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MONOGRAFIA INSTITUTO HENRY WALLON

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INSTITUTO HENRY WALLON
JULIANA TACHOCHK
SANDRA GONÇALVES DOS SANTOS
RENATA RODRIGUES GARCIA
GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
EDUCAR, CUIDAR E BRINCAR: A INDISSOCIABILIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
COXIM, MS
2015
Juliana Tachholke
Renata Garcia Rodrigues
Sandra Gonçalves dos Santos
	EDUCAR, CUIDAR E BRINCAR: A INDISSOCIABILIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Monografia apresentada ao Curso de graduação, do Instituto Henry Wallon, como requisito parcial à obtenção do título de Pedagogia, sob orientação da Prof. Gerusa Francisca.
COXIM, MS
2015
Juliana Tachholke
Renata Garcia Rodrigues
Sandra Gonçalves dos Santos
Monografia apresentada ao Curso de Graduação,
Do Instituto Henry Wallon, como
requisito parcial à obtenção do título de Pedagoga.
COMISSÃO EXAMINADORA
______________________________
Prof. Gerusa Francisca 
______________________________
Coxim, 02 de Junho de 2015.
Dedico a toda minha família, ao meu esposo e aos meus filhos.
Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.
(Paulo Freire)
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, aos meus familiares, ao meu Querido Esposo Cicero, aos meus filhos Sabrina e Júlio Cézar, que me apoiaram incondicionalmente nesta jornada de minha vida.
RESUMO
 A monografia visa aprofundar os conhecimentos dos profissionais da Educação, proporcionando uma reflexão sobre a importância do fazer pedagógico na Educação Infantil, contemplando a unicidade entre o educar, o cuidar e o brincar, tendo subsídios teóricos de vários autores que abordam o assunto, como também algumas legislações que rege a Educação Infantil. A pesquisa relaciona a teoria com a prática e norteia o trabalho dos profissionais diretamente ligados na unidade educacional. Buscando o sucesso no desenvolvimento infantil e melhorando a qualidade na Educação desta modalidade e destaca a importância dos jogos, da ludicidade no desenvolvimento da criança, contribuindo dessa forma, com a socialização através do seu eu e tudo que a cerca. Os jogos trazem possibilidades de crescimento pessoal, pois quando a criança brinca ou participa de jogos, libera necessidades e interesses espontaneamente.
Palavras- Chave: Educar, cuidar, desenvolvimento, criança.
ABSTRAC
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa visa aprofundar os conhecimentos dos profissionais da Educação, proporcionando uma reflexão sobre a importância do fazer pedagógico na Educação Infantil, contemplando a unicidade entre o educar, o cuidar e o brincar, reconhecendo as contribuições que favoreçam o desenvolvimento infantil, favorecendo uma educação prazerosa de qualidade.
Tendo como objetivos gerais compreender as particularidades e a organização do trabalho pedagógico voltado para o Educar, Cuidar e o Brincar..
Alguns objetivos específicos foram elencados neste trabalho tais como:
Refletir sobre a Educação Infantil enfocada em âmbito sociocultural;
Meditar abordagens de teóricos pesquisados neste artigo;
Relacionar a teoria com a prática;
Estimular práticas pedagógicas que contemplem a unicidade entre o Educar, cuidar e o Brincar.
Favorecer sugestões de recreações aos educadores, a fim de auxiliar no desenvolvimento da criança.
A Educação Infantil na atualidade e na sua efetivação em sala de aula deve superar os métodos do cuidar isoladamente das questões lúdicas e pedagógicas, deve assegurar a relação tríplice na forma do desenvolvimento infantil, com educadores preparados e sabedores das particularidades que esta etapa educacional requer para proporcionar uma Educação de qualidade, para isso é importante que se ofereça um ambiente de trabalho harmonioso, motivador e eficaz. 
