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RESÍDUOS SÓLIDOS: CLASSIFICAÇÃO, ORIGEM, E CARACTERÍSTICAS GESTÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS �Os resíduos são classificados: • Quanto a natureza física; • Quanto a composição química; • Quanto aos riscos potenciais de Contaminação do meio ambiente e a saúde pública ABNT NBR 10004/2004 ; • Quanto a sua origem – 12.305/2010; • Quanto a periculosidade - 12.305/2010; Classificação dos Resíduos Sólidos �Quanto a natureza física: - seco: papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras, guardanapos, e tolhas de papel, pontas de cigarro, isopor lâmpadas, parafinas, cerâmicas, porcelana,cigarro, isopor lâmpadas, parafinas, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças - Molhado: restos de comida, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos legumes, alimentos estragados, etc. Classificação dos Resíduos Sólidos �Quanto a composição química: - Orgânico: é composto por pó de café e chá, cabelos, restos de alimentos, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos legumes, alimentos estragados, ossos, aparas e podas delegumes, alimentos estragados, ossos, aparas e podas de jardins - Inorgânico: composto por produtos manufaturados, como plásticos, vidros borrachas, tecidos, metais (alumínio, ferro e etc.). Tecidos, isopor, lâmpadas, velas, parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças ����QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS DE CONTAMINAÇÃO DO MEIO AMBIENTE E SAÚDE PUBLICA ABNT NBR 10004/2004 CLASSE I (PERIGOSOS) São aqueles que apresentam periculosidade ou uma dasSão aqueles que apresentam periculosidade ou uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade, portanto, apresentam riscos à saúde pública e provocam efeitos adversos no meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada. CLASSE I (PERIGOSOS) �Resíduos biomédicos: são resíduos de serviços de saúde: hospitais, clínicas, laboratórios de pesquisa e companhias farmacêuticas �Resíduos químicos: resíduos produzidos pela atividade industrial, pode ser orgânico e inorgânico, pesticidas,industrial, pode ser orgânico e inorgânico, pesticidas, mercúrio, chumbo, cádmio, arsênio �Resíduos radioativos: são resíduos formados por elementos químicos radioativos, gerados nos materiais utilizados como combustíveis nucleares ����QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS DE CONTAMINAÇÃO DO MEIO AMBIENTE ABNT NBR 10004/2004 CLASSE II (NÃO PERIGOSOS) CLASSE II A (NÃO – INERTES) ����QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS DE CONTAMINAÇÃO DO MEIO AMBIENTE ABNT NBR 10004/2004 São os resíduos que não se enquadram nas classificações Classe I (Perigosos) ou Classe II B (Inertes). Podem ter propriedades tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. CLASSE II B (INERTES) São aqueles que quando amostrados de forma representativa, segundo a ABNT NBR 10007, e submetidos a ����QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS DE CONTAMINAÇÃO DO MEIO AMBIENTE ABNT NBR 10004/2004 representativa, segundo a ABNT NBR 10007, e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, conforme a ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. Quanto a origem Lei 12.305/2010 PNRS a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas; b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição,b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana; c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”; Quanto a origem Lei 12.305/2010 PNRS d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”; e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c”;gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c”; f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; Quanto a origem Lei 12.305/2010 PNRS g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA e do SNVS; h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil,reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis; i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades; Quanto a origem Lei 12.305/2010 PNRS j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira; k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; Quanto a periculosidade Lei 12.305/2010 PNRS a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ouou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”. DOMICILIAR COMERCIAL PÚBLICO SERVIÇO DE SAÚDE E HOSPITALAR Classificação dos RSUs quanto à sua natureza ou origem segundo CEMPRE e IPT: RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) PORTOS, AEROPORTOS, TERMINAIS RODOVIÁRIO E FERROVIÁRIO INDUSTRIAL AGRÍCOLA RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO (RCD) Fonte: D’almeida e Vilhena (2000). QUANTO À SUA ORIGEM SEGUNDO O MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Lixo