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História da Saúde Pública sus

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História da Saúde Pública – Problema 1
A história das políticas de saúde está relacionada diretamente com a evolução político-social e econômica do Brasil. O governo sempre priorizou grupos sociais, importantes de regiões econômicas importantes, o urbano sobrepondo grupos sociais dispersos, como o rural e o indígena.
Brasil Império: Epidemias: criação de inspetorias Geral de higiene, inspetoria geral da saúde dos portos. Ricos: médicos particulares, indigentes: Santa casas de misericórdia pela caridade e filantropia
1889-1930- : República Velha, apenas interesses capitalistas, epidemias: malária, febre amarela, e peste. Houve o saneamento dos portos devido os navios estrangeiros se negarem a atracar nos portos do Rio de Janeiro, combate aos vetores
1903: Governo de Rodrigues Alves, sanitarismo com Oswaldo Cruz. Erradicou a febre amarela 
1904- Revolta da Vacina - população e militares eram contra. Muitas epidemias, começaram a afetar a economia na época, movimento inicial: Campanhista . Vacinação anti-varíola obrigatória, abusando da falta de esclarecimento da população.
1923 – Lei Eloy Chaves – institui as caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPS) por meio da mobilização da população através de imigrantes italianos que traziam consigo o movimento operário da Europa que reivindicavam melhores condições de trabalho e falta de direitos e excesso de deveres e Lei aplicada somente a trabalhadores urbanos, e organização do custeio por empresas e não categorias, Primeira CAPS: Ferroviária.
1930 – Nova legislação: Ministério do trabalho e da educação, ministério da indústria, do comércio.
1934 – Nova constituição – caráter liberal – carta magna – proteção aos trabalhadores como a justiça do trabalho, salário mínimo. Jornada de 8horas, férias remuneradas.
1934 – GV suspendeu as aposentadorias das CAPS durante seis meses e promoveu a reestruturação que acabou por substitui-las por IAPS. Institutos de Aposentadorias e Pensões, era voltado para os trabalhadores urbanos e os custeios eram divididos por categorias e não por empresas. Além da aposentadoria a pensão também garantia a Herança a suas famílias, e menor preço na compra de fármacos, responsabilizava-se em casos de acidentes no trabalho e assistência médico hospitalar. A primeira criada foi a Marítima. Houve uma centralização de poder, na qual o presidente da república indicava o presidente do instituto e isso foi nomeado em 1930 como Ministério do Trabalho. Os recursos ficavam centralizados nas mãos do ESTADO.
1937 – Centralismo – constituição polaca
1939 – CLT – sindicato único – regime corporativista – leis trabalhistas garantindo direitos sociais ao trabalhador para conter os movimentos trabalhistas
IAPI- 1936: Instituto de Aposentadorias e pensão dos Industriários, em 1945 expandiu sua área de atuação.
1940 – SAMDU (SERVIÇO DE ASSITENCIA MEDICA DOMICILIAR E DE URGENCIA) viabiliza a disponibilidade de um médico hospitalar para prestar atendimento aos previdenciários 
1953 – Ministério da Saúde – desmembramento do ministério da saúde e educação
1960 – INSPS, PORÉM SOMENTE EM 1967 FOI IMPLATADO – Lei orgânica da previdência social 3..807 criada para reformular o sistema previdenciário aonde houve a união das CAP’s e IAP’s abrangendo todos os trabalhadores sujeitos ao regime da CLT excluindo os trabalhadores rurais. Sofreram grandes influências do IAPI.Criam condições como a Assistência médica. No entanto aumenta drasticamente o número de contribuintes beneficiários, tornando um sistema complexo médico-industrial. Com isso, esta estrutura acaba levando a criação de uma estrutura administrativa o INAMPS. Pois se torna complexa tanto no financeiro quanto no administrativo.