CAPÍTULO I
1- BREVE RELATO SOBRE A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL E O CONCEITO DE INFÂNCIA
A história da Educação Infantil foi construída ao longo dos anos e de acordo com a necessidade surgida no meio social. A concepção de Infância também teve transformações, sendo nos dias atuais é bem diferente de alguns séculos atrás. Até o século XVII a sociedade não dava muita atenção às crianças. Devido às más condições sanitárias, a mortalidade infantil alcançava níveis alarmantes, por isso a criança era vista como um ser ao qual não se podia apegar, pois a qualquer momento ela poderia deixar de existir. Muitas não conseguiam ultrapassar a primeira infância. O índice de natalidade também era alto, o que ocasionava uma espécie de substituição das crianças mortas. A perda era vista como algo natural e que não merecia ser lamentada por muito tempo. Segundo Badinter (1980), no século XVII, a filosofia e a teologia, manifestam medo da infância, na pessoa do Santo Agostinho, a infância não tinha valor, nem especificidade. Santo Agostinho jutificou a pedagogia com a palmatória, as varas e as ameaças, mantendo uma dureza na família e nos ambientes escolares, os pedagogos eram geralmente mestres em teologia, recomendavam aos pais terem frieza com seus filhos.
Já no século XVIII, existiu o envio de crianças para casa de amas de leite, se estendeu por toda camada da sociedade urbana, dos mais pobres aos mais ricos, nas pequenas e grandes cidades, torna-se um fenômeno generalizado e também para as mulheres que trabalhavam nas fábricas utilizavam deste recurso. Ainda neste século, a criança era vista como brinquedo, pensando que ela devia ser aquilo que se faria dela, pré-destinando seu futuro, seguindo um novo modelo, com a medicina e a educação.
No século XVIII, além da Educação a família passou a se interessar pelas questões relacionadas à higiene e à saúde da criança, o que levou a uma considerável diminuição dos índices de mortalidade.
As instituições de Educação Infantil começaram a crescer a partir da industrialização em foco, esta vida industrial e urbana despertou a atenção para novas questões. Muitas instituições foram criadas para cuidar da infância pelo fato das mães estarem sendo deslocadas no mercado de trabalho industrial, nesse contexto, as ruas estavam sendo ocupadas por crianças pobres. No início do século XIX, para tentar resolver o problema da infância, surgem iniciativas isoladas, como a criação de creches, asilos e internatos, que eram vistos como instituições destinadas a cuidar de crianças pobres. Estas instituições apenas encobriam o problema e não transformava a realidade destas crianças.
No final do século XIX, com o ideário liberal, inicia-se um projeto de construção de uma nação moderna. Surge no Brasil a idéia de “jardim-de-infância” que foi recebida positivamente por alguns setores sociais, ocasionando inúmeras discussões, pois a elite queria que o poder público se responsabilizasse pelo atendimento às crianças carentes. Com toda polêmica, em 1875 no Rio de Janeiro e em 1877 em São Paulo, eram criados os primeiros jardins-de-infância, de caráter privado, direcionados para crianças da classe alta. Um deles criado por um médico chamado Joaquim José Menezes de Vieira, no Rio de Janeiro.
Ao longo do século XX, observou-se também um crescente movimento pelo estudo da criança, definindo a infância como uma categoria social e historicamente construída. Movimento este que vem em defesa das crianças para a sua construção social enquanto sujeitos sociais de plenos direitos.
Segundo Kuhlmann (1998), a primeira creche surgiu ao lado da fábrica de Tecidos Corcovado, em 1899, no Rio de Janeiro. Outro impulso de fator crescente das instituições foi quando as autoridades governamentais reconheceram a grande presença feminina no trabalho industrial, reconhecendo também as indústrias do direito de amamentar, essa situação colaboroupara que em, 1932, o trabalho feminino fosse regulamentado através do governo Getúlio Vargas.
