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Interpretação do Eritrograma na Hematologia Clínica

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AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
HEMATOLOGIA CLÍNICA 
Aula 4: Interpretação do Eritrograma 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
• Interpretar o Eritrograma; 
• Reconhecer os valores de referência do eritrograma; 
• Interpretar os índices hematimétricos; 
• Reconhecer os cálculos dos índices hematimétricos; 
• Compreender as fórmulas eritrocitárias; 
• Reconhecer noções de morfologia eritrocitária. 
Objetivos desta aula 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
Segundo Naoum P., C. e Naoum F., A., “O hemograma é o nome dado ao conjunto de avaliações das células 
do sangue que, reunido aos dados clínicos, permite conclusões diagnósticas e prognósticas de grande 
número de patologias. (...) Entre todos os exames laboratoriais atualmente solicitados por médicos de todas 
as especialidades, o hemograma é o mais requerido.” 
 
 
O hemograma é analisado em 3 partes diferentes: 
 
• Série Vermelha (Eritrograma); 
• Leucócitos (Leucograma); 
• Plaquetas. 
 
É realizada uma análise quantitativa junto com análise morfológica das células. 
Hemograma 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
Hemograma – Série Vermelha (Eritrograma) 
Determinações da Série vermelha Unidade 
Contagem de eritrócitos 106 /mm3 
Dosagem de hemoglobina (Hg) g/dL 
Hematócrito (Ht) % 
Volume Corpuscular Médio (VCM) µm 3 ou fm3 
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) pg 
Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) g/dL 
RDW % ou fL 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
Hemograma – Série Branca (leucograma) 
Determinações da Série Branca Unidade 
Contagem total de Leucócitos 103 /mm3 
Contagem diferencial de Leucócitos 
Neutrófilos (bastonetes e Segmentados) % ou 103 /mm3 
Linfócitos % ou 103 /mm3 
Eosinófilos % ou 103 /mm3 
Basófilos % ou 103 /mm3 
Monócitos % ou 103 /mm3 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
• Visa analisar: 
 
• Tamanho; 
• Forma; 
• Coloração Celular; 
• Inclusões Celulares. 
Hemograma – Plaquetas 
Determinações das Plaquetas Unidade 
Contagem total de Plaquetas 103 /mm3 
PDW % 
Volume médio plaquetário fL 
Análise Morfológica 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
Segundo Vivas, W., L., P. “O eritrograma 
constitui o estudo da série vermelha, 
revelando alguns tipos essenciais de 
alterações patológicas do sistema 
eritropoético como eritrocitoses e anemias”. 
 
Segundo Naoum P., C. e Naoum F., A. “A 
análise da série vermelha contempla a 
quantificação de eritrócitos, o hematócrito, a 
dosagem de hemoglobina e os índices 
hematimétricos (VCM, HCM, CHCM, RDW, 
bem como o exame microscópico. Análise 
quantitativa dos eritrócitos, bem como a 
morfologia eritrocitária. Esses dois conjuntos 
de análises fornecem subsídios para o 
diagnóstico das anemias.” 
Eritrograma 
 5
 
 
Análise da série vermelha 
A análise da série vermelha contempla a quantificação de eritrócitos, 
hematócrito, dosagem de hemoglobina e índices hematimétricos (VCM, HCM, CHCM, 
RDW), bem como o exame microscópico da morfologia eritrocitária. Esses dois conjuntos de 
análises fornecem subsídios para o diagnóstico das principais causas de anemias. Para a 
exposição desse assunto e para facilitar o entendimento dos leitores, podemos considerar 
inicialmente a quantificação dos eritrócitos – que dará subsídios para a “classificação 
laboratorial das anemias” e, a seguir, a análise morfológica dos eritrócitos que auxilia na 
“classificação das causas e dos tipos de anemias”. Define-se por anemia quando o eritrograma 
apresenta a concentração da dosagem de hemoglobina menor que o valor padrão para a idade, 
ou para homens e mulheres adultos (tabela 3). 
A análise quantitativa dos eritrócitos e que permite a classificação laboratorial 
das anemias se suporta nos valores dos índices hematimétricos de VCM e HCM, conforme 
mostra a tabela 3. 
 
TABELA 3 – Valores mínimos e máximos dos valores eritrocitários, conforme a faixa 
etária e sexos masculino e feminino em adultos obtidos na região de São 
José do Rio Preto, SP. 
Eritrograma RN* 1 a 11 
meses 
1 a 2 
anos 
3 a 10 
anos 
10 a 15 
anos 
Adulto** 
masc. 
Adulto** 
fem. 
Eritrócitos 5.2 4.0 – 4.9 4.0 – 5.1 4.0 – 5.1 4.0 – 5.1 4.5 – 6.1 4.0 – 5.4 
Hemoglobina 17.0 10.3 – 12.7 10.6 – 13.0 11.5 – 14.5 11.5 – 14.5 12.8 – 16.3 11.3 - 14.5 
Hematócrito 52.0 33 – 41 33 – 41 34 – 42 34 – 42 40 – 54 36 – 48 
HCM 27 – 31 25 – 29 25 – 29 26 – 29 26 – 29 27 – 29 27 – 29 
VCM 80 –100 75 – 90 75 – 90 77 – 90 77 – 90 77 – 92 77 – 92 
CHCM 30 – 35 30 – 35 30 – 35 30 – 35 30 – 35 30 – 35 30 – 35 
RDW 10 - 15 10 - 15 10 – 15 10 - 15 10 - 15 10 - 15 10 - 15 
 
* Valores médios em RN até 15 dias de vida. 
** O termo adulto nesse caso é considerado quando os níveis hormonais estão bem 
estabelecidos e a massa corporal bem definida, geralmente acima dos 15 anos. 
 
