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Aspectos nutricionais de bactérias; Agentes de ação bactericida e bacteriostático. Professora Marisa França Ferraz de Almeida. INTRODUÇÃO Estrutura da bactéria → formada por diferentes macromoléculas. Macromolécula → Proteínas e Ác. nucléicos. Origem: meio ambiente ou sintetizadas pelas bactérias. Nutrientes → nutrientes ou elementos retirados do ambiente e usados para construir novos componentes celulares. MACRONUTRIENTES: ↑ quantidades 90% (oxigênio, hidrogênio, nitrogênio e enxofre) MICRONUTRIENTES: ↓ quatidade 10% (potássio, cálcio, ferro, manganês, etc.) *ÁGUA MACRONUTRIENTES CARBONO AMBIENTE: formas inorgânicas (carbonatos e gás carbônico) BACTÉRIAS AUTOTRÓFICAS: utilizam carbono inorgânico BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS: requerem uma forma de carbono orgânico Forma o esqueleto das três maiores classes de nutrientes: carboidratos, lipídeos e proteínas. Fonte de energia e unidades básicas para o crescimento celular OXIGÊNIO AMBIENTE: forma molecular O2, ou fazendo parte de outras moléculas Aceptor final de elétrons na cadeia de transporte de elétrons aeróbica Funciona como regulador do metabolismo NITROGÊNIO AMBIENTE: compostos inorgânicos (N2, NH3, NO3-, etc.) compostos inorgânicos (aminoácidos, aminoaçúcares, purinas, pirimidinas, etc) N2→ 78% do gás atmosférico. NITRATO→ aceptor final de elétrons para a cadeia de transporte de elétrons anaeróbica. BACTÉRIAS NITRIFICANTES → fonte de energia, amônia e nitritos. ENXOFRE AMBIENTE : forma oxidada →sulfato forma reduzida →Ác. sulfídrico Aceptor final da cadeia de transporte de elétrons anaeróbica de algumas espécies. Na maioria das bactérias é reduzido e incorporado a aminoácidos e vitaminas. MICRONUTRIENTES MINERAIS→ quantidades grandes ou pequenas (comparado entre eles). MAGNÉSIO Gastam energia para acumulá-los Todas as células necessitam Associado aos ácidos nucleicos e nucleotídeos Ligação entre as sub unidades do ribossomo CÁLCIO ↓[ ] dentro da célula em relação ao meio ambiente ↑ [ ] dentro das células no processo de esporulação FERRO Necessário a todas as bactérias, fazendo parte de várias proteínas POTÁSSIO Necessário a todas as bactérias por ter importância na síntese proteica ZINCO Essencial para a atividade de várias enzimas, principalmente DNA e RNA polimerase METABOLISMO: todas as reações químicas dentro de um organismo CATABOLISMO: Quebram compostos orgânicos complexos em mais simples, liberam energia. ANABOLISMO: constroem moléculas orgânicas complexas, consomem energia. Fig pag 112 tem do Ricardo ENZIMAS São catalizadores de reações químicas São específicas Substrato (substância específica) Aceleram reações químicas Aceleram reações sem aumentar a temperatura MECANISMO DE AÇÃO ENZIMÁTICO A superfície do substrato entra em contato com uma região específica da superfície da molécula da enzima chamada de sítio ativo. Um composto intermediário temporário é formado, chamado de complexo enzima-substrato. A molécula do substrato é transformada pelo rearranjo de átomos, pela quebra de moléculas do substrato ou em combinação com uma outra molécula do substrato. As moléculas de substrato transformadas (os produtos da reação) são liberadas pela molécula de enzima porque elas não mais se encaixam no sítio ativo da enzima. A enzima não-carregada está agora livre para reagir com oura molécula de substrato. Fig internet chave fechadura FATORES QUE INFLUENCIAS A ATIVIDADE ENZIMÁTICA Temperatura pH concentração do substrato inibidores fig inibidores SULFALAMIDA (SULFA) Inibe a síntese do Ácido Para-aminobenzóico (PABA) PABA→nutriente usado pelas bactérias para síntese do ácido fólico, uma vitamina que funciona como