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Prof. Fábio Cruz MSc. Ciências Ambientais IFMG Campus Governador Valadares GEO - 204 Aula 05 – Fundamentos de sensoriamento remoto Introdução Sensoriamento remoto Método de aquisição de informações sobre objetos a partir da detecção e informação de mudanças que estes impõe ao campo eletromagnético. Exemplos de aplicação de sensoriamento remoto Sonares permitem a detecção de objetos submersos a partir da mensuração das alterações que estes provocam no campo acústico (ondas sonoras). Sismógrafos permitem determinar a velocidade de propagação de ondas elásticas das rochas e estruturas geológicas. Estudos sismológicos permitem desenvolver teorias sobre a composição do interior da terra. A principal vantagem do sensoriamento remoto em operar no espectro eletromagnético deve-se ao fato desta radiação não necessitar de um meio para propagação. Disto decorre que os sensores podem ser colocados cada vez mais distantes dos objetos a serem medidos, até que passaram a serem colocados em satélites, dando uma conotação de distância física à palavra “remoto”. Sistemas sensores São os sistemas responsáveis pela conversão da energia proveniente dos objetos em um registro na forma de imagem ou gráfico que permita associar a distribuição da radiância ou retroespalhamento com suas propriedades químicas, físicas, biológicas ou geométricas. O sinal de interesse muitas vezes acaba sendo degradado na aquisição do dado, sendo necessário conhecer a natureza dessas degradações para que possa ser empregado algoritmos adequados as correções; Sistemas sensores podem ser classificados de diferentes maneiras. Quanto à fonte de energia os sistemas sensores podem ser classificados em sensores passivos e ativos Sensores passivos: detectam a radiação solar refletida ou a emitida pelos objetos da superfície. Dependem portanto, dependem de uma fonte de radiação externa para que possam gerar informação sobre alvos de interesse; Sensores passivos podem ainda serem classificados em sensores ópticos e radiômetros de microondas. Sensores ópticos: possuem espelhos e prismas lentes em suas configuração. Radiômetros de microondas: operam na faixa de microondas e, utilizam-se de antenas para coletar a radiação e direcioná-la para os subsitemas de processamento e gravação. Sensores ativos: produzem sua própria radiação. Radares e lasers são exemplos de sistemas ativos, uma vez que produzem a energia radiante que irá interagir com os objetos da superfície. Regiões do espectro eletromagnético A região do espectro eletromagnético entre 0,38 e 3 µm é chamada de região de energia refletida, porque a energia que os sensores detectam nessa região é basicamente originada da reflexão da energia solar pelos objetos da superfície. Hoje, porém, já há sensores que atuam nessa faixa do espectro produzindo sua própria energia, caso dos LASERS. O espectro de energia refletida divide-se ainda em três sub-regiões: visível, infravermelho próximo e infravermelho médio. Entre 0,38 e 0,72 µm o espectro recebe o nome de visível porque corresponde à região de sensibilidade do olho humano à radiação eletromagnética Entre 0,72 e 1,3 µm, o espectro eletromagnético é conhecido como infravermelho próximo. Entre 1,3 e 3 µm, como infravermelho de ondas curtas. Sensores termais operam entre 7 e 15 µm, região também conhecida como infravermelho distante. Sensores de microondas distinguem-se dos anteriores por operarem numa faixa do espectro caracterizada por ondas de comprimento longo, entre 1 mm e 1 m. Porém, são mais comuns aqueles que operam entre 1 mm e 30 cm. Sistemas sensores podem ainda ser classificados como imageadores e não- imageadores. A característica básica de um sistema imageador é a de que ele produz uma imagem bidimensional da radiância ou retroespalhamento do terreno, e portanto, é apto a produzir informações espaciais. Sistemas não-imageadores permitem medir a intensidade de energia proveniente de um objeto em estudo sem necessariamente produzir uma imagem do terreno. Ex: sondas atmosféricas REFERÊNCIAS NOVO, E. M .L de M. Sensoriamento remoto: conceitos e aplicações. São Paulo: Blucher, 2008. 362 pág.
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