INAMPS 1978 – Criado pelo regime militar pelo desmembramento do INPS que hoje é o INSS (instituto nacional de seguridade social) , hoje ministério da previdência social . Tinha finalidade de prestar atendimento médico aos que contribuíam com a previdência.
1963 – FUNRURAL – fundo de assistência ao trabalhador rural
1964 – Regime militar – Medicina curativa, individual, aumentou por parte dos setores particulares internações mais caras, procedimentos cirúrgicos desnecessários.
1970-SUCAM – superintendência de campanhas de saúde pública, com atribuições de erradicar e controlar endemias
1975- Sistema Nacional de Saúde – promoção, proteção e recuperação da saúde. Afirmava que a medicina curativa seria de competência do Ministério da previdência, e a medicina preventiva de responsabilidade do ministério da saúde,porém o governo federal destinou pouca verba ao ministério da saúde, impossibilitando ações para medicina preventiva.
1976-PIASS – Programa de Interiorização das ações de saúde e saneamento – ‘movimento sanitário’
1978 – Conferência Internacional de ALMA-ATA – sobre atenção primária á saúde , reafirmou-se ser a saúde um dos direitos fundamentais do homem , sob responsabilidade política dos governos . Propõe adoção de modelos assistenciais voltados para realidade social, econômica, cultural e ecológica, através da rede de serviços básicos de saúde, surge o Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde (PREVSAÚDE).
1981- CONASP – Conselho Consultivo de administração de saúde previdenciária – foi criado na tentativa de conter custos e combater fraudes.
1983-AIS – Ações Integradas de Saúde – Novo modelo de assistência que incorporava o setor público , procurando integrar ações curativas – preventivas , educativas ao mesmo tempo.Surgiram sob a forma de um programa dentro do Conasp e seconcretizaram por meio de convênios entre eles o MEC e as secretarias de Saúde de muitos estados . Estas significaram avanços consistentes no fortalecimentoda rede básica ambulatorial . na contratação de recursos humanos , na articulação com os serviços públicos municipais .
1986- 8° Conferência Nacional de Saúde – primeira vez que a população participou das discussões da conferencia. Suas propostas foram a base para a criação posteriormenre do SUS.Pessoas incentivadas pelo MOVIMENTO DE REFORMA SANITARIA , surgeriram promoção , prevenção e recuperação.
Década 70 ínicio 80 – reforma Sanitária : Nasceu na luta contra a ditadura em meados do final da década de 70 início de 80 , com o tema saúde e democracia . Consolidou-se juntamente com a oitava conferencia nacional de saúde em 1986 , na qual instituiu um novo modelo de saúde para o brasil . 
1988- Constituição 88
Art 196 : Saúde é direito de todos e dever do Estado – PROMOÇÃO , PREVENÇÃO E PROTEÇÃO
Art 197: Cabe ao poder publico e fiscalização , regulamentação e controle- PARTICIPAÇÃO POPULAR
Art 198 : As ações e serviços públicos integram uma rede Regionalizada , Hierarquizada , e segue os seguintes princípios :
-DESCENTRALIZAÇÃO , PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ; INTEGRALIDADE 
ART 199: A assistência a saúde é livre a iniciativa privada
Art 200 : vigilância sanitária e epidemiológica , colaboração com o meio ambiente , incremento cientifico e tecnológico ; participar na formulação das politicas de acoes de saúde
1988- SUS – FORMA GRADUAL – Primeiro veio o SUDS ; depois com a incorporação do Inamps ao ministério da saúde (DECRETO 99.060) e por fim a lei orgânica da saúde (LEI N° 8.080 ) fundou o SUS.Em poucos meses foi lançada a lei n ° 8.142 , que imprimiu ao sus uma das suas principais características :controle social . O INAMPS so foi extinto em 1993 com a lei 8.689.
SUS
Principios Doutrinários ( conjunto de princípios que servem de base para o sistema)
UNIVERSALIDADE : acesso á saúde a qualquer cidadão
EQUIDADE: atendimento conforme a necessidade do cidadão , sem privilégios
INTEGRALIDADE: assistência como um todo : PROMOÇÃO , PREVENÇAO , RECUPERAÇÃO DA SAUDE.
