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1/2 Movimentos de uma câmera Há uma grande diversidade de tripés e pedestais, variando dos tripés mais baratos e leves para câmeras estáticas (nos quais o movimento suave não é uma questão) ou das pequenas filmadoras domésticas até os carrinhos de estúdio com gruas (guindastes) que permitem o movimento radical da câmera através do espaço. Segurar a câmera com as mãos é uma habilidade que exige prática. É extremamente difícil segurar as pequenas câmeras domésticas, as quais são projetadas para serem seguras na sua frente, parado e com as duas mãos. As muitas qualidades que as tornam desejáveis (tamanho pequeno e ausência de peso) também desafiam a estabilidade. O resultado de uma câmera instável numa imagem estática é uma figura borrada, especialmente se a velocidade do obturador for de 1/60 segundo ou menos. As câmeras podem ser montadas em um tripé (portátil para o trabalho em campo), um pedestal (para se movimentar ao longo do chão liso do estúdio) ou uma grua (para planos muito altos ou grandes movimentos de câmera através do espaço). Nos filmes de cinema, uma imagem irrequieta pode ser desagradável de assistir. Os estabilizadores de imagem embutidos, uma característica de muitas câmeras domésticas, ajudam um pouco. Mão firme, pose estável e o apoio dos seus antebraços no peito também ajudam. Os monópodes, ou suportes de câmera com uma perna, ainda exigem que se segure a câmera, porém são baratos e leves em relação a um tripé completo. As câmeras de cinema e as filmadoras profissionais de vídeo são projetadas para serem seguras pelas mãos configurando a câmera, a qual é acoplada a um suporte de ombro. As mesmas regras se aplicam, porém, com a prática, os resultados podem ser bem mais estáveis. O trabalho bem feito de câmera com as mãos permite ao espectador entrar na cena e se sentir como um participante de uma maneira que a câmera apoiada não oferece. Isso está associado à filmagem de notícias e documentários porque é a única maneira de ter as câmeras em muitas situações que não permitem a intrusão dos trilhos dos carrinhos ou gruas. O trabalho malfeito com a câmera nas mãos pode causar náuseas, sendo sinal de amadorismo. A Steadicam foi desenvolvida para permitir mais controle no trabalho portátil de câmera e torná-lo realista nas câmeras portáteis grandes, profissionais, de película e de vídeo. Ela é uma alça de corpo usada pelo operador de câmera que inclui molas e tecnologia de giroscópio para absorver os tremidos e os saltos da câmera segura pelas mãos e para que seja possível ir a qualquer lugar onde o operador possa caminhar ou correr. Entretanto, exige treinamento intenso para ser dominada. 2/2 Também existe um modelo júnior da Steadicam que é menos incômodo e um pouco mais fácil de operar, feito para as câmeras menores. Uma câmera apoiada e estável, com movimento suave e fluido, é tradicionalmente um sinal de trabalho profissional com câmera e altos valores de produção. Foi o trabalho caseiro amador dos cineastas e dos produtores independentes de cinema e vídeo, trabalhando com orçamentos muito baixos e segurando a câmera com as mãos, que resultou no tremido revelador. Isso foi verdade até os últimos anos. Hoje, o olhar portátil é comum em quase todo tipo de produção de cinema ou vídeo. As câmeras portáteis cinematográficas ou de vídeo que podiam ser seguras com as mãos foram desenvolvidas nos anos 1960. O equipamento de produção, que era menos evasivo, mais barato e capaz de filmar praticamente em qualquer lugar, levou a uma nova abordagem estilística e filosófica de cinema e vídeo e que foi adotada pelos criadores alternativos. Muitos criadores de documentários e filmes experimentais, assim como de vídeos, rejeitaram os valores de produção refinados de Hollywood em favor de uma urgência e uma sensação de realismo que resultam de um estilo de filmagem "fora do ombro". Como quase sempre é o caso, as técnicas desenvolvidas pelos artistas ou subculturas de vanguarda, por motivos estéticos ou políticos, foram apropriadas pela mídia como um novo estilo. A Hill Street Blues (1981), uma novela do horário nobre criada por Stephen Boccho, usou câmeras portáteis para dar ao programa o mesmo aspecto do documentário observacional independente Police Tapes, de 1977, produzido por Alan e Susan Raymond.
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