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Bens, Negócios Jurídicos, Nulidade de Negócios Jurídicos, Prescrição e Decadência

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Prescrição (art. 189 a 206, do CC) e Decadência (Art. 207 a 211, do CC)
*O direito de ação é um direito que não prescreve nunca.
*A prescrição extingue a pretenção.
Ultrapassado o prazo, o autor não tem mais a pretensão em juízo contra o réu.
Pretenção é o poder jurídico que o ordenamento confere ao credor de, coercitivamente, exigir do devedor o cumprimento da prestação inadimplida.
*Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretesão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 (que traz prescricional geral máximo de 10 anos) e 206 (que traz prazos prescricionais especiais).
OBS: Os prazos prescricionados estão sempre previstos na lei, e, no Código Civil, nos artigos 205 e 206.
Diferentemente, o prazo decadencial (a decadência) nada tem a ver com a pretensão nem com violação de direito de conteúdo prestacional.
O direito potestativo não tem conteúdo prestacional, consistindo em um mero direito de interferência na esfera jurídica da outra parte, que nada pode fazer. Existem direitos potestativos sem prazo para o seu exercício, a exemplo do direito de divórcio. Se o direito potestativo tiver prazo para o seu exercício, este será sempre decadencial. Prazo decadencial é o prazo para o exercício do direito potestativo.
OBS: Vale acrescentar que os prazos decadenciais podem ser legais (a exemplo da anulação do negocio juridico) ou convencionais (a exemplo do prazo de desistência de um contrato).
*A prescrição é associada às ações condenatórias, relacionadas com direitos subjetivos.
*A decadência está associada a direitos potestativos e às ações constitutivas (ações anulatórias). Relaciona-se, ainda, com um estado de sujeição.
OBS: As ações declaratórias (nulidade) são imprescritiveis. Art. 169, do CC.
OBS: Conforme a lei e a jurisprudência o termo a quo da prescrição ocorre com o conhecimento do fato do qual decorre o direito de exigir, teoria da actio nata com viés sujetivo. 
Ex: REsp 694.287/RJ - erro médico detectado 16 anos após o fato - constatação em exame radiográfico de agulha cirurgica em abdomen.
Art. 190, do CC - A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão. Ex.impossibilidade de alegar compensação. Quando a exceção se funda em um direito do réu, como a comepnsação, prescrito o direito do autor não há mais como excepciona-lo; exceção=defesa.
*Causas impeditivas, suspensivas e interruptivas do prazo prescricional
Em regra, tais causas aplicam-se apenas aos prazos prescricionais, e somente em situações excepcionais vizualizamos causas que iterferem no curso de um prazo decadencial. (ex: art. 26, paragrafo 2º, do CDC). Art. 207 do CC.
Causas impeditivas; obsta o início do prazo: Enquanto casados, o prazo não começa a correr.
Causa suspensiva; paralisa o prazo que está em curso: Se no curso do prazo o credor casa com a devedora, irá ocorrer a suspensão do prazo, voltando a correr de onde parou se o casal se divorciar. 
OBS: Ambas estão nos arts. 197, 198 e 199)
*Características fundamentais da prescrição e da decadência
- Os prazos prescricionais são todos em anos; os decadenciais podem ser em dias, meses ou anos.
- Quando o juiz acolhe uma das duas, ele julga o mérito da questão.
- Os prazos prescricionais não podem ser alterdos pelas vontades das partes (art. 192), bem como, por óbvio, os prazos decadenciais legais.
- A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição pela parte interessada (art. 193); a decadência legal também, e pode ser reconhecido como ofício, o que não ocorre na decadência convencional. Já, a decadência convencionall depende da manifestação do interessado (art. 211).
- Em respeito ao princípio da cooperatividade, para os processos em curso, é importante que o juiz, antes de pronunciar de ofício a prescrição, conceda prazo para que as duas partes se manifestem.
Nesse prazo, o devedor pode renunciar à alegação de prescrição, que é uma defesa sua (art. 191). Caso permaneça o devedor silente, poderá o juiz então pronunciar de ofício a prescrição. 
OBS: A renuncia só é possivel após se consumar a prescrição. Na decadência legal não pode haver renúncia, em qualquer hipótese. A decadência convencional pode ser renunciada.
