Buscar

psicologia casos 2 Copia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO - CCJ0144 
AULA 2 
1- De acordo com a matriz sócio-histórica da Psicologia, é correto afirmar com relação ao sujeito:
 a. a história de vida do indivíduo não é importante na construção de sua singularidade. 
b. as experiências da primeira infância são decisivas na formação da identidade do indivíduo. 
c. o indivíduo é um ser social em constante interação com as relações sociais, econômicas e políticas. 
d. na constituição do sujeito não há articulação entre dimensões pessoais e coletivas. 
e. Nenhuma das respostas acima. 
Resposta: c. o indivíduo é um ser social em constante interação com as relações sociais, econômicas e políticas. 
2- No que tange à atuação do psicólogo, no contexto prisional, analise as afirmativas abaixo:
a. O profissional de Psicologia que atua no sistema prisional deve entender a complexidade das questões relacionadas ao encarceramento e promover a construção da cidadania em detrimento da primazia da segurança e da vingança social.
 ( ) certo ( x ) errado 
b. Em caso de perícias psicológicas de processos penais, o estudo do delito é secundário, sendo o indivíduo que cometeu o delito o foco principal.
 ( x ) certo ( ) errado 
3- Ana Lúcia foi casada com Joaquim durante 13 anos, juntos tiveram dois filhos: Thiago(10 anos) e Beatrice (8 anos). O casal se conheceu na adolescência, tinham uma relação bastante afetiva marcada por muita cumplicidade e comunhão de vidas. Muitas foram as conquistas afetivas e de crescimento mútuo: viajaram juntos, gostavam de ler Raduam Nassar, ouvir Amy Winnehouse, adoravam Dorival Caymmi e curtiam blues das antigas. Dentre as muitas conquistas juntos, compraram um amplo apartamento em um bairro confortável de sua cidade, assim como economizaram em pequenos luxos para obtenção da confortável casa de praia em que as crianças podiam correr pelo quintal com pés descalços e plantar e hortinha com alfaces e salsa. Todavia, após o nascimento de Beatrice, Ana Lúcia pediu demissão do emprego e ficou em casa para dedicar-se aos filhos, gostava da maternagem e queria acompanhar cada detalhe do desenvolvimento das crianças, isso a deixava absurdamente feliz. E vendo a felicidade e bem estar de seus filhos, Joaquim, mesmo sem poder manter as despesas da casa, foi um entusiasta da nova situação.
Joaquim, em função de uma maior responsabilidade com as despesas da casa foi trabalhar numa outra empresa que tomava-lhe muito tempo e dedicação. Não era um trabalho criativo e nem tão pouco era uma atividade que ele gostava de exercer, mas o fazia já que havia ganhos financeiros maiores que o emprego anterior.
Nos três últimos anos de casamento, Joaquim manteve-se frio e distante de Ana Lúcia sem nenhum motivo aparente. Ao perguntar o motivo da mudança de comportamento, Joaquim dizia que precisava trabalhar muito para manter o padrão de vida da família e não tinha “cabeça” para afetos e/ou sexo. Este último era feito de maneira mecânica e sem a magia de outrora. Em conversas com amigas, estas diziam que se tratava de um comportamento normal advindo do cansaço, da presença dos filhos e da idade dos homens. 
Ana Lúcia sentia-se culpada por gastar demais e por ter parado de trabalhar e ao perceber o cansaço e olheiras de seu marido se consumia emocionalmente. Tentava estimular sexualmente seu marido, assim como buscava agradar-lhe de todas as formas mas não lograva êxito. A esposa buscou ajuda em psicoterapias, centro espírita e até cartomantes e nada conseguiu mudar o comportamento frio que Joaquim estabelecia com sua esposa. Não conseguindo suportar a permanência daquele tão frio tratamento, Ana Lúcia, mesmo apaixonada por seu marido, procurou uma advogada de sua confiança e entrou com o pedido de divórcio.
Ana Lúcia acreditava que tinha sido a grande culpada do fracasso do seu casamento, sofria com a saudade que seus filhos sentiam do pai e nos dias que Joaquim levava as crianças para a visita na casa da avó paterna, após a saída das crianças, Ana Lúcia chorava quieta e sozinha no sofá da sala. Em função desta silenciosa culpa e compaixão com o cansaço de Joaquim, Ana Lúcia deixou a casa de praia integralmente com Joaquim (a casa passou a pertencer somente a Joaquim), enquanto o apartamento que ambos adquiriram foi dividido e mantinha-se no nome dos dois. Após a separação, com as crianças maiores, Ana Lúcia retornou ao mercado de trabalho e por ter uma formação acadêmica melhor que Joaquim, conseguiu uma boa colocação numa grande e poderosa empresa na área de telecomunicações. A remuneração de Ana Lúcia era tão boa que mantinha oitenta por cento das necessidades das crianças. Enquanto Joaquim mantinha-se no emprego que trabalhava antes da separação e, por vezes, fazia “bicos” nos finais de semana já que o mesmo dizia se esforçar para acompanhar o padrão de vida que as crianças sempre tiveram. Esses comportamentos de Joaquim emocionavam Ana Lúcia que mesmo divorciada via em Joaquim um grande e afetuoso homem.
Aos olhos de todos os amigos e dos familiares, foi Ana Lúcia que teve o desejo inicial da separação, já que foi ela que deu o ponta pé inicial para feitura do divórcio. Entretanto Ana Lúcia amargava uma rejeição enorme e um constante sentimento de tristeza. Pensou por diversas vezes buscar uma psicoterapia, mas foi desestimulada pelas amigas que diziam que o bom da vida está num passeio ao shopping e numa bela cirurgia plástica. Objetivando sanar esta tristeza, sentimento de rejeição e baixa autoestima, Ana Lúcia colocou silicone nos seios e deu início a uma série de treinamento de condicionamento físico na academia de ginástica próxima a sua casa. Aproveitou e contratou um personal para facilitar o ganho de massa muscular. Ana Lúcia deu início a relações sexuais com o seu personal, mas não conseguia se apaixonar pelo mesmo já que se mantinha afetivamente ligada ao ex-marido. Logo após a separação, teve uma noite de sexo bastante feliz com um ex-namorado e sentiu tanta culpa que esta foi a mola propulsora para dar integralmente a casa de praia para Joaquim. 
Dois anos após o divórcio, Ana Lúcia soube que Joaquim estava vivendo maritalmente com uma mulher quinze anos mais jovem que ele e que juntos já tinham um filho de quatro anos, cujo nome era Joaquim Júnior. Ao saber, Ana Lúcia ligou imediatamente para sua advogada e pediu que fosse revista a pensão de alimentos assim como deu início a uma série de comportamentos que dificultaram a manutenção do contato entre Joaquim e os filhos nascidos do casamento com Ana Lúcia. Em seguida, entrou num estado depressivo grave em que ficou catatônica em sua cama, sem conseguir comer ou levantar da cama. 
A partir do caso concreto acima descrito, em sua opinião, qual a interface da Psicologia com o Discurso Jurídico? 
RESPOSTA: A ligação entre a psicologia e o discurso jurídico se da no conflito familiar no clímax da historia acima citada. Há muitos casos em nossa sociedade como esse descrito, onde essas crises familiares se estendem até um tribunal para tal solução. Nesses determinados casos é muito importante o trabalho feito pelo psicólogo jurídico, onde através de seus estudos, poderá solucionar casos como esse da melhor maneira possível. Fatos como esse podem afetar de uma maneira intensa a vida dos indivíduos dessa família no qual precisarão de todo acompanhamento necessário para levar suas vidas normalmente.

Outros materiais