Princípios Organizativos
Regionalização e Hierarquização
Resolubilidade
Descentralização
Participação dos cidadãos
Complementariedade do setor privado
Lei 8080 – dispõe sobre as condições para PROMOÇÃO , PROTECÃO E RECUPERAÇÃO da saúde , organização e funcionamento dos serviços.
Lei 8142 – Dispoe da participação da comunidade na gestão do sus e sobreas interferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde e de outras previdências.
Participação e Controle Social
A Lei Nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, estabelece 2 formas de participação da população na gestão do SUS: as Conferências e os Conselhos de Saúde onde a comunidade, através de seus representantes, pode opinar, definir, acompanhar a execução e fiscalizar as ações de saúde nas três esferas do governo: municipal, estadual e federal.
Nas Conferências, reúnem-se os representantes da sociedade (que são os usuários do SUS), do governo, dos profissionais de saúde, dos prestadores de serviços, parlamentares e outros para “avaliar a situação da saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde” nos municípios, nos estados e no país.
Foi o relatório final da 8ª Conferência Nacional de Saúde de 1986 que serviu de base para a elaboração do capítulo sobre saúde da nossa Constituição Federal de 1988, quando foi criado o SUS.
De quatro em quatro anos deve acontecer a Conferência Nacional de Saúde, após a realização das Conferências Municipais e Estaduais onde são apontados os rumos para aperfeiçoamento do SUS.
Os Conselhos de Saúde são os órgãos de controle do SUS pela sociedade nos níveis municipal, estadual e federal. Eles foram criados para permitir que a população possa interferir na gestão da saúde, defendendo os interesses da coletividade para que estes sejam atendidos pelas ações governamentais.
O legítimo representante dos cidadãos usuários do SUS defende os interesses e necessidades da população que mais precisa e usa os serviços do SUS, exercendo o controle social ao lutar para garantir, na prática, o direito constitucional à saúde com qualidade e respeito à dignidade humana
Os Conselhos de Saúde funcionam como colegiados, de caráter permanente e deliberativo, isto é, devem funcionar e tomar decisões regularmente, acompanhando, controlando e fiscalizando a política de saúde e propondo correções e aperfeiçoamentos em seu rumo. São componentes dos Conselhos os representantes do governo, dos prestadores de serviços, dos profissionais de saúde e usuários.
SUDS – estagio evolutivo para implantação do SUS.O SUDS foi norteado pelo princípio de que os recursos federais devessem efetivamente realizar o real acesso a atenção à saúde, por parte de toda a população. Ao mesmo tempo, pretendia garantir , ao máximo , que os recursos destinados á saúde não se dispersassem nem fossem apropriados para outros fins.
Problema 2
Conselhos de saúde : Espaços deliberativos , parte das estruturas das secretarias dos municípios , estados e governo federal . Órgão colegiado e permanente do SUS. Estes funcionam mensalmente , com uma ata de registros e uma infraestrutura de suporte . 
a lei 8.142/90, instituiu os conselhos e as conferências de saúde como instrumentos do controle social, por meio dos quais deve acontecer a participação dos diversos segmentos da sociedade no acompanhamento e na definição das políticas públicas de saúde.
Para manter o equilíbrio dos interesses envolvidos, a participação no conselho se dá paritariamente, ou seja, 50% de usuários, 25% de trabalhadores e 25% de prestadores de serviço e gestores. Hoje, o CNS é formado por 48 conselheiros titulares (e seus respectivos suplentes), representantes de entidades e movimentos sociais de usuários do SUS; de entidades de profissionais de saúde (incluída a comunidade científica, entidades de prestadores de serviço, entidades empresariais da área da saúde); e de entidades e instituições do governo.
