebe por um determinado curso de ação. 
A liberação de dopamina e a antecipação da recompensa 
 Os estímulos que prenunciam a chegada iminente de uma recompensa provocam a liberação de dopamina no cérebro. O prazer resulta de um afluxo de dopamina no sistema de recompensa uma vez que ocorre com a antecipação da recompensa. A liberação de dopamina, portanto participa das fases preparatórias do comportamento motivado, por esse motivo frequentemente experimentamos mais prazer quando pensamos em fazer o sexo, do que quando de fato realizamos essa atividade.
A Biologia da recompensa 
 A liberação de dopamina não só assinala a perspectiva de uma recompensa iminente, mas também nos ensina quais eventos no ambiente são compensadores. Explica a Biologia da recompensa a liberação de dopamina, se um evento ambiental e a continua manutenção de propriedades motivacionais de incentivo estão para ser alcançados. É preciso que ocorra a liberação de dopamina.
 A liberação de dopamina é maior quando os eventos e compensatórios ocorrem de modo imprevisto, em função disso a geração de sensações agradáveis, ocorre não só em decorrência de eventos recompensadores, mas também devido a recompensas imprevistas e inesperadas. A liberação de dopamina após os recebimentos de uma recompensa Inesperada é algo que permite as pessoas aprenderem a significância motivacional desse evento, e uma vez que a liberação de dopamina definir um evento como recompensador, a pessoa aprendi que esse evento quando encontrado no futuro, provavelmente produzirá uma experiência recompensadora. 
A dopamina e Ação motivada 
 A liberação de dopamina associa-se a dois eventos cerebrais. Primeiro a liberação de dopamina gera sensações positivas como acabamos de discutir, mas, além disso, a liberação de dopamina também ativa as respostas voluntárias de aproximação direcionadas para a meta.
Necessidades
 Uma necessidade é uma condição qualquer que ocorre na pessoa e que é essencial ou necessária para a sua vida, a seu crescimento e bem estar.
 Os danos podem afetar o corpo, maneira que os motivos para ação surgem das necessidades fisiológicas cujo propósito é evitar a danificação dos tecidos e promover a manutenção dos recursos corporais.
 As necessidades fisiológicas envolvem sistemas biológicos, tais como os circuitos neurais cerebrais, os hormônios e os órgãos do corpo. Quando insatisfeitas durante período prolongado. Passam a constituir emergências que põem em risco a vida e, portanto, geram estados motivacionais capazes de dominar a consciência. Quando gratificadas, as necessidades deixam de ser prementes e são esquecidas, pelo menos durante um certo tempo. A períodos temporais cíclicos (ascensão, queda e nova ascensão) 
 Todas as necessidades geram energia. O que difere uma necessidade da outra são seus efeitos direcionais sobre o comportamento. Por exemplo, uma necessidade de fome é diferente de uma necessidade de sede, não em termos da quantidade de energia que gera, mas sim da sua capacidade de direcionar a atenção e atenção para busca de alimento, em vez da busca de agua. De modo semelhante, uma necessidade de competência é diferente de uma necessidade de ter relações não em termos da quantidade de motivação despertada, mas sim ao consequente desejo de buscar desafios em nível ótimo, em vez de outras relações intimas.
 Outra maneira pela qual as necessidades diferem entre si é que algumas geram uma motivação de deficiência, ao passo que outras geram uma motivação de crescimento. Com as necessidades de deficiência a vida vai bem ate algum estado de privação que ativa uma necessidade de interagir com o mundo de uma maneira que aquiete o déficit (ou seja, o consumo de alimento). Já com as necessidades de crescimento, os estados motivacionais energizam e direcionam o comportamento de modo a desenvolver avanços (buscar desafios, melhorar as relações interpessoais). O indício de que nos faz distinguir uma necessidade baseada em uma deficiência de uma necessidade baseada no crescimento são as emoções que cada tipo de necessidade gera. As necessidades de deficiência geralmente geram emoções tensas e prementes, tais como a ansiedade, frustração, dor, estresse e alivio. Já as necessidades de crescimento costumam gerar emoções positivas como interesse, diversão e vitalidade.
