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Artigo certo CORRETO RENATA (4)

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EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
RODRIGUES, Renata Garcia[1: Acadêmica do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. - 2017. ]
RU1777780
BARBOSA , Izabela [2: Professor Orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER. ]
RESUMO
O presente artigo visa aprofundar os conhecimentos dos profissionais da Educação, proporcionando uma reflexão sobre a importância do fazer pedagógico na Educação Infantil e nos Anos Iniciais, contemplando a unicidade entre o educar, o cuidar e o brincar, tendo como subsídio teórico legislações que rege a Educação e vários autores que abordam o assunto. A pesquisa relaciona a teoria com a prática, tendo em vista o estágio realizado no Centro de Educação Infantil Zuleide Pompeu dos Santos e na Escola Novo Mundo em Coxim-MS, e ainda, norteia o trabalho dos profissionais diretamente ligados na unidade educacional. Buscando o sucesso no desenvolvimento infantil e melhorando a qualidade na Educação destas modalidades e destaca a importância dos jogos, da ludicidade no desenvolvimento da criança, contribuindo dessa forma, com a socialização através do seu eu e tudo que a cerca. A utilização de músicas, jogos, leitura diária, o lúdico auxiliam no processo ensino aprendizagem e possibilita um melhor aproveitamento do que está sendo trabalhado em sala de aula.
PALAVRAS-CHAVE: Educação infantil. Anos Iniciais. Educar. Desenvolvimento infantil. 
1 INTRODUÇÃO
No Brasil o acesso, permanência e êxito dos cidadãos à educação escolar básica, está garantida no art. 205 da Constituição Federal (CF) de 1988, que estabelece a educação como direito de todos e dever do Estado e da família. Visando a importância do processo de constituição do sujeito, a Educação Infantil e os Anos iniciais se tornam o princípio fundamental da educação escolar, já que esta acontece em diversos espaços sociais, mas é no ambiente escolar que a estruturação do conhecimento se dá de forma mais organizada.
A Educação Infantil na atualidade e na sua efetivação em sala de aula deve superar os métodos do cuidar isoladamente das questões lúdicas e pedagógicas, assegurando a relação tríplice na formação do desenvolvimento infantil, com educadores preparados e sabedores das particularidades que esta etapa educacional requer, proporcionando assim uma Educação de qualidade, sendo importante que se ofereça um ambiente de trabalho harmonioso, motivador e eficaz. 
O Ensino Fundamental compreende 9 anos de duração, e é dividido em anos iniciais do 1° até o 5° ano (de 6 a 10 anos de idade), e os anos finais, do 6° ao 9° ano escolar (dos 11 aos 14 anos de idade). Nos anos iniciais os educandos vivenciam o crescimento integral no seu processo de desenvolvimento e aprendizagem, sendo capazes de adquirir algumas responsabilidades e exigências em relação ao estudo, estabelecendo um aprofundamento na aprendizagem. 
Este artigo foi embasado nos conhecimentos adquiridos no decorrer do estágio realizado no CEI (Centro de Educação Infantil) Zuleide Pompeu dos Santos e na Escola Novo Mundo. E ainda, contém pesquisa bibliográfica utilizando publicações e interpretações de livros, a fim de comprovar e aprofundar o conhecimento sobre o Cuidar, o Brincar e o Educar na Educação Infantil e nos Anos Iniciais, demonstrando como esta tríplice deve acontecer e identificar os benefícios quando bem aplicada para o desenvolvimento infantil, apresentando reflexões, bem como a importância da ludicidade na Educação, buscando detectar qual o conceito de Infância, e o melhor método de trabalho a favorecer as crianças. 
Ao aprofundar os conhecimentos dos profissionais da Educação, proporciona-se uma reflexão sobre a importância do fazer pedagógico na Educação infantil e nos anos iniciais, e estabelece uma relação entre o educar, o cuidar e o brincar, reconhecendo as contribuições que favorecem o desenvolvimento infantil possibilitando uma educação prazerosa e de qualidade.
Os objetivos deste artigo é compreender as particularidades e a organização do trabalho pedagógico voltado para a tríplice o Educar, o Cuidar e o Brincar. Ainda, refletir sobre a Educação Infantil enfocada em âmbito sociocultural, meditar abordagens dos teóricos pesquisados, relacionar a teoria com a prática, estimular práticas pedagógicas que contemplem a unicidade na tríplice e favorecer sugestões de recreações aos educadores, a fim de auxiliar no desenvolvimento da criança. 
