Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Exames estruturais Tendões / músculos / bursas / articulações... Exame dos tendões etiopatogenia Estudo do que provoca uma doença, uma patologia. Análise especializada das causas que ocasionam o desenvolvimento de certas doenças. Fatores de risco Idade do paciente: com o passar dos anos a circulação sanguínea para o tendão fica deficiente Estresse: ocasionam contraturas musculares e fadiga prejudicando os tendões Atividades esportivas em excesso ou com técnica/ material inadequados Doenças autoimunes: onde as células de defesa do nosso corpo reconhecem os tendões como inimigos por engano e começam a atacá-los. Falta de alongamento muscular: acaba sobrecarregando o tendão Postura inadequada: ombros anteriorizados diminuem o espaço destinado ao deslizamento dos tendões que movimentam o ombro, causando atrito e lesão dos mesmos LER ou DORT: acarretam a fadiga dos tendões Suas alterações Aumento de volume: apresenta nódulos avantajados e dolorosos (fase crônica), na fase aguda são imperceptíveis. Ruídos de fricção: alguns tendões passam por proeminências ósseas podendo ao se tensionar promover ruídos. Rupturas: traumas, lacerações e/ou doenças degenerativas. Patologias dos tendões Lesões que afetam tendões responsáveis para gerar força entre músculo e ossos. Tendinite e tenossinovite Tendinite - inflamação do tendão Tenossinovite - inflamação na bainha do tendão (ao redor do tendão) Uso excessivo do tendão ou ainda por posição inadequada ao realizar os movimentos. Tendinopatia Doença do tendão. Por permanecer com uma inflamação crónica na região durante muito tempo. Provoca doença na estrutura do tendão que fica mais fraco e sujeito a uma ruptura com pequeno esforço. Processo da doença Tendinose Igual a Tendinopatia. Termo usado na descrição dos exames de imagem (RM). Aspecto imaginológico da tendinopatia. Quando o radiologista descreve um tendão como tendo tendinose ele quer dizer que esse tendão apresenta características estruturais diferente do tendão sadio. Significa que o tendão se apresenta espessado com áreas de edema e eventualmente pequenas rupturas (tendão doente). Provavelmente foi provocada por uma doença crônica na região. Ressonância magnética / inspeção Retração distal dos tendões bíceps femoral e semitendinoso Sinal do Popeye Ruptura do Bíceps Exame das bursas Bolsa sinovial ou Bursa Localizada entre o osso e um tendão ou músculo; e possibilita que o tendão escorregue suavemente sobe o osso. Pequenas quantidades de pressão repetidas e demasiado ( bursite ). LER / DORT Aliviadas através de repouso. Funções Proteção de choque Diminuem pressões e o atrito entre duas estruturas vizinhas (tendões, ligamentos e ossos) Principais bolsas sinoviais Ombro Joelho Cotovelo Quadril Exame das articulações Estruturas complexas devido inúmeros componentes. (ossos, músculos, ligamentos, tendões...) Movimentados por músculos e tendões. Alterações articulares Dor Rigidez - os movimentos são limitados devido à dor Aumento de volume Hidrartrose acumulo de líquido numa articulação Hemartrose Bloqueio Anquilose Crepitações Perda de funções da articulação – contratura Causa das alterações articulares Lesões nas articulações Osteoartrite Artrite reumatóide Gota Fraturas Congênito Infecções na articulação Tumores ósseos Reações alérgicas a medicação Doenças autoimunes Exame muscular Graduação da força muscular GRAU V : força muscular normal, vence a gravidade e a resistência do examinador GRAU IV : vence a gravidade, mas vence com dificuldade a resistência GRAU III : vence a gravidade, mas não vence a resistência GRAU II : não vence a gravidade, apenas desloca o membro GRAU I : não desloca o membro, apenas apresenta movimentos vestigiais, contração muscular GRAU 0 : ausência de contração muscular (plégico) Alterações musculares Tônus muscular