Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula Prática de Avaliação Cinético Funcional COORDENAÇÃO MOTORA • A função de coordenação da motricidade harmoniza a atividade dos diferentes motoneuronais assegurando a execução correta dos movimentos no tempo e no espaço. Exploração: • Prova índex-nariz • Prova índex-nariz- índex • Prova calcanhar-joelho-crista da tíbia • Prova dos movimentos alternados (diadococinesia) • Marcha: testar em linha reta a marcha usual, no calcanhar e na ponta dos pés. • Palavra falada • Provas gráficas. EQUILÍBRIO • Resposta da postura e dos segmentos (membros) mantida por controle tônico-postural de forma estática (postura fixa) e dinâmica na associação dos movimentos do tronco com os membros. • O equilíbrio compreende as intervenções automáticas capazes de assegurar que o centro de gravidade do corpo se mantenha dentro do polígono de sustentação, tanto em condições estáticas, como dinâmicas. • Equilíbrio Estático / Equilíbrio Dinâmico. • Sinal de Romberg. • Pede-se ao paciente que una os pés e feche os olhos, mantendo braços para baixo, em posição vertical, durante 01 minuto. O paciente conseguirá normalmente manter o equilíbrio sem ser obrigado a afastar um pé do outro. • Positivo (+): quando oscila o corpo. REFLEXOS • Resposta muscular produzida por estímulos específicos que ocorre independente da vontade e que tem características semelhantes em vários grupos animais e completa identidade na mesma espécie. Seu significado biológico é o de adaptação do organismo ao meio ambiente. • As respostas reflexas básicas são de flexão e extensão. O de flexão ou nociceptivo é encontrado nos vertebrados e tem a função de proteger a integridade do organismo contra estímulos nociceptivos. O de extensão ou miotático mantém o membro estendido levando o organismo a manter uma posição que antagoniza a ação da gravidade, ou seja, regulação da postura. • A avaliação deve ser bilateral. Qualquer assimetria é considerada patológica. Investigação dos reflexos musculares profundos ou miotáticos • Os Reflexos musculares profundos são manifestações fásicas particulares do reflexo miotático ou de extensão. Os músculos extensores fisiológicos ou antigravitacionais apresentam limiar à extensão e, portanto resposta reflexa mais evidente. Graduação da intensidade da resposta reflexa: • 0 – abolição • 1 a 3 – presente e com intensidade crescente • 4 – clônus transitório • 5 – clônus permanente. CLÔNUS: agitação. Espasmo muscular no qual contração e relaxamento alterna-se em rápida sucessão. Respostas Normais: • Normorreflexia: resposta normal. • Hiporreflexógeno: resposta normal, com pouca estimulação. • Hiperreflexógeno: resposta normal, com mais estimulação. Respostas Patológicas – Lesão do SNP: • Total: Arreflexia – não apresenta resposta de reflexo por lesão do nervo • Parcial: Hiporreflexia – resposta diminuída • Hiperreflexia – resposta muito intensa do reflexo Teste de Reflexos por segmentos: • Reflexo Bicipital – C5-C6) (n. músculocutâneo) • Reflexo Tricipital – C7 (n. radial) • Reflexo Estilorradial, braquirradial ou supinador –C5- C6 (n. radial) • Reflexo Estilo-ulnar – C7- C8 (n. mediano) • Reflexo dos flexores dos dedos C8-T1( nervos mediano e ulnar) • Reflexo dos flexores da mão C8-T1( nervos mediano e ulnar) • Reflexo Abdominal (T6 -T12) • Reflexo dos adutores (L4, n. Obturador) • Reflexo Patelar – L2- L4 (n. femoral) • Calcâneo ou Aquileu –S1 (n. Ciático e tibial) Observação: Outros Reflexos: cutâneos superficiais e Primitivos. MIÓTOMO TESTES DE MIÓTOMOS EM MMSS OBJETIVO: Avaliar a integridade das raízes nervosas da coluna que suprem os músculos dos membros superiores. POSIÇÃO DO EXAMINADOR O examinador está posicionado diretamente em frente ou ao lado da extremidade do paciente a ser testada. PROCEDIMENTO DO TESTE: Miótomos são testados por contrações isométricas resistidas com a articulação em ou próxima à posição de repouso. O examinador deve posicionar a articulação que será testada e instruir o paciente, "Não me deixe mover você", de modo que uma contração isométrica seja obtida. A