Os fundamentos da regulação
 Segundo a teoria do impulso as privações e os déficits fisiológicos criam necessidades biológicas. Caso a necessidade permaneça insatisfeita, a privação biológica torna-se potente suficiente para dominar a atenção do individuo e gerar um impulso fisiológico. “impulso” é um termo teórico utilizado para referir a um desconforto psicológico derivado de um déficit biológico persistente e subjacente o impulso energiza. O impulso energiza o animal para a ação e direciona sua atividade para comportamentos específicos que são capazes de servir( satisfazer) as necessidades corporais
 Entretanto à medida que o tempo passa, a agua do corpo do individuo evapora e consome caloria. Com a ocorrência natural dessa perda de agua e de nutrientes, os desequilíbrios e os déficits fisiológicos começam a se acumular. Caso os desequilíbrios fisiológicos persistam ou se intensifiquem, a continuidade de privação produzira necessidade corporal de agua ou calorias. Com o tempo, a necessidade filológica aumenta suficiente para produzir uma sensação de tensão e de inquietação que corresponde ao impulso psicológico. Uma vez motivado pelo impulso, o individuo passa agir direcionado para uma meta. Quando o individuo sedento encontra agua potável, quando o individuo faminto encontra comida, ocorre o comportamento consumatório. A ingestão de agua ou alimento satisfaz e remove a necessidade corporal subjacente, o que aquieta o impulso psicológico, por meio de um processo chamado redução do impulso. Após essa redução, o individuo retorna a um estado saciado (isto é, não mais motivado), e todo esse processo cíclico inicia de novo, em um novo ciclo.
Necessidade fisiológica 
 As necessidades fisiológicas, provocadas pelo organismo, são consideradas vitais para a sobrevivência da espécie humana. Isto é, embora básicas para a manutenção da vida, elas variam de indivíduo para indivíduo e de cultura para cultura. São exemplos (fome, sede e sexo). Se não atendidas a necessidades fisiológicas se fazem acompanhar de lesões corporais e patologias.
Impulso psicológico 
 Impulso é um estímulo que possui força suficiente para levar a pessoa a fazer uma determinada ação. 
 Qualquer estímulo pode vir a ser um Impulso, desde que tenha uma intensidade que provoque a ação. O impulso leva o indivíduo a ter determinado comportamento ou a reagir de determinada maneira, até que o estímulo venha a ser reduzido ou eliminado, graças à ação provocada. Exemplos de impulsos psicológicos é o apetite, e não a baixa taxa de açúcar ou o esvaziamento das células adiposas (necessidades fisiológicas), que energizam e direcionam o comportamento.
Homeostase
 É a tendência existente em alguns organismos para o equilíbrio e conservação de elementos fisiológicos e do metabolismo através de alguns mecanismos de regulação.
Feedback negativo
 Considerado por muitos autores o mecanismo primário para a manutenção da homeostase. Ele provoca uma mudança negativa em relação à alteração inicial, ou seja, um estímulo contrário àquele que levou ao desequilíbrio.
 O mecanismo de feedback negativo pode ser explicado analisando-se, por exemplo, o controle da pressão sanguínea. Quando ela cai abaixo do normal, nosso corpo percebe que houve um desequilíbrio e iniciam-se processos que voltam a pressão sanguínea aos valores adequados.
Inputs e OutputsA Psicologia Cognitiva de Bruner estuda os processos mentais superiores: percepção, formação de conceitos, memória, linguagem, pensamento, solução de problemas, tomada de decisão. Ele realiza suas pesquisas com seres humanos por meio de processos mentais (input e output)
 A metáfora principal da psicologia cognitiva de Bruner é o processamento da informação (PI), baseada na linguagem do computador, ou seja, como o input é modificado. Como característica, ele pressupõe a representação mental e processamento da informação.
 Existem três fases necessárias para o impulso, que motiva diferentes comportamentos: a entrada (INPUT), o processamento e a saída (OUTPUT). A fase de entrada é caracterizada pelas fontes que geram o impulso (input), que será processado para, finalmente, produzir as informações de saída (outputs).
Mecanismos intra-organismico
 Incluem sistemas reguladores biológicos (cérebro, sistema endócrino, órgãos do corpo) que funcionam de comum acordo para ativar, manter e cessar uma necessidade.
Mecanismos extra-organismico
 Incluem todas as influências ambientais (cognitivas, ambientais, sociais e culturais) que atuam na ativação, manutenção e cessação do impulso psicológico.