Tendo como ponto de partida o estágio e o refletir a respeito da Educação Infantil e Anos Iniciais, conhecendo sua historicidade e realidade, no âmbito sociocultural e ancorado pelas leis respectivamente, a LDB 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) que versa sobre este período como a primeira etapa da educação básica, e a lei n°11.114/05 que estabelece o dever da família em matricular os filhos a partir dos 6 anos no ensino fundamental, destacando que no processo de aprendizagem e desenvolvimento do ser humano, a criança é vista como sujeito social e produtor de cultura. Nesse sentido, importa lançar o olhar diferenciado sobre a criança e buscar entender que sua valorização se deu conforme a organização de cada sociedade, abarcando suas estruturas econômicas e sociais.
2 A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL, OS ANOS INICIAIS E O CONCEITO DE INFÂNCIA
A educação em seu princípio no Brasil teve os jesuítas como educadores, na época da colonização. Passando por este período longos anos ensinando, até que a independência se fez presente, e os rumos da educação tiveram um novo olhar. Pensando por este contexto, ao disposto a seguir traz um pouco da história da educação infantil, até então não pensada, pois as crianças eram vistas como frágeis, e não precisavam de ensino.
A história da Educação Infantil foi construída ao longo dos anos e de acordo com a necessidade surgida no meio social. A concepção de Infância também teve transformações, sendo nos dias atuais bem diferentes de alguns séculos atrás. Até o século XVII a sociedade não dava muita atenção às crianças. Devido às más condições sanitárias, a mortalidade infantil alcançava níveis alarmantes, por isso a criança era vista como um ser ao qual não se podia apegar, pois a qualquer momento ela poderia deixar de existir. Muitas não conseguiam ultrapassar a primeira infância. O índice de natalidade também era alto, o que ocasionava uma espécie de substituição das crianças mortas. A perda era vista como algo natural e que não merecia ser lamentada por muito tempo. 
Segundo Badinter, no século XVII, a filosofia e a teologia, manifestam medo da infância, na pessoa do Santo Agostinho, a infância não tinha valor, nem especificidade. Santo Agostinho justificou a pedagogia com a palmatória, as varas e as ameaças, mantendo uma dureza na família e nos ambientes escolares, os pedagogos eram geralmente mestres em teologia, recomendavam aos pais terem frieza com seus filhos.
Já no século XVIII, o envio de crianças para casa de amas de leite se estendeu por toda camada da sociedade urbana, dos mais pobres aos mais ricos, nas pequenas e grandes cidades, tornando-se um fenômeno generalizado. Ainda neste século, a criança era vista como brinquedo, pensando que ela devia ser aquilo que se faria dela, pré-destinando seu futuro. Ainda neste século, além da Educação a família passou a se interessar pelas questões relacionadas à higiene e à saúde da criança, o que levou a uma considerável diminuição dos índices de mortalidade.
As instituições de Educação começaram a crescer a partir da industrialização em foco, esta vida industrial e urbana despertou a atenção para novas questões. Muitas instituições infantis foram criadas para cuidar das crianças pelo fato das mães estarem sendo deslocadas no mercado de trabalho industrial, nesse contexto, as ruas estavam sendo ocupadas por crianças pobres. No início do século XIX, para tentar resolver o problema da infância, surgem iniciativas isoladas, como a criação de creches, asilose internatos, que eram vistos como instituições destinadas a cuidar de crianças pobres. Estas instituições apenas encobriam o problema e não transformava a realidade destas crianças.
No final do século XIX, com o ideário liberal, inicia-se um projeto de construção de uma nação moderna. Surge no Brasil a idéia de “jardim-de-infância” que foi recebida positivamente por alguns setores sociais, ocasionando inúmeras discussões, pois a elite queria que o poder público se responsabilizasse pelo atendimento às crianças carentes. Com toda polêmica, em 1875 no Rio de Janeiro e em 1877 em São Paulo, eram criados os primeiros jardins-de-infância, de caráter privado, direcionados para crianças da classe alta. 
Ao longo do século XX, período que ocorreu uma série de transformações na sociedade, a educação impulsiona o progresso e se torna indispensável para a formação, o que levou a um crescente movimento pelo ensino escolar da criança, definindo a infância como uma categoria social e historicamente construída. Movimento este que vem em defesa das crianças para a sua construção social enquanto sujeitos sociais de plenos direitos.
Segundo Kuhlmann, a primeira creche surgiu ao lado da fábrica de Tecidos Corcovado, em 1899, no Rio de Janeiro. Outro impulso de fator crescente das instituições ocorreu quando as autoridades governamentais reconheceram a grande presença feminina no trabalho industrial, reconhecendo também as indústrias o direito de amamentar, essa situação colaborou para que em, 1932, o trabalho feminino fosse regulamentado através do governo Getúlio Vargas.
