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Arquitetura Românica: Fortalezas e Igrejas

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Universidade Federal da Fronteira sul 
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 
Disciplina de História Geral da Arquitetura 
Professora: Natalia Biscaglia Pereira 
Acadêmico: Alexander Filipe Bavaresco 
 
 
 
Resumo do texto: Românico: Uma Fortaleza 
 
 
 
Entre os anos 1000 D.C. e 1200 D.C. proliferaram as igrejas e castelos. Com o 
desaparecimento da arquitetura monumental romana pelas mãos dos bárbaros, foram 
estas duas formas de construção que ganharam força, independente se para fins 
religiosos ou militares. 
Depois de um lapso de aproximadamente 500 anos, historiadores consideram 
o período românico como o primeiro estilo coerente, internacionalizado, adaptado das 
abóbadas e formas das plantas das basílicas romanas. A aparência de “fortaleza” 
destas construções, devia-se as constantes guerras e invasões da época. 
Caracterizava este período também, além desta aparência de fortaleza, as técnica de 
construção modular, com interiores divididos em intercolúnios quadrangulares e 
grossos pilares sustentando arcos circulares e abobadas cilíndricas. 
Um fervor religioso entre os anos 1050 e 1350 estimulou os povos a quererem 
se ultrapassar uns aos outros em magnificência. Só na França, foram erguidas 80 
catedrais, 600 grandes igrejas e dezenas de milhares de igrejas paroquiais. A maior 
era a Abadia de Cluny, que comportava milhares de pessoas, 1200 monges 
abrigavam-se nela, e havia 12 casas de banho alimentadas por fontes de água 
corrente subterrâneas, possuía 183 metros de comprimento, torres múltiplas, 15 
capelas esculturas e afrescos no interior e um coro para 300 monges. Todo 
monastério tinha uma biblioteca, refeitório, clausura e edificações como estábulos, 
cervejaria e moinho. 
Uma das coisas que ditou a forma que se dava o interior das igrejas eram os 
suntuosos santuários que abrigavam as relíquias de santos adoradas pelos fiéis como 
mancha do sangue de cristo, pedaço da cruz, crânios, etc. Para que os peregrinos não 
atrapalhassem o cotidiano do clero com suas vizitas, foi criado um anel de circulação 
ao redor da nave. O formato da basílica eram duas naves laterais com cúpulas 
quadrangulares do lado de fora de uma nave com uma abobada cilíndrica. Havia 
também ambulatório e absides menores que guardavam outros tesouros. Para 
compensar a falta de luz, devido as espessas paredes e poucas janelas, algumas 
igrejas românticas adicionaram um terceiro andar as construções. Acima da tribuna o 
clerestório iluminava a nave, os registros da elevação em 3 níveis são separados por 
uma cornija horizontal que nos faz baixar a vista em direção da nave ao altar. Com um 
processo gradual para o gótico, foram acrescentadas grandes janelas que quebravam 
as massas de pedra. 
A Itália, nunca adotou completamente o estilo românico. O que fez foi adotar 
um híbrido de formas clássicas e europeias. E mesmo assim variavam de uma região 
para a outra. A unificação de estilos só aconteceu em 1870, as cidades eram 
intensamente chauvinistas. A Basílica de San Miniato Al Monte mostra influência 
clássica. Cinco arcos saltam de capitéis coríntios, e emolduram 3 portas no nível mais 
baixo da fachada. A forma dos níveis superiores se parecem com as de um templo 
antigo e os padrões geométricos de mármore verde sobre o branco remetem as 
edificações romanas. 
A abóbada nervurada foi uma inovação inglesa. Favorecidos pela abundância 
de calcário, granito e arenito, os normandos (vikings) produziram uma série de 
magníficas catedrais e abadias. De caráter rigorosamente cruciformes as igrejas 
tinham naves longas e estreitas, quase sempre torres gêmeas nas entradas e uma 
torre sobre o cruzeiro, grandes trifórios (galerias superiores sobre as naves laterais 
acima das tribunas) e clestórios. Pilastras maciças cilíndricas ou agrupadas sustentava 
o telhado. A catedral de Durham na Inglaterra é uma das maiores igrejas românticas 
da Europa. Ela fazia parte de um complexo formado por um castelo e um monastério 
beneditino. Tinha 143 metros de comprimento, imensos pilares cilíndricos maciços. 
Suas colunas eram entalhadas com padrões ziguezagueados e losangos que se 
retorcem, fazendo uma onde em movimento.

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