SEDE
 Nosso corpo é constituído principalmente — cerca de dois terços — de água. Quando nosso volume de água diminui cerca de 2% começamos a sentir sede. A desidratação ocorre somente depois que perdemos cerca de 3% do nosso volume de água.
 A SEDE é o estado motivacional experimentado conscientemente que prepara nosso corpo para executar comportamentos necessários para reabastecer o déficit de água. 
 A SEDE surge como uma necessidade fisiológica porque nosso corpo está continuamente perdendo água por meio da transpiração, da urina, da expiração, sangramento, do vômito e do espirro (ou seja, inputs múltiplos). Sem a reposição de água, podemos morrer dentro de aproximadamente dois dias. 
Regulação fisiológica
 Dentro do corpo humano, a água é encontrada tanto nos fluidos intracelulares (água contida no interior da célula) quanto nos fluidos extracelulares (água dos fluidos de fora das células, plasma sanguíneo e fluido intersticial)
A SEDE provém de duas fontes distintas: 
-Déficits intracelulares – sede osmométrica (implica na regulação da concentração de sódio, potássio e cloro) Ex.: alimentos salgados
-Déficits extracelulares – sede volumétrica (implica em diminuição da pressão sanguínea)
 Estudos sugerem que sede osmométrica (desidratação da células) é a principal causa de atividade da SEDE.
 Quando bebemos, a água passa da boca para o esôfago, indo em seguida para o estômago e depois para os intestinos, sendo então absorvida na corrente sanguínea. 
Estudos revelam que a Saciedade da Sede ocorre a partir do feedback negativo gerado pela boca (quantidade de goles), estômago e células (rehidratação).
Influencias ambientais (extra-organismicas)
1- Percepção da disponibilidade de água
2- Adesão do indivíduo a esquemas de consumo de bebida
3- Sabor: doce X amargo (influência ambiental mais importante). Estudo indicam que o sabor doce tornou-se um grande incentivo para o consumo (cultural), mas que estaria vinculado ao processo de aprendizagem onde o DOCE indicaria a qualidade/ quantidade de carboidratos necessária a manutenção da vida e o gosto AMARGO indicaria a possibilidade da substancia ser TÓXICA/VENENOSA.
4- Prescrição cultural de tomar oito copos de água por dia(esquemas de consumo de bebidas). Entretanto, não existem evidências científicas que apoiem essa sugestão porque a típica dieta de 2.000 calorias já contém o equivalente a nove copos de água. 
5-Prescrições culturais no incentivo de bebidas alcólicas e bebidas cafeínadas.
FOME
 A fome é um motivo mais complexo do que a sede. 
 A regulação da fome envolve tanto processos diários em curto prazo que operam sob a regulação homeostática (p. ex., a privação e a reposição de calorias e de glicose no sangue) quantos processos em longo prazo que operam obedecendo à regulação metabólica e às condições de armazenamento de energia (p. ex., as células adiposas). 
 A fome e o ato de comer são também afetados, e de maneira substancial, por influências cognitivas, sociais e ambientais.
Modelos de explicação da fome
1-Modelo de curto prazo: no qual a energia imediatamente disponível (glicose no sangue) está sendo constantemente monitorada (hipótese glicostática) que determina o início e o término da fome e do ato de comer. 
2- Modelo é de longo prazo: no qual a energia armazenada (grande quantidade de gordura) está disponível e é utilizada como um recurso para suplementar a regulação da energia monitorada pelo nível de glicose (modelo lipostático). 
Apetite a curto prazo
 A fome de curto prazo regula o início do ato de comer, a quantidade que se come nas refeições e também o seu término. Segundo a hipótese glicostática, os níveis de açúcar no sangue são de importância fundamental para a ocorrência da fome — quando o nível de glicose cai, as pessoas sentem fome e querem comer, pois as células necessitam de glicose para produzir energia, e seu déficit (hipoglicemia) é desencadeador de FOME.
 Outros mecanismos intra-organísmicos também regulam o aumento e a diminuição da fome: percepção visual e o gosto (incentivos); alguns hormônios, temperatura corporal (quanto mais frio, mais fome), esvaziamento do estômago (com aproximadamente 60% do estômago vazio, a fome inicia). 
 A aprendizagem é uma parte importante da interação entre os sinais fisiológicos de fome e os estímulos de incentivo de comer (prazer X desprazer).