De acordo com Kramer (1984) a ideia de infância aparece com a sociedade urbano-industrial, quando muda o papel social desempenhado pela criança na comunidade, em que na sociedade feudal, a criança exercia um papel produtivo direto e ao passar o período de alta mortalidade infantil, na sociedade burguesa, esta passa a ser alguém que necessita de cuidados, de escola e de ser preparada para o futuro, este novo modelo foi determinado historicamente pela modificação das formas de organização da sociedade. 
Em 1961, uma lei começou a mudar a história da Educação Infantil, a lei 4024/61, neste texto a criança de zero a seis anos de idade tinha o direito de receber educação.
Logo mais, a constituição de 1988, pela primeira vez na história do Brasil, reconheceu o direito próprio da criança pequena, do acesso à creche e pré-escola. O Estatuto da Criança e do Adolescente, lei n° 8.069 de 13 de julho de 1990, reforçou em seu Artigo 54 que: “É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: IV- Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade”. (ECA, 1990).
No Brasil temos, atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996, que ressaltou a importância da Educação Infantil, em seu titulo II, art. 2º nos mostra que:
A educação é dever da família e do estado inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, que tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, o seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (LDB 9394/96). 
De acordo com a Lei n° 12.796/2013 (altera a Lei LBD 9394/96), art.29°.
A Educação Infantil é considerada a primeira etapa da educação básica, ela tem como objetivo favorecer o desenvolvimento total da criança de zero a cinco anos de idade, abrangendo seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, completando a ação da família e da comunidade. (LEI N° 12.796/2013).
Diante deste cenário é possível verificar que, a partir da Constituição Federal de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, a criança no Brasil passa a ser objeto de legislação sob outro enfoque que o das legislações anteriores. Assim, os direitos sociais e fundamentais das crianças são reconhecidos como inerentes, evidenciando que, no atual contexto social brasileiro, as legislações proclamam que a criança é reconhecida como sujeito social de direitos e que instituições externas a família como os centros de educação infantil e pré-escolas devem ser garantidas a todos, como dever do Estado e opção da família de acordo com a nova lei n° 12.796/2013, até os três anos de idade sendo obrigatória a matrícula a partir dos quatro anos até 2016.
As crianças deixam de conviver somente nos espaços particulares, ou melhor, de se relacionarem com irmãos, primos, vizinhos próximos de idade semelhante, para ocuparem cada vez mais o espaço público das instituições externas a família e lá estabelecerem os contatos afetivos e sociais.
Diante desta trajetória em torno da infância e da história da Educação Infantil, precisamos reconhecer que as crianças se distinguem umas das outras nos tempos, nos espaços, nas diversas formas de socialização, nas etapas da escolarização, nos trabalhos, nos tipos de brincadeiras, nos gostos, nas vestimentas, enfim, nos modos de ser e estar no mundo. As relações sociais das crianças e suas culturas devem ser estudas entre si; as crianças devem ser atores na construção de sua vida social e da vida daqueles que a rodeiam. Para isso é necessário se pensar em uma educação que contemple a construção de um espaço para vivenciar o afeto, a socialização, os conflitos, a ampliação do repertório cultural das crianças a partir de um compromisso das instituições educativas, do Poder público e da família, permitindo construir sentimentos de respeito, troca, compreensão, alegria, apoio, confiança, solidariedade bem como o desenvolvimento pleno da criança.
1.2- O CUIDAR, O EDUCAR E O BRINCAR, UMA DISCUSSÃO PREMENTE
A Educação Infantil pode ser considerada uma etapa conquistada ao longo da história com novos tempos, com funções de desenvolver pessoas, formando seres mais íntegros que saibam exercer seus papéis enquanto ser social, histórico, e cultural. A Educação Infantil é um local que propicia a explosão do diálogo, de interferências para que haja uma aprendizagem eficaz.
A criança em seu processo de desenvolvimento precisa de cuidados. O cuidar abrange questões de dedicação, paciência e observação da criança neste processo. É necessário proporcionar o cuidar além dos cuidados como corpo. Assim, o cuidar e o educar são ações entrelaçadas na Educação Infantil e para toda a vida.