A decadência corre contra todas as pessoas, exceto os absolutamente incapazes. Art. 3º do CC.
Prazo decadencial geral de 2 anos, (art. 179, do CC.)
**DOS BENS
*As relações juridicas são compostas por sujeitos e objeto.
* Sujeito pode ser uma pessoa física ou jurídica.
*Objeto é tudo aquilo que se pode submeter ao poder dos sujeitos do direito.
* Os bens são objeto das relações jurídicas que se formam entre os sujeitos.
* Coisa é tudo aquilo que existe na natureza, bem é espécie da coisa, pois são coisas que possuem valor econômico e pode ser apropriável pelo homem.
*Patrimônio é o complexo das relações jurídicas de uma pessoa que tiver valor econômico.
OBS: Não integram patrimônio as relações afetivas, os difeitos personalissimos, enominados direitos não patrimoniais. 
*Os bens e direitos integrantes do patrmônio podem ser objeto de transferência entre pesoas, mas somente a título singular, eis que é vedada a transmissão, em vida, do patrimônio como um todo (universal).
No CC, há três capitulos diferentes:
I - Dos bens considerados em si mesmos;
II- Dos bens reciprocamente considerados;
III- Dos bens públicos.
*Classificação dos bens
Quanto à Tangibilidade: essa distinção não está prevista no CC.
a) Materiais: chamados de bens tangiveis, corporeos (res corporales). Possuem existência material, podem ser percebidos pelos nossos sentimentos. Ex: Animais, cadeiras, automóvel.
b) Imateriais: intangíveis ou incorpóreos (res incorporales). Possuem existência abstrata, não são percebidos pelos sentimentos. Existem por disposição jurídica. Ex: direitos autorais, créditos, direitos hereditários, a sucessão aberta, o fundo de comércio, o software, o know-how, etc.
OBS: 
Os bens corporeos poderão ser alienados.
Os bens incorpóreospoderão ser cedidos.
I- DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
Quanto à mobilidade:
1) Bens Móveis:
a.1 - Móveis por natureza: podem ser transportados de um local para outro, sem que se destruam. Ex. livro; materiais para futura construção, materiais provenientes de demolição de prédio, navios, aviões.
Se eles têm movimento por força própria serão semoventes (animais). Art. 82.
a.2 - Móveis por antecipação: mobilizados por ação humana. Ex. fruta colhida, madeira cortada.
Art. 84: "materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os proveninentes da demolição de algum prédio."
OBS: Esses ultimos não perdem carater de imoveis, se houver a intenção de reempregá-los na reconstrução do prédio demolido.
OBS**: Navios e aeronaves são bens moveis especiais, embora possuam registro pessoal e admitam hipoteca.
*Os bens móveis são transferidos pela simples tradição, ou seja, entrega do objeto de uma pessoa para outra. 
*Os imóveis dependem de escritura pública e registro em Cartório. (arts. 108, 1.226 e 1227)
*Quanto aos direitos reais (mencionado no art. 83, inc. II), compreendem tanto os de gozo e fruição sobre os objetos móveis (propriedade, usufruto...), como os de garantia (penhor, hipoteca) e as ações a eles correspondentes.
2) Bens Imóveis:
*Não podem ser transportados sem destruição, em regra.
*O solo e tudo quanto lhe for incorporado de maneira natural ou artificial.
*São denominados bens de raiz.
Espécies:
b.1 - Bens imóveis por natureza: solo, arvores, frutos pendentes, espaço aéreo;
b.2- Bens imóveis por acessão física industrial ou artificial: a imobilidade decorrente de uma atividade humana, concreta e efetiva. Ex: plantações e construções.
OBS: Não se incluem as construções provisórias, que se destinam à remoção ou retirada, como os circos e parques de diversões, as barracas de feiras, pavilhões etc.
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
As edificações separadas do solo conservando a unidade removidas para outrolocal;
Os materiais provisoriamente separados de um prédio reempregarem.
*** O que se considera é a finalidade da separação, a destinação dos materiais.
b.3 - Bens Imóveis por determição legal: são considerados imóveis por força de lei, a fim de ter maior proteção jurídica. Ex: direitos reais sobre bens imóveis, o direito à sucessão aberta. Art. 80.
