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Violência contra a pessoa idosa (trabalho de seminario integrado)

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Principais causas que impede a população idosa a não denunciar violência
	A violência contra o idoso não é um fenômeno recente, este fato vem ocorrendo há muitos anos dentro das famílias, sobre diversos poder aquisitivo. Esta violência contra o idoso é considerada uma violação aos direitos humanos, para apoiar o idoso contra eventuais violências fora criado o estatuto do idoso como um instrumento de cidadania para que recebessem melhores condições de vida.
	Lei 10.741, de 1º de outubro de 2003, foi um projeto criado pelo senador Paulo Paim, publicado no diário oficial em 03 de outubro de 20013, instituiu o estatuto do idoso. De acordo com este estatuto, o artigo 4º dispõe:
“nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.”
	Sendo assim, o estatuto do idoso tem como objetivo proteger o idoso contra: qualquer tipo de violência física ou moral, maus tratos, abandono, crueldade, ocasionando a punição legal de acordo com a lei a quem assim o cometer.
	O artigo 19 dispõe a respeito dos maus tratos, ressaltando que: 
“Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra idoso serão obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de saúde a quaisquer dos seguintes órgãos: I – autoridade policial; II – Ministério Público; III – Conselho Municipal do Idoso; IV – Conselho Estadual do Idoso; V – Conselho Nacional do Idoso.”
	De acordo com a Organização Mundial da Saúde (1985) é considerada a pessoa idosa aquela que possui 60 aos ou mais quando residem em países em desenvolvimento e 65 anos aquelas que residem em países desenvolvidos. No Brasil, o Estatuto do Idoso (Lei 10.741, de 1º de outubro de 2003) define de que idoso é aquele acima de 60 anos.
	A violência contra o idoso é um tema muito abordado no âmbito nacional, as pessoas idosas por medo de relatar aos seus familiares omitem as agressões recebidas. Minayo (2005) conceitua a violência contra o idoso como:
A violência à pessoa idosa pode ser definida como ações ou omissões cometidas uma vez ou muitas vezes, prejudicando a integridade física e emocional das pessoas desse grupo etário e impedindo o desempenho de seu papel social. A violência acontece como uma quebra de expectativa positiva dos idosos em relação às pessoas e instituições que os cercam (filhos, cônjuge, parentes, cuidadores e sociedade em geral) (MINAYO,2005)
	O idoso sofre as agressões dentro do seio familiar, na casa do próprio idoso ou na casa do seu cuidador, nos hospitais, asilos ou instituições de longa permanência, tendo como o agressor alguma pessoa próxima da pessoa idosa. No caso de lesão corporal grave contra o idoso, a lei prevê no parágrafo primeiro do artigo supra a aplicação da pena de reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e se da violência contra o idoso resulta a morte a pena a ser aplicada será de reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos, conforme o disposto no parágrafo segundo.
	Quanto ao perfil da vítima, há predominância no sexo feminino, idade de 75 anos ou mais, viúvas, dependentes físico ou emocionalmente e residência junto aos familiares, histórico familiar de violência, alcoolismo e distúrbios psiquiátricos, bem como serem portadoras de doenças crônicas. Por sua vez, as vítimas tem medo de denunciarem os seus agressores por sofrerem mais violências ou serem abandonadas por seus familiares. O medo de represália do agressor, da quebra dos laços familiares, da perda de autonomia e do local onde reside, já que a maioria vive com o agressor, faz com que a vítima não procure medidas legais ou suporte social, pactuando com o agressor na manutenção da violência.
DAS TIPOLOGIAS DAS VIOLÊNCIAS INTRAFAMILIARES
	São diversas as formas de violência doméstica contra o idoso: violência física; Violência financeiro ou material, ou abuso econômico; violência psicológica; negligência e abandono. 
A violência física é um tipo de violência que ocorre nos lares e está associada ao uso da força física, provocando desde consequências graves até a morte. Na verdade existem várias outras formas de nomenclaturas a respeito desse tipo de violência como abuso físico ou maus tratos físicos. Para Faleiros (2007) pode-se mencionar que a agressão física pode vir acompanhada por outro tipo de violência como a psicológica.