Quando um paciente com anemia (Hb abaixo do valor padrão) se apresenta com o VCM e 
HCM diminuídos, denomina-se anemia microcítica e hipocrômica; se o VCM e HCM 
estiverem dentro dos valores da faixa de normalidade, a anemia é normocítica e 
normocrômica; e se o VCM estiver elevado (não há HCM elevado!) a anemia é do tipo 
macrocítica. 
Para exemplificar essas três situações, consideremos os exemplos hipotéticos 
de 3 diferentes mulheres adultas, comparando seus resultados com os da tabela 3. 
 
 Caso 1 Caso 2 Caso 3 
 
Eritrócitos (x106) 3,8 3,3 2,8 
Hemoglobina (g/dL 8,5 9,0 8,3 
Hematócrito (%) 27 30 27 
HCM (pg) 22 27 28 
VCM (fL) 71 90 96 
CHCM (g/dL) 31 30 30 
RDW (%) 16 17 16 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
Fluxograma do hemograma 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
• Para a realização do hemograma e a correta interpretação da microscopia é necessário que a amostra 
de sangue seja coletada em um tubo com anticoagulante e entregue rapidamente ao laboratório (até 4 
horas); 
 
• O anticoagulante preferido para o hemograma é aquele que contenha um dos sais do ácido 
etilenodiaminotetracético (EDTA): 
 
• K2EDTA é recomendado pelo International Committee, o anticoagulante está na fórmula seca 
ou em solução com concentração final de 1,5 a 2,2 mg/mL. Vantagem de permitir uma mistura 
mais rápida e menor frequência de coágulos; 
 
• K3EDTA — Causa desidratação dos eritrócitos e pode diminuir o valor do hematócrito; 
 
• Na2EDTA — o menos solúvel dos sais de potássio. 
Coleta de amostras 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
• No adulto, o sangue é geralmente coletado 
de veias da fossa antecubital, com agulha e 
seringa ou tubo a vácuo; 
Coleta de amostras 
• No adulto, o sangue é geralmente coletado de 
veias da fossa antecubital, com agulha e 
seringa ou tubo a vácuo; 
 
• Recomenda-se a seguinte sequência para a 
coleta dos tubos: 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
• Pode ser realizado em sangue venoso ou capilar; 
 
• Sem anticoagulante — uso obrigatório para investigar alterações como a crenação dos 
eritrócitos ou a agregação de leucócitos ou plaquetas. 
 
• Com anticoagulante EDTA: 
Preparo de distensão de sangue 
Amostras Vantagem Desvantagem 
Com anticoagulante Impede a agregação plaquetária que possibilita 
a sua contagem estimada. 
Apresenta artefatos provocados pela preparação 
e conservação. 
Sem anticoagulante Sem artefatos provocados pela coloração e 
pelo anticoagulante. 
Sangue capilar mostra agregados proeminentese sangue venoso mostra pequenos agregados. 
 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
• Realizado em lâminas de vidro pelo método manual ou por 
equipamentos mecânicos, interligados a máquinas de coloração ou 
contadores automatizados; 
 
• A distensão deve produzir uma película de sangue com uma cauda 
reta, contendo três regiões: espessa, medial e fina. Sendo a porção 
medial a melhor de ser analisada; 
 
• Distensões mal feitas provocam alterações nas células 
(aparecimento de bolhas e visilosidades citoplasmáticas, linfócitos 
binucleares, núcleos hipercomados e ausência de nucléolos). 
Preparo de distensão de sangue 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
Preparo de distensão de sangue 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
• As lâminas prontas são secas e fixadas com metanol absoluto. A presença de água causa problemas e alterações 
artefatuais características que impedem a análise morfológica dos eritrócitos; 
 
• A coloração utilizada não é de consenso nos laboratórios, e são utilizados diferentes métodos (Leishman Giemsa, May-
Grünwald, Wright, panótico etc.) com corantes que apresentam em sua composição o azul de metileno (corante básico) 
e a eosina (corante ácido): 
Preparo de distensão de sangue – Fixação e coloração 
Coloração dos componentes Celulares Cor 
Cromatina (incluindo corpúsculos de Howell – Jolly) Púrpura 
Citoplasma dos linfócitos Azul 
Citoplasma dos monócitos Azul-acinzentado 
Citoplasma rico em DNA (citoplasma Basófilo) Azul-escuro 
Grânulos específicos dos linfócitos, neutrófilos e granulômero das plaquetas Púrpura claro ou rosa 
Grânulos específicos dos basófilos Púrpura-escuro 
Grânulos específicos dos esinófilos Laranja 
Eritrócitos Rosa 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
Alterações morfológicas dos eritrócitos 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
Hematologia 16 
Wanessa Lordêlo P. Vivas 
· Anemias megaloblásticas: os macrócitos são ovalados e enormes. O VCM se 
encontra entre 110 e 130 fL porque há anisocitose e pecilocitose acentuadas. 
· Hiper-regeneração eritróide: é causa comum de macrocitose, notada pelos 
macrócitos polocromáticos e confirmada pela coloração de reticulócitos. 
 