*Os direitos reais sobre imóveis, de gozo (servidão, usufruto etc.) ou de garantia (penhor, hipoteca), são considerados imóveis pela lei, bem como as ações que os asseguram. 
*A transferência da propriedade de um imóvel depende de registro em cartório. Art. 108.
Necessária a vênia conjugal para dispor sbre direitos reais sobre bens imóveis.
2) Quanto à fungibilidade: 
2.1 - Bens Fungíveis: art. 85. São móveis substituíveis por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Ex: café, arroz, milho. Dinheiro e gêneros alimentícios.
2.2 - Bens Infungíveis: são insubstituíveis, determinados em razão de qualidade individuais, personalizados. É característica própria de imóveis, mas está presente em bens móveis. Ex. Veículo automotor, obra de arte realizada por artista de renome, casa, escultura famosa.
*- A moeda é um bem fungível. 
*- Um boi é infungivel e, se emprestado a um vizinho de serviço, deve ser devolvido.
*- Uma cesta de frutas e uma garrafa de vinho nobre são bens fungíveis. 
3) Quanto à Consuntibilidade:
3.1 - Bens Consumíveis: Art. 86.
São consumíveis "os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação"
A) Consumíveis de fato (natural ou materialmente consumíveis): aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria substância, como os gêneros alimentícios. Existinguem-se pelo uso normal, exaurindo-se num só ato.
B) Consumíveis de direito (juridicamente consumíveis): os que se destinam à alienação, como as mercadorias de um supermercado.
Obs. não é consumível a roupa, que lentamente se gasta com o ordinário. 
Obs. os livros nas prateleiras de uma livraria serão consumíveis por se destinarem à alienação, mas nas estantes de uma biblioteca, serão inconsumíveis, porque aí se acham para serem lidos e conservados.
3.2- Bens Inconsumíveis:
Podem ser usados de forma contínua e reiterada sem haver destruição. Não quer dizer que sejam eternos, indestrutíveis, há o desgaste natural pelo uso. Ex.automóveis, roupas.
*Poderão ser inconsumíveis pela vontade das partes - empréstimo de garrafa de vinho raro para exposição.
4) Quanto à divisibilidade: "a fragmentação deve respeitar as qualidade essenciais do todo"
4.1 - Bens Divisíveis: podem ser frecionados sem alteração da sua substância, sem diminuição considerável de valor ou prejuízo para o uso a que se destinam.
Ex. divisão em porções iguais de uma saca de feijão. Art. 87.
*Os bens divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação das partes.
4.2- Bens Indivisíveis: não podem ser divididos, pois isso faria com que deixassem de ser um todo perfeito, gerando desvalorização ou perda das qualidades essenciais.
4.2.1 - Indivisíveis por natureza: ex. um animal, um quadro, um relógio.
4.2.2 - Indivisíveis por determinação legal: indivisíveis por força de lei. Ex. herança, módulo rural, lote urbano.
4.2.3 - Indivisíveis por vontade das partes: estipulada em contrato. Art. 88.
5- Quanto à Individualidade:
5.1 - Singulares ou individuais: a regra é a singularidade dos bens, que somente serão coletivos por previsão legal ou determinação das partes. Ex. uma mesa, uma caneca.
5.2- Coletivos ou universais: objetos independentes que se unem num só todo. Forma um todo. Ex. materiais da construção que formarão um edificação.
Preceitua o art. 89:
"São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais."
Ex: Uma árvore pode ser bem singular ou coletivo, conforme seja encarada individualmente ou agregada a outras, formando um todo, uma universalidade de fato (uma floresta).
Já uma caneta, por exemplo, só pode ser bem singular, porque a reunião de várias delas não daria origem a um bem coletivo.
5.1.1- Espécies de bens singulares:
*Simples, quando suas partes, da mesma espécie, estão ligadas pela própria natureza, como um cavalo, uma árvore;
*Compostos, quando as suas partes se acham ligadas pela indústria humana, como um edifício. "As coisas simples que formam a coisa composta, mantendo sua identidade, denominam-se partes integrantes.
Bens Coletivos:
5.2.1 - Universalidade de fato: art. 90.