De acordo com Kramer (1984, p. 19), a ideia de infância aparece com a sociedade urbano-industrial, quando muda o papel social desempenhado pela criança na comunidade.
Se, na sociedade feudal a criança exercia papel produtivo direto (de adulto) e, ao passar o período de alta mortalidade infantil, na sociedade burguesa, esta passa a ser alguém que necessita de cuidados, de escola e de ser preparada para o futuro, este novo modelo foi determinado historicamente pela modificação das formas de organização da sociedade. (KRAMER 1984, p. 19)
 
Em 1961, a lei 4024/61 começou a mudar a história da Educação Infantil, onde a criança de zero a seis anos de idade tinha o direito de receber educação. Logo mais, a constituição de 1988, pela primeira vez na história do Brasil, reconheceu o direito próprio da criança pequena, do acesso à creche e pré-escola. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), lei n° 8.069 de 13 de julho de 1990, reforçou em seu Artigo 54 que: 
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: 
I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
(...)
IV- Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; (ECA, 1990)
É a partir da LDB 9.394/96 que o ensino fundamental passou a ser assim chamado, onde, conjuntamente com a educação infantil e o ensino médio, passaram a compor a Educação Básica. É um nível de ensino responsável pela educação escolar de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos. Os anos iniciais compreende o ensino das crianças dos 6 aos 10 anos, do 1° ao 5° ano do ensino fundamental. Essa lei ainda ressalta a importância da educação em seu título II, art. 2°:
A educação é dever da família e do estado inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, que tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, o seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (LDB 9394/96).
 
Diante deste cenário é possível verificar que, a partir da Constituição Federal de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, a criança no Brasil passa a ser objeto de legislação sob outro enfoque que o das legislações anteriores. E conforme destaca a Lei n° 12.796/2013 (altera a Lei LBD 9394/96), art.29°.
A Educação Infantil é considerada a primeira etapa da educação básica, ela tem como objetivo favorecer o desenvolvimento total da criança de zero a cinco anos de idade, abrangendo seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, completando a ação da família e da comunidade. (LEI N° 12.796/2013).
Assim, os direitos sociais e fundamentais das crianças são reconhecidos como inerentes, evidenciando que, no atual contexto social brasileiro, as legislações proclamam que a criança é reconhecida como sujeito social de direitos e que instituições externas a família, como os CEIs e as escolas que ofertam os Anos Iniciais do Ensino Fundamental devem ser garantidas a todos, como dever do Estado e opção da família de acordo com a nova lei n° 12.796/2013, até os três anos de idade sendo obrigatória a matrícula a partir dos quatro anos até 2016.
As crianças deixam de conviver somente nos espaços particulares, de se relacionarem com irmãos, primos, vizinhos próximos de idade semelhante, para ocuparem cada vez mais o espaço público das instituições externas a família e lá estabelecerem os contatos afetivos e sociais. Adquirindo conhecimento e descobrindo os elementos da cultura, itens imprescindíveis para a vida em sociedade. Além dos benefícios de uma formação comum independente da diversidade na população escolar.
Diante desta trajetória em torno da infância e da história da Educação, precisamos reconhecer que as crianças se distinguem umas das outras nos tempos, nos espaços, nas diversas formas de socialização, nas etapas da escolarização, nos trabalhos, nos tipos de brincadeiras, nos gostos, nas vestimentas, enfim, nos modos de ser e estar no mundo. As relações sociais das crianças e suas culturas devem ser estudas entre si; as crianças devem ser atores na construção de sua vida social e da vida daqueles que a rodeiam. 
Para isso é necessário se pensar em uma educação que contemple a construção de um espaço para vivenciar o afeto, a socialização, os conflitos, a ampliação do repertório cultural das crianças a partir de um compromisso das instituições educativas, do Poder público e da família, permitindo construir sentimentos de respeito, troca, compreensão, alegria, apoio, confiança, solidariedade bem como o desenvolvimento pleno da criança.
3 A ARTE DO SABER CUIDAR, EDUCAR E BRINCAR: UMA LIÇÃO ADQUIRIDA
A Educação pode ser considerada uma etapa conquistada ao longo da história, com funções de desenvolver pessoas, formando seres mais íntegros que saibam exercer seus papéis enquanto ser social, histórico, e cultural. A Educação Infantil é um local que propicia a explosão do diálogo, de interferências para que haja uma aprendizagem eficaz. E os anos iniciais propiciam a fase da alfabetização e letramento, assegurando a base constituinte da formação.