Microcitose: 
 A microcitose representa uma evidência morfológica de uma capacidade diminuída 
dos precursores das hemácias de produção de hemoglobina. Isto pode resultar de ferro 
insuficiente como na anemia ferropriva; através de defeitos genéticos hereditários como nas 
síndromes talassêmicas, etc. 
 Assim a microcitose pode ser encontrada quando o VCM se encontra abaixo de 80 
fL; porém, segundo Failace, ela só é notada ao microscópio quando está abaixo de 70 fL, 
ou quando há uma população normo ou macrocítica contrastante. 
 
 
 
 Condições onde pode ser encontrada a microcitose: 
 
· Grupo etário: é normal ser encontrada a microcitose na infância. 
· Anemia ferropênica: a microcitose é proporcional ao grau de anemia,ou seja, quanto 
mais acentuada a anemia ferropênica maior será a microcitose. 
· Anemia das doenças crônicas: Costuma ser normcítica, mas pode ser microcítica 
como na artrite reumató ide. 
· Hemoglobinopatias: Em todas as hemoglobinoptias pode haver micro ou 
normocitose; sempre há outras características morfológicas sugestivas do defeito. 
· Ovalocitose: é normal ser encontrada a microcitose. 
· Talassemia minor: Há uma acentuada microcitose com o VCM muito baixo e a 
contagem de eritrócitos muito alta. 
 
 
Hipocromia: 
 
 É a redução da coloração do eritrócito; há um aumento da palidez central, que ocupa 
a área superior ao terço do diâmetro do eritrócito. A hipocromia pode ser geral ou pode 
existir em algumas células do paciente. Esta característica pode ser retratada através da 
redução do CHCM. 
Qualquer uma das condições que leva a microcitose pode causar hipocromia, 
embora alguns paciente com anemias como b-talassemia a distensão sanguínea apresenta 
microcitose sem hipocromia. 
 
• A seguir são demonstradas algumas lâminas preparadas a partir de distensão sanguínea de pacientes. 
Analise estas lâminas e compare o tamanho e a forma dos eritrócitos em relação ao indivíduo normal. 
Atividade proposta 
Hematologia 13 
Wanessa Lordêlo P. Vivas 
 
 Pecilocitose Pecilocitose 
 Dentre as principais formas anormais existentes, temos: 
 
· Eliptócitos ou ovalócitos: são eritrócitos ovais, elípticos ou com forma de charutos; 
são mais abundantes em casos de eliptocitose hereditária. Podem ser observados em 
anemia microcíticas e megaloblásticas e nas síndromes mieloproliferativas. 
 
 
 
· Estomatócitos: são eritrócitos cuja membrana retraiu-se em cúpula; distendidos na 
lâmina, a concavidade unilateral é vista como uma fenda alongada. A 
estomatocitose é geralmente um artefato de preparação das zonas delgadas da 
distensão de sangue; há estomatócitos nas doenças hepáticas e no sangue do recém- 
nascido. 
 
 
 
 
· Esferócitos: são eritrócitos praticamente esféricos, em contradição com os discos 
bicôncavos normais. Seu diâmetro é menor que o normal e não possuem a área 
central pálida. Esferócitos são encontrados em casos de esferocitoses hereditária, 
anemias hemolíticas auto- imune. 
 
 
 
Hematologia 13 
Wanessa Lordêlo P. Vivas 
 
 Pecilocitose Pecilocitose 
 Dentre as principais formas anormais existentes, temos: 
 
· Eliptócitos ou ovalócitos: são eritrócitos ovais, elípticos ou com forma de charutos; 
são mais abundantes em casos de eliptocitose hereditária. Podem ser observados em 
anemia microcíticas e megaloblásticas e nas síndromes mieloproliferativas. 
 
 
 
· Estomatócitos: são eritrócitos cuja membrana retraiu-se em cúpula; distendidos na 
lâmina, a concavidade unilateral é vista como uma fenda alongada. A 
estomatocitose é geralmente um artefato de preparação das zonas delgadas da 
distensão de sangue; há estomatócitos nas doenças hepáticas e no sangue do recém- 
nascido. 
 
 
 
 
· Esferócitos: são eritrócitos praticamente esféricos, em contradição com os discos 
bicôncavos normais. Seu diâmetro é menor que o normal e não possuem a área 
central pálida. Esferócitos são encontrados em casos de esferocitoses hereditária, 
anemias hemolíticas auto- imune. 
 
 
 
Hematologia 14 
Wanessa Lordêlo P. Vivas 
· Drepanócitos ou eritrócitos falciformes: são eritrócitos que decorrentes da 
hemoglobina S, têm a forma de foice ou banana, caracterizando as síndromes 
falcêmicas. 
 
 
 
· Dacriócitos: são eritrócitos em forma de lágrima.Deformam-se principalmente no 
baço, ao passarem pelas fenestrações entre cordões e sinus medulares; Encontrados 
em anemias megaloblásticas e mieloesclerose . 
 