Equilíbrio de energia a longo prazo
 Assim como a glicose, a gordura (tecido adiposo) também produz energia. 
 Segundo a hipótese lipostática (lipo = gorduroso; estática = equilíbrio), quando a quantidade de gordura armazenada fica abaixo de seu equilíbrio homeostático, o tecido adiposo secreta hormônios para a corrente sanguínea a fim de promover motivação para ganho de peso, o que aumenta o consumo de alimento.
Influencias ambientais (extra-organismicas)
 As influências ambientais que afetam o comportamento de comer incluem a hora do dia, o estresse, e a visão, o cheiro, a aparência e o sabor da comida. 
 Por exemplo: o comportamento de comer aumenta significativamente quando um indivíduo se depara com uma grande variedade de alimentos, de nutrientes e de sabores. 
 Comer é, com frequência, uma ocasião social. As pessoas comem mais quando estão na presença de outras (que também estão comendo) do que quando estão sozinhas (exemplo: crianças pequenas).
 Outra influência ambiental sobre o comportamento alimentar é a pressão situacional para comer ou fazer dieta. 
Disturbios alimentares
Obesidade
 Constitui-se no desvio mais comum da regulagem homeostática da alimentação.
 Obesidade significa estar 30% ou mais acima do peso adequado.
 A obesidade física ocorre com a mesma prevalência em ambos os sexos, mas a percepção psicológica é mais comum em mulheres (50% mulheres e 35% homens).
 Considerada como um problema complexo que envolve fatores: nutricionais, metabólicos, psicológicos e sociológicos.
Fatores que levam ao ganho de peso
1) genético: as pessoas podem ficar obesas porque são geneticamente predispostas a metabolizar nutrientes em gordura mesmo que não comam mais do que as outras;
2) Consumo de calorias em excesso: por motivos psicológicos (tensão, ansiedade, stress, p. exemplo) ou sociológicos. 
Anorexia
 Anorexia nervosa – perda de peso extrema e auto imposta (pelo menos 15% do peso normal mínimo do indivíduo); possuem imagem corporal distorcida (percebem-se mais gordos do que são); incidência: cerca de 1% da população e possui 20 vezes mais chance de ocorrer em mulheres do que em homens.
Bulimia
 Caracteriza-se por episódios recorrentes de ingestão exagerada de alimentos (rápido consumo de uma grande quantidade de comidas) seguida por tentativasde purgar o excesso por meio de vômitos ou laxantes; incidência de 5 a 10 % da população feminina.
SEXO
 Nos animais inferiores, a motivação e o comportamento sexuais ocorrem somente durante o período de ovulação das fêmeas, que secretam um ferormônio cujo odor estimula a aproximação sexual dos machos. Nos machos, uma injeção de testosterona ativa o impulso sexual. 
 Neste sentido, nos animais inferiores, o sexo apresenta-se em conformidade com o processo de necessidade fisiológica cíclica : à medida que o tempo passa, a necessidade surge e motiva o comportamento consumatório que se segue sacia a necessidade biológica.
Regulação fisiologica
 O comportamento sexual humano é influenciado, porém não determinado, pelos hormônios. 
 Os hormônios sexuais são os androgênios (p. ex., a testosterona) e os estrogênios, e a sua liberação na corrente sanguínea (a partir da glândula supra-renal) é controlada pelo hipotálamo. 
 Esses hormônios aumentam em períodos como a ovulação da mulher e diminuem à medida que a pessoa passa da juventude para a meia-idade e a velhice. 
Métrica facial
 Muitos estímulos originam-se no parceiro sexual- podendo ser químicos (cheiro), tácteis (toque), auditivos(voz) e visuais(visão, aparência). A atração fisica exercida por um parceiro potencial é talvez o estímulo externo mais potente que afeta a motivação sexual.
Roteiros sexuais
 Homens e mulheres experimentam e reagem ao desejo sexual de maneiras bastante diferentes :
1) Homens - a correlação entre excitação fisiológica e desejo psicológico é bastante elevada. Os homens apresentam um ciclo trifásico de resposta sexual: desejo, excitação e orgasmo.