Estado de tensão elástica (contração leve mantida) que apresentam os músculos em repouso (no momento em que eles não são usados). Este estado de tensão permite começar o movimento imediatamente após receber os impulsos nervosos cerebrais (os voluntários). São considerados involuntárias as contrações de músculos como o do coração. Hipertonia Hipertonia - aumento do tônus (patológico). Só acontece quando há alguma doença. Chamado também de espasticidade. Algumas doenças são caracterizadas pelo aumento do tônus. Paralisia cerebral espástica / fase crônica do AVC O estado de tensão ou contração aumenta tanto que impede os movimentos, porque o corpo não cede a este estado de contração contínua. Hipotonia Caracterizada pela diminuição do tônus, ou seja a baixa tensão no músculo, o que impede a contração e é caracterizado por um aspecto de "flacidez". Ela acontece em doenças com a paralisia cerebral flácida e na fase aguda do AVC. Trofismo muscular Corresponde ao volume de massa muscular existente no corpo. Hipotrofia Diminuição de massa muscular Quando negligenciamos algum músculo e o usamos pouco perdemos massa muscular. Hipertrofia Conforme os estímulos e o uso, em algumas regiões, podemos ter aumento de massa muscular. Consequentemente, um aumento da força muscular, graças à essa quantidade aumentada do volume muscular. PELE E ANEXOS Pele Coloração Turgor Textura Mobilidade Elasticidade Lesões Cicatrizes Pele / coloração Icterícia Palidez Cianose Eritema arroxeado por congestão venosa ou passiva, com diminuição da temperatura Eritema Cor vermelha consequente à vasodilatação que desaparece por pressão digital ou vitropressão. Hipocromia (manchas que são mais claras que a própria pele). Hipercromia (manchas que são mais escuras que a própria pele.). Acromia (ausência de pigmentação) Pele / turgor Elasticidade da pele, ou seja, sua habilidade de se esticar e retomar a força original Pele / textura Enrugada Lisa Áspera Pele / lesões Lesões de continuidade (fissuras / ulcerações) Elevações líquidas ( bolhas , pústulas ) Elevações sólidas placa pápula nódulo Pele / mobilidade - elasticidade Hiperelástica Hipoelástica Mobilidade manual Exame das fácies É o conjunto de dados exibidos na face do paciente. É a resultante dos traços anatômicos mais a expressão fisionômica. Hipocrática = Olhos fundos, parados, palidez cutânea, Costuma-se observar batimentos das asas do nariz. Renal = Edema periorbital, palidez cutânea, equimose Leonina = Sugestiva de hanseníase, pele espessa, supercílios e sobrancelhas caem. Adenoideana = Nariz pequeno e afilado,boca entreaberta, portadores de. hipertrofia de adenóide. Parkinsoniana = Expressão de espanto, fronte enrugada, olhar fixo, supercílios elevados. Basedowiana = Exoftalmia, aspecto de espanto ansiedade. Mixedematosa = Rosto arredondado, nariz grossos, pele seca, apatia e desânimo. Acromegálica = Proeminência dos zigomáticos, desenvolvimento mandibular aumento do nariz, lábios, orelhas, pés e mãos. Cushingóide = Rosto arredondado, acne, hirsutismo, obesidade central. Mongolóide = Boca entreaberta, implantação baixa da orelha, alteração da implantação do cabelo, prega simiesca. Miastênica = Ptose palpebral bilateral que comprometem os músculos da pálpebra superior Etílica = Olhos avermelhados, ruborização da face, hálito cetônico.. Esclerodérmica = Fácies de múmia, imobilidade facial, pele apergaminhada e endurecida. Paralisia facial Avaliando equilíbrio Equilíbrio Capacidade de manter ou retomar o centro de massa corporal sobre a base de suporte. Habilidade de coordenar forças internas, autogeradas por movimentos do indivíduo e forças externas, como a gravidade e perturbações à superfície de suporte. Testes clínicos para equilíbrio Avaliar o equilíbrio e a marcha e estabelecer parâmetros para identificar o paciente com maior susceptibilidade de quedas. Escala de