Cuidar é parte integrante de todo o processo educativo tendo em foco o desenvolvimento da criança, este cuidado está ligado às necessidades do outro.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI):
Cuidar da criança é, sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num contínuo crescimento e desenvolvimento, compreendendo às necessidades. Isto inclui interessar-se sobre o que a criança sente, pensa o que ela sabe sobre si e sobre o mundo, visando à ampliação deste conhecimento e de suas habilidades, que aos poucos a tornarão mais independente e mais autônoma. (BRASIL, RCNEI, 1998, vol 1, p. 25)
.
Cuidar também é uma ação que pertence aos educadores, é também constituinte das relações humanas, uma forma de demonstrar ações de respeito, de afeto, de sensibilização para as necessidades dos outros. Assim, o RCNEI, 98, afirma ao dizer:
O desenvolvimento integral depende tanto dos cuidados relacionais, que envolvem a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos e das oportunidades de acesso a conhecimentos variados (BRASIL, RCNEI, 1998, VOL 1, p. 24).
Sabe-se que o cuidar é primordial nos centros de educação infantil, é um elemento que completa o educar, ou seja, é parte integrante da educação. É preciso compreender a criança como sujeito histórico que necessita de forma segura e prazerosa, sendo assim, cuidar valoriza desenvolver capacidades em uma relação interacionista, afetiva e humana. 
“Cuidar e educar são ações intrínsecas e de
responsabilidade da família, dos professores e
dos médicos. Todos têm de saber que só se
cuida educando e só se educa cuidando”.
(Vital Didonet, consultor em educação infantil,
ex-presidente da OMEP – Organização
Mundial para a Educação Pré- Escolar
 Contemplar o cuidado na esfera da educação infantil significa compreendê-lo
como parte integrante da educação. Cuidar de uma criança em um contexto educativo
demanda a integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de
profissionais de diferentes áreas.
 A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se desenvolver
como ser humano. Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver capacidades
(RCNEI, MEC/SEF, 1998). O desenvolvimento integral depende tanto de cuidados relacionais, que envolvem a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos e das oportunidades de acesso a conhecimentos variados. A satisfação das necessidades afetiva das crianças é a base para o desenvolvimento infantil.	
Os profissionais envolvidos nesta questão devem compreender os conceitos de apropriação do conhecimento, questões de higiene, de nutricional como momento importante e significativo, onde estes quesitos possam ser abordados e trabalhando socialmente para além da rotina, contribuindo para o fortalecimento da auto-estima e qualidade de vida. Apresentando o cuidar como uma atitudeque não se resume em apenas um momento de zelo, mas uma atitude de ocupação, preocupação e, é claro, de responsabilidade e de envolvimento afetivo com o próximo. Complementando este assunto, o RCNEI, 1998 afirma:
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, com sua singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em suas capacidades. Disso depende a construção de um vinculo entre quem cuidar e quem é cuidado (BRASIL, RCNEI, 1998, vol. 1, p.25).
O educador tem seu papel essencial, visto que pode ser considerado um cuidador, um parceiro com mais experiência, favorecendo a aprendizagem; contribuindo para a interação e troca de experiências educativas e sociais, em ambiente de colaboração e de companheirismo. O profissional para cuidar das crianças necessita reconhecer que os outros são diferentes, singulares, onde cada pessoa tem a sua história de vida com objetivos, gostos, necessidades, dificuldades, desejos, reações próprias; é ainda preciso que o professor tenha um olhar observador e detalhista contribuindo para o avanço no desenvolvimento infantil. O cuidado apresenta-se de forma ampla onde as necessidades das crianças devem ser o eixo norteador do atendimento, pois é por meio da observação que se tem uma visão da qualidade desses cuidados tão importantes e buscar o melhor para a sua saúde e o bom desenvolvimento de suas capacidades. O cuidado fortalece as relações entre educador e o aluno, e, ambos tendo um relacionamento amigável e confiável, há de se obter maior segurança e eficácia no desenvolvimento da criança; é importante saber que o outro é fundamental para proporcionar momentos de interação dentro do espaço educativo.