Essas diretrizes foram confirmadas em resoluções do Conselho Nacional de Saúde, sendo a última delas a Resolução nº 453/2012(substitui a 333/2003), que aprova Diretrizes para a criação, reformulação, estruturação e funcionamento dos Conselhos de Saúde. Esta norma considera que os CS têm sido “consagrados pela efetiva participação da sociedade civil organizada”
As atribuições e competências do Conselho Nacional de Saúde incluem:
Deliberar sobre a formulação de estratégia e controle da execução da política nacional de saúde em âmbito federal e os critérios para a definição de padrões e parâmetros assistenciais;
Manifestar-se sobre a Política Nacional de Saúde;
Decidir sobre os planos estaduais de saúde, quando solicitado pelos Conselhos Estaduais de Saúde; as divergências levantadas pelos Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, bem como por órgãos de representação na área da saúde; e o credenciamento de instituições de saúde que se candidatem a realizar pesquisa em seres humanos;
· Opinar sobre a criação de novos cursos superiores na área de saúde, em articulação com o Ministério da Educação e do Desporto;
· Estabelecer diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde em função das características epidemiológicas e da organização dos serviços;
· Acompanhar a execução do cronograma de transferência de recursos financeiros, consignados ao SUS, aos estados, municípios e Distrito Federal;
· Aprovar os critérios e valores para a remuneração dos serviços e os parâmetros de cobertura assistencial;
· Acompanhar e controlar as atividades das instituições privadas de saúde, credenciadas mediante contrato, ajuste ou convênio;
· Acompanhar o processo de desenvolvimento e incorporação científica e tecnológica na área de saúde, para a observância de padrões éticos compatíveis com o desenvolvimento sociocultural do país; e
· Propor a convocação e organizar a Conferência Nacional de Saúde, ordinariamente a cada quatro anos e, extraordinariamente, quando o Conselho assim deliberar, de acordo com a lei 8.142, de 28 de dezembro de 1990
De uma forma resumida , os CNS formulam estratégias , controla a execução da politica em saúde ( econômica e financeira) , analisa e aprova o PLANO DE SAUDE e o RELATÓRIO DA GESTÃO , informe a sociedade sobre sua atuação. 
Conselho Nacional de Saúde
O Conselho Nacional de Saúde é organizado em Plenário (reunião mensal com todos os representantes), Mesa Diretora (oito Conselheiros Titulares, incluído o Presidente do CNS, para mandato de um ano), Presidência (definida por meio de votação secreta, entre os Conselheiros Titulares), Comissões (até 22 membros, entre titulares e suplentes), Grupos de Trabalho (até cinco Conselheiros, incluindo o Coordenador, garantindo, preferencialmente, a representação de todos os segmentos do CNS) e Secretaria-Executiva.
Funções? É competência do Conselho, dentre outras, aprovar o orçamento da saúde assim como, acompanhar a sua execução orçamentária. Também cabe ao pleno do CNS a responsabilidade de aprovar a cada quatro anos o Plano Nacional de Saúde.
Podem ser apresentadas as seguintes representações:
Associação de portadores de patologias
Associação de portadores de deficiências
Entidades indígenas
Movimentos sociais e populares organizados
Movimentos organizados de mulheres em saúde
Entidades de defesa ao consumidor 
Organizações religiosas
Trabalhadores na área da saúde
Comunidade cientifica
Entidades prestadoras de serviços de saúde
Entidades publicas , de hospitais universitários e hospitais campo de estagio
► Conselho Estadual de Saúde
O que é? Os Conselhos Estaduais de Saúde são órgãos permanentes e deliberativos com representantes do Governo, dos prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, ou seja, é uma instância colegiada do Sistema Único de Saúde (SUS), vinculado à Secretaria Estadual da Saúde. REGIMENTO INTERNO PRÓPRIO.