Equilíbrio de Berg 1. Sentado para em pé 2. Em pé sem apoio 3. Sentado sem apoio 4. Em pé para sentado 5. Transferências 6. Em pé com os olhos fechados 7. Em pé com os pés juntos 8. Reclinar à frente com os braços estendidos 9. Apanhar objeto do chão 10. Virando-se para olhar para trás 11. Girando 360 graus 12. Colocar os pés alternadamente sobre um banco 13. Em pé com um pé em frente ao outro 14. Em pé apoiado em um dos pés A Escala de Berg é um instrumento validado, de avaliação funcional do equilíbrio composta de 14 tarefas com cinco itens cada e pontuação de 0-4 para cada tarefa: 0 - é incapaz de realizar a tarefa e 4 - realiza a tarefa independente. O escore total varia de 0- 56 pontos. Quanto menor for a pontuação, maior é o risco para quedas; quanto maior, melhor o desempenho. Escala de Mobilidade e Equilíbrio de Tinetti Compreendido por duas escalas com 16 itens: 9 de equilíbrio 7 de marcha São atribuídos pontos de 0-2 na realização das tarefas totalizando no máximo 48 pontos. O valor abaixo de 19 pontos e entre 19 e 24 pontos representam respectivamente um alto e moderado risco de quedas. 9 de equilíbrio Equilíbrio sentado Levantar da cadeira Tentativas de levantar Assim que levanta (5 seg.) Equilíbrio em pé Teste dos 3 tempos Equilíbrio ao girar Olhos fechados Sentando 7 de marcha Início da marcha Comprimento e altura dos passos Simetria dos passos Continuidade dos passos, Direção Tronco Distância dos tornozelos Teste de Apoio Unipodal Iremos observar nesse teste o equilíbrio, e como ele está sendo mantido. Observar se existe alguma “compensação” de movimento em joelho, tornozelo, quadril, coluna. Ex.: pessoas que não realizam bem o teste, por não terem força ou equilíbrio, Podem dobrar o joelho frequentemente, fazer uma inversão excessiva do tornozelo ou valgo do joelho. O resultado pode ser: “Apoio unipodal D – valgo de joelho, aumento da pronação tornozelo”. Teste de Alcance Funcional - TAF O paciente em posição ortostática, membros inferiores levemente abduzidos, descalço, coluna o mais ereta possível, olhar para o horizonte, braços em extensão a 90° e hemicorpo direito próximo à parede. A partir dessa posição, o avaliado deve esticar-se o máximo possível para frente. A excursão do braço desde o início até o final é medida por uma fita métrica fixada na parede no sentido horizontal ao lado do paciente, na altura do acrômio. Para a aferição, a extremidade do terceiro metacarpo pode ser utilizada como marcação de partida até o alcance máximo Posturografia estática e dinâmica Equipamento de avaliação e reabilitação postural e do equilíbrio. Na avaliação e reabilitação de diversas patologias que incluam alterações do equilíbrio e vertigem, posturografia estática e dinâmica, propriocepção e/ou controlo motor. Este equipamento tem a possibilidade de registar e arquivar a avaliação efetuada, com diversos parâmetros e graus de dificuldade (para posterior análise clínica) assim como efetuar a reabilitação com seleção de exercícios já definidos em protocolo de reabilitação e/ou criar livremente exercícios e condições do paciente e da patologia. Trabalhando em sistema de “Bio feedback” com monitor frente ao paciente, os exercícios de avaliação são impressos e arquivados para posterior comparação e de forma a controlar um processo evolutivo. Teste de Romberg Testar o equilíbrio O paciente fica em pé, pés juntos e braços lado do corpo, primeiro com os olhos abertos e após com os olhos fechados (20 a 30 seg.) Oscilação discreta - normal Perda do equilíbrio – teste de Romberg positivo Dor Onde dói? (o paciente deve mostrar o local) Quando começou? Como começou? (súbito ou progressivo) Como evoluiu? (como estava antes e como está agora) Qual o tipo da dor? (queimação, pontada, pulsátil, cólica, constritiva, contínua, cíclica, profunda, superficial) Qual a duração da crise? (se a dor for