Educar requer uma visão global dos aspectos educacionais e sociais, é possibilitar reflexões e diálogo favorecendo a integração na construção pessoal e do conhecimento. Educar crianças é complexo, pois é necessário entender estes contextos considerando também as 
questões afetivas emocionais e o cognitivo. O educar promove a socialização e ações significativas às crianças.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998):
Educar significa, portanto propiciar situações de cuidados brincadeiras e aprendizagens orientais de forma integra e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser, e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito, confiança, aos conhecimentos mais amplo da realidade social e cultura (BRASIL, RCNEI, 1998, v 1, p. 23).
As crianças dos Centro de Educação Infantil necessitam de estímulos, de orientações para desenvolver-se e que o seu tempo da escola seja produtivo, estimulando o desenvolvimento, suas habilidades, a coordenação motora e a aprimoramento da linguagem, por meio de atividades lúdicas e recreativas.
Uma área que contempla o educar é a arte, compreendida como linguagem e dinâmica podem apresentar-se através da musica, da dança, do teatro, das artes visuais e expressões corporal. É importante ao educar, favorecer livros, imagens, filmes, pinturas, colagem, cenários naturais, música etc. A tendência cognitiva do trabalho na educação infantil faz que a criança seja concebida com um ser construtor, que pensa, cria e atua nos conteúdos, aprendendo através da sua interação com o meio físico e social, passando por diferentes estágios de desenvolvimento.
Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar e se desenvolver é necessário que exista diversidade de experiências, sejam elas voltadas para as brincadeiras. O brinquedo estimula a representação da realidade. Ao representá-la, a criança estará vivendo algo em uma situação irreal naquele momento.
Através do brincar a criança experimenta o mundo, vai internalizando sentimentos e diversos conhecimentos. O RCNEI (1998), fala sobre o motivo do brincar na Educação Infantil:
A brincadeira favorece a auto-estima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a interiorização de determinados modelos de adulto, no âmbito de grupos sociais diversos. (RCNEI, 1998, p.27)
O lúdico promovido por meio de brincadeiras é um recurso imprescindível para incitar a aprendizagem. Socialmente, o jogo, impõe o controle dos impulsos, através das regras, estimula a criticidade e a participação. A criança se envolve na fantasia, o jogo estabelece limites entre o tempo e espaço, cria a ordem equilibrando ritmo com harmonia. Percebe-se que o corpo é o ponto de referência para todas as aprendizagens, sempre está presente em todas as aprendizagens, em todas as atividades.
As brincadeiras têm sempre o objetivo de interação social, com os jogos de regras, a criança vai aprender a relacionar-se e a aceitar as regras para a convivência, assim, aprende a respeitar os outros colegas
Para brincar é preciso ter um espaço privilegiado, favorecendo as crianças a oportunidade de viver com prazer a sua realidade. Podem-se criar cantos da música, cantos de leitura, etc. A criança ao brincar vai aos poucos criando vínculos, agindo sobre os objetos em processo de trocas como real e o fantasioso, liberando seus medos sobre o novo, o desconhecido, ocorrendo no âmbito da imaginação, fazendo uso de uma linguagem simbólica. Todos os desejos e necessidades da criança podem ser totalmente atingidos usando os brinquedos, ou o imaginário. Os jogos com regras são mais praticados na idade em que a criança ingressa no pré-escolar. Pelo brinquedo, ela aprende a agir na esfera cognitiva, os objetos têm um aspecto motivador para as ações da criança, a percepção é um motivo para elas agirem, mais tarde, a ação começa a se desvincular da percepção, vai fantasiando o que ela gostaria que determinado objeto fosse, transformando a realidade em ludicidade, no brinquedo a criança transforma as regras em desejos seus. Ao mesmo tempo através da brincadeira ela reproduz a realidade, um exemplo claro é quando brincam de mamãe e papai, imitam o seu cotidiano. A criança vai experimentar sensações que já conhecem, e construindo atitudes que acreditam serem corretas, incorporando regras de comportamento, analisando-as e comparando-as com sua conduta.