Representação? É formado por representantes do governo, dos prestadores de serviços, dos profissionais de saúde e dos usuários do sistema. A representação dos usuários é paritária e diversificada, de modo a permitir que os diversos tipos de organizações – associações de moradores, sindicatos, associações de portadores de patologias e de deficiências, movimentos populares, etc. – possam apresentar suas demandas e fazer suas avaliações sobre a Política de Saúde desenvolvida no Estado.
Funções? Atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da políticade saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros. O Conselho Estadual de Saúde tem por finalidade deliberar sobre: a política de saúde do estado; a direção estadual do SUS; o regimento interno do CES e assuntos a ele submetidos pela Secretaria de Estado da Saúde e pelos seus conselheiros.
Composição básica? Conselho Pleno, Secretaria Geral, Ouvidoria Geral e Comissões Especiais.
► Conselho Municipal de Saúde
O que é? Órgão colegiado paritário de caráter permanente e deliberativo, que tem por finalidade a atuação na formulação de estratégias e controle da execução da Política de Saúde do município de Campo Grande. REGIMENTO INTERNO PRÓPRIO.
Representação? São constituídos por formação paritária, sendo usuários (50%), trabalhadores de saúde (25%), representantes do governo e prestadores de serviços (25%).
Por usuários entenda a participação de sindicatos, as organizações comunitárias, as organizações religiosas e não religiosas, os movimentos e as entidades das minorias, entidades de portadores de doenças e necessidades especiais, movimentos populares de saúde, movimentos e entidades de defesa dos consumidores, em suma, toda a sociedade organizada.
O Governo é representado pelo gestor municipal de saúde, pelo diretor da Diretoria Regional de Saúde – DRS e pelos membros dos demais órgãos das administrações públicas municipal, estadual e federal, direta e indireta.
Os trabalhadores de saúde integram as redes públicas e privada complementar conveniada, como enfermeiros, auxiliares de saúde, médicos, não médicos, paramédicos, etc.
Os prestadores de serviços podem ser privados – contratados e conveniados pelos Governos municipal, estadual e federal – e podem ser públicos, como hospitais universitários e de ensino público, autarquias, fundações e empresas hospitalares públicas e outras, que são conveniadas pelos governos.
Funções? Entre outras finalidades servem para garantir a participação regular do cidadão: na elaboração das diretrizes gerais da política de saúde e definição das metas com vistas ao alcance dos objetivos traçados para a política de saúde (acompanhar a execução do Plano de Saúde); na formulação das estratégias de implementação das políticas de saúde; no controle sobre a execução das políticas e ações de saúde;
	Tema
	O que mudou
	1. Atribuições
	Na nova versão foram incluídas as atribuições previstas na Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012 e no Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, que regulamentam a Lei Orgânica da Saúde. Assim, os conselhos poderão avaliar, explicitando os critérios utilizados, a organização e o funcionamento do Sistema Único de Saúde do SUS e, além disso, irão examinar propostas e denúncias de indícios de irregularidades, responder no seu âmbito a consultas sobre assuntos pertinentes às ações e aos serviços de saúde, bem como apreciar recursos a respeito de deliberações do Conselho, nas suas respectivas instâncias.
	2. Mandato
	De acordo com a nova versão, o tempo de mandato dos conselheiros será definido pelas respectivas representações. As entidades, movimentos e instituições eleitas para o conselho de saúde terão seus representantes indicados, por escrito, conforme processos estabelecidos pelas respectivas entidades, movimentos e instituições e de acordo com a sua organização, com a recomendação de que ocorra renovação de seus representantes.
	3. Renovação de entidades
	A recomendação explicitada no novo texto é de que, a cada eleição, os segmentos de representações de usuários, trabalhadores e prestadores de serviços, ao seu critério, promovam a renovação de, no mínimo, 30% de suas entidades representativas.
	4.  Responsabilidades
	A atualização do texto deixou explícito que, no exercício de sua função, o conselheiro deve estar ciente de que, responderá conforme legislação vigente por todos os seus atos.
