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LER/DORT/AMERT

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LER/ DORT/ AMERT
Fundamentos de Ergonomia
Aula 2
Siglas
 LER: Lesões por Esforços Repetitivos.
 DORT: Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho.
 AMERT: Afecções Musculoesqueléticas
Relacionadas ao Trabalho.
Introdução
- Epidemia
- Mas o que são as Ler?
→ Psicólogo;
→ Médico;
→ Empresário;
→ Sindicatos;
→ Paciente;
→ Fisioterapeuta.
Histórico
 “um produto da era moderna”
 Século XVII o médico italiano
Bernardino Ramazzini escreveu:
“Aqueles que levam a vida sedentária, e são por
isso chamados de artesãos de cadeira, como os
sapateiros, os alfaiates e os notários, sofrem doenças
especiais, decorrentes de posições viciosas e da falta
de exercícios”.
Histórico
 Segundo Ramazzini, três são as causas:
a) vida sedentária;
b) movimento da mão contínuo e repetitivo;
c) atenção mental.
 Para a solução de tais problemas, o médico aconselha:
“Em primeiro lugar, que se empenhe em corrigir os
males provocados pelo sedentarismo, com exercícios
moderados e fricções. Que usem proteção das mãos
contra o frio, ...convém adequar a alimentação...”
 Ainda é um desafio conseguir isso.
Nomenclatura
→ Em 1984 nos EUA: CTD – Cumulative Trauma Disorders,
sendo traduzido LTC – Lesões por Traumas Cumulativos.
→ Em 1986, no Brasil: LER – Lesões por Esforços Repetitivos.
Posteriormente
→ Ministério da Saúde: LER → LTC → DORT
• Na verdade o termo LER é um dos mecanismos causais.
• Não é um diagnóstico.
Diferenças entre LER e DORT
 A LER pode ou não estar relacionada ao
trabalho.
 DORT está relacionado ao trabalho.
 LER considera apenas a repetitividade como
agente causador.
 DORT considera vários agentes causadores
como repetição, tensão, força, compressão dos
tecidos e posturas inadequadas;
Trata-se de transtornos funcionais, mecânicos e
lesões de ossos e/ou ligamentos e/ou músculos e/ou
tendões e/ou fáscias e/ou bursas e/ou nervos que
estejam sendo utilizados de forma biomecânica
incorreta e tenham relação com o trabalho.
Definição de DORT
Mitos e enganos
 A revista Exame (16.01.95): “LER,
a última doença do século”.
 Fala-se muito que LER é doença 
grave, incapacitante e progressiva. 
Utilização biomecanicamente incorreta
Esforço muscular estático e ou Traumas Constantes
Alteração da 
microvasculatura
Lesões 
degenerativas
Stress
e
Fadiga
Alteração da 
estrutura física 
dos tendões
Falha na lubrificação tecidual 
Processo degenerativo dos tecidos
Inflamação
Mecanismos Causadores
Mecanismos de recuperação
Podem ser de duas formas:
1. Pausa:
 - Normaliza o fluxo sangüíneo que lava o ácido
lático do músculo;
 - Reposição da lubrificação que ↓ o atrito das
estruturas;
 - Repouso muscular que auxilia na recuperação da
estrutura.
2. Efeito hormonal:
 - No sono profundo o hormônio somatotrófico
(STH) auxilia na recuperação das estruturas.
4 fatores biomecânicos principais:
1. Força
2. Posturas inadequadas
3. Repetição
4. Compressão mecânica
Fatores Causais
Outros fatores que influenciam
1. Vibração: 8 à 100Hz;
2. Frio:
- vasoconstrição das arteríolas da pele e de
vários tecidos;
- má circulação, favorecendo lesões.
3. Sexo: Mulheres (estruturas, hormônios e jornada
de trabalho);
Outros fatores que influenciam
4. Postura estática durante o trabalho: 
- ausência de ergonomia;
- contração estática prejudica suprimento sgneo e favorece metabolismo 
anaeróbio;
5. Tensão do trabalho:
Produtividade
Tensão
Outros fatores que influenciam
6. Desprazer: liberação pouca endorfina;
7. Traumatismos anteriores;
8. Atividades estressantes anteriores com caráter
cumulativo;
9. Perfil psicológico;
Sinais e Sintomas
Geralmente encontra-se:
Dor;
Edema;
Choques;
Perda de força;
Câimbras;
Dormência;
Formigamento;
Insônia e etc.
Fases clínicas
Fase Frase que caracteriza a fase Sintomas Prognóstico
1 Apenas queixas mal definidas + Ótimo
2 Poucos sinais clínicos ++ Bom
3 Exuberância dos sinais clínicos +++ Reservado
4 * Estado doloroso e invalidez ++++ Ruim
* Neurose, depressão e caráter crônico
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico. Deve ser baseado num
exame clínico cuidadoso, assim como o
diagnóstico diferencial.
Diagnóstico
Deve se procurar atingir 6 objetivos:
1. Identificar região afetada de forma mais 
precisa;
2. Descrever o grau de comprometimento e 
de perda funcional;
3. Fase clínica;
4. Identificar do fator de trabalho que 
precipita a dor;
5. Resposta aos tratamentos anteriores;
6. Prognóstico.
Exames laboratoriais
→ Eletroneurografia;
→ Eletromiografia;
→ Eletroneuromiografia;
→ Provas de atividade reumática;
→ Ultra-som;
→ Ressonância magnética.
Tratamento Médico e 
Fisioterapêutico
 Doenças comuns são diferentes de
LER/DORT;
 Equipe multidisciplinar treinada;
 Conversar com o trabalhador sobre
sua lesão, as causas, conseqüências
e prognóstico;
 Medicamentos: anti-inflamatórios,
corticóides, analgésicos, relaxantes
musculares.
 Restrição de movimentos com
remanejamento de função ou
imobilização física da articulação para
evitar movimentos críticos (tala
específica para cada tipo de lesão). No
entanto, deve-se evitar os efeitos
deletérios da imobilização.
Considerações finais
 Pessoas saudáveis representam 
negócios saudáveis, com melhores 
lucros e maior retorno do 
investimento;
 O grande capital de uma empresa é 
representado por pessoas capazes, 
aptas, sadias, equilibradas, criativas, 
íntegras e motivadas.
(Santos, E.; Oliveira, K. 2004)

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