Vejamos alguns momentos que mostram que o cuidar e o educar são indissociáveis esses momentos podem parecer simples porem durante um simples banho o professor podem ensinar as partes do corpo para a criança
	 Revistaescolaabril.com.br
 Esse é um momento tanto de cuidado como também um momento de aprender. Algumas crianças vão para os centros de educação infantil ainda muito pequenas e esses momentos torna -se uma rotina de descobertas, desafios e aprendizagem a vida de cada uma delas.
 Muitas vezes as pessoas confundem o cuidar nos centros de educação infantil como cuidar de dar banho, banheiro. A palavra cuidar é bastante abrangente sendo que o professor cuida quando busca sanar e compreender as necessidades pedagógicas de cada criança respeitando suas individualidades e diferenças, sendo assim cuidar não significa apenas zelar pela higiene da criança engloba também cuidar da sua educação.
 wwwcolégiosoledade.com.br
Como já disse todos os momentos são de extrema importância e aprendizado na vida da criança onde o cuidar e o educar caminham juntos o tempo todo. Na hora do sono por exemplo: cada criança tem um jeito diferente de dormir algumas usam chupetas, outras paninhos, bichos de pelúcia, canções de ninar entre outros, nesse momento o professor tem que estar atento a todas essas diferentes situações e ainda promover um espaço aconchegante para esse momento de descanso.
	Ensaiodegênero.wordpress.com
A hora do brinquedo é o momento mais esperado pelas crianças, para elas é o momento do faz de conta, da imaginação, do divertimento. Na educação infantil o ”cuidar” é parte integrante da educação, emborapossa exigir conhecimentos, habilidades e instrumentos que exploram a dimensão pedagógica. Cuidar de uma criança requer um contexto educativo de integração de vários campos de conhecimentos de diferentes áreas.
Sendo assim na hora do brincar a criança estará desenvolvendo várias habilidades, ganhando autonomia, construindo sua identidade e aprendendo novas culturas. Segundo Kramer(2005) não é possível educar sem cuidar, dessa forma já sabemos que momentos tais como tomar banho, poderão se transformar num momento de aprendizado e ludicidade.
 [...] A dicotomia, muitas vezes vividas entre cuidar e o educar deve começar a ser desmistificada. Todos os momentos podem ser pedagógicos e de cuidados no trabalho com crianças de 0 a 5 anos. (CRAIDY E KAERCHER, 2001, p.70).
1.3 O BRINCAR COMO MODO DE SER E ESTAR NO MUNDO
As brincadeiras nos remetem a nossa própria infância e também nos leva a refletir sobre as gerações de hoje. Será que as crianças de hoje sabem brincar de castelinho de areia, de faz de conta, de casinha? Como que as crianças brincam hoje?
As crianças que são inseridas na Educação Infantil tem a oportunidade de conhecer diversas brincadeiras que atualmente estão perdendo espaço para os meios de tecnologia. No centro de educação infantil a brincadeira é um momento lúdico e de grande relevância para o desenvolvimento da criança. Durante a brincadeira a criança passa por uma experiência única cruzando diferentes tempos e lugares.
A criança que esta inserida em um contexto histórico e social, em um ambiente estruturado a partir de valores, significados, consegue viver e incorporar a experiencial social e cultural do brincar por meio da s relações que tem com os outros ou seja a brincadeira não e simplesmente reproduzida e sim recriada através da bagagem que cada criança traz

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