coenzima *CÉLULAS HUMANAS NÃO UTILIZAM PABA. PRODUÇÃO DE ENERGIA Através de uma reação de oxirredução. OXIDAÇÃO →quando um elétron de um átomo é removido e a reação libera energia (molécula A perde elétrons para molécula B) CATABOLISMO DE CARBOIDRATOS Microrganismos oxidam carboidratos como fonte de energia →metabolismo celular Glicólise Respiração celular (aeróbica e anaeróbica) Fermentação GLICÓLISE Ocorre n maioria das células vivas Oxidação da glicose em ácido pirúvico 1 açúcar 6C → 2 açúcares 3C →(rearranjo de átomos)→Ácido pirúvico Necessita 2 ATPs pra iniciar a reação e produz no final 4 ATPs, tendo ganho 2 ATPs no final do processo. Ácido pirúvico pode ser guiado para fermentação ou para respiração Fig 5.11 RESPIRAÇÃO CELULAR Processo de geração de ATP em que moléculas são oxidadas e o aceptor final de elétrons é (quase sempre) uma molécula inorgânica. Respiração Aeróbica: utiliza oxigênio Respiração Anaeróbica: não utiliza oxigênio RESPIRAÇÃO AERÓBICA Nas procariontes a cadeia de transporte de elétrons que gera energia acontece na membrana plasmática. A energia é liberada quando elétrons são transferidos de compostos de alta energia para compostos de baixa energia. A glicose é o carboidrato mais abundante na natureza, a maioria dos organismos faz sua oxidação a CO2 + H2O Na respiração aeróbica essa oxidação se dá em 3 etapas: glicólise, conversão de piruvato em Acetil CoA e a oxidação do Acetil CoA pelo ciclo de Krebs. GLICÓLISE Oxidação de glicose em ácido pirúvico Ocorre redução de NADH Fig glicólise CONVERSÃO DO PIRUVATO EM ACETIL COA Nessa etapa ocorre geração de CO2 e geração de NADH Fig acetil coa CICLO DE KREBS Quando o Acetil CoA entra no ciclo de Krebs o grupo CoA se desprende do Acetil Fig ciclo de Krebs No final do Ciclo de Krebs temos o rendimento: 6NADH + 2 FADH2 + 2GT (equivale a ATP) Essas NADH e FADH2 irão entrar na cadeia de transporte de elétrons e irão gerar ATP O aceptor final na cadeia de elétrons é o O2 RESPIRAÇÃO ANAERÓBICA Aceptor final de elétrons é uma substância inorgânica do oxigênio. O saldo final de ATP é muito inferior ao da respiração aeróbica Consequência → crescimento é mais lento FERMENTAÇÃO Libera energia de açúcares Não requer O2 mas pode ocorrer na presença dele Aceptor final molécula orgânica Produz pouca quantidade de ATP Gera produtos finais AGENTES ANTIMICROBIANOS 1928- Alexandre Fleming →Staphylococcus Aureus tinha crescimento inibido na área ao redor da colônia de fungos (Penicillium Notatum) →penicilina TOXIDADE Drogas antimicrobianas devem agir nas células procariontes e não na célula eucarionte Dificuldade quando o patógeno éuma célula eucarionte (fungo, protozoário, helminto) Vírus →patógeno está dentro da célula hospedeira ESPECTRO DE ATIVIDADE Antibióticos devem agir em várias espécies de bactérias (amplo espectro) TOXIDADE SELETIVA Capacidade do antibacteriano de penetrar na membrana (membrana externa de lipopólissacarídeos) Moléculas pequenas e hidrifílicas Dificuldade de penetração em gram-negativas AÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS INIBIÇÃO DA PAREDE CELULAR Penicilinas e outros antibióticos impedem a síntese completa do peptídeoglicano Parede frágil →lise celular Atua na síntese, portanto atua em células em crescimento ativo Baixa toxicidade para células do hospedeiro INIBIÇÃO DA SÍNTESE PROTEICA Toxidade seletiva pois o ribossomo eucarionte é 80S e o procarionte é 70S Porém atuam no ribossomo da mitocôndria →efeito adverso Antibiótico que atuam na síntese proteica: clorafenicol, eritromicina, estreptomicina e tetraciclinas Impedem o alongamento da cadeia polipeptídica DANO À MEMBRANA PLASMÁTICA Promove alteração na permeabilidade da membrana Perda de metabólitos