2) Mulheres - a correlação entre excitação fisiológica e desejo psicológico é bastante baixa. Então, não se pode predizer ou explicar o desejo sexual das mulheres no contexto da sua necessidade fisiológica ou da excitação. O desejo sexual feminino é altamente sensível a fatores relacionais como a intimidade emocional, que leva a mulher de um estado de neutralidade sexual a um estado de abertura e sensibilidade aos estímulos sexuais. Nesse contexto, a motivação e o comportamento sexuais refletem a proximidade e o desejo de compartilhamento com um parceiro, mais do que uma necessidade fisiológica. 
Sono e vigília
vigilia
 A vigília pode se apresentar em todas as gradações possíveis, desde estado de total distração até a vigília extremamente elevada, na qual a pessoa reage instantaneamente a qualquer estímulo sensorial.
 O controle da atenção geral é exercido pelo mecanismo que controla a vigília, localizado no mesencéfalo e na porção superior da ponte.
 O direcionamento da atenção para aspectos específicos sensoriais imediatos ou memorizados se deve a ativação de áreas específicas do córtex por regiões específicas do tálamo (núcleos talâmicos).
 Tal ativação permite ao indivíduo destacar de forma bem evidenciada um objeto dentre todas as informações que entram pelas vias sensoriais ou que transitam pelo córtex = “o objeto da atenção se torna o elemento em foco”.
 Sono 
 A indução ao estado de sono pressupõe uma necessidade biológica deste e as observações feitas em indivíduos que são privados das fases mais profundas do sono confirmam isto.
 Como primeiro passo na busca do estado de sono, o indivíduo procura por uma posição confortável, ambiente propício (baixo índice de estímulo somestésico, visual e auditivo etc.), fecha os olhos gradualmente e vai entrando em um relaxamento somático e visceral, decaindo pouco a pouco a atividade mental, com obnubilação do raciocínio e desligamento da realidade circunjacente.
 A partir desse momento, se estabelece uma transição da atividade beta de alta frequência e randômica (típica da vigília sob estimulação visual massiva) para a atividade alfa modulada.
 Todas essas modificações compõem uma fase de preparação para a entrada no ritmo delta de ondas lentas e amplas, característico do processo hípnico genérico.
 Uma elevação progressiva dos limiares sensoriais acompanha toda essa fase, com o fim de propiciar a entrada nas fases sucessivas do sono.
Sono superficial
 Caracterizado pela ocorrência de ondas de grande amplitude e baixa frequência = sono de ondas lentas e sono sincronizado.
 
Sono profundo ou paradoxal
 Constitui aproximadamente 20% do total do tempo de sono para um ser humano adulto normal.
 Nesta fase do sono, o levantamento da pálpebra do indivíduo adormecido permite a observação do aparecimento de movimentos oculares rápidos.
Transtornos do sono
Dissônias
Insônia primaria
 Redução do número total de horas de sono, levando a uma redução do potencial físico e psíquico da pessoa.
Hipersônia primaria
 Sonolência diurna excessiva e ataques de sono ou transição prolongada para o estado plenamente vigilia após despertar.
Narcolepsia
 Ataques repetidos e irresistíveis de sono reparador, cataplexia e intrusões recorrentes de elementos do sono REM no período de transição entre o sono e a completa vigília.
Apneia do sono
 Despertares freqüentes durante o sono, enquanto o indivíduo tenta respirar normalmente.
Sonolência excessiva ou insônia.
Transtorno do ritimo carcadiano do sono
 Perda de sincronia entre o ciclo sono-vigília do indivíduo e o ciclo desejável pela demanda social
Parassonais
Pesadelos
 Experiências oníricas carregadas de ansiedade ou pavor, com recordação bem detalhada.
Despertar a partir do sono REM infalivelmente o provoca.
Terror noturno
 Episódios noturnos de extremo terror e pânico associados com intensa vocalização, motilidade e altos níveis de descarga autonômica.
 Ocorre durante o sono lento profundo.
Sonambulismo
 Interrupção súbita do sono lento profundo, no decorrer da qual o indivíduo se senta no leito ou deambula, sem estar consciente.
EEG apresenta um misto de atividade de vigília e sono.
Siniloquio
 Fala incompreensível.
Paralisia familiar do sono
 Forma benigna de narcolepsia, muito angustiante.
 Ao despertar, o indivíduo fica paralisado, incapaz de se mover, apesar de totalmente desperto.
"A paralisia do sono corresponde a um estado não usual de consciência no qual atingimos lucidamente o limiar entre a vigília e o sonho. Em outras palavras: nossa consciência se encontra em um ponto limítrofe entre o mundo vígil e o mundo onírico." 