contração deve ser mantida ao menos por 5 segundos, porque a fraqueza do miótomo geralmente leva um tempo para desenvolver-se. Miótomo C1-C2 (flexão do pescoço) A cabeça do paciente deve ser ligeiramente flexionada (um aceno). O examinador aplica pressão à testa do paciente enquanto estabiliza o tronco do paciente com a mão entre as escápulas. O examinador deve certificar-se de que o pescoço do paciente não se estende quando a pressão é aplicada à testa. Miótomo C3 e nervo craniano XI (flexão lateral do pescoço) O examinador posiciona uma das mãos sobre a orelha do paciente e aplica uma força em flexão lateral à cabeça enquanto estabiliza o tronco do paciente com outra mão no ombro oposto (B). Tanto a flexão lateral direita quanto a esquerda devem ser testadas. Miótomo C4 e nervo craniano XI (elevação do ombro) O examinador solicita ao paciente que eleve os ombros a cerca de metade da elevação completa. O examinador aplica uma força em sentido para baixo em ambos os ombros do paciente enquanto o paciente tenta mantê-Ios nesta posição. O examinador deve certificar-se de que o paciente não está "apoiando/forçando" os membros superiores contra as coxas se o teste for feito sentado. Miótomo C5 (abdução do ombro) O examinador solicita ao paciente que eleve os membros superiores a cerca de 75° a 80° no plano escapular com os cotovelos flexionados a 90° e os antebraços pronados ou em posição neutra. O examinador aplica uma força em direção para baixo no eixo umeral enquanto o paciente tenta manter os membros superiores nessa posição. Para evitar rotação, o examinador posiciona seus antebraços sobre os antebraços do paciente enquanto aplica pressão ao úmero. Miótomo C6 e C7 (flexão e extensão do cotovelo) O examinador solicita ao paciente que coloque seus braços ao longo do corpo com os cotovelos flexionados a 90° e antebraços neutros. O examinador aplica aos antebraços uma força isométrica em direção para baixo para testar os flexores do cotovelo (miátomo C6) e uma força isométrica em direção para cima para testar os extensores do cotovelo (miátomo C7). Para testar os movimentos do punho (extensão, flexão e desvio ulnar), o paciente posiciona os braços ao longo do corpo, os cotovelos a 90°, antebraços pronados, punhos, mãos e dedos neutros. O examinador aplica às mãos uma força para baixo para testar a extensão do punho (miátomo C6) e uma força para cima para testar a flexão do punho (miótomo C7). Miótomo C8 (extensão do polegar) O paciente estende o polegar a pouco menos da ADM completa. O examinador aplica uma força isométrica para trazer o polegar em flexão. Uma força lateral (desvio radial) para testar o desvio ulnar também pode ser realizada para testar o miótomo C8. O clínico estabiliza o antebraço do paciente com uma das mãos e aplica uma força em desvio radial ao lado da mão. Miótomo T1 (abdução/adução dos dedos) Para testar músculos intrínsecos da mão (miótomo TI), o examinador pode ter o paciente apertando um pedaço de papel entre os dedos (geralmente o quarto e quinto dedos) enquanto o examinador tenta puxá-Io para fora. Alternativamente, o paciente pode apertar os dedos do examinador, ou o paciente pode abduzir os dedos ligeiramente com o examinador aduzindo isometricamente os dedos. TESTES DE MIÓTOMOS EM MMII POSIÇÃO DO EXAMINADOR: diretamente adjacente ao membro inferior do paciente. PROCEDIMENTO DO TESTE: posicionar a articulação (ou articulações) em teste próxima à posição neutra ou de repouso e então aplicar pressão isométrica com resistência de modo a aumentar gradualmente. A contração deverá ser mantidapor pelo menos 5 segundos para permitir que a fraqueza do miótomo fique evidente. O lado não afetado deve ser examinado em primeiro lugar. Miótomo em L2 (flexão do quadril) O examinador flete o quadril a 80° ou 90° e a seguir aplica força resistida na extensão do quadril. O outro lado é então testado para comparação. Para evitar estresse excessivo na coluna lombar, o examinador deve se certificar de que o paciente não aumenta a lordose lombar durante a realização do teste. Quanto maior a flexão do