A criança em seu processo de desenvolvimento precisa de cuidados. O cuidar abrange questões de dedicação, paciência e observação da criança neste processo. É necessário proporcionar o cuidar, além dos cuidados como corpo. Assim, o cuidar e o educar são ações entrelaçadas na Educação Infantil e para toda a vida. Cuidar é parte integrante de todo o processo educativo tendo em foco o desenvolvimento da criança.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI):
Cuidar da criança é, sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num contínuo crescimento e desenvolvimento, compreendendo às necessidades. Isto inclui interessar-se sobre o que a criança sente, pensa o que ela sabe sobre si e sobre o mundo, visando à ampliação deste conhecimento e de suas habilidades, que aos poucos a tornarão mais independente e mais autônoma. (BRASIL, RCNEI, 1998, vol 1, p. 25)
Cuidar também é uma ação que pertence aos educadores, é também constituinte das relações humanas, uma forma de demonstrar ações de respeito, de afeto, de sensibilização para as necessidades dos outros. Assim, o RCNEI, 98, afirma ao dizer:
O desenvolvimento integral depende tanto dos cuidados relacionais, que envolvem a dimensão afetivae dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos e das oportunidades de acesso a conhecimentos variados (BRASIL, RCNEI, 1998, VOL 1, p. 24).
Sabe-se que o cuidar é primordial nos centros de educação infantil, é um elemento que completa o educar, ou seja, é parte integrante da educação. É preciso compreender a criança como sujeito histórico que necessita de forma segura e prazerosa, sendo assim, cuidar valoriza desenvolver capacidades em uma relação interacionista, afetiva e humana. 
Os profissionais envolvidos nesta questão devem compreender os conceitos de apropriação do conhecimento, questões de higiene, de nutricional como momento importante e significativo, onde estes quesitos possam ser abordados e trabalhando socialmente para além da rotina, contribuindo para o fortalecimento da autoestima e qualidade de vida. Apresentando o cuidar como uma atitude que não se resume em apenas um momento de zelo, mas uma atitude de ocupação, preocupação e, é claro, de responsabilidade e de envolvimento afetivo com o próximo. Complementando este assunto, o RCNEI, 1998 afirma:
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, com sua singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em suas capacidades. Disso depende a construção de um vínculo entre quem cuidar e quem é cuidado (BRASIL, RCNEI, 1998, vol. 1, p.25).
O educador tem seu papel essencial, visto que pode ser considerado um cuidador, um parceiro com mais experiência, favorecendo a aprendizagem; contribuindo para a interação e troca de experiências educativas e sociais, em ambiente de colaboração e de companheirismo. 
Como base de estudo, para melhor compreensão do saber educar, cuidar e brincar no campo da Pedagogia foi de fundamental importância o relatório de estágio realizado, no Nível III do CEI, e no 4° ano da Escola Novo Mundo. O estágio trás o conhecimento para o futuro educador do ambiente escolar, tanto no ensino infantil como nos anos iniciais do ensino fundamental. Proporcionando um período de observação, analise reflexiva e descritiva, e a participação através de rodas de conversa e interação educando- educador durante as aulas assistidas. Além de elaborar, executar, e avaliar um Projeto de Intervenção Pedagógica.
 As atividades desenvolvidas no CEI, Nível III, no decorrer do estágio compreendia a Linguagem oral e escrita, Conhecimentos Matemáticos e Natureza e Sociedade. As aulas iniciam com a apresentação dos estudantes e prossegue com a professora regente, graduada em Pedagogia. Neste estágio observou-se a narração de uma história: “Amizade custa pouco”, que permite começar a atividade de forma lúdica, em seguida tem o questionamento por parte do professor aos alunos sobre o que é possível aprender com a leitura.
Na Linguagem oral e escrita à foi apresentada a letra C de cachorro, e distribuído giz de cera para que o os estudantes fizessem a pintura da figura do cachorro, e fazendo perguntas como “qual coleguinha tem o nome que começa com a letra C?”, assim permitindo a participação constante do estudante. As atividades prosseguem como planejadas dia após dia, os conhecimentos matemáticos também é trabalhado a partir da história narrada, apenas retomando alguns tópicos a professora inicia a atividade abordando as formas geométricas presentes na figura da casa do cachorro como o quadrado e o triângulo e também a quantidade, apresentando o número 2 referindo-se aos dois personagens da história: o cão e o gato. 