A violência psicológica não deixa marcas físicas, ela está presente em outros tipos de violências, o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001) informa que este tipo de ação causa dano à auto estima, a identidade e no desenvolvimento do indivíduo. Para Minayo (2002, p.105) a violência psicológica é conceituada como tortura psicológica, onde os adultos humilham as crianças e ou adolescente bloqueando sua autoestima, ameaçando-se de abandono e crueldade. Neste sentido, os insultos, as ofensas, a privação da liberdade, chantagens, ameaças, também são caracterizações da violência psicológica.
A violência intrafamiliar é um fato que ocorre constantemente contra o idoso,
muitas pessoas idosas são bem tratadas e cuidadas aquelas que vivem com os seus familiares. Apesar disso, existe ainda um grupo que sofre de violência e maus-tratos. Segundo a Comissão Europeia (2008), estas pessoas apresentam maior risco por se encontrarem fragilizadas. São elas: doentes crónicos, pessoas idosas com problemas físicos, sensoriais e intelectuais, deficientes, doentes dependentes de outras pessoas para a prestação de cuidados e que perderam a sua autonomia quer para atividades da vida diária, quer para a decisão e escolha; indivíduos com problemas mentais (como doença mental, demências, dificuldades de comunicação); pessoas em situações sociais de risco (isolamento, solidão, pobreza, falta de suporte comunitário, barreiras culturais em caso de idosos imigrantes)
	O idoso quando sofre o abandono pelos seus familiares sofrem a negligência, ou seja, aquela violência que resulta em abandono de afeto, de cuidado ou atenção por parte do seu familiar ou cuidador, ensejando assim, numa assistência incompleta de total descuido com a pessoa idosa. (BORN, 2008). De um modo geral, essa agressão que deixa o idoso desprotegido em diversos aspectos como na alimentação, no zelo, na saúde, e conforme Minayo (2005) nota-se que esta violência acontece em maior dimensão dentre as outras forma de violência da intrafamiliar contra a pessoa idosa. 
Levantamento de dados 
Ao analisar as formas de violência sofridas, conforme a Figura 1, observa-se que a maioria dos idosos sofria negligência e abandono, totalizando 85% dos idosos. Não foi encontrado nenhum registro de violência sexual.
 Figura 1: Tipos de violência sofrida pelos idosos (em porcentagem)
Na Figura 2, pode-se observar que a maioria dos idosos que sofreu violência doméstica era do sexo feminino e ao comparar o sexo desses idosos com o da população local, pode-se perceber que ser vítima de violência na velhice não foi influenciado pelo sexo do idoso. 
Figura 2: Sexo dos idosos vítimas de violência doméstica (em porcentagem) comparados com os da população idosa em geral, na mesma cidade.
Ao se verificar qual a relação de parentesco entre o idoso e o principal agressor, percebeu-se que a maioria absoluta eram filhos e ao observar os outros agressores, percebe-se que na maioria dos casos o principal agressor foi alguém da família, que partilhava da vida diária do idoso.
 Figura 3: Principais agressores (em porcentagem).
 	Na Figura 4, abaixo, mostra-se o estado civil dos idosos. A maioria deles era viúvo ou casado. Nota-se que ser casado parece agir como fator de proteção contra a violência. Por outro lado, ser solteiro dobra o risco e ser viúvo também age como fator de risco para o idoso sofrer violência, ou seja, ter um parceiro faz com que as chances do idoso sofrer algum tipo de violência sejam menores.
Figura 4: Estado Civil dos idosos vítimas de violência doméstica (em porcentagem)comparados com os da população geral de idosos de uma cidade vizinha.
Referências Bibliográficas
BORN, T. (Org.). Cuidar melhor e evitar a violência: manual do cuidador da pessoa idosa. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 2008.
Brasil. Estatuto do idoso: lei federal nº 10.741, de 01 de outubro de 2003. Brasília, DF: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2001.
BRASIL. Censo populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conselho da Europa (2008). Violência contra as pessoas idosas. Relatório para o Conselho e Comissão Europeia. Estrasburgo, França.
FALEIROS, V. P. Violência contra a pessoa idosa ocorrências vítimas e
agressores. Brasília: Universa, 2007.
Minayo, MC. Violência contra idosos: o avesso do respeito à experiência e à sabedoria. Cartilha da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2ª edição, 2005,
______ , M. C. de S. (org). Pesquisa Social: Teoria, Método e Criatividade. 21. ed. Petrópolis: Vozes, 2002

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