importantes Polimixina b e antifúngicos INIBIÇÃO DE ÁCIDOS NUCLEICOS Interferem no processo de replicação e transcrição de DNA Interferem com o DNA e RNA dos mamíferos Rifampinas e quinolonas INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE METABÓLITOS ESSENCIAIS Atividade enzimática inibida competitivamente por uma substância Sulfonas e trimetropim ANTIBIÓTICOS INIBIDORES DE SÍNTESE DE PAREDE CELULAR PENICILINAS Grupo de mais de 50 antibióticos Possuem estrutura central contendoum anel β-lactâmico Diferença nas cadeias laterais Naturais ou semi-sintéticas *AÇÃO→INTERFEREM NA LIGAÇÃO TRANSVERSAL DOS PEPTIDEOGLICANOS, QUE INTERFEREM COM OS ESTÁGIOS FINAIS DA CONSTRUÇÃO DA PAREDE Fig peptídeo Algumas penicilinas naturais sofrem ação de penicilinases produzidas por Staphylococos Penicilinas mais inibidores de β lactamases→ Clavuronato de Potássio →inibidor não competitivo da penicilinase sem qualquer atividade antimicrobiana CLAVULIN CEFALOSPORINAS Núcleo semelhante ao da penicilina e também inibem a síntese de parede Diferença está na resistência às penicilinases, porém são suscetíveis a um grupo separado de β lactamases Existem até 4 gerações de cefalosporinas →cada vez mais efetivas contra gram-negativas e com espectro maior ANTIBIÓTICOS POLIPEPTÍDEOS BACITRACINA Efetivo contra gram-positivas Inibe a síntese da parede celular em estágios anteriores a penicilinas e cefalosporinas Interferem nas fitas lineares Uso restrito a aplicações tópicas VANCOMICINA Sua toxidade é um problema grave Inibição da biossíntese da parede celular, da alteração da permeabilidade da membrana citoplasmática e da síntese do RNA (ácido ribonucleico). É importante ao lidar com MRSA (Staphylococcus Aureus resistente à meticilina). ANTIBIÓTICOS ANTIMICOBACTERIANOS Membros do gênero Mycobacterium tem parede celular diferente (causam lepra e tuberculose) ISONIAZINA: Inibe a síntese de ácido micólico na parede ETAMBUTOL: inibe a incorporação do ácido micólico na parede INIBIDORES DE SÍNTESE PROTEICA CLORAFENICOL Bacteriostático de amplo espectro Inibe a formação de ligação peptídica durante o alongamento da cadeia polipeptídica reagindo com a subunidade 50S Grave problema de toxidade É mais barato sintetizar do que isolar a partir do Streptomyces Efeito colateral: suspenção da atividade da medula óssea→ anemia AMINOGLOCOSÍDEOS (NEOMICINAS E GENTAMICINA) Bactericidas Podem causar danos permanentes ao nervo auditivo Interferem com os passos iniciais da síntese proteica alterando a conformação da subunidade 30S TETRACICLINAS Amplo espectro Vantagem: maior tempo de retenção no organismo Interferem na fixação do tRNA, carregando o aminoácido, no ribossomo, impedindo a adição de aminoácidos no alongamento da cadeia polipeptídica Não pode ser usado em crianças e mulheres grávidas MACROLÍDEOS (ERITROMICINA, AZITROMICINA, CLARITROMICINA, TELITRAMICINA) Presença de anel lactona macrolídeo Inibe a síntese protéica Não penetra na parede de bacilos gram-negativos Azitromicina e claritromicina: espectro mais amplo ESTREPTOGRAMINAS E OXAZOLIDINONAS Quando aparece resistência à Vancomicina DANOS À MEMBRANA POLIMIXINA B Bactericida efetivo contra bactérias gram-negativas Lesa membrana Uso tópico como a bacitracina INIBIDORES DA SÍNTESE DE ÁCIDOS NUCLEICOS (DNA E RNA) RINFAMICINAS Macrolídeos e inibem a síntese de mRNA Tem a capacidade de penetrar no tecido e atingir níveis terapêuticos no fluído cerebroespinhal e em abcessos QUINOLONAS E FLUORQUINOLONAS (NORFLOXACINO E CIPROFLOXACINO) Bactericida por inibir a DNAgirase, necessário para a replicação do DNA Afetam de forma adversa o desenvolvimento da cartilagem Infecção do trato urinário
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