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RENATA GARCIA RODRIGUES
EDUCAR, CUIDAR E BRINCAR: A INDISSOCIABILIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
COXIM-MS
2013
EDUCAÇÃO INFANTIL E A PRÁTICA PEDAGÓGICA
Renata Garcia Rodrigues�
RESUMO
O artigo elaborado visa aprofundar os conhecimentos dos profissionais da Educação, proporcionando uma reflexão sobre a importância do fazer pedagógico na Educação Infantil, contemplando a unicidade entre o educar, o cuidar e o brincar, tendo subsídios teóricos de vários autores que abordam o assunto, como também algumas legislações que rege a Educação Infantil. A pesquisa relaciona a teoria com a prática e norteia o trabalho dos profissionais diretamente ligados na unidade educacional. Buscando o sucesso no desenvolvimento infantil e melhorando a qualidade na Educação desta modalidade e destaca a importância dos jogos, da ludicidade no desenvolvimento da criança, contribuindo dessa forma, com a socialização através do seu eu e tudo que a cerca. Os jogos trazem possibilidades de crescimento pessoal, pois quando a criança brinca ou participa de jogos, libera necessidades e interesses espontaneamente.
PALAVRAS-CHAVE: Educação infantil, Cuidar, Educar, Brincar, desenvolvimento infantil. 
1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa visa aprofundar os conhecimentos dos profissionais da Educação, proporcionando uma reflexão sobre a importância do fazer pedagógico na Educação Infantil, contemplando a unicidade entre o educar, o cuidar e o brincar, reconhecendo as contribuições que favoreçam o desenvolvimento infantil, favorecendo uma educação prazerosa de qualidade.
Tendo como objetivos gerais compreender as particularidades e a organização do trabalho pedagógico voltado para o Educar, Cuidar e o Brincar..
Alguns objetivos específicos foram elencados neste trabalho tais como:
Refletir sobre a Educação Infantil enfocada em âmbito sociocultural;
Meditar abordagens de teóricos pesquisados neste artigo;
Relacionar a teoria com a prática;
Estimular práticas pedagógicas que contemplem a unicidade entre o Educar, cuidar e o Brincar.
Favorecer sugestões de recreações aos educadores, a fim de auxiliar no desenvolvimento da criança.
A Educação Infantil na atualidade e na sua efetivação em sala de aula deve superar os métodos do cuidar isoladamente das questões lúdicas e pedagógicas, deve assegurar a relação tríplice na forma do desenvolvimento infantil, com educadores preparados e sabedores das particularidades que esta etapa educacional requer para proporcionar uma Educação de qualidade, para isso é importante que se ofereça um ambiente de trabalho harmonioso, motivador e eficaz. 
Este trabalho será desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica com o uso de publicações, interpretações de livros a respeito do tema, a fim de comprovar e aprofundar o conhecimento sobre o Educar, O Cuidar e o Brincar na Educação Infantil, demonstrar como esta tríplice deve acontecer e identificar os benefícios quando bem aplicada para o desenvolvimento infantil, apresentando reflexões, bem como a importância da ludicidade na Educação Infantil, buscando detectar qual o conceito de Infância, e o melhor método de trabalho a favorecer às crianças. O trabalho tem como ponto de partida repensar a respeito da Educação Infantil, conhecendo sua historicidade e realidade, no âmbito sociocultural e ancorado na LDB 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) que versa sobre este período educacional como a primeira etapa da educação básica, destacando que no processo de aprendizagem e desenvolvimento do ser humano, este é visto como sujeito social e produtor de cultura. Nesse sentido, importa lançar o olhar diferenciado sobre a criança e buscar entender que sua valorização se deu conforme a organização de cada sociedade, abarcando suas estruturas econômicas e sociais.