 
 
· Esquizócitos: são pedaços de eritrócitos, cortados pelo trauma; podem ser 
triangulares, em meia lua, etc. Tem curta sobrevida no sangue.Indicam presença de 
hemólise, anemia megaloblástica, queimaduras graves. 
 
 
 
 
· Células-alvo: são eritrócitos mais delgados que o normal (leptócitos), e que, quando 
corados, exibem uma borda periférica de hemoglobina com uma área central escura, 
contendo hemoglobina. São encontradas em caso de obstrutiva, em qualquer tipo de 
anemia hipocrômica, sobretudo na talassemia.Hematologia 14 
Wanessa Lordêlo P. Vivas 
· Drepanócitos ou eritrócitos falciformes: são eritrócitos que decorrentes da 
hemoglobina S, têm a forma de foice ou banana, caracterizando as síndromes 
falcêmicas. 
 
 
 
· Dacriócitos: são eritrócitos em forma de lágrima.Deformam-se principalmente no 
baço, ao passarem pelas fenestrações entre cordões e sinus medulares; Encontrados 
em anemias megaloblásticas e mieloesclerose . 
 
 
 
· Esquizócitos: são pedaços de eritrócitos, cortados pelo trauma; podem ser 
triangulares, em meia lua, etc. Tem curta sobrevida no sangue.Indicam presença de 
hemólise, anemia megaloblástica, queimaduras graves. 
 
 
 
 
· Células-alvo: são eritrócitos mais delgados que o normal (leptócitos), e que, quando 
corados, exibem uma borda periférica de hemoglobina com uma área central escura, 
contendo hemoglobina. São encontradas em caso de obstrutiva, em qualquer tipo de 
anemia hipocrômica, sobretudo na talassemia. 
 
 
Hematologia 14 
Wanessa Lordêlo P. Vivas 
· Drepanócitos ou eritrócitos falciformes: são eritrócitos que decorrentes da 
hemoglobina S, têm a forma de foice ou banana, caracterizando as síndromes 
falcêmicas. 
 
 
 
· Dacriócitos: são eritrócitos em forma de lágrima.Deformam-se principalmente no 
baço, ao passarem pelas fenestrações entre cordões e sinus medulares; Encontrados 
em anemias megaloblásticas e mieloesclerose . 
 
 
 
· Esquizócitos: são pedaços de eritrócitos, cortados pelo trauma; podem ser 
triangulares, em meia lua, etc. Tem curta sobrevida no sangue.Indicam presença de 
hemólise, anemia megaloblástica, queimaduras graves. 
 
 
 
 
· Células-alvo: são eritrócitos mais delgados que o normal (leptócitos), e que, quando 
corados, exibem uma borda periférica de hemoglobina com uma área central escura, 
contendo hemoglobina. São encontradas em caso de obstrutiva, em qualquer tipo de 
anemia hipocrômica, sobretudo na talassemia. 
 
 
Hematologia 14 
Wanessa Lordêlo P. Vivas 
· Drepanócitos ou eritrócitos falciformes: são eritrócitos que decorrentes da 
hemoglobina S, têm a forma de foice ou banana, caracterizando as síndromes 
falcêmicas. 
 
 
 
· Dacriócitos: são eritrócitos em forma de lágrima.Deformam-se principalmente no 
baço, ao passarem pelas fenestrações entre cordões e sinus medulares; Encontrados 
em anemias megaloblásticas e mieloesclerose . 
 
 
 
· Esquizócitos: são pedaços de eritrócitos, cortados pelo trauma; podem ser 
triangulares, em meia lua, etc. Tem curta sobrevida no sangue.Indicam presença de 
hemólise, anemia megaloblástica, queimaduras graves. 
 
 
 
 
· Células-alvo: são eritrócitos mais delgados que o normal (leptócitos), e que, quando 
corados, exibem uma borda periférica de hemoglobina com uma área central escura, 
contendo hemoglobina. São encontradas em caso de obstrutiva, em qualquer tipo de 
anemia hipocrômica, sobretudo na talassemia. 
 
 
G 
B C 
D E F 
A Indivíduo Normal 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
1) Contagem de hemácias em Câmara de Neubauer. 
 
• Diluir o sangue com uma quantidade conhecida de líquido diluente (exemplo líquido de Hayem), permitindo 
assim a contagem e a conservação das células durante o procedimento. 
 
Exemplo de Contagem de Eritrócitos Manual 
• A atividade visa ensinar o aluno o cálculo de diluição e a contagem de células a partir da metodologia manual 
(utilizando a Câmara de Neubauer). Segundo protocolo descrito por Vivas, W.,L.,P.: 
 pipetar 4 ml do líquido diluidor em um tubo de ensaio; 
 com a pipeta, transferir 0,02 mL de sangue. Limpar a parede externa da ponteira com auxílio de papel 
absorvente; 
 transferir o 0,02 mL de sangue para o tubo com o líquido diluidor, lavando com ele o interior da 
ponteira por aspiração e expulsão do líquido. A diluição é de 1:200; 
 agitar suavemente por inversão para correta homogeneização; 
 com a pipeta, preencher os retículos da câmara de contagem, evitando excesso de líquido e bolhas de 
ar sob a lamínula aderida firmemente à câmara. 
 