Bruxismo
 Ranger de dentes.
NECESSIDADES PSICOLOGICAS
 Elas são inatas e todos os seres humanos trazem essa necessidade consigo (alguns mais e outros menos);
 Elas existem na natureza humana e, portanto, são inerentes aos esforços da pessoa e do desenvolvimento da saúde, independentes da cultura da pessoa:
 As necessidades psicológicas causam em nós uma disposição de exploração e de envolvimento com um ambiente que, conforme esperamos, seja capaz de satisfazê-las 
 Elas nos despertam interesse e prazer pela vida, pelas coisas/situações: são relacionadas às motivações intrínsecas;
 Falar que fazemos algo por motivação intrínseca é falar da satisfação das necessidades psicológicas;
Abordagens organismicas
 As necessidades psicológicas ou organísmicas fornecem ao indivíduo uma motivação natural/intrínseca para aprender, crescer, adaptar-se e desenvolver-se no ambiente o qual oferece condições para o sucesso ou fracasso destes objetivos. 
 É sempre uma troca ativa do organismo em interação com o ambiente: diferente de uma abordagem mecanicista;
Dialética pessoa-ambiente
Indivíduo: necessidades psicológicas (autonomia, competência e relacionamento) e interesses, valores, preferências;
Ambiente: oferecem atividades interessantes, desafios, feedbacks, escolhas, incentivos e recompensas, normas/regras, relações, influências socioculturais, prioridades, metas, papéis, etc que o indivíduo aceita ou não;
Autonomia
 Desejamos que nossas ações estejam conectadas aos nossos desejos, interesses, vontadese queremos ter a liberdade de construir sonhos, de nos engajar em valores e objetivos que valham ou não a pena para nós mesmos;
 Quanto mais forças externas contrárias existem, mais nos frustramos e menos saudável será a satisfação dessa necessidade;
Interferem na autonomia
Locus de causalidade percebido: é a compreensão que o indivíduo tem da fonte causal de suas ações; pode ser dividido em interno e externo, variando num continuum;
Volição: vontade própria de fazer ou não algo sem pressão externa (liberdade x coação);
Escolha percebida: ter condição flexível de escolha em meio à possibilidades e não com ausência de opções;
Obs: nem toda opção de escolha traz autonomia
Ex: “Você quer comer carne de vaca ou de peixe?”
Vantagens da autonomia
Ganhos no desenvolvimento: autoestima;
Ganhos no compromisso e desempenho das atividades;
Aprendizagem de alta qualidade;
Melhor funcionamento social;
Maior realização pessoal;
Competência (autoconfiança)
 É a necessidade capaz de fazer as pessoas buscarem algo e se esforçarem para alcançar o que for necessário para dominar os desafios;
 Desejo de reagir de modo eficiente com o que nos cerca;
 Desejo de desenvolver habilidades e aumentar nossas capacidades, talentos e potencial;
Envolvendo e apoiando competência:
Desafios e fluxos ótimos: nem muito nem pouco exigentes;
Interdependência entre desafio e feedback positivo;
Tolerância ao fracasso;
Estrutura externa adequada
Relacionamentos
 É a necessidade que sentimos de estabelecer elos e vínculos emocionais com outras pessoas refletindo nosso desejo de estar emocionalmente conectados e interpessoalmente envolvidos em relações calorosas;
Desejamos ter relações com as pessoas a quem, de modo real e honesto, confiamos nosso bem estar;
Receio da quebra dos laços saudáveis, após eles terem sido feitos.
Quando os relacionamentos são satisfatórios para a nossa necessidade, eles nos ajudam a sermos mais resistentes ao estresse, a termos desempenhos melhores, e termos menos dificuldades psicológicas;
O contrário também é verdadeiro;
Necessidades sociais
 São necessidades adquiridas que afetam pensamento, sentimentos e comportamentos:
Necessidades sociais;
 As nossas vivências contam a história de quais necessidades sociais serão importantes para nós: individual, mas dentro de um contexto, aprendida e por isso, não é inata;
 As necessidades sociais são adquiridas/sociais: os pensamentos nos ensinam a associar uma experiência emocional positiva a certos domínios;
Ex: aprendo que exigir-me cada vez mais no meu trabalho, pode me trazer realização e isso me satisfaz/ aprendo que agradar pode me trazer afiliação/intimidade com pessoas;
A importância dessas necessidades
 Elas atuam como características de personalidade e se manifestam por meio do pensamento, emoção, ação e do estilo de vida;
Os contextos sociais, como a família e o ambiente de trabalho, influenciam as necessidades que temos. 