	5. Participação da sociedade
	As reuniões plenárias dos Conselhos de Saúde, além de serem abertas ao público, deverão acontecer em espaços e horários que possibilitem a participação da sociedade.
	6. Orçamento
	O conselho de saúde terá poder de decisão sobre o seu orçamento, não será mais apenas o gerenciador de suas verbas.
	7. Quorum
	A nova redação esclarece os conceitos de maioria simples (o número inteiro imediatamente superior à metade dos membros presentes), maioria absoluta (o número inteiro imediatamente superior à metade do total de membros do conselho) e maioria qualificada (2/3 do total dos membros do conselho) de votos para tomada de decisão do CNS.
	8. Competências
	A adequação das competências dos conselhos ao que está previsto no atual regimento do Conselho Nacional de Saúde, também foi explicitada no novo texto.
	9. Banco de dados
	Compete ao próprio conselho, atualizar periodicamente as informações sobre o conselho de saúde no Sistema de Acompanhamento dos Conselhos de Saúde (SIACS)
DIFERENÇA ENTRE CONSELHO E CONFERÊNCIAS
 As Conferências de Saúde acontecem a cada quatro anos e conta com a atuação de vários segmentos sociais, propõem diretrizes e avalia a situação da saúde, discutindo, debatendo e propondo medidas. O Conselho de Saúde é regulamentado pela portaria 453 de 2012 da qual substituiu o decreto 333/2003 , permanente e deliberativo, é constituído por usuários, membros do governo, prestadores de serviço e profissionais da área da saúde, a eleição de seus membros acontece a cada 2 anos e com reuniões mensais. Além disso a distribuição representativa de seus membros expressa-se 50% de usuários, 25% de trabalhadores da saúde e 25% de representantes governamentais/prestadores de serviços. Ainda têm o papel de fiscalizar o fluxo financeiro, atua na elaboração de estratégias e nos aspectos econômicos. 
NOBs – Normas operacionais , tiveram um papel de orientação para o processo de implantação do SUS . Constituíram-se no instrumento normativo para operacionalização da diretriz de descentralização das ações e dos serviços , orientação para o processo de regionalização da Assistencia em saúde . 
NOAS – Normas operacionais de assistência em saúde que criou planos diretores para regionalização e de investimentos e introduziu a ideia de redes de assistência.
PACTO PELA SAÚDE PORTARIA Nº 399, DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006
- DISTRIBUIÇÃO TRIPARTITE Pacto pela saúde são reformas institucionais do SUS que são pactuadas nas três esferas de gestão (União, Estados e Municípios) e estabelece metas para cada uma delas. Essas três esferas junto com o Conselho Nacional de Saúde têm por objetivo reorganizar o funcionamento do SUS, substituindo o NOAS e as NOB'S.O principal objetivo é implantar princípios constitucionais referentes a saúde e também definir as responsabilidades de cada esfera de governo. O pacto foi aprovado pelo Congresso Nacional de Saúde em 2006, após diversos debates em relação as mudanças que deveriam ser feitas para melhorar a qualidade do SUS.Ele busca preservar os princípios do SUS que estão relatados na Constituição Federal e nas Leis Orgânicas da Saúde (Lei 8.080 e 8.142) e tem por objetivo pactuar três dimensões, são elas: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS, Pacto de Gestão do SUS.
 O Pacto pela Vida tem por objetivo estabelecer prioridades que devem ser executadas por gestores de cada uma das esferas de governo. Até 2006 esse pacto era constituído por indicadores do pacto da atenção básica, da programação pactuada e integrada da vigilância e pelo pacto pela saúde. Em 2007 teve a unificação destes pactos onde foi incluído novos objetivos a serem cumpridos. As três esferas de gestão buscam enfrentar problemas de saúde que estão por todo o país por isso o pacto tem por finalidade definir as prioridades e incentivar que os Estados e Municípios elejam seus próprios objetivos de acordo com a realidade de cada local. É importante também que os objetivos sejam diferentes daqueles que já estão dentro do sistema e que mesmo que eles sejam próprios de cada Estado e Município estes precisam estar em harmonia.