Eritrograma – Método manual 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
1) Contagem de hemácias em Câmara de Neubauer. 
 
• Diluir o sangue com uma quantidade conhecida de líquido diluente (exemplo líquido de Hayem), permitindo 
assim a contagem e a conservação das células durante o procedimento. 
 
Exemplo de Contagem de Eritrócitos Manual 
• A atividade visa ensinar o aluno o cálculo de diluição e a contagem de células a partir da metodologia manual 
(utilizando a Câmara de Neubauer). Segundo protocolo descrito por Vivas, W.,L.,P.: 
 pipetar 4 ml do líquido diluidor em um tubo de ensaio; 
 com a pipeta, transferir 0,02 mL de sangue. Limpar a parede externa da ponteira com auxílio de papel 
absorvente; 
 transferir o 0,02 mL de sangue para o tubo com o líquido diluidor, lavando com ele o interior da 
ponteira por aspiração e expulsão do líquido. A diluição é de 1:200; 
 agitar suavemente por inversão para correta homogeneização; 
 com a pipeta, preencher os retículos da câmara de contagem, evitando excesso de líquido e bolhas de 
ar sob a lamínula aderida firmemente à câmara. 
 
Eritrograma – Método manual 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
• Deixar em repouso por dois minutos para a sedimentação dos glóbulos; 
• Focalizar a preparação com pequeno aumento no microscópio para localizar o retículo e observar a 
distribuição uniforme das hemácias. Observar então, com aumento de 100X ou 400X, conforme 
necessidade; 
• Fazer a contagem de todas as hemácias encontradas nos quadros marcados com a letra H, na figura 
mostrada a seguir, ou seja, 1/5 de mm2 . E realizar a contagem conforme descrito: 
 
Exemplo de contagem de eritrócitos manual 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
• Calcular o número de eritrócitos de um paciente 
onde foi realizada a contagem pelo método 
descrito a seguir, sabendo que o paciente 
apresentou a seguinte contagem: 
 
• 1° Quadrante: que apresentou contagem 20 
• 2° Quadrante: que apresentou contagem 25 
• 3° Quadrante: que apresentou contagem 30 
• 4° Quadrante: que apresentou contagem 27 
 
Atividade proposta 
Hematologia 8 
Wanessa Lordêlo P. Vivas 
7. Focalizar a preparação com pequeno aumento no microscópio para localizar o 
retículo e observar a distribuição uniforme das hemácias. Observar então, com 
aumento de 100X ou 400X, conforme necessidade. 
8. Fazer a contagem de todas as hemácias encontradas nos quadros marcados “H” na 
figura relativa ao retículo de Neubauer, ou seja, 1/5 de mm2. Sistematizar a 
contagem segundo a figura abaixo. Contar os elementos em negro. 
 
 
 
 
Cálculos: Hemácias por ml de sangue = H.c. x 5 x 10 x 200 
 
 
 4.1.2.Dosagem da hemoglobina pelo método da cianometemoglobina 
 
 É o método de referência para a dosagem de hemoglobina. Dosa m todas as suas 
formas exceto a sulfemoglobina. A desvantagem reside na extrema toxidade do cianeto 
usado no preparo do reagente (solução de Drabkin), mas pode ser resolvida pela aquisição 
já preparada, de concentração mínima. 
 Temos usado, com bons resultados, os reagentes Labtest;a solução de Drabkin 
modificada e o padrão de hemoglobina de concentração conhecida. Calcula-se um fator 
determinado a absorbância de 0,02 ml do padrão em 5ml da solução de cianeto, através da 
fórmula: 
 
 Concentração do Padrão 
 FATOR = 
 A bsorbância do Padrão 
 
 O zero é estabelecido com água destilada em 540nm. O sangue em estudo, diluído de 
modo idêntico a padrão (0,02 ml para 5 ml de Drabkin) fornece outro valor de 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
2) Dosagem de Hemoglobina (Hb) 
 
• Para dosagem de hemoglobina adiciona-se um volume predeterminado de sangue total a um diluente, que lisa 
os eritrócitos pela hipotonicidade e pela presença de um detergente lítico não iônico, produzindo uma solução 
de hemoglobina; 
 
• A dosagem então é realizada medindo a absorbância da solução de hemoglobina ou de seus derivados (que são 
reduzidas e convertidas em oxi-hemoglobina, carboxi-hemoglobina, metemoglobina) em comprimento de onda 
apropriado. 
 
• Os métodos: 
 
 Método da cianometemoglobina – método de referência; 
 
 Métodos menos utilizados (adição de sulfato lauril-sódico; adição de nitrito e azida sódica, dentre 
outros). 
 
Eritrograma - Método manual 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
• Princípio do método – O método baseia-se na 
conversão da hemoglobina pela cianometemoglobina a 
parir da diluição em uma solução de ferricianeto de 
potássio, responsável pela oxidação da hemoglobina a 
metemoglobina, e o cianeto de potássio que forma o 
cianeto de hemoglobina, que tem o máximo de 
absorção em um comprimento de onda de 540 nm. 
 
• A absorbância da solução é medida em um 
espectofotômetro em 540 nm, sendo comparada com a 
absorbância de uma solução padrão. 
 