A coordenação motora é trabalhada com o uso de tinta guache para colorir com o dedinho a casinha do cachorro e o numeral 2. Após as atividades os alunos brincaram com pecinhas de Lego, momento que permite usar a criatividade e imaginação, aprendendo construindo. As aulas continuam com atividades lúdicas sempre envolvendo a criança, que aprende muito com o brincar.
 Algumas atividades são desenvolvidas no espaço externo com brincadeiras dirigidas como: canções de roda, coelhinho sai da toca, vamos brincar no bosque, etc. E há momentos em que os estudantes podem ir para a areia aproveitar os brinquedos do parque, lá cada criança brinca onde mais lhe agradava individualmente ou em grupo. Trabalhando assim a Natureza e sociedade, que visa como principal objetivo a socialização das crianças e a boa convivência dentro do CEI.
O Projeto de Intervenção Pedagógica, como atividade participativa entre os estagiários e os estudantes do nível III, teve como eixo de Trabalho a “Natureza e sociedade” e como conteúdo a “Higiene”, iniciou primeiramente com uma rodinha de conversa informal sobre o tema explicando a importância da higiene para nossa saúde. Em seguida apresentou para as crianças a Caixa Surpresa contendo diversos objetos utilizados em nossa higiene tais como: sabonete, shampoo, creme dental, tesoura, esponja, perfume e pente. Tirar um objeto de cada vez e perguntar o nome do objeto para as crianças. Foi levado a sala de aula um Pendrive e a caixa de som para que as crianças ouvissem, cantassem e fizessem gestos com a musiquinha Hora do Banho (Xuxa). 
O ambiente escolar deve proporcionar ações teórico-práticas direcionadas para desenvolver o conhecimento da importância da higienização. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde - OPS (1995), dessa forma ao promover a saúde no ambiente escolar, leva a um aspecto integral e multidisciplinar, pois considera-se as pessoas de convívio familiar, escolar, social e ambiental. 
No decorrer do estágio na Escola Novo Mundo o estágio, que se deu na sala do 4° ano, observou-se que a professora regente, graduada em Pedagogia, trabalha os mais variados tipos de atividades com os Alunos. A ênfase que ela deu para a prática de leitura em sala, levando vários livros de histórias e distribuindo para os alunos, demonstra o incentivo em manter essa prática diária. “A leitura é fonte inesgotável de assuntos para melhor compreender a si e ao mundo”. Nesse sentido, a leitura é considerada a atividade mais importante da vida do ser humano, pois através da mesma que se desenvolvem outras habilidades no leitor, como o conhecimento, a sensibilidade, assim também a imaginação. 
Durante as aulas, os alunos prestavam atenção enquanto a professora explicava as atividades, e faziam as tarefas de casa. Sabe-se, que a Lição de Casa é uma prática, que acontece na grande maioria das escolas, sejam quais forem as suas concepções de ensino. A professora está sempre auxiliando os alunos abrindo espaço para que se expressem e tirem suas dúvidas. Aborda os conteúdos por meio da interdisciplinaridade, reconhecendo que devem aproveita-lo para passar diversos tipos de conhecimentos, os conteúdos estão interligados.
A atividade participativa entre os estagiários e os estudantes do 4° ano, o Projeto de Intervenção Pedagógica, teve como tema “Leitura e Interpretação de diversos gêneros textuais”. Revistas, jornais e livros de literatura infantil foram levados à sala de aula para que os estudantes pudessem escolher o material que iria ler. Primeiramente realizando uma leitura individual, e posteriormente eles tiveram que relatar o conteúdo lido, transmitindo o material lido para os demais colegas de sala, dessa forma desenvolvendo o gosto pela leitura e o reconhecimento de diversos gêneros textuais, além de despertar a vontade em contar histórias em uma roda de conversa. Diante disto ainda, os estudantes realizaram a interpretação dos textos ali trabalhados, possibilitando a leitura e a escrita dentro de um mesmo conteúdo.