doméstico ou residencial Lixo comercial Lixo público Lixo domiciliar especial: • Entulho de obras • Pilhas e baterias• Pilhas e baterias • Lâmpadas fluorescentes • Pneus Lixo de fontes especiais • Lixo industrial • Lixo radioativo • Lixo de portos, aeroportos e terminais rodo ferroviários • Lixo agrícola • Resíduos de serviços de saúde Lixo eletrônico LIXO DOMÉSTICO OU RESIDENCIAL São os resíduos gerados nas atividades diárias em casas, apartamentos, condomínios e demais edificações residenciais. LIXO COMERCIAL São os resíduos gerados em estabelecimentos comerciais, cujas características dependem da atividade ali desenvolvida. LIXO PÚBLICO São os resíduos presentes nos logradouros públicos, em geral resultantes da natureza, tais como folhas, galhadas, poeira, terra e areia, e também aqueles descartados irregularmente pela população, como entulho, bens considerados inservíveis, papéis, restos de embalagens e alimentos. 21/04/2008 Após comemoração de seus 48 anos, Brasília amanhece em meio a lixo Fonte: http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac160885,0.htm A Praia de Copacabana amanheceu com muito lixo. Na foto, um registro na altura do Copacabana Palace. Revelion 2011-2012 Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/praia-de-copacabana-amanhece-castigada-pelo-lixo- apos-reveillon Fonte: http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac160885,0.htm LIXO DOMICILIAR ESPECIAL ENTULHO DE OBRAS � A indústria da construção civil explora muito recursos naturais e gera grande volume de resíduos. No Brasil, a tecnologia construtiva normalmente aplicada favorece o desperdício na execução das novas edificações. � Em países desenvolvidos a média deresíduos proveniente de novas edificações encontra-se abaixo de 100 kg/m2, no Brasil estenovas edificações encontra-se abaixo de 100 kg/m2, no Brasil este índice gira em torno de 300 kg/m2 edificado. � Em termos quantitativos, esse material corresponde a algo em torno de 50% da quantidade em peso de resíduos sólidos urbanos coletada em cidades com mais de 500 mil habitantes de diferentes países, inclusive o Brasil. � Os resíduos da construção civil são uma mistura de materiais inertes, tais como concreto, argamassa, madeira, plásticos, papelão, vidros, metais, cerâmica e terra. O Resíduo de Construção e Demolição (RCD) ou RCC – Resíduos da Construção Civil Fonte: Santos, Veiga, Melo (2004) RCC – Flagrantes valadares • Fotos Valadares RCC – Flagrantes valadares • Fotos Valadares Origem do RCD em algumas cidades brasileiras (% da massa total) REFORMAS, AMPLI AÇÕ ES E DEMOLI ÇÕ ES 5 9% RESI DÊNCI AS NOVAS 2 0% Fonte: Pinto e Gonzáles (2005, p. 16). EDI FI CAÇÕ ES NOVAS ( ACI MA DE 3 0 0 m² ) 2 1% No Brasil a geração de RCD varia de 230 a 760 Kg / hab.ano (PINTO, 1999) DOM ICILIAR 28% Participação do RCD nos componentes dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSUs) (média de 11 municípios: Belo Horizonte, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Piracicaba, Vitória da Conquista, Araraquara, Santo André, Diadema, Ribeirão Pires, Uberlândia e São José do Rio Preto) RCD 61% OUTROS 11% Fonte: Pinto e Gonzáles (2005, p. 24). LIXO DOMICILIAR ESPECIAL PILHAS E BATERIAS As pilhas e baterias têm como princípio básico converter energia química em energia elétrica utilizando um metal como combustível. Podem conter um ou mais dos seguintes metais: chumbo (Pb), cádmio (Cd), mercúrio (Hg), níquel (Ni), pratachumbo (Pb), cádmio (Cd), mercúrio (Hg), níquel (Ni), prata (Ag), lítio (Li), zinco (Zn), manganês (Mn) e seus compostos. As substâncias das pilhas que contêm esses metais possuem características de corrosividade, reatividade e toxicidade e são classificadas como Resíduos Perigosos Classe I. LIXO DOMICILIAR ESPECIAL LÂMPADAS FLUORESCENTES As lâmpadas fluorescentes liberam mercúrio quando são quebradas, queimadas ou enterradas em aterros sanitários, o que as transforma em resíduos perigosos Classe I, uma vez que o mercúrio é tóxico para oque o mercúrio é tóxico para o sistema nervoso humano e, quando inalado ou ingerido, pode causar uma enorme variedade de problemas fisiológicos. Uma vez lançado no meio ambiente, ocorre bioacumulação. LIXO DOMICILIAR ESPECIAL PNEUS � Deixados em ambiente aberto, sujeito a chuvas, os pneus acumulam água, servindo como local para a proliferação de vetores de doenças. � Encaminhados para aterros de lixo convencionais, provocam "ocos" na massa de resíduos, causando a instabilidade do aterro. � Destinados em unidades de incineração, a queima da borracha gera enormes quantidades de material particulado e gases tóxicos, necessitando de um sistema de tratamento de gases extremamente eficiente e caro. LIXO DE FONTES ESPECIAIS LIXO INDUSTRIAL Composto por resíduos muito variados e apresentam características