Dosagem de Hemoglobina (Hb) – Método cianometemoglobina 
Espectro de Absorbância 
da Cianeto Hemoglobina 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
2) Dosagem de Hemoglobina (Hb) – Método de cianometemoglobina 
 
• Vantagens do método: 
 
 Dosa os derivados de hemoglobina, com exceção da sulfemoglobina, presentes em baixas 
concentrações; 
 
 Método preciso, rápido e a solução padrão é estável e de fácil obtenção. 
 
• Desvantagens do método: 
 
 Extrema toxicidade produzida pelo cianeto utilizada no preparo da solução. 
 
 
Dosagem de Hemoglobina (Hb) – Método cianometemoglobina 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
Senhor A apresenta cansaço ao pequeno esforço, pálido, com tonturas e vertigem, e para saber o que estava 
acontecendo procurou um médico o qual solicitou uma dosagem de hemoglobina. Após colher o exame, em 
um laboratório que dosa a hemoglobina pelo método de cianometemoglobina, encontrou uma absorbância 
em 540nm igual a 0.250. Sabendo que a amostra padrão apresenta uma concentração de 10mg/dL e 
absorbância igual a 0.280, qual é o valor da hemoglobina do paciente? Ela está dentro do padrão de 
referência? Qual o possível motivo para as alterações no valor encontrado? Esses valores estão de acordo e 
podem ser relacionados ao quadro clínico do paciente? 
 
 
Atividade proposta – Exemplo de dosagem de hemoglobina 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
3) Dosagem do Hematócrito (Ht) 
• O hematócrito consiste na relação entre o volume dos eritrócitos e o volume de sangue integral. 
Normalmente é expresso em %, ou em uma fração decimal; 
 
• Pode ser calculado diretamente pela centrifugação por macro ou micrométodos. 
 
Determinação do Micro-hematócrito 
• Encher com o sangue o tubo para micro-hematócrito, até dois terços do seu volume. Para tubos 
heparinizados o sangue capilar pode ser usado; 
• Selar o tubo, introduzida a extremidade vazia na massa própria, com movimentos de rotação, até 
aproximadamente 5mm de profundidade; 
• Coloca-os na microcentrífuga em posição diametralmente oposta com a parte selada voltada para fora; 
• Após tampar convenientemente a microcentrífuga, centrifugar por 5 minutos. Tempo superior a este não 
altera a sedimentação dos glóbulos. 
• Desligar o aparelho. Retirar os tubos e fazer a leitura usando a escala própria. 
 
 
 
Eritrograma - Método manual 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
Determinação do Micro-hematócrito 
Eritrograma - Método manual 
Fonte: 
http://adamogama.blogs
pot.com.br/2011/08/micr
ohematocrito_12.html 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
São calculados a partir dos 
valores da contagem geral dos 
eritrócitos, dosagem de 
hemoglobina e hematócrito. 
Eritrograma - Método manual 
Hematologia 10 
Wanessa Lordêlo P. Vivas 
V.C.M – Volume corpuscular médio 
 
 É o volume médio das hemácias expresso em fentolitros. Representa, portanto, o 
quociente de um determinado volume de hemácias pelo número de células contidas no 
mesmo volume. 
 
 V.C.M. = Ht x 10 
 fl 
 Hm x 1012 /l 
H.C.M. – Hemoglobina corpuscular média: 
 
 É o conteúdo médio de hemoglob ina nas hemácias expresso em picogramas. 
Representa, portanto, o quociente de conteúdo de hemoglobina em um determinado volume 
de hemácias pelo nº de células contidas no mesmo volume. 
 
 Hb x 10 
 H.C.M. = pg 
 Hm x 1012 /l 
 
C.H.C.M. – Concentração de hemoglobina corpuscular média: 
 
 É a percentagem de hemoglobina em 100ml de hemácias. 
 
 Hb 
 C.H.C.M = x 100g/dl 
 Ht 
 
 
 
 
4.2.Leucograma 
 
 O leucograma corresponde a contagem global e específica dos leucócitos, 
representados pela leucometria e pelo estudo quantitativo e qualitativo dos glóbulos 
brancos. O quadro leucocitário que se apresentará após ser concluído o exame 
hematológico,permitirá ao médico tirar conclusões diagnósticas e prognósticas importantes. 
 
 4.2.1.Contagem global de leucócitos com câmara de Neubauer 
 
1. Pipetar 0,4 ml do líquido de Turk no tubo 
2. Com pipeta automática, pipetar 0.02 ml de sangue.Limpar a ponteira com papel de 
filtro. 
3. Transferir os 0,02 ml de sangue para o tubo com o líquido diluidor, lavando com 
ele o interior da pipeta por aspiração e expulsão do líquido. A diluição é de 1:20. 
4) Índices Hematimétricos: 
 
 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
A partir dos valores de contagem de eritrócitos, hemoglobina e hematócrito dados nos 3 casos abaixo, 
calcule os valores de VCM, HCM e CHCM. 
 