2 BREVE RELATO SOBRE A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL E O CONCEITO DE INFÂNCIA
A história da Educação Infantil foi construída ao longo dos anos e de acordo com a necessidade surgida no meio social. A concepção de Infância também teve transformações, sendo nos dias atuais é bem diferente de alguns séculos atrás. Até o século XVII a sociedade não dava muita atenção às crianças. Devido às más condições sanitárias, a mortalidade infantil alcançava níveis alarmantes, por isso a criança era vista como um ser ao qual não se podia apegar, pois a qualquer momento ela poderia deixar de existir. Muitas não conseguiam ultrapassar a primeira infância. O índice de natalidade também era alto, o que ocasionava uma espécie de substituição das crianças mortas. A perda era vista como algo natural e que não merecia ser lamentada por muito tempo. Segundo Badinter (1980), no século XVII, a filosofia e a teologia, manifestam medo da infância, na pessoa do Santo Agostinho, a infância não tinha valor, nem especificidade. Santo Agostinho jutificou a pedagogia com a palmatória, as varas e as ameaças, mantendo uma dureza na família e nos ambientes escolares, os pedagogos eram geralmente mestres em teologia, recomendavam aos pais terem frieza com seus filhos.
Já no século XVIII, existiu o envio de crianças para casa de amas de leite, se estendeu por toda camada da sociedade urbana, dos mais pobres aos mais ricos, nas pequenas e grandes cidades, torna-se um fenômeno generalizado e também para as mulheres que trabalhavam nas fábricas utilizavam deste recurso. Ainda neste século, a criança era vista como brinquedo, pensando que ela devia ser aquilo que se faria dela, pré-destinando seu futuro, seguindo um novo modelo, com a medicina e a educação.
No século XVIII, além da Educação a família passou a se interessar pelas questões relacionadas à higiene e à saúde da criança, o que levou a uma considerável diminuição dos índices de mortalidade.
As instituições de Educação Infantil começaram a crescer a partir da industrialização em foco, esta vida industrial e urbana despertou a atenção para novas questões. Muitas instituições foram criadas para cuidar da infância pelo fato das mães estarem sendo deslocadas no mercado de trabalho industrial, nesse contexto, as ruas estavam sendo ocupadas por crianças pobres. No início do século XIX, para tentar resolver o problema da infância, surgem iniciativas isoladas, como a criação de creches, asilos e internatos, que eram vistos como instituições destinadas a cuidar de crianças pobres. Estas instituições apenas encobriam o problema e não transformava a realidade destas crianças.
No final do século XIX, com o ideário liberal, inicia-se um projeto de construção de uma nação moderna. Surge no Brasil a idéia de “jardim-de-infância” que foi recebida positivamente por alguns setores sociais, ocasionando inúmeras discussões, pois a elite queria que o poder público se responsabilizasse pelo atendimento às crianças carentes. Com toda polêmica, em 1875 no Rio de Janeiro e em 1877 em São Paulo, eram criados os primeiros jardins-de-infância, de caráter privado, direcionados para crianças da classe alta. Um deles criado por um médico chamado Joaquim José Menezes de Vieira, no Rio de Janeiro.
Ao longo do século XX, observou-se também um crescente movimento pelo estudo da criança, definindo a infância como uma categoria social e historicamente construída. Movimento este que vem em defesa das crianças para a sua construção social enquanto sujeitos sociais de plenos direitos.
Segundo Kuhlmann (1998), a primeira creche surgiu ao lado da fábrica de Tecidos Corcovado, em 1899, no Rio de Janeiro. Outro impulso de fator crescente das instituições foi quando as autoridades governamentais reconheceram a grande presença feminina no trabalho industrial, reconhecendo também as indústrias do direito de amamentar, essa situação colaborou para que em, 1932, o trabalho feminino fosse regulamentado através do governo Getúlio Vargas.
De acordo com Kramer (1984) a ideia de infância aparece com a sociedade urbano-industrial, quando muda o papel social desempenhado pela criança na comunidade, em que na sociedade feudal,a criança exercia um papel produtivo direto e ao passar o período de alta mortalidade infantil, na sociedade burguesa, esta passa a ser alguém que necessita de cuidados, de escola e de ser preparada para o futuro, este novo modelo foi determinado historicamente pela modificação das formas de organização da sociedade. 
Em 1961, uma lei começou a mudar a história da Educação Infantil, a lei 4024/61, neste texto a criança de zero a seis anos de idade tinha o direito de receber educação.
Logo mais, a constituição de 1988, pela primeira vez na história do Brasil, reconheceu o direito próprio da criança pequena, do acesso à creche e pré-escola. O Estatuto da Criança e do Adolescente, lei n° 8.069 de 13 de julho de 1990, reforçou em seu Artigo 54 que: “É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: IV- Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade”. (ECA, 1990).