diversificadas que dependem do tipo de produto manufaturado.dependem do tipo de produto manufaturado. Devem, portanto, ser estudados caso a caso. Adota-se a ABNT NBR 10004 para classificar os resíduos industriais em Classe I (Perigosos), Classe II A (Não-Inertes) e Classe II B (Inertes). LIXO DE FONTES ESPECIAIS LIXO RADIOATIVO Assim considerados os resíduos que emitemAssim considerados os resíduos que emitem radiações acima dos limites permitidos pelas normas ambientais. No Brasil, o manuseio, acondicionamento e disposição final do lixo radioativo está a cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Nas usinas de Angra, os rejeitos classificados como de baixa radioatividade são materiais utilizados na operação das usinas, como luvas, sapatilhas, roupas especiais, equipamentos e até fitas crepes. Depois de coletados e separados, estes materiais sofrem um processo de descontaminação para reduzir seus níveis de radioatividade. Alguns materiais são triturados e prensados, para ocuparem menos espaço e acondicionados em recipientes que bloqueiam a passagem dessa radiação. Os resíduos de média radioatividade, compostos de filtros, efluentes líquidos solidificados e resinas são acondicionados em uma matriz sólida de cimento e mantidos dentro de recipientes de aço apropriados. Com o passar do tempo, esse material perde a radioatividade, mas até lá tem de ser encapsulado e armazenado em depósitos isolados e monitorados. Os rejeitos de alta radioatividade são os elementos combustíveis usados na geração de energia termonuclear. Como podem ser reaproveitados no futuro, depois de reprocessados, não chegam a ser propriamente rejeitos.ser propriamente rejeitos. Mas, enquanto isso não ocorre, os elementos combustíveis já utilizados na geração de energia ficam armazenados em piscinas especiais dentro dos prédios de segurança das usinas. Fonte: http://www.eletronuclear.gov.br/meio_ambiente/index.php?idSecao=6&idCategoria=33 LIXO DE FONTES ESPECIAIS LIXO DE PORTOS, AEROPORTOS E TERMINAIS RODOFERROVIÁRIOS Resíduos gerados tanto nos terminais, como dentro dos navios, aviões e veículos de transporte. Os resíduos dos portos e aeroportos são decorrentes do consumo deportos e aeroportos são decorrentes do consumo de passageiros em veículos e aeronaves e sua periculosidade está no risco de transmissão de doenças já erradicadas no país. A transmissão também pode se dar através de cargas eventualmente contaminadas, tais como animais, carnes e plantas. LIXO DE FONTES ESPECIAIS LIXO AGRÍCOLA Formado basicamente pelos restos de embalagens impregnados com pesticidas e fertilizantes químicos, utilizados na agricultura, que são perigosos. Portanto o manuseio destes resíduos segue as mesmas rotinas e se utiliza dos mesmos recipientes e processos empregados para os resíduos industriais Classe I.processos empregados para os resíduos industriais Classe I. A falta de fiscalização e de penalidades mais rigorosas para o manuseio inadequado destes resíduos faz com que sejam misturados aos resíduos comuns e dispostos nos vazadouros das municipalidades, ou, o que é pior, sejam queimados nas fazendas e sítios mais afastados, gerando gases tóxicos. Fonte: http://www.es.gov.br/site/noticias/show.aspx?noticiaId=99673287 LIXO DE FONTES ESPECIAIS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) Compreende todos os resíduos gerados nas instituições destinadas à preservação da saúde dainstituições destinadas à preservação da saúde da população. Os resíduos de serviços de saúde seguem a classificação da ABNT NBR 12808, • Simblogia RSS LIXO ELETRÔNICO Resíduos resultantes da rápida obsolescência de equipamentos eletrônicos (televisores, computadores, geladeiras e outros dispositivos). Descartados em lixões, constituem-se num sério risco para o meio ambiente, pois possuem em sua composição metaismeio ambiente, pois possuem em sua composição metais pesados altamente tóxicos, tais como: mercúrio, cádmio, berílio e chumbo. Em contato com o solo, estes produtos contaminam o lençol freático; se queimados, poluem o ar. Além disso, causam doenças graves em catadores que sobrevivem da venda de materiais coletados nos lixões. Classificação quanto ao tempo de degradação � O tempo de degradação do lixo no ambiente varia de acordo com a natureza deste. Dependendo do material, a decomposiçãocom a natureza deste. Dependendo do material, a decomposição pode levar alguns meses ou durar quase 1 milhão anos. MATERIAL TEMPO DE DEGRADAÇÃO PAPEL 3 MESES FILTRO DE CIGARROS E CHICLETES EM TORNO DE 5 MESES MADEIRA PINTADA 13 ANOS FIO DE NYLON 30 ANOS METAL 50 (LATADE FERRO) A 500 (LATA DE ALUMÍNIO PLÁSTICO 50 A 450 ANOS (DEPENDENDO DO TIPO DE PLÁSTICO) VIDRO 4 MIL A 1 MILHÃO DE ANOS BORRACHA TEMPO INDETERMINADO
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