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Prof. Fábio Cruz MSc. Ciências Ambientais IFMG Campus Governador Valadares GEO - 204 Aula 01 - Introdução aos Sistemas de Informação Geográfica (SIG’s) Fundamentos teóricos de SIG’s Conceito: correspondem a uma tecnologia que possui o ferramental necessário para realizar análises com dados espaciais; Os SIG’s oferecem alternativas para o entendimento do processo de uso/ocupação do meio físico; Juntamente da Geoestatística e do Processamento Digital de Imagens (PDI) Os SIG’s compõem o universo chamado Geotecnologias; Desde a década de 80 o universo das Geotecnologias tem passado por um substancial avanço com formação cada vez maior de recursos humanos para utilização destas tecnologias e pesquisas com aplicações variadas destas ferramentas; Da mesma forma, os produtos SIG’s (aplicativos) surgem trazendo melhoramentos que se fazem sentir na capacidade das plataformas, e novos banco de dados ou estruturas organizadas, que armazenam informações alfanuméricas, raster ou vetoriais, passaram a ser disponíveis a custos mais baixos, apresentando fácil manuseio e segurança para o usuário. As utilização de SIG’s não garante a certeza e a segurança de que o produto final corresponda a alternativas de soluções corretas; Um SIG não se comporta como “uma vara de condão”! Não é capaz de realizar mágicas se a base de original for constituída de “lixo”; Dados espaciais Todos os fenômenos relacionados ao mundo real podem ser descritos de três maneiras: espacial, temporal e temáticas; Espacial: quando a variação muda de lugar para lugar. Ex: declividade; Temporal: quando a variação muda com o tempo. Ex: ocupação do solo; Temática: quando as variações são detectadas através de mudanças de características. Os fenômenos que ocorrem na superfície da terra observados sob estas três maneiras são, coletivamente, denominados dados espaciais; Fenômenos do mundo real podem ser arquivados como dados ou informações; Dado: corresponde a um conjunto de valores numéricos ou não que corresponde à descrição de fatos do mundo real; Informação: conjunto de dados que possui determinado significado para uso ou aplicação em particular, ou seja, foi agregado ao dado um componente adicional, a interpretação; Dados espaciais são, portanto, elementos definidos pelas variáveis x, y e z, possuem localização geográfica no espaço e estão relacionadas a determinados Sistemas de Coordenadas, como por exemplo a Projeção de Mercator, longitude- latitude, e que a eles podem estar associadas infinitas características e atributos; Todo dado espacial está distribuído sobre a superfície curva da terra; Objetivos ou condições do mundo real podem ser representados, discretamente, por pontos, nós, linhas ou arcos, cadeias e polígonos. Estes objetos ou condições representam coletivamente os chamados “dados espaciais”; Um dado que não possui área, e representado por um único par de coordenadas; Linha ou arco é um dado espacial formado por uma sequência de pontos conectados; Nós correspondem ao início ou fim de uma linha, ou à representação do cruzamento de duas linhas; Cadeias representam um tipo especial de linhas que correspondem aos segmentos lineares que definem os limites entre polígonos, ou seja, uma linha que é compartilhada por dois polígonos; Polígonos são áreas definidas por uma sequência de linhas que não se cruzam e se encontram em um nó; Todos os dados espaciais são representados em um mapa, em dimensões mais reduzidas que aquelas existentes, no mundo real. Para que estas entidades espaciais reproduzam a realidade, em termos de dimensões, introduziu-se o conceito de escala; A escala representa a razão entre o comprimento ou área apresentada em mapa e o verdadeiro comprimento ou área existente na superfície da terra; Países adotaram diferentes padrões de escalas para seus produtos cartográficos oficiais. No Brasil frequentemente usam-se escalas de 1:100.000, 1:50.000 e 1:25.000; Dados espaciais, em diferentes escalas e resoluções, podem ser codificados em representações analógicas ou representações digitais; Representação analógica é a disposição de entidades espaciais em papel; Representação digital é a codificação das entidades espaciais em linguagem binária, portanto mais adequada para armazenamento em computadores; Os dados espaciais modelados em ambiente SIG (representação digital) podem ser expressos em seis diferentes tipos de arquitetura: um mapa no qual cada unidade fundamental define o valor médio dentro do campo dentro da unidade fundamental (ex: cena de imagem de satélite); um mapa com pontos de amostras regularmente espaçadas (ex: modelo digital de terreno); um conjunto de polígonos não-superpostos, cada um definindo uma classe (ex: mapa geológico); um conjunto de amostras de pontos irregularmente espaçados (ex: mapas de amostragem geoquímica); um conjunto de linhas e isolinhas (ex: curvas de nível); conjunto de triângulos não-superpostos, no qual cada um assume uma elevação aproximada (TIN – triangular irregular network); Fontes de dados espaciais podem ser classificadas em primárias e secundárias; Fontes primárias: correspondem áquelas medidas diretamente coletadas em campo; A densidade da coleta das informações determina a resolução do dado; Fontes secundárias: são aquelas derivadas de mapas e banco de dados preexistentes; REFERÊNCIAS BARROS, S. A. de. Sistemas de informações geo-referenciadas: conceitos e fundamentos. 2ª ed. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2003. 236 pag.
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