Conjunto de bens singulares da mesma pessoa com mesma destinação. Ex. biblioteca, par de sapatos.
5.2.2- Universalidade de direito: art. 91.
Conjunto de relações juridicas de uma pessoa, com valor econômico. Ex. herança, massa falida.
6) Quanto à reciprocidade ou dependência:
6.1- Bens principais: têm existência independentemente dos demais. Ex. solo existe por si.
6.2- Bens acessórios: a existência supõe a do principal, estão vinculados a uma finalidade econômica do bem principal. Ex. juros, frutos, benfeitorias. A árvore depende do solo.
Obs. a lei ou contrato pode excepcionar essa regra.
Pricípio da gravitação jurídica: o acessório segue o principal.
Espécies de bens acessórios:
A) Partenças: é o bem que, não constituindo parte integrante, destina-se, de modo duradouro, ao uso, serviço ou embelezamento de outro. Ex. trator em uma fazenda, cama. Em regra, não acompanham o principal, salvo convenção, lei ou das circunstâncias do caso. (Art. 94). Ex. pertença essencial = piano em conservatório musical é essencial. Na casa, não.
Diferença entre parte integrante e pertença: parte integrante não tem autonomia de pertença. 
Ex. lâmpada e lustre, aquela não serve pra nada fora do lustre.
B) Benfeitorias: obra (melhoramento) acrescida a um bem, a fim de evitar deterioção (necessárias - substituição do telhado); melhorar seu uso (úteis - nova garagem); dar mais comodidade (voluptuárias - construção de uma piscina, colocar piso de mármore no hall de entrada). Art. 97
C) Frutos: utilidade que a coisa produz de forma periódica. Podem ser: Civis (rendimentos produzidos pela coisa por utilização por outra pessoa - juros, aluguéis); naturais (se renovam periodicamente. Exs. Frutos de arvore) ou industriais (intervenção do homem sobre a natureza, decorrem da atividade humana. Ex. produção de uma fábrica).
C.1- Frutos pendentes: ainda estão unidos à coisa que os produziu. Ex. laranjas não colhidas.
C.2- Frutos percebidos: já foram colhidos. Ex. laranjas colhidas.
C.3- Frutos estantes: estão armazenados ou acondicionados para venda. Ex. laranjas no supermercado.
C.4- Frutos percipiendos: deveriam ter sido colhidos, mas não foram. Ex. laranjas que apodreceram.
C.5- Frutos consumidos: já inexistentes porque foram utilizados. Ex. laranja consumida.
D) Produtos: saem do bem principal diminuindo sua quantidade, porque não se reproduzem periodicamente, como as pedras e os metais, que se extraem das pedreiras e das minas. Ex. pepita de uma mina de ouro.
7- Quanto à titularidade:
7.1- Bens particulares: são pertencentes a pessoas físicas ou jurídicas de direito privado.
Obs: Há bens que não são particulares, nem públicos. São "coisas de ninguém" - peixes do mar, animais da floresta, etc.
7.2- Bens Públicos: são de domínio nacional, pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno - União, Estados, DF e Municípios - art. 98
7.2.1- Bens públicos de uso comum do povo: podem ser usados de forma livre pelas pessoas. Podem ser cobradas restituições pelo uso Ex. mares, rios, praias, estradas, ruas, praças. Art. 99.
7.2.2- Bens públicos de uso especial: são os que se destinam especialmente à execução dos serviços públicos. Ex. escolas, hospitais.
7.2.3- Bens públicos de uso dominical: não são utilizados pelo povo, nem pela administração pública. Obs. são alienáveis. Art. 99, III.
Desafetação é a alteração da destinação do bem, "visando incluir bens de uso comum do povo, ou bens de uso especial, na categoria de bens dominicais, para possibilitara alienação, nos termos das regras do Direito Administrativo. Art. 100
Obs. os bens públicos, em regra, são inalienáveis; imprescritíveis (não estão sujeitos à usucapião); impenhoráveis.
Bem de família:
a) Voluntário
b) Legal
Voluntário (convencional): art. 1711 e seguintes. Não possui quase que nenhuma aplicabilidade prática.