No Brasil temos, atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996, que ressaltou a importância da Educação Infantil, em seu titulo II, art. 2º nos mostra que:
A educação é dever da família e do estado inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, que tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, o seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (LDB 9394/96). 
De acordo com a Lei n° 12.796/2013 (altera a Lei LBD 9394/96), art.29°.
A Educação Infantil é considerada a primeira etapa da educação básica, ela tem como objetivo favorecer o desenvolvimento total da criança de zero a cinco anos de idade, abrangendo seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, completando a ação da família e da comunidade. (LEI N° 12.796/2013).
Diante deste cenário é possível verificar que, a partir da Constituição Federal de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, a criança no Brasil passa a ser objeto de legislação sob outro enfoque que o das legislações anteriores. Assim, os direitos sociais e fundamentais das crianças são reconhecidos como inerentes, evidenciando que, no atual contexto social brasileiro, as legislações proclamam que a criança é reconhecida como sujeito social de direitos e que instituições externas a família como os centros de educação infantil e pré-escolas devem ser garantidas a todos, como dever do Estado e opção da família de acordo com a nova lei n° 12.796/2013, até os três anos de idade sendo obrigatória a matrícula a partir dos quatro anos até 2016.
As crianças deixam de conviver somente nos espaços particulares, ou melhor, de se relacionarem com irmãos, primos, vizinhos próximos de idade semelhante, para ocuparem cada vez mais o espaço público das instituições externas a família e lá estabelecerem os contatos afetivos e sociais.
Diante desta trajetória em torno da infância e da história da Educação Infantil, precisamos reconhecer que as crianças se distinguem umas das outras nos tempos, nos espaços, nas diversas formas de socialização, nas etapas da escolarização, nos trabalhos, nos tipos de brincadeiras, nos gostos, nas vestimentas, enfim, nos modos de ser e estar no mundo. As relações sociais das crianças e suas culturas devem ser estudas entre si; as crianças devem ser atores na construção de sua vida social e da vida daqueles que a rodeiam. Para isso é necessário se pensar em uma educação que contemple a construção de um espaço para vivenciar o afeto, a socialização, os conflitos, a ampliação do repertório cultural das crianças a partir de um compromisso das instituições educativas, do Poder público e da família, permitindo construir sentimentos de respeito, troca, compreensão, alegria, apoio, confiança, solidariedade bem como o desenvolvimento pleno da criança.
3 O CUIDAR, O EDUCAR E O BRINCAR, UMA DISCUSSÃO PREMENTE
A Educação Infantil pode ser considerada uma etapa conquistada ao longo da história com novos tempos, com funções de desenvolver pessoas, formando seres mais íntegros que saibam exercer seus papéis enquanto ser social, histórico, e cultural. A Educação Infantil é um local que propicia a explosão do diálogo, de interferências para que haja uma aprendizagem eficaz.
A criança em seu processo de desenvolvimento precisa de cuidados. O cuidar abrange questões de dedicação, paciência e observação da criança neste processo. É necessário proporcionar o cuidar além dos cuidados como corpo. Assim, o cuidar e o educar são ações entrelaçadas na Educação Infantil e para toda a vida.
Cuidar é parte integrante de todo o processo educativo tendo em foco o desenvolvimento da criança, este cuidado está ligado às necessidades do outro.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI):
Cuidar da criança é, sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num contínuo crescimento e desenvolvimento, compreendendo às necessidades. Isto inclui interessar-se sobre o que a criança sente, pensa o que ela sabe sobre si e sobre o mundo, visando à ampliação deste conhecimento e de suas habilidades, que aos poucos a tornarão mais independente e mais autônoma. (BRASIL, RCNEI, 1998, vol 1, p. 25)
.
Cuidar também é uma ação que pertence aos educadores, é também constituinte das relações humanas, uma forma de demonstrar ações de respeito, de afeto, de sensibilização para as necessidades dos outros. Assim, o RCNEI, 98, afirma ao dizer:
O desenvolvimento integral depende tanto dos cuidados relacionais, que envolvem a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos e das oportunidades de acesso a conhecimentos variados (BRASIL, RCNEI, 1998, VOL 1, p. 24).
Sabe-se que o cuidar é primordial nos centros de educação infantil, é um elemento que completa o educar, ou seja, é parte integrante da educação. É preciso compreender a criança como sujeito histórico que necessita de forma segura e prazerosa, sendo assim, cuidar valoriza desenvolver capacidades em uma relação interacionista, afetiva e humana. 
Os profissionais envolvidos nesta questão devem compreender os conceitos de apropriação do conhecimento, questões de higiene, de nutricional como momento importante e significativo, onde estes quesitos possam ser abordados e trabalhando socialmente para além da rotina, contribuindo para o fortalecimento da auto-estima e qualidade de vida. Apresentando o cuidar como uma atitude que não se resume em apenas um momento de zelo, mas uma atitude de ocupação, preocupação e, é claro, de responsabilidade e de envolvimento afetivo com o próximo. Complementando este assunto, o RCNEI, 1998 afirma:
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, com sua singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em suas capacidades. Disso depende a construção de um vinculo entre quem cuidar e quem é cuidado (BRASIL, RCNEI, 1998, vol. 1, p.25).
O educador tem seu papel essencial, visto que pode ser considerado um cuidador, um parceiro com mais experiência, favorecendo a aprendizagem; contribuindo para a interação e troca de experiências educativas e sociais, em ambiente de colaboração e de companheirismo. O profissional para cuidar das crianças necessita reconhecer que os outros são diferentes, singulares, onde cada pessoa tem a sua história de vida com objetivos, gostos, necessidades, dificuldades, desejos, reações próprias; é ainda preciso que o professor tenha um olhar observador e detalhista contribuindo para o avanço no desenvolvimento infantil. O cuidado apresenta-se de forma ampla onde as necessidades das crianças devem ser o eixo norteador do atendimento, pois é por meio da observação que se tem uma visão da qualidade desses cuidados tão importantes e buscar o melhor para a sua saúde e o bom desenvolvimento de suas capacidades. O cuidado fortalece as relações entre educador eo aluno, e, ambos tendo um relacionamento amigável e confiável, há de se obter maior segurança e eficácia no desenvolvimento da criança; é importante saber que o outro é fundamental para proporcionar momentos de interação dentro do espaço educativo.
Educar requer uma visão global dos aspectos educacionais e sociais, é possibilitar reflexões e diálogo favorecendo a integração na construção pessoal e do conhecimento. Educar crianças é complexo, pois é necessário entender estes contextos considerando também as questões afetivas emocionais e o cognitivo. O educar promove a socialização e ações significativas às crianças.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998):
Educar significa, portanto propiciar situações de cuidados brincadeiras e aprendizagens orientais de forma integra e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser, e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito, confiança, aos conhecimentos mais amplo da realidade social e cultura (BRASIL, RCNEI, 1998, v 1, p. 23).
As crianças da creche necessitam de estímulos, de orientações para desenvolver-se e que o seu tempo da escola seja produtivo, estimulando o desenvolvimento, suas habilidades, a coordenação motora e a aprimoramento da linguagem, por meio de atividades lúdicas e recreativas.
Uma área que contempla o educar é a arte, compreendida como linguagem e dinâmica podem apresentar-se através da musica, da dança, do teatro, das artes visuais e expressões corporal. É importante ao educar, favorecer livros, imagens, filmes, pinturas, colagem, cenários naturais, música etc. A tendência cognitiva do trabalho na educação infantil faz que a criança seja concebida com um ser construtor, que pensa, cria e atua nos conteúdos, aprendendo através da sua interação com o meio físico e social, passando por diferentes estágios de desenvolvimento.
Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar e se desenvolver é necessário que exista diversidade de experiências, sejam elas voltadas para as brincadeiras. O brinquedo estimula a representação da realidade. Ao representá-la, a criança estará vivendo algo em uma situação irreal naquele momento.
Através do brincar a criança experimenta o mundo, vai internalizando sentimentos e diversos conhecimentos. O RCNEI (1998), fala sobre o motivo do brincar na Educação Infantil:
A brincadeira favorece a auto-estima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a interiorização de determinados modelos de adulto, no âmbito de grupos sociais diversos. (RCNEI, 1998, p.27)
O lúdico promovido por meio de brincadeiras é um recurso imprescindível para incitar a aprendizagem. Socialmente, o jogo, impõe o controle dos impulsos, através das regras, estimula a criticidade e a participação. A criança se envolve na fantasia, o jogo estabelece limites entre o tempo e espaço, cria a ordem equilibrando ritmo com harmonia. Percebe-se que o corpo é o ponto de referência para todas as aprendizagens, sempre está presente em todas as aprendizagens, em todas as atividades.
As brincadeiras têm sempre o objetivo de interação social, com os jogos de regras, a criança vai aprender a relacionar-se e a aceitar as regras para a convivência, assim, aprende a respeitar os outros colegas
Para brincar é preciso ter um espaço privilegiado, favorecendo as crianças a oportunidade de viver com prazer a sua realidade. Podem-se criar cantos da música, cantos de leitura, etc. A criança ao brincar vai aos poucos criando vínculos, agindo sobre os objetos em processo de trocas como real e o fantasioso, liberando seus medos sobre o novo, o desconhecido, ocorrendo no âmbito da imaginação, fazendo uso de uma linguagem simbólica. Todos os desejos e necessidades da criança podem ser totalmente atingidos usando os brinquedos, ou o imaginário. Os jogos com regras são mais praticados na idade em que a criança ingressa no pré-escolar. Pelo brinquedo, ela aprende a agir na esfera cognitiva, os objetos têm um aspecto motivador para as ações da criança, a percepção é um motivo para elas agirem, mais tarde, a ação começa a se desvincular da percepção, vai fantasiando o que ela gostaria que determinado objeto fosse, transformando a realidade em ludicidade, no brinquedo a criança transforma as regras em desejos seus. Ao mesmo tempo através da brincadeira ela reproduz a realidade, um exemplo claro é quando brincam de mamãe e papai, imitam o seu cotidiano. A criança vai experimentar sensações que já conhecem, e construindo atitudes que acreditam serem corretas, incorporando regras de comportamento, analisando-as e comparando-as com sua conduta.
4 CONCLUSÃO 
Consideramos a Educação Infantil uma etapa na vida da infância necessária e produtiva, que contemple o cuidar, o educar e o brincar das crianças, para se alcançar esta visão integrada deve-se refletir sobre as ações pedagógicas, respeitando as especificidades de cada momento da realidade dos alunos, implica em compreender que o espaço e o tempo em que a criança age, necessita da mediação do educador, oferecendo ambientes propícios e espaços estimuladores, despertando a curiosidade e proporcionando o desenvolvimento integral da criança. O cuidar, o educar e o brincar possibilitam a construção da identidade e da autonomia dos alunos. Analisamos também a importância dos jogos no desenvolvimento da criança e salientamos a contribuição na aprendizagem infantil, proporcionando estudos acerca da infância, as contribuições da ludicidade, de jogos na Educação Infantil, em que estes aspectos amenizam as dificuldades de desenvolvimento e proporciona uma aprendizagem prazerosa. Visto que o jogo é uma atividade própria da infância podendo se desenvolver de maneira individual ou coletiva, contribuindo dessa forma com a socialização através com o seu eu e tudo que a cerca. As brincadeiras assim como o cuidar e o educar trazem possibilidades de crescimento pessoal, pois quando a criança brinca, é estimulada e cuidada, libera necessidades e interesses espontaneamente efetivando seu desenvolvimento psicomotor. Para isso é necessário que a instituição esteja preparada, organizada de forma a contemplar estas três esferas na educação das crianças, com ambientes promissores e profissionais capacitados continuamente, mediadores e estimuladores na aprendizagem das crianças. 
REFERÊNCIAS
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2 ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara, 1981. 
BADINTER, Elisabeth. Um Amor Conquistado: O Mito Do Amor Materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
BRASIL.Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional.Lei n° 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.
______.Constituição (1988).Constituição da república do Brasil. Brasília, DF: senado, 1988.
_______. ,Referencial curricular nacional para a educação infantil/Mec/ Secretaria de educação fundamental.-Brasília:MEC,1998.
_______LDB-Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Texto na integra lei 9394 de 20 de Dezembro de 1996. São Paulo, 1996.
________.Estatuto da Criança e do Adolescente.Lei n° 8.069/90, de 13 de julho de 1990. São Paulo: CBIA-SP, 1991.
KRAMER, Sonia. A Política do pré- escolar no Brasil: A arte do disfarce: Rio de Janeiro: Achiamé, 1984.
KUHLMANN, Junior, Moysés. História da Educação Infantil Brasileira. São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 2000. 
1 Graduada em História UFMS, auxiliar de ensino no Centro de Educação Infantil, garciarodriguesrenata2@gmail.com.com.

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