 
Atividade proposta – Cálculo dos valores hematimétricos 
 5
 
 
Análise da série vermelha 
A análise da série vermelha contempla a quantificação de eritrócitos, 
hematócrito, dosagem de hemoglobina e índices hematimétricos (VCM, HCM, CHCM, 
RDW), bem como o exame microscópico da morfologia eritrocitária. Esses dois conjuntos de 
análises fornecem subsídios para o diagnóstico das principais causas de anemias. Para a 
exposição desse assunto e para facilitar o entendimento dos leitores, podemos considerar 
inicialmente a quantificação dos eritrócitos – que dará subsídios para a “classificação 
laboratorial das anemias” e, a seguir, a análise morfológica dos eritrócitos que auxilia na 
“classificação das causas e dos tipos de anemias”. Define-se por anemia quando o eritrograma 
apresenta a concentração da dosagem de hemoglobina menor que o valor padrão para a idade, 
ou para homens e mulheres adultos (tabela 3). 
A análise quantitativa dos eritrócitos e que permite a classificação laboratorial 
das anemias se suporta nos valores dos índices hematimétricos de VCM e HCM, conforme 
mostra a tabela 3. 
 
TABELA 3 – Valores mínimos e máximos dos valores eritrocitários, conforme a faixaetária e sexos masculino e feminino em adultos obtidos na região de São 
José do Rio Preto, SP. 
Eritrograma RN* 1 a 11 
meses 
1 a 2 
anos 
3 a 10 
anos 
10 a 15 
anos 
Adulto** 
masc. 
Adulto** 
fem. 
Eritrócitos 5.2 4.0 – 4.9 4.0 – 5.1 4.0 – 5.1 4.0 – 5.1 4.5 – 6.1 4.0 – 5.4 
Hemoglobina 17.0 10.3 – 12.7 10.6 – 13.0 11.5 – 14.5 11.5 – 14.5 12.8 – 16.3 11.3 - 14.5 
Hematócrito 52.0 33 – 41 33 – 41 34 – 42 34 – 42 40 – 54 36 – 48 
HCM 27 – 31 25 – 29 25 – 29 26 – 29 26 – 29 27 – 29 27 – 29 
VCM 80 –100 75 – 90 75 – 90 77 – 90 77 – 90 77 – 92 77 – 92 
CHCM 30 – 35 30 – 35 30 – 35 30 – 35 30 – 35 30 – 35 30 – 35 
RDW 10 - 15 10 - 15 10 – 15 10 - 15 10 - 15 10 - 15 10 - 15 
 
* Valores médios em RN até 15 dias de vida. 
** O termo adulto nesse caso é considerado quando os níveis hormonais estão bem 
estabelecidos e a massa corporal bem definida, geralmente acima dos 15 anos. 
 
Quando um paciente com anemia (Hb abaixo do valor padrão) se apresenta com o VCM e 
HCM diminuídos, denomina-se anemia microcítica e hipocrômica; se o VCM e HCM 
estiverem dentro dos valores da faixa de normalidade, a anemia é normocítica e 
normocrômica; e se o VCM estiver elevado (não há HCM elevado!) a anemia é do tipo 
macrocítica. 
Para exemplificar essas três situações, consideremos os exemplos hipotéticos 
de 3 diferentes mulheres adultas, comparando seus resultados com os da tabela 3. 
 
 Caso 1 Caso 2 Caso 3 
 
Eritrócitos (x106) 3,8 3,3 2,8 
Hemoglobina (g/dL 8,5 9,0 8,3 
Hematócrito (%) 27 30 27 
HCM (pg) 22 27 28 
VCM (fL) 71 90 96 
CHCM (g/dL) 31 30 30 
RDW (%) 16 17 16 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
• Os contadores de células automatizados aspiram e diluem uma 
amostra de sangue e determinam de 8 a 46 parâmetros 
relacionados com os eritrócitos, os leucócitos e as plaquetas; 
 
• Os métodos mais simples são baseados no princípio da 
impedância (a formação de corrente elétrica entre dois eletrodos); 
quando uma célula atravessa a corrente elétrica é gerado um 
impulso elétrico que é quantificado, conforme o diâmetro que se 
dá especificamente para eritrócitos, leucócitos ou plaquetas; 
 
• Os equipamentos automatizados avançados utilizam diferentes 
canais com impedâncias específicas, permitindo contagens de 
eritrócitos, leucócitos e plaquetas ao mesmo tempo. Além disso, 
podem ter agregados a citometria de fluxo, a citoquímica e a 
citologia diferencial com capacidade de distinguir células imaturas 
(reticulócitos e blastos). 
 
 
Eritrograma - Método automatizado 
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/3973569/ 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
• Os contadores de células automatizados 
possibilitam o cálculo do RDW (amplitude de 
distribuição dos eritrócitos); 
 
• Valores normais encontram-se entre 11 – 14%; 
 
• Valores abaixo de 11% apresentam uma população 
mais homogênea do que o normal; 
 
• Valores superiores a 14% representam uma 
população mais heterogênea, ou seja, uma 
alteração no tamanho dos eritrócitos (anisocitose), 
devendo ser confirmada pela microscopia. 
 