O Pacto pela Vida é o compromisso entre os gestoresdo SUS em torno de prioridades que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população brasileira. A definição de prioridades deve ser estabelecida por meio de metas nacionais, estaduais, regionais ou municipais. Prioridades estaduais ou regionais podem ser agregadas às prioridades nacionais, conforme pactuação local. Os estados/regiões/municípios devem pactuar as ações necessárias para o alcance das metas e dos objetivos propostos. São seis as prioridades pactuadas:
 A. Saúde do Idoso;
 B. Controle do câncer do colo do útero e da mama;
 C. Redução da mortalidade infantil e materna; 
D. Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza;
 E. Promoção da Saúde; F. Fortalecimento da Atenção Básica.
O Pacto em Defesa do SUS deve firmar-se através de iniciativas que busquem a:
 1. Repolitização da saúde, como um movimento que retoma a Reforma Sanitária Brasileira aproximando-a dos desafios atuais do SUS;
 2. Promoção da Cidadania como estratégia de mobilização social tendo a questão da saúde como um direito;
 3. Garantia de financiamento de acordo com as necessidades do sistema.
 Ações do Pacto em Defesa do SUS:
 1. Articulação e apoio à mobilização social pela promoção e desenvolvimento da cidadania, tendo a questão da saúde como um direito; 
2. Estabelecimento de diálogo com a sociedade, além dos limites institucionais do SUS; 16
 3. Ampliação e fortalecimento das relações com os movimentos sociais, em especial os que lutam pelos direitos da saúde e cidadania;
 4. Elaboração e publicação da Carta dos Direitos dos Usuários do SUS; 
5. Regulamentação da EC nº 29 pelo Congresso Nacional, com aprovação do PL nº 01/03; 6. Aprovação do orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão, explicitando o compromisso de cada uma delas em ações e serviços de saúde de acordo com a Constituição Federal
III – O PACTO DE GESTÃO DO SUS
O Pacto de Gestão estabelece as responsabilidades claras de cada ente federado de forma a diminuir as competências concorrentes e a tornar mais claro quem deve fazer o quê, contribuindo, assim, para o fortalecimento da gestão compartilhada e solidária do SUS.
Esse Pacto parte de uma constatação indiscutível: o Brasil é um país continental e com muitas diferenças e iniqüidades regionais. Mais do que definir diretrizes nacionais é necessário avançar na regionalização e descentralização do SUS, a partir de uma unidade de princípios e uma diversidade operativa que respeite as singularidades regionais.
Esse Pacto radicaliza a descentralização de atribuições do Ministério da Saúde para os estados, e para os municípios, promovendo um choque de descentralização, acompanhado da desburocratização dos processos normativos. Reforça a territorialização da saúde como base para organização dos sistemas, estruturando as regiões sanitárias e instituindo colegiados de gestão regional.
Reitera a importância da participação e do controle social com o compromisso de apoio à sua qualificação.
Explicita as diretrizes para o sistema de financiamento público tripartite: busca critérios de alocação eqüitativa dos recursos; reforça os mecanismos de transferência fundo a fundo entre gestores; integra em grandes blocos o financiamento federal e estabelece relações contratuais entre os entes federativos.
As prioridades do Pacto de Gestão são:
DEFINIR DE FORMA INEQUÍVOCA A RESPONSABILIDADE SANITÁRIA DE CADA INSTÂNCIA GESTORA DO SUS: federal, estadual e municipal, superando o atual processo de habilitação.
ESTABELECER AS DIRETRIZES PARA A GESTÃO DO SUS, com ênfase na Descentralização; Regionalização; Financiamento; Programação Pactuada e Integrada; Regulação; Participação e Controle Social; Planejamento; Gestão do Trabalho e Educação na Saúde.

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