cíclica) É uma dor que se espalha ou não? Qual a intensidade da dor? A dor impede a realização de alguma tarefa? Em que hora do dia ela é mais forte? Existe alguma coisa que o sr. faça que a dor melhore? E que piora? Escala Visual Analógica (EVA) Linha horizontal, ou vertical, com 10 centímetros de comprimento, que tem assinalada numa extremidade a classificação “Sem Dor” e, na outra, a classificação “Dor Máxima”. Fazer uma marca perpendicular à linha, no ponto que representa a intensidade da sua Dor. Há uma equivalência entre a intensidade da Dor e a posição assinalada na linha reta. Mede-se, posteriormente e em centímetros, a distância entre o início da linha, que corresponde a zero e o local assinalado, obtendo-se, assim, uma classificação numérica que será assinalada na folha de registo. Escala Numérica A Escala Numérica consiste numa régua dividida em onze partes iguais, numeradas sucessivamente de 0 a 10. Esta régua pode apresentar-se ao doente na horizontal ou na vertical. Pretende-se que o doente faça a equivalência entre a intensidade da sua Dor e uma classificação numérica, sendo que a 0 (“Sem Dor”) e a 10 a (“Dor Máxima”) A classificação numérica indicada pelo doente será assinalada na folha de registo. Escala Descritiva ou Qualitativa Na Escala Qualitativa solicita-se ao doente que classifique a intensidade da sua Dor de acordo com os seguintes adjetivos: “Sem Dor”, “Dor Ligeira”, “Dor Moderada”, “Dor Intensa” ou “Dor Máxima”. Devem ser registados na folha de registo Escala das Faces Na Escala de Faces é solicitado ao doente que classifique a intensidade da sua Dor de acordo com a mímica representada em cada face desenhada, Expressão de felicidade classifica “Sem Dor” Expressão de máxima tristeza corresponde a classificação “Dor Máxima”. Edema Aumento de volume de uma região ou segmento Instrumento: fita métrica (perimetria ) sinal de Goted (cacifo +)Caso clínico Relato do Caso I.P = FMO, feminino, 76 anos, negra, natural e procedente de Sobral-CE. QP = “Queimação na batata da perna” HDA: paciente relata que, há 1 ano, iniciou um quadro de cinesalgia em membro inferior esquerdo. Há duas semanas apresenta piora do quadro, levando-a a uma claudicação intermitente, incluindo episódios de dor noturna. Apresenta varizes. Menciona recorrentes ulcerações de difícil cicatrização em MMI, há meses. Relata tosse com secreção. Relata diurese concentrada, com odor normal e coloração alaranjada. Nega febre, náusea, vômitos e qualquer outro sinal e/ou sintoma associados ao quadro atual. Resolveu procurar atendimento no CSF para uma conclusão diagnóstica. HPP: hipertensa, obesa, diabética (DM-2). Com histórico de DPOC. Internou-se há 2 anos, por pneumonia. Nega cirurgia. Nega hemotransfusão e refere imunizações em dia. HS: Tabagista há, aproximadamente, 50 anos. Nega etilismo há 26 anos. Sedentária. HF: pai hipertenso, etilista e tabagista. Mãe com HAS e DM2. Exame Físico Paciente encontra-se acianótica, anictérica, normocorada, hidratada, orientada, cooperativa, dispneica e afebril. FR= 30 irpm PA= 180/110 mmHg Membro afetado apresenta leve atrofia, coloração pálida, pele lisa, ausência de pelos, unhas hipertróficas e temperatura baixa, em relação à extremidade contralateral. Apresenta ausência de pulsos no membro inferior esquerdo, com lenta perfusão capilar. Exames Complementares Ultrassonografia Doppler apontou ausência de fluxo na artéria ilíaca externa esquerda e ondas monofásicas de baixa amplitude no segmento femoropoplíteo e nas artérias da perna esquerda. Foi indicada arteriografia seguida de angioplastia transluminal percutânea com implante de stent na artéria ilíaca externa esquerda. Angiografia por subtração digital com oclusão da artéria ilíaca externa esquerda após seu local de origem (seta) Diagnóstico: Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) Fim
Compartilhar