quadril, menor o estress sobre a coluna lombar. Deve-se testar uma perna de cada vez. Miótomo em L3 (extensão do joelho) O examinador flete o joelho em 25° a 35°(sobre um travesseiro ou sobre o joelho do examinador) e a seguir aplica força de flexão resistida na porção média da diáfise da tíbia, certificando-se de que o calcanhar não esteja descansando na mesa de exame. O outro lado é testado para comparação Miótomo em L4 (dorsiflexão do tornozelo) O examinador pede ao paciente que coloque os pés a 90° em relação à perna (posição plantígrada) e aplica força resistida ao dorso de cada pé, comparando os dois lados. Nesse caso, os dois lados podem ser testados ao mesmo tempo. Miótomo em S1 (eversão do tornozelo) O paciente fica em posição supina e o examinador aplica então força para mover o pé do paciente em inversão enquanto o paciente resiste isometricamente. Miótomo em S1 (extensão do quadril). Posição prona e o joelho é fletido a 90°. O examinador levanta levemente a coxa da mesa enquanto estabiliza a perna. Aplica-se então força descendente à coxa posterior com uma das mãos, enquanto a outra mão assegura que a coxa do paciente não estará repousando na mesa. Miótomos em S1-S2 (flexão do joelho) O paciente fica em posição prona com o joelho fletido em 80° a 90° e o examinador aplica força isométrica de extensão logo abaixo do tornozelo. Embora os flexores dos dois joelhos possam ser testados ao mesmo tempo, isso não é recomendável por causa do estresse que esse teste representa para a coluna lombar. TESTES ESPECIAIS DIAGNÓSTICOS • Objetivo: auxiliar na identificação de possíveis locais causadores de algias e/ou alterações em estruturas musculoesqueléticas. São recursos necessários para uma avaliação cinético funcional eficiente e para a elaboração de um diagnóstico cinético funcional mais preciso. • Esses são aplicados durante o exame físico visando a aceitação ou refutação de um diagnóstico baseado em observações subjetivas do examinador. A associação com exames complementares (raio X, ultrassom, ressonância nuclear magnética, dentre outros) por muitas vezes se fará necessária para conclusão de um diagnóstico. SENSIBILIDADE • O processamento neural da informação sensitiva possibilita a experiência consciente dos objetos e acontecimentos do mundo externo. Somatoestesia é o nome usado para designar a sensibilidade geral do corpo. • Do ponto de vista clínico, a sensibilidade pode ser dividida em: Superficial ou exteroceptiva: • Tátil • Térmica • Dolorosa Profunda ou proprioceptiva (base para coordenação motora e equilíbrio) • Cinético-postural • Vibratória ou palestesia Sensibilidade de integração cortical: • Estereognosia • Grafestesia • Discriminação tátil ou de dois pontos Respostas: • NORMOESTESIA: não apresenta alteração de sensibilidade. • HIPOESTESIA: diminuição da sensibilidade. • HIPERESTESIA: aumento anormal da sensibilidade (dolorosa). • ANESTESIA: ausência da sensibilidade. • PARESTESIA: (dormência, formigamento, picada ou queimação). PERIMETRIA REFERÊNCIA (interlinha articular do cotovelo) ADULTO CRIANÇA MSD Acima Abaixo Acima Abaixo 05cm: 10cm: 15cm: 05cm: 10cm: 15cm: 03cm: 06cm: 09cm: 03cm: 06cm: 09cm: MSE 05cm: 10cm: 15cm: 05cm: 10cm: 15cm: 03cm: 06cm: 09cm: 03cm: 06cm: 09cm: REFERÊNCIA (bordo superior e inferior da patela) ADULTO CRIANÇA MID Acima Abaixo Acima Abaixo 05cm: 10cm: 15cm: 05cm: 10cm: 15cm: 03cm: 06cm: 09cm: 03cm: 06cm: 09cm: MIE 05cm: 10cm: 15cm: 05cm: 10cm: 15cm: 03cm: 06cm: 09cm: 03cm: 06cm: 09cm: MEDIDA DE COMPRIMENTO DE MEMBROS SEGMENTO REFERÊNCIA MSD Articulação glenoumeral e processo estilóide da ulna: MSE Articulação glenoumeral e processo estilóide da ulna: SEGMENTO REFERÊNCIA MID Cicatriz umbilical ao maléolo interno: Sínfise púbica ao maléolo interno: Espinha ilíaca ântero-superior ao maléolo interno: Trocânter maior ao maléolo externo: Resultado (soma e divide por 4): MIE Cicatriz umbilical ao maléolo interno: Sínfise púbica ao maléolo interno: Espinha ilíaca ântero-superior ao maléolo interno: Trocânter maior ao maléolo externo: Resultado (soma e divide por 4):
Compartilhar