Conceito: é aquele instituído por ato de vontade do casal, da entidade familiar, mediante registro no cartória de imóveis (art. 167, I)
Obs. logicamente, instituidor do bem de família deve ser pessoa solvente, a fim de se evitar fraudes contra credores.
Efeitos do bem de familia voluntario:
a) A impenhorabilidade do bem por dívidas futuras, nos termos do art. 1715.
b) A inalienabilidade do bem, nos termos do art. 1717. Não pode ser vendido nem doado.
Requisitos:
a) O seu valor não poderá ultrapassar o teto de 1/3 do patrimônio líquido dos seus instituidores (o casal, se for o caso), a fim de evitar fraude (blindar todo o patrimônio).
b) É possível ao instituidor afetar valores mobiliários (rendas) para constituir o bem de familia, ou seja, pode vincular à escritura rendas que sirvam para a manutenção do imóvel ou da família (ex. valor para pagar o condomínio).
2) Legal: Diferentemente do bem de família voluntário, não se exige, para criação nenhum ato de vontade, nem, muito menos, registro de catorário ou limite de valor, vale dizer, o bem de família legal consagra uma impenhorabilidade protetiva automática diretamente deriada da lei (razão pela qual tornou o bem de família voluntário pouco usado).
Obs.: na prática, inúmeras são as vantagens do bem de família legal, razão porque poucas são as situações em que o bem de família voluntário afigura-se mais útil, ou seja, se a pessoa tiver duas ou mais residências, a proteção automática recairá sobre o imóvel de menor valor, salvo se ele houver instituído o imóvel de maior valor como bem de família voluntário.
FATOS JURÍDICOS
*Somente o acontcimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito, pode ser considerado fato jurídico.
a) Fato jurídico em sentido estrito ou naturais: é todo acontecimento natural que deflagre efeitos na órbita jurídica, podendo ser ordinário ou extraordinário. É um fato jurídico em sentido estrito ordinário.
-ordinários, como o nascimento e a morte, que constituem respectivamente o termo inicial e final da personalidade, bem como a maior idade...
- extraordinários, que se equadram, em geral, categoria do fortuito e da força maior: terremoto, raio...
b) Fatos humanos/ato jurídico em sentido amplo: se dividem em ações lícitas (ato jurídico) e ilícitas (ato ilícito).
Os fatos humanos ou atos jurídicos em sentido amplo são ações humanas que criam, modificam, transferem ou extinguem direitos e dividem-se em:
-lícitos: atos humanos a que a lei defere os efeitos almejados pela agenda. Praticados em conformidade com o ordenamento jurídico, produzem efeitos jurídicos voluntários, queridos pelo agende;
-ilícitos: por serem praticados em desacordo com o prescrito no ordenamento jurídica, embora repercutam na esfera do direito, produzem efeitos jurídicos involuntários, mas impostos por esse ordenamento. Em vez de direito, criam deveres, obrigações.
Ato jurídico se subdivide em: ato jurídico em sentido estrito (não negocial), ato-fato e negócio jurídico.
Ato-fato: não está previsto no CC e não é aceito por todos. Diferente do sentido estrito é desprovido de vontade consciente na sua realização e nos efeitos juridicos. Ex. criança que compra um chocolate.
No ato-fato, ressalta-se a consequencia, sem se levar em consideração a vontade de praticá-lo. O efeito não é buscado e nem imaginado pelo agente, mas decorre de uma conduta e é sancionado pela lei, como no caso da pessoa que acha, casualmente, um tesouro. Ocorre sem vontade, ainda que se trata de um absolutamente incapaz.
-Ato jurídico em sentido estrito: Comportamento voluntário e consciente, que deflagra efeitos jurídicos predeterminados na lei, sendo os efeitos jurídicos do ato jurídico em sentido estrito. Ex. atos de comunicação, reconnhecimento do filho.
-Negócio jurídico: O negócio jurídico, baseado na autonomia privada, traduz uma declaração de vontade limitada pelos princípiosda função social e da boa=fé objetiva, pela qual o agente pretende livremente alcançar determinados efeitos juridicamente possíveis. Ex. Contrato.