O domínio da leitura e da escrita é imprescindível para o desenvolvimento intelectual do estudante, o que certamente poderá mudar a realidade de sua vida. Acredita-se que para acontecer o avanço dessa prática é preciso que haja professores comprometidos com o processo educativo, que busque uma forma correta para aplicar ao ensino-aprendizagem, devendo tratar os alunos com carinho, respeitando as individualidades as dificuldades de cada estudante.Segundo Kleiman (2007 apud SANTOS, 2015, p. 5),
As teorias mais recentes concebem o ato de ler como atribuição voluntária de sentido à escrita, entendendo a leitura também como prática social, isso coloca o desafio para a escola no sentido de rever suas práticas de ensino, para aprender a ler e a escrever o aluno precisa construir um conhecimento de natureza conceitual: ele precisa compreender não só o que a escrita representa, mas também de que forma ela representa graficamente a linguagem. (KLEIMAN 2007 apud SANTOS, 2015, p. 5)
O estágio em Educação Infantil e anos iniciais são significativos, pois através dele o futuro educador em Pedagogia estabelece relação entre a teoria e a prática, bem como tem a oportunidade de conhecer e analisar a atuação do profissional em sua ação pedagógica. E assim tem-se a oportunidade de vivenciar o dia a dia em sala de aula, podendo refletir sobre quais as práticas escolher futuramente, e a forma de agir dentro de uma sala com crianças.
O estágio mostrou que o Educar requer uma visão global dos aspectos educacionais e sociais, é possibilitar reflexões e diálogo favorecendo a integração na construção pessoal e do conhecimento. Educar crianças é complexo, pois é necessário entender estes contextos considerando também as questões afetivas emocionais e o cognitivo. O educar promove a socialização e ações significativas às crianças.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional (1998):
 
Educar significa, portanto propiciar situações de cuidados brincadeiras e aprendizagens orientais de forma integra e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser, e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito, confiança, aos conhecimentos mais amplo da realidade social e cultura (BRASIL, RCNEI, 1998, v 1, p. 23).
Uma área que contempla o educar é a arte, compreendida como linguagem e dinâmica podem apresentar-se através da música, da dança, do teatro, das artes visuais e expressões corporal. É importante ao educar, favorecer livros, imagens, filmes, pinturas, colagem, cenários naturais, música etc. A tendência cognitiva do trabalho na educação faz com que a criança seja concebida com um ser construtor, que pensa, cria e atua nos conteúdos, aprendendo através da sua interação com o meio físico e social, passando por diferentes estágios de desenvolvimento.
Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar e se desenvolver é necessário que exista diversidade de experiências, sejam elas voltadas para as brincadeiras. O brinquedo estimula a representação da realidade. Ao representá-la, a criança estará vivendo algo em uma situação irreal naquele momento. Através do brincar a criança experimenta o mundo, vai internalizando sentimentos e diversos conhecimentos. O RCNEI (1998), fala sobre o motivo do brincar na Educação Infantil:
	
A brincadeira favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a interiorização de determinados modelos de adulto, no âmbito de grupos sociais diversos. (RCNEI, 1998, p.27)
O lúdico promovido por meio de brincadeiras é um recurso imprescindível para incitar a aprendizagem. Socialmente, o jogo, impõe o controle dos impulsos, através das regras, estimula a criticidade e a participação. A criança se envolve na fantasia, o jogo estabelece limites entre o tempo e espaço, cria a ordem equilibrando ritmo com harmonia. Percebe-se que o corpo é o ponto de referência para todas as aprendizagens, sempre está presente em todas as aprendizagens, em todas as atividades.
As brincadeiras têm sempre o objetivo de interação social, com os jogos de regras, a criança vai aprender a relacionar-se e a aceitar as regras para a convivência, assim, aprende a respeitar os outros colegas. Para brincar é preciso ter um espaço privilegiado, favorecendo as crianças a oportunidade de viver com prazer a sua realidade. Podem-se criar cantos da música, cantos de leitura, etc.
A criança ao brincar vai aos poucos criando vínculos, agindo sobre os objetos em processo de trocas como real e o fantasioso, liberando seus medos sobre o novo, o desconhecido, ocorrendo no âmbito da imaginação, fazendo uso de uma linguagem simbólica. Todos os desejos e necessidades da criança podem ser totalmente atingidos usando os brinquedos, ou o imaginário. 
Os jogos com regras são mais praticados na idade em que a criança ingressa no pré-escolar. Pelo brinquedo, ela aprende a agir na esfera cognitiva, os objetos têm um aspecto motivador para as ações da criança, a percepção é um motivo para elas agirem, mais tarde, a ação começa a se desvincular da percepção, vai fantasiando o que ela gostaria que determinado objeto fosse, transformando a realidade em ludicidade, no brinquedo a criança transforma as regras em desejos. Ao mesmo tempo através da brincadeira ela reproduz a realidade, um exemplo claro é quando brincam de mamãe e papai, imitam o seu cotidiano. A criança vai experimentar sensações que já conhecem, e construindo atitudes que acreditam serem corretas, incorporando regras de comportamento, analisando-as e comparando-as com sua conduta.