Diferentes tipos de incentivos podem ativar diferentes tipos de necessidade social. 
Não são determinadas em uma idade muito tenra, mas vão se modificando com o tempo.
Pouca relação desde a infância:
Pais rígidos com horários e disciplinas: filhos com altas necessidades de realização;
Pais que elogiavam e socializavam emocionalmente: filhos com altas necessidades de afiliação;
Pais permissivos a respeito do sexo e agressividade: altas necessidades de poder;
Aflição e intimidade
1.Condições: 
Medo/ansiedade mantém as relações;
É aversivo estar na relação, mas é pior fora dela;
Há monitoramento do comportamento e da aprovação do outro;
Necessidade de aprovação, aceitação e segurança.
2. Necessidade de aprovação e de intimidade
 Qualidade do envolvimento social: desejo de trocas calorosas, próximas com os demais;
 A necessidade de intimidade tem o potencial de energizar o crescimento e bem estar do indivíduo;
 Essa necessidade tem aspectos positivos (participar de relações amorosas, sociais e próximas) e negativos (necessidade ansiosa de estabelecer e manter relações) que precisam ser considerados;
Condições dessas atividades
Medo e ansiedade: solidão, rejeição.
Desenvolvimento e manutenção das relações interpessoais: 
O quanto de aproximação, de exposição, de escuta, de revelação, do tipo de emoção gerada varia em função do quanto há alta ou baixa necessidade;
Realização
 É a motivação de fazer algo bem feito que corresponda a altos padrões de excelências, envolvendo competição: 
Numa tarefa, consigo mesmo, com os demais;
Vivemos numa sociedade competitiva;
Os comportamentos de aproximação e afastamento dependem do quanto desta necessidade a pessoa tem e o meio exige;
 Variam também: 
a escolha, a latência, o esforço, a persistência e responsabilidade sobre as consequências;
Influências causais da necessidade de realização: cognitivas, sociais (família/amigos), de desenvolvimento das emoções- vergonha e orgulho;
Modelo Clássico de Atkinson: 
Luta inerente entre aproximação do sucesso e evitação do fracasso:
Comportamento de realização: necessidade de realização + probabilidade de sucesso/fracasso + incentivo para o sucesso;
Modelo contemporâneo:
 Interesse em saber o porque uma pessoa apresenta um comportamento de realização;
Desempenho: necessidade de provar sua competência (comparada aos outros)
Proficiência: necessidade de desenvolver sua competência (progresso dela com ela mesmo)
Condições dessa necessidade
Tarefas moderadamente difíceis: nem tão fáceis nem tão difíceis;
Competição: gera emoções positivas (muita necessidade) e negativas (pouca necessidade);
Empreendedorismo: quanto mais necessidade, maior a condição em questão;
Poder
 A essência da necessidade/ motivação de poder é o desejo de fazer o mundo físico e social conformar-se com a imagem/plano que a pessoa tem para ele;
 Pessoas com alta necessidade de poder tem preferência por exercitar a influência sobre outros/comando/impacto;
Necessidade de dominação, reputação, status, posição, liderança;
Condições dessas necessidades
Liderança e relações: seja onde ele estiver (escola, igreja, casa, trabalho, amizades);
Agressividade: verbal, não verbal, impulso mais efetivo para a ação;
Ocupações influentes: executivos, empresários, professores, clérigos, diplomatas;
Pertences de prestígio: automóveis, roupas caras, aparelhos eletrônicos, coleções caras, etc.
As quase necessidades
 Não são vistas como condição essencial e necessária à vida, ao bem estar e ao crescimento do indivíduo;
 Originam-se das demandas e pressões situacionais: geram em nós (tensão, pressão, urgência);
Ex: comprar uma calça, olhar o celular, usar um guarda-chuva, cortar o cabelo, 
São mais efêmeras (necessidade imediata de dinheiro/ amparo após desamparo). 
São vontades e desejos induzidos por uma determinada situação. 
São situacionalmente reativas. 
Temos sido pouco tolerantes às frustrações das quase necessidades;

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