Classificação dos negócios Juridicos:
Unilaterais, bilaterais e plurilaterais
*Unilaterais - são os que se aperfeiçoam com uma única manifestação de vontade, como ocorre no testamento, no codicilo, na instituição de fundação, na renúncia de direitos, procuração, nos títulos de crédito, na confissão de dívida, na renúncia à herança, na promessa de rcompensa. Subdividem-se em:
a) receptícios - aqueles em que a declaração de vontade tem de se tornar conhecida do destinatário para ter efeitos. ex. denuncia, resilição de um contrato, revoção de mandato, promessa de recompensa.
b) não receptícios - aqueles em que o conhecimento por parte de outras pessoas é irrelevante. ex. testamento e confissão de dívida.
*Bilaterais - duas manifestações de vontade coincidem sobre o objeto.
a) bilaterais simples - somente uma das partes aufere vantagem, enquanto a outra arca com os ônus, como ocorre na doação e comodato;
b)sinalgmáticos - aqueles que outorgam ônus e vantagens recíprocos, como compra e venda e na locação, verbi gratia=reciprocidade.
*Plurilaterais - envolvem mais de duas partes como contratos em sociedade com mais de dois sócios e consórcios de bens móveis e imóveis. Decorrem da desição da maioria.
Gratuitos e onerosos: quanto às vantagens patrimoniais que podem produzir, os negócios classificam-se em gratuitos e onerosos, neutros e bifrontes.
*Gratuitos são aqueles que em só uma das partes aufere vantagens e benefícios. ex. Doação pura e no comodato.
*Onerosos são em que ambos os contratantes auferem vantagens, às quais, porém, corresponde um sacrifício ou contraprestação. São dessa especie quando impõe ônus e acarretam vantagens a ambas as partes ao mesmo tempo.OBS: Todo negócio oneroso é bilateral, porque a prestação de uma das partes envolve uma contraprestação da outra. Mas nem todo ato bilateral é oneroso.
Os negocios juridicos subdividem em:
a) comutativos: prestações certas e determinadas.
b) aleatórios: incerteza, para as duas partes, sobre as vantagens e sacrifícios que deles podem advir. A perda ou lucro dependem de um fato futuro e imprevisível.
“Inter vivos” e “mortis causa” - momento da produção dos efeitos
*Inter vivos: produzir efeitos desde logo, estando as partes ainda vivas
*Mortis causa: destinados a produzir efeitos após a morte do agente. São sempre nominados ou típicos. Podem, no entanto, criar tipos novos de negócios inter vivos.
Principais, acessórios e derivados
*Principais: os que tem existência propria, como compra e venda, locação, permuta.
*Acessórios: existência subordinada à do contrato principal, como fiança, penhor e hipoteca. 
A natureza de ambos é a mesma, salvo estipulação em contrário na cnvenção ou na lei.
*Negocios deriados ou subcontratos: por objeto, direitos estabelecidos em outro contrato, denominado básico ou principal (sublocação e subempreitada, por exemplo). São dependentes um do outro. O locatório, por exemplo, transfere os direitos que lhe assistem, mediante a sublocação.
Planos de análise do negócio jurídico
1) Plano de existência: O CC não disciplina esse plano, é substantivo. Se faltar, no suporte fático um desses elementos, o fato não ingressa no mundo jurídico: é inexistente. 
2) Plano de validade (art. 104): Pressupostos para que o negocio tenha aptidão para gerar efeitos. Sendo eles: vontade livre e de boa-fé, agente capaz e lgitimado, objeto lícito, possível e determinado ou determinárvel e forma prescrita ou não defesa em lei. ex. negócio solene. art 108
3) Plano de eficácia: O plano da eficácia é onde os fatos jurídicos produzem os seus efeitos. Ex: casamento anulável celebrado de boa-fé. Embora inválido, geratodos os efeitos de um casamento válido para o cônjuge de boa -fé (CC, art. 1.561). 
Elementos acidentais do negócio jurídico
Os elementos acidentais não são obrigatórios. Em regra, eles estão no plano da eficácia. 
1) Condição: relaciona os seus efeitos a evento futuro e incerto. 
Macete: aparece a conjunção “se” ou “enquanto”. 
Classificações da condição: 
a) Quanto à licitude: lícita ou ilícita. 
b) Quanto à possibilidade: possível ou impossível. 
