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Edmund Leach e a Antropologia

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2) Lemos e discutimos dois trechos da produção antropológica / etnográfica de Edmund Leach. Um que apresenta o trabalho desenvolvido junto à sociedade Kachim (Sistemas Políticos da Alta Birmânia) e outro, que analisa a partir das regras propostas por Lévi-Strauss um trecho bíblico (O Gênesis enquanto Mito). Apresente uma leitura dos textos problematizando a questão da atuação dos indivíduos, isto é: a reprodução a partir dos modelos necessariamente precisa incorporar o desafio posto pela atualização dos mesmos, quando indivíduos e grupos podem fazer interpretações divergentes. 
Podemos retomar em Leach a ideia de que há sociedade e nela os indivíduos tomam decisões, realizam ações etc. Sem elas quais forem afetam o seu meio social, posso afirmar de forma concreta que Leach defende a existência de um desequilibro social diante das decisões individuais, ou seja, decisões essas são geradas em meio a um grupo e podem divergir desse mesmo grupo. A sua ideia parte do princípio de que o homem sempre tentará articular as coisas em prol do seu próprio interesse.
Leach observa em “Sistemas Políticos da Alta Birmânia” que existe uma estrutura idealizada nas sociedades onde, de certa forma, há sentido nas relações e todas ocorrem diante de um funcionamento ideal sem atrapalhar todo o contexto da sociedade. Entretanto o autor identifica que essa harmonia observada pelos funcionalistas é diferente do que se observa na pesquisa de campo. Portanto, há diferenças entre os relatos que conhecemos e a observação real do grupo. Dessa forma isso que chamei de harmonia fracassa trazendo à tona a ideia do desequilíbrio.
Se tomarmos como exemplo os Chan podemos observar que a alteração de patamar existente pode demonstrar de forma perceptível as mudanças na sociedade, ou seja, mudando algumas vezes a estrutura da sociedade da forma não harmônica que tratei. Dessa forma essas alterações da sociedade ocorrem pela tentativa dos indivíduos de mover de castas, portanto, uma decisão muitas vezes relacionada ao interesse próprio.
O que se diz acerca do mito é que o rito e o mito não são coisas separadas, o rito é a expressão física de um mito e por esse motivo juntos formam uma coisa só. A ideia é de que o rito expressa o equilíbrio da sociedade, diferente da convivência real fora dos rituais, dessa forma os rituais expõe a forma correta que as coisas funcionam mesmo que assim elas não apareçam no dia a dia.

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