 
Eritrograma - Método automatizado 
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/87890630203104905/ 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
Eritrograma – Outros exames 
Hematologia 29 
Wanessa Lordêlo P. Vivas 
 Interpretação: A trombocitopenia, que é a redução nas plaquetas circulantes (abaixo 
de 150.000), surge na maioria das vezes de uma ou duas causas gerias. Formação deficiente 
de plaquetas (como em estados aplásticos, efeito de quimioterapia mielotóxica e por 
sensibilidade a droga), e uma destruição aumentada de plaquetas na circulação e no baço 
(originária geralmente de uma sensibilização auto- imune das plaquetas, tornando-as sujeitas 
a fagocitose por macrófagos). Um aumento do número de plaquetas é denominado 
trombocitose, e correlaciona-se com formação de trombos intravasculares. 
 
8. OUTROS EXAMES EM HEMATOLOGIA 
 
8.1. Contagem de Reticulócitos 
 
 Os reticulócitos são precursores das hemácias. Contêm no seu interior material 
reticular, provavelmente uma ribonucleoproteína que não apresenta afinidades pelos 
corantes comuns. Sua demonstração é feita por coloração supravital. Os reticulócitos 
presentes no sangue retirado do organismo sofrem morte somática, sendo, porém corados 
antes que toda atividade vital seja extinta. As anemias que cursam com o reticulócito 
normal refletem a incapacidade da medula em responder ao estímulo por carência de um 
fator específico para a formação de eritrócitos (ferro na anemia ferropriva e eritropoetina na 
insuficiência renal crônica). 
 O corante usado é o azul de cresil brilhante, associado a um anticoagulante e um 
preservativo. 
 
 TÉCNICA: 
 
1. Colocar no tubo 2 a 3 gotas da solução corante. Em seguida acrescentar 2 a 3 gotas 
do sangue colhido por punção digital ou sangue colhido com EDTA. 
2. Misturar e colocar em banho-maria a 370C de 15 a 30 minutos. 
3. Retirar de banho-maria. Misturar novamente e fazer esfregaços da maneira usual. 
4. Secar e examinar ao microscópio sob imersão. 
5. Contar 10 campos, anotando o número de reticulócitos encontrados. Expressar o 
resultado em percentagem e número absoluto. 
6. Opcionalmente pode fazer coloração de fundo por Giemsa. 
7. 
 Reticulócitos em 10 campos 
Cálculos: = % de reticulócitos, ou 
 10 
 
 
 % de reticulócitos x Hm/ml 
 = reticulócitos/ml de sangue 
 100 
 
Interpretação: o resultado é expresso em percentual e em número absoluto em 
relação a população de eritrócitos. Sua contagem serve para avaliar de forma efetiva a 
Hematologia 30 
Wanessa Lordêlo P. Vivas 
produção de eritrócitos, sendo útil no controle terapêutico, no diagnóstico diferencial e na 
classificação das anemias. 
 
 
 Reticulócitos 
 
8.2. Hemossedimentação (VHS) 
 
 A hemossedimentação mede a estabilidade da suspensão de hemácias no plasma 
que, por ser menos denso, favorece a sedimentação dos glóbulos pela ação da gravidade, 
quando colocados numa pipeta graduada de 0 a 200m com 2,5mm d diâmetro interno e 1 
micro- litro (ml) de capacidade. 
 As hemácias em suspensão no plasma, colocadas na pipeta de Westergren, 
sofrem sedimentação com velocidade variável em função da concentração de fibrinogênio 
e globulinas, tamanho e forma das hemácias e alterações elétricas do plasma e dos glóbulos. 
 Inicialmente ocorre a queda individual das hemácias, seguida pela agregação 
dos glóbulos com formação de rouleaux e aumento da velocidade de hemossedimentação, 
que se torna constante para diminuir numa fase final, quando os glóbulos se concentram na 
porção inferior da pipeta. 
 O aumento de fibrinogênio e globulinas é também responsável pela aceleração 
da hemossedimentação que fornece medida grosseira dessas substâncias no plasma. 
 
 
TÉCNICA: 
1. Colher 5ml de sangue do paciente em jejum pela manhã. Não apertar 
demasiadamente o garrote, evitando estase venosa. 
2. Colocar o sangue no frasco com anticoagulante EDTA e agitar por inversão ou 
movimentos circulares até que se dissolva completamente. 
3. Com pipeta de Westergren aspirar sangue até exatamente a marca zero. 
4. Colocar a pipeta no suporte de modo a permanecer na posição vertical 
5. Marcar o tempo. 
6. Fazer a leitura em milímetros após uma hora ao nível da separação do plasma e 
hemácias.Nas reticulocitoses pode haver uma imprecisão do limite de sedimentação, 
dificultando a leitura exata. 
 
AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA 
Hematologia clínica 
Bibliografia 
BAIN, B. J. Células sanguíneas: um guia prático. 4. ed. Rio de Janeiro:Artmed, 2009. 
 
NAOUM P., C. e NAOUM F., A . Interpretação laboratorial do hemograma. Disponível em: 
<http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/Artigos_cientificos/Interphemo.pdf>. Acesso 
em 12 jun. 2017. 
 
VIVAS, W., L., P. Manual de hematologia clínica. Disponível em: 
<http://www.aa.med.br/upload/biblioteca/Manual%20de%20Hematologia.pdf>. Acesso em 12 jun. 2017. 
 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
Morfologia dos Eitrócitos: quanto ao 
tamanho, à cor e à forma; 
 
Anemias: classificação morfológica e 
fisiopatológica; 
 
Anemias por deficiência de produção ou 
carêncial; deficiência de ferro.

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