Possível é aquela que pode ser realizada no plano físico e jurídico. 
c) Quanto à origem: causal, potestativa ou mista. 
*Causal/casual é aquela que decorre da natureza. 
*Potestativa é aquela que decorre da vontade. Subdivide-se em:- Puramente potestativa: aquela que tem vontade de apenas uma das partes, é ilicita. E Simplesmente/meramente potestativa: tem vontade de uma parte + vontade da outra parte. É lícita. 
*Mista é aquela que há vontade de um + vontade do outro + evento da natureza. É lícita. 
d) Quanto aos efeitos: suspensiva ou resolutiva. 
Suspensiva é aquela que suspende a aquisição e o exercício do direito (art. 125). A conjunção que aparece é o “se”. 
Resolutiva é aquela que gera a extinção do direito quando de sua ocorrência. A conjunção é “enquanto”. 
2) Termo 
É o elemento acidental do negócio jurídico que relaciona sua eficácia a evento futuro e certo. A conjunção que aparece é “quando”. 
“Quando começa” é o termo inicial (dies a quo). 
“Quando termina” é o termo final (dies ad quem). 
Prazo é o lapso temporal entre o termo inicial e o termo final. 
Art. 135: ao termo inicial se aplicam as regras da condição suspensiva e ao termo final se aplicam as regras da condição resolutiva, no que couber. 
Atenção: o termo inicial não suspende a aquisição do direito, mas apenas o seu exercício (art. 131). 
Classificação do termo:
a) Quanto à origem: legal ou convencional 
b) Quanto à certeza: certo ou incerto.
Certo/determinado é aquele que sabe que ocorrerá e quando ocorrerá. Ex: fim de um contrato. 
Incerto/indeterminado é aquele que sabe que ocorrerá, mas não sabe quando. Ex: morte. 
3) Encargo/modo 
É um ônus/fardo introduzido em ato de liberalidade. É um “presente de grego”. 
As conjunções são “para que” e “com o fim de”. Ex: dou-lhe um terreno para que você construa em parte dele um asilo. O donatário já recebe o terreno (art. 136). Se o asilo não for construído no prazo, caberá revogação da doação (art. 555 do CC). 
DEFEITOS DO NEGOCIO JURIDICO
*São analisados no campo da validade.
*Hipóteses em que a vontade se manisfeta com algum vicio e que torna o negocio anulavel.
O código civil brasileiro menciona e regula seis defeitos: erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão e fraude contra credores.
*Dispõe no art. 178, é de 4 anos o prazo contra credores.
Se não for descrito pelo juiz, o prazo será de 2 anos.
Vícios de consentimento: provocam uma manifestação de vontade não correspondente com o íntimo e verdadeiro querer do agente.
Vício social: é exteriorizada com a intenção de prejudicar terceiros.Fraude contra credores.
- Erro: falsa representação da realidade. O agente engana-se sozinho.
a) Erro essencial ou substancial: Quando, se o agente conhecesse a verdade, não manifestaria vontade de concluir o negócio juridico.
b) Erro acidental: Trata-se de qualidades secundárias do objeto ou da pessoa. Se conhecida a a realidade, ainda assim o negocio seria celebrado.
Art. 143 do CC.
Espécies de erro substancial:
Sobre o negócio: uma das partes manifesta a sua vontade, pretendendo e supondo celebrar determinado negocio juridico, e, na verdade, realiza outro diferente.
Sobre o objeto: objeto diverso daquele que o agente tinha em mente.
Sobre algumas qualidades essenciais do objeto: quando o motivo determinante do negocio é a suposição de que o objeto possui determinada qualidade e depois verifica-se não existir.
Sobre pessoa: caracteristicas de identificação da outra parte. 
Erro de direito: a alegação de ignorancia da lei, que não é admitida quando apresentada como justificativa para seu descumprimento.
Convalescimento do erro: Art.144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferece para executá-la na coformidade da vontade real do manifestante.
- Dolo: Artificio empregado por uma das partes ou terceiros para induzir o outro declarante ao erro.
*Só invalida o negocio se o dolo for principal, pois ataca a causa do proprio negocio. (art. 145)
*O dolo acidental não invalida o negocio só obriga a pagar perdas e danos (art. 146)
Mesmo havendo dolo acidental, o negócio seria celebrado de qualquer forma, presente ou não o artificio malicioso.
-Dolo positivo ou comissivo: Praticado por ação. ex: publicidade enganosa
-Dolo negativo ou omissivo: é o dolo silencioso, intencionalmente doloso. (art. 147)
-Dolo reciproco ou bilateral: ambas as partes agem dolosamente. Art. 150
-Dolo de terceiro: o art. 148 só invalida o negocio, se o beneficiario soubesse ou tivesse como saber da atuação dolosa. Caso contrario, o terceiro irá indenizar o prejudicado.
-Dolo do representante legal: art. 149, só obriga o representante a responder até a importancia do proveito que teve, se o dolo for o represetante convencional, ele responde solidariamente com ele por perdas e danos.
- Coação: é a coação moral. Uma violência psicologica empregada contra a vitima para que realize negocio que a sua vontade interna não deseja efetuar.
OBS: Art. 153: temor reverencial é o respeito a autoridade, não configurando coação
Coação exercida por terceiro: art. 154 e 155, admitem invalidade do negocio juridico, desde que o beneficiario soubesse. Difere-se de dolo de terceiro em razão da solidariedade entre beneficiario e coator, expressa no art. 154.
Estado de perigo: art. 156. Uma das partes, premida da necessidade de salvar-se ou a pessoa proxima, assume uma obrigação excessivamente onerosa.
OBS: Exige-se que o vicio seja conhecido pela outraparte. OBS2:Não sendo pessoa de familia, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.
- Lesão: art. 157. desproporção existente nas prestações pactuadas, que ponha eem risco valores existenciais fundamentais, como a vida e a saúde.
a) Requisito objetivo: a desproporção entre as prestações do negócio.
b) Subjetivo: necessidade da parte prejudicada
-Fraude contra credores: art. 158/165. vicio social do negocio presente quando o devedor pretende ou realiza negocios onerosos no intuito de prejudicar credores.
Ação anulatoria: prazo decadencial de 4 anos da celebração do negocio fraudulento
Fraude contra credores = intenção de prejudicar credores + atuação em prejuízoaos credores.
Requisitos.
- Nulidade dos negocios juridicos: Invalidade em sentido amplo, um negocio que não produz efeitos e se dá por: nulidade absoluta ou nuldade relativda (anulabilidade).
Classificações da invalidade:
A) Quanto ao grau: 
1)Nulidade absoluta: negocio juridico nulo, mais grave, envolve ordem publica.
2) Nulidade relativa ou anulabilidade: negocio juridico anulavel, menos grave, ordem privada.
B) Quanto à extensão/anulabilidade:
1) Invalidade total: todo o negocio invalido (nulo ou anulavel)
2) Invalidade parcial: parte do negocio invalido (nulo ou anulavel)
Art. 184 
1) Nulidade absoluta: gera negocio juridico nulo (nulidade).
a1) Negocio celebrado por absolutamente incapaz - menor de 16 anos;
a2) Objeto de negocio ilicito ou indeterminavel
a3) Motivo para ambas as partes do negocio é ilicito e o motivo é um aspecto subjetivo da causa;
a4) Desrespeito à forma/solenidade
a5) Fraude à lei imperativa
a6) Quando a lei prevê expressamente que o negocio é nulo
B) Efeitos e procedimentos da nulidade absoluta: Cabe ação declaratoria de nulidade. Prazo para erguir: 2 correntes - imprescritivel (art. 169)
OBS: Nulidade absoluta, não admite covalidação.
Exceção é o art. 170 - o negocio juridico nulo pode ser convertido em outro se tiver os requisitos do ultimo e se as partes quiserem conversãoEfeitos da sentença de nulidade: erga omnes (contra todos) e ex tunc (retroativos à celebração do ato).
-Simulação: Não pretende atingir o efeito que juridicamente deveria produzir. Passou a ser vista como causa de nulidade absoluta (art 167)
Absoluta: não gera efeito nenhum, só é aparentemente normal. Ex; uma venda simulada.
Relativa: As partes criam um negocio juridico destinado a encobrir um outro negocio de efeitos proibidos por lei.

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