Nos anos iniciais, o brincar como método de ensino fica um pouco distante, mas não se perde totalmente, uma vez que as brincadeiras são utilizadas no processo de alfabetização em determinadas disciplinas, pois é um estimulo para a assimilação do conteúdo de forma divertida e prazerosa. Faz-se necessário o despertar no conhecimento, então, se deve utilizar de diferentes formas de ensino para proporcionar melhor assimilação. 
Deste modo a alfabetização dos anos iniciais é uma nova etapa, depois da educação infantil, agora há maiores responsabilidades no estudo, estimular a leitura e a escrita é uma tarefa essencial e necessária. Cabe ao educador desenvolver técnicas que possibilitam e despertem o interesse dos educandos, mostrando que é necessário o ensino para sua formação, e sua vida futura. 
4 METODOLOGIA
O presente artigo foi desenvolvido através de observações e analises reflexivas e descritivas, realizadas na Educação Infantil e nos Anos Inicias do Ensino Fundamental, com participação através de rodas de conversa e interação estudante-professor e estudante-estagiário durante as aulas assistidas.
O estágio na Educação Infantil ocorreu no CEI Zuleide Pompeu dos Santos, as observações ocorreram entre os meses de Abril e Maio de 2017, no nível III. O CEI tem uma ótima estrutura, a sala onde ocorreu o estágio é adaptada para a faixa etária dos estudantes, tem um quadro branco, uma cadeira e uma mesa para o professor e quatro mesinhas com cadeiras. Ainda o CEI possui dois Parques com quadra de areia, lactário, cozinha, sala de dispensa, lavanderia, sala de vídeo e sala dos professores. E uma Horta com verduras e legumes para consumo próprio.
Após uma visita informal ao CEI, e estabelecido os dia de início do estágio, passaram-se a etapa de elaboração do plano de ação, das atividades a serem organizadas, e dos materiais a serem selecionados e preparados. A Instituição tem o seu trabalho baseado em projetos a serem desenvolvidos, e foi com o tema “Valores e Virtudes” que os estagiários prepararam atividades para desenvolver com os estudantes, envolvendo três disciplinas: Linguagem oral e escrita, Conhecimentos Matemáticos e Natureza e Sociedade. 
No primeiro dia, a aula se deu com a leitura do livro de histórias infantis: “Amizade custa Pouco” de GESSY CARÍCIO DE PAULA (9ª ed., 2001), a fim de abordar o tema amizade e companheirismo, presente como principal enredo da narrativa. Para a Linguagem oral, utilizando a historinha, a professora apresentou a letra C de cachorro, perguntando inicialmente se tinha alguém na sala em que o nome começava com a letra C. Em seguida utilizou-se o giz de cera, que foi distribuído para que se fizessem a pintura da figura do cachorro. 
A disciplina de conhecimentos matemáticos, no segundo dia, é trabalhada a partir da históriacontada no dia anterior, e a coordenação motora é trabalhada com o uso de tinta guache para colorir com o dedo a casinha do cachorro e o numeral 2. Após as atividades eles brincaram com pecinhas de Lego. No terceiro dia, as atividades lúdicas fora desenvolvidas no espaço externo com brincadeiras dirigidas, como: canções de roda, coelhinho sai da toca, vamos brincar no bosque, algumas envolvendo o auxílio de uma bola de plástico. Em seguida foram para a areia brincar no parque, neste dia a disciplina trabalhada é a Natureza e sociedade.
Utilizaram a massinha de modelar, no quarto dia, para despertar a criatividade criando e recriando os personagens da história dos três porquinhos, contada ela professora com um livro adaptado para crianças, dando continuidade na disciplina de conhecimentos matemáticos. Sendo este o último dia de observação no nível III, pois no quinto dia foi desenvolvido a atividades panejada pelas estagiárias que envolveram o conteúdo Natureza e sociedade/higiene. As estagiárias trouxeram até a sala sabonete, creme dental, shampoo condicionador, um Pen drive e uma caixa de som.
A aula tinha o objetivo de desenvolver hábitos de higiene e compreender sua importância. Em uma rodinha houve uma conversa informal sobre o tema explicando a importância da higiene para nossa saúde. Em seguida apresentou-se para as crianças a Caixa Surpresa contendo diversos objetos utilizados em nossa higiene. Sugeriu-se retirar um objeto de cada vez e perguntar o nome para as crianças. O Pen drive continha a música da Xuxa “Hora do banho”, para que os estudantes cantassem e fizessem os gestos. Para finalizar realizou a aula prática de higiene dentro da sala de aula com banho e escovação. Assim encerrando o período de estágio na Educação Infantil.
O estágio dos anos iniciais foi realizado na Escola Novo Mundo, que oferta o ensino dos anos iniciais e o ensino fundamental, nos períodos matutino e vespertino, atendendo a um número total de 300 alunos. O estágio foi realizado no período de Abril e Maio de 2017, no período vespertino sendo observada a turma de 4°ano. A escola possui uma excelente estrutura, com salas de aulas bem arejas e espaçosas, sala dos professores, Sala de vídeo, Biblioteca, Sala de informática, Cantina, Quadra, e um espaçoso Parque de diversão com brinquedos adaptados para os estudantes. O período de estágio foi o mesmo, de abril a maio de 2017. Após a primeira visita a escola, iniciaram-se as observações e o planejamento do Plano de Ação, a ser desenvolvido pelas estagiárias junto aos estudantes.
A professora levou para a sala todos os dias livros para que os estudantes praticassem a leitura, na primeira aula. No decorrer dos demais dias a aula se deu de forma contínua, leitura, explanação do conteúdo, utilização do quadro branco tarefas e jogos de fixação. Como plano de ação, foi desenvolvida a leitura e interpretação de diversos gêneros textuais, a fim de ensinar a compreender, interpretar e identificar os gêneros textuais. As estagiárias trouxeram para a sala livros, revistas e jornais, e propuseram que os estudantes escolhessem o material que iriam ler. Após a leitura individual, deixou-se que os estudantes relatassem para os colegas da sala de forma oral o assunto do texto que leu.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação, tanto Infantil quanto nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, são a base para a construção do sujeito observador, reflexivo, ativo e construtor de ideias para sua formação futura. São nelas que se desperta o desejo em estudar e adquirir novos conhecimentos, pois tendo uma base instigadora, a formação posterior se dará de forma natural e provavelmente espontânea. O estágio desenvolvido no CEI e na Escola trouxe a teoria apresentada em sala de aula para a prática do dia a dia. Observar e participar das atividades desenvolvidas no ambiente escolar, e proporciona ao estagiário um momento de avaliação pessoal e descoberta do seu futuro enquanto educador.
 Considera-se a Educação Infantil uma etapa na vida da infância necessária e produtiva, que contemple o cuidar, o educar e o brincar das crianças, para se alcançar esta visão integrada deve-se refletir sobre as ações pedagógicas, respeitando as especificidades de cada momento da realidade dos alunos, implica em compreender que o espaço e o tempo em que a criança age, necessita da mediação do educador, oferecendo ambientes propícios e espaços estimuladores, despertando a curiosidade e proporcionando o desenvolvimento integral da criança. 
O cuidar, o educar e o brincar possibilitam a construção da identidade e da autonomia dos estudantes. Analisamos também a importância dos jogos no desenvolvimento da criança e salientamos a contribuição na aprendizagem infantil, proporcionando estudos acerca da infância, as contribuições da ludicidade, de jogos na Educação Infantil, em que estes aspectos amenizam as dificuldades de desenvolvimento e proporciona uma aprendizagem prazerosa. 
A alfabetização, leitura e escrita e a matemática, é a ênfase nos Anos Iniciais. A leitura se destaca no desenvolvimento das crianças, na sua formação escolar, e precisa se manter presente, pois ao ler o sujeito adquiri conhecimento e passa a fazer questionamentos, assim despertando a vontade em adquirir mais conhecimento. Dessa forma cabe ao Pedagogo uma grande tarefa, pois deve se utilizar de diferentes recursos para fazer com que o estudante comece a querer aprender.
O brincar é uma atividade própria da infância podendo se desenvolver de maneira individual ou coletiva, contribuindo dessa forma com a socialização com o seu eu e tudo que a cerca. As brincadeiras assim como o cuidar e o educar trazem possibilidades de crescimento pessoal, e brincar aprendendo possuem a capacidade de levar maiores conhecimentos e aprendizagem aos estudantes, pois se faz de maneira divertida e didática, não deixando nem de brincar e nem de ensinar. Para isso é necessário que a instituição esteja preparada, organizada de forma a contemplar estas três esferas na educação das crianças, com ambientes promissores e profissionais capacitados continuamente, mediadores e estimuladores na aprendizagem das crianças. 
REFERÊNCIAS
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_______LDB-Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Texto na integra lei 9394 de 20 de Dezembro de 1996. São Paulo, 1996.
________.Estatuto da Criança e do Adolescente.Lei n° 8.069/90, de 13 de julho de 1990